Ex-general sérvio-bósnio Ratko Mladic foi sentenciado à prisão perpétua por genocídio e crimes contra a humanidade. Responsabilizado por massacres em Srebrenica e Sarajevo, ele ainda é, para muitos sérvios, inocente.
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A lista de acusações contra o general sérvio-bósnio Ratko Mladic, condenado nesta quarta-feira (22/11) à prisão perpétua pelo Tribunal Penal Internacional da ex-Iugoslávia (TPII) em Haia, na Holanda, é longa. Inclui os crimes de genocídio, graves violações da Convenção de Direitos Humanos de Genebra e crimes contra a humanidade.
Entre abril de 1992 e julho de 1995, com seu exército sérvio-bósnio, ele atacou, saqueou e destruiu cidades e vilarejos inteiros na Bósnia-Herzegovina. Milhares de mortos, deslocamentos forçados e estupros da população não sérvia durante a guerra teriam a sua assinatura.
Mladic também foi responsabilizado pelo cerco de três anos e pelo bombardeio de Sarajevo, durante o qual milhares de civis morreram por fogo de artilharia, morteiros, disparos de tanques de guerra e de franco-atiradores na capital bósnia. Além disso, ele teria preparado e comandado o massacre de Srebrenica em julho de 1995 – daí a acusação de genocídio. O massacre resultou na morte de cerca de 8 mil homens e garotos bósnios muçulmanos desarmados em Srebrenica.
"Atirem somente em carne humana!
"Atirem somente em carne humana! Só em carne humana! Eles não têm nada, eles tem apenas algumas armas simples – só isso". Este foi um comando dado por Ratko Mladic aos seus soldados pelo rádio durante o ataque a Srebrenica, então uma zona protegida pela ONU.
Os soldados obedeceram: em poucos dias e diante dos olhos dos capacetes azuis das Nações Unidas, 30 mil bosniaks, como são conhecidos os muçulmanos bósnios, foram deslocados de suas casas. Os cerca de 8 mil homens e meninos foram executados e enterrados em valas comuns. Foi o maior massacre na Europa depois da Segunda Guerra Mundial – tornando o processo um dos mais destacados de crimes de guerra desde os julgamentos de comandantes nazistas pelos Tribunais de Nurembergue.
Radovan Karadzic, líder político dos sérvios bósnios na guerra entre 1992 e 1995, e o presidente sérvio Slobodan Milosevic, que armaram e criaram as Forças Armadas sérvio-bósnias, foram julgados pelos mesmos crimes de Mladic. O TPII condenou Karadzic em 2016 a 40 anos de prisão. Milosevic morreu em sua cela em 2006, antes do término de seu processo.
Nacionalismo e revanchismo
No ápice da carreira militar, o general Ratko Mladic era um inflamado nacionalista. Ele mesmo se via como o vingador dos sérvios por séculos de dominação turca nos Bálcãs. A imprensa internacional o apelidou de "carniceiro dos Bálcãs".
Mas Mladic iniciou a trajetória profissional como um comunista convicto. Nascido em 1943 no leste da Bósnia, ele tinha dois anos quando seu pai, um dos partisans (guerrilheiros comunistas) do marechal iugoslavo Josip Broz Tito, foi morto pelas milícias fascistas croatas Ustase. Anos depois, ele frequentou a academia militar iugoslava em Belgrado, formando-se como o melhor aluno da turma.
No início da guerra de independência da Croácia, em junho de 1991, quando os sérvios que viviam naquele país se revoltaram contra a emancipação, o então coronel do Exército iugoslavo Mladic se tornou comandante do 9º corpo de Exército na cidade croata de Knin. Sua tarefa: organizar milícias sérvias e apoiá-las na luta contra a independência da Croácia. As cidades de Sibenik e Zadar foram bombardeadas sob seu comando, e a população croata, expulsa das localidades próximas.
Em maio de 1992, Mladic assumiu a mesma incumbência na Bósnia-Herzegovina: promovido a general, ele se tornou comandante das tropas sérvio-bósnias e lutou para estabelecer uma ligação entre as áreas dominadas por sérvios no leste e no oeste do país. Ordenou pessoalmente o cerco e o bombardeio da capital Sarajevo.
