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Rapper berlinense é identificado em vídeo de decapitação do EI

6 de novembro de 2014

Filho de uma alemã e um ganês, Denis Cuspert se converteu ao islã e é garoto-propaganda do grupo radical, na tentativa de atrair mais adeptos entre simpatizantes na Alemanha.

Foto: picture-alliance/dpa

O rapper berlinense Denis Cuspert, conhecido como Deso Dogg, foi identificado como um dos jihadistas em vídeo feito pelo grupo radical "Estado Islâmico" (EI). Não está claro, porém, se ele está envolvido nas mortes mostradas no filme.

No entanto, ele é visto segurando uma cabeça e afirmando em alemão que as vítimas haviam lutado contra o EI e, por isso, receberam a pena de morte. Cuspert, 39 anos, filho de uma alemã e de um ganês, cresceu no bairro de Kreuzberg em Berlim.

Em 2002, ele iniciou sua carreira de rapper. A discriminação era um tema central de suas músicas. Segundo a revista alemã Der Spiegel, Cuspert, depois de passar algum tempo na prisão por diversos delitos, se converteu ao islã e, em 2010, se juntou ao movimento salafista.

Em abril, o rapper, que agora se chama Abu Talha al-Amani, prestou juramento de fidelidade pessoalmente ao chefe do EI, Abu Bakr al-Baghdadi. Agora seu papel é, aparentemente, o de garoto-propaganda dos jihadistas, tentando mobilizar salafistas nos países de língua alemã para integrar o grupo radical islâmico.

Embora as imagens tenham sido filmadas por integrantes do EI, elas foram divulgadas por ativistas sírios da província de Dair as-Saur, que denunciam crimes de guerra. A autenticidade das imagens ainda precisa ser confirmada, mas elas parecem contradizer informações de que Cuspert havia sido morto na Síria.

Cuspert lançou três álbuns como Deso Dogg antes de se converter ao IslãFoto: picture-alliance/dpa

Segundo as autoridades alemãs, Cuspert não só continua vivo, como faz parte do núcleo central do EI.

No vídeo, outro homem explica em árabe que as vítimas – uma assassinada com um tiro e outra decapitada – eram membros da tribo síria al-Sheitaat, um grupo de cerca de 70 mil sunitas que está lutando contra os terroristas desde julho. Em agosto, cerca de 700 integrantes da tribo foram massacrados pelo EI.

dw/AFP/dpa

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