Publicamente, Mladic sempre afirmou que os ataques visavam alvos militares. Mas um comando pelo rádio, interceptado na época, revela: "Vocês precisam bombardear os edifícios da Presidência e do Parlamento". Ouve-se uma explosão. "Não há muitos sérvios ali. Vamos destruí-los [os bosniaks]".
Contra planos internacionais de paz
Para muitos observadores internacionais, o robusto e musculoso Mladic se tornou símbolo do desprezo do Ocidente pelos sérvios. "Fronteiras são sempre definidas com sangue, assim como Estados são marcados por túmulos", teria dito o ex-general.
Apesar de ser oficialmente subordinado ao líder político sérvio-bósnio Radovan Karadzic, Ratko Mladic tinha influência considerável no interior da liderança dos sérvios da Bósnia. Ele nunca foi apenas um soldado. Em 1993, por exemplo, ele teria conseguido convencer o Parlamento sérvio-bósnio a recusar o plano de paz dos intermediadores internacionais David Owen e Cyrus Vance.
No dia 25 de julho de 1995, ainda antes da assinatura do Acordo de paz de Dayton que encerrou a guerra na Bósnia, Mladic foi indiciado junto a Karadic diante do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia por crimes cometidos na Bósnia-Herzegovina. Um ano depois, a nova presidente da República Sérvia, Biljana Plavsic, exonerou Mladic como chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
Mladic desapareceu na clandestinidade, aparentemente com o apoio de políticos sérvios e do Exército. Ele não se escondeu muito: sempre seguro de que teria o apoio de seus ajudantes, ele foi visto em restaurantes e estádios de futebol por várias vezes.
O impenitente
Em maio de 2011, Mladic acabou sendo preso na Sérvia – a pressão internacional sobre o então governo sérvio havia crescido demais. Desde o fim da guerra, foram precisos 17 anos para levar o comandante das tropas sérvio-bósnias à Justiça.
O Acordo de Dayton encerrou o banho de sangue, dividindo a Bósnia entre a entidade semiautônoma da República Sérvia e a Federação da Bósnia e Herzegovina. A medida não acabou com a divisão étnica, nem impediu o ressurgimento do separatismo sérvio. Muitos sérvio-bósnios ainda estão convencidos de que Mladic é inocente e, segundo especialistas, poderiam interpretar a sentença como prova de que o TPII é influenciado contra os sérvios.
Antes do pronunciamento da sentença de prisão perpétua, Mladic, de 74 anos, ficou seis anos em Haia, durante um processo que durou 523 dias e que ouviu cerca de 600 testemunhas. O general sempre insistiu em sua inocência, chamando as acusações de "repugnantes" e o tribunal de "satânico".
Quando ainda estava foragido, Mladic ameaçou seus perseguidores, dizendo que sempre carregava uma pílula de veneno consigo e que não seria capturado vivo. Ele não tomou o veneno. Na prisão, sobreviveu a três AVCs (Acidente Vascular Cerebral).
Sua filha se suicidou com tiros no final da guerra, em 1994, por não aguentar mais viver sob a sombra dos crimes dos quais o pai era acusado de ter cometido na Croácia e na Bósnia-Herzegovina. Ela usou a mesma pistola que Mladic recebeu como melhor cadete de sua turma na academia militar.
O mês de novembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: picture-alliance/AP Photo/B. Matthews
Sem esperança por sobreviventes
A Marinha da Argentina anunciou que não espera mais encontrar sobreviventes entre os 44 tripulantes do submarino ARA San Juan, desaparecido há 15 dias. Apesar de ter finalizado a operação de resgate de vítimas, a força armada disse que segue a busca pela embarcação. A procura pelo submarino, ou pelo menos por vestígios dele, vai se concentrar agora no fundo do mar, informou a Marinha. (30/11)
Foto: Getty Images/AFP/J. Gonzalez Toledo
General se mata em corte de Haia
O ex-líder militar bósnio-croata Slobodan Praljak, que atuou na Guerra da Bósnia (1992-1995), morreu depois de ter ingerido veneno enquanto o Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia (TPII) confirmava sua condenação a 20 anos por crimes de guerra. Após beber o veneno, o ex-comandante gritou: "Não sou um criminoso de guerra". Ele foi levado a um hospital, mas não resistiu. (29/11)
Foto: picture-alliance/dpa/ANP/R. Van Lonkhuijsen
Coreia do Norte lança novo míssil
A Coreia do Norte lançou um novo míssil em direção ao leste, afirmou a Coreia do Sul. Segundo os EUA, trata-se de um míssil balístico intercontinental (ICBM), que voou cerca de mil quilômetros antes de cair no Mar do Japão. O Japão estima que o projétil tenha voado por cerca de 50 minutos. Para o chefe do Pentágono, James Mattis, o novo disparo põe em "risco a paz mundial e regional". (28/11)
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Príncipe Harry anuncia noivado
A família real britânica vai celebrar em breve mais um casamento. O príncipe Harry, neto da rainha Elizabeth 2ª, anunciou que está noivo da atriz americana Meghan Markle, e a cerimônia deve ocorrer no primeiro semestre de 2018. Em entrevista, ele disse que as "estrelas estavam alinhadas" quando conheceu Markle, em julho do ano passado, e que os dois se apaixonaram "incrivelmente rápido". (27/11)
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França unida contra o sexismo
O presidente francês, Emmanuel Macron, lançou uma campanha para combater os abusos, assédio e violência contra mulheres como um problema educacional. O pacote de medidas inclui mudar a educação nas escolas a facilitar a ida das vítimas à polícia. "Nossa sociedade inteira está cansada de sexismo. A França não pode mais ser um desses países onde as mulheres têm medo", declarou Macron. (26/11)
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Confrontos no Paquistão
Cerca de 150 ficaram feridos numa operação policial para dispersar um protesto de islamitas que bloqueia há 18 dias uma das principais entradas de Islamabad, a capital do Paquistão. Os manifestantes pedem a renúncia do ministro da Justiça, Zahid Hamid. O motivo é a aprovação no Parlamento de uma reforma na lei eleitoral que fez referência ao profeta Maomé. (25/11)
Foto: AP Photo/A. Naveed
Atentado no Egito
O Egito foi alvo de um dos ataques mais mortais no país nos últimos anos, que deixou mais de 200 mortos. Atiradores detonaram uma bomba dentro de uma mesquita sufista lotada e depois dispararam contra os fiéis na cidade de Al Arish, no norte da Península do Sinai. O presidente Abdul Fattah al-Sisi prometeu uma resposta "severa" ao massacre, cuja autoria ainda não foi reivindicada. (24/11)
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Submarino pode ter explodido
A Marinha argentina confirmou que um som anormal detectado na data do desaparecimento do submarino ARA San Juan, há mais de uma semana, é "consistente com uma explosão". O porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, descreveu o som como "anormal, singular, curto, violento e não nuclear". Acredita-se que a captação do ruído poderá ajudar na localização do submarino. As buscas continuam. (23/11)
Foto: Reuters/M. Brindicci
Prisão perpétua para Ratko Mladic
O Tribunal Penal Internacional para antiga Iugoslávia (TPII) condenou o ex-comandante sérvio-bósnio Ratko Mladic à prisão perpétua por causa do massacre de Srebrenica e outros crimes de guerra, além de genocídio e crimes contra a humanidade. Ele foi também condenado por outra das atrocidades de guerra que levaram à separação da Iugoslávia: o cerco de três anos a Sarajevo, a capital bósnia.(22/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/P. Dejong
Mugabe renuncia à presidência do Zimbábue
O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, renunciou ao cargo pouco depois de o Parlamento iniciar um processo de impeachment para acabar com suas quase quatro décadas de governo. O líder de 93 anos havia sido afastado por militares, mas se recusava a renunciar mesmo após ter sido expulso do próprio partido, a Zanu-PF. Na foto, zimbabuanos comemoram nas ruas a saída do presidente. (21/11)
Foto: Reuters/P. Bulawayo
Charles Manson morre aos 83 anos
Charles Manson, um dos criminosos mais famosos do século 20, morreu aos 83 anos num hospital no estado americano da Califórnia. Autoridades informaram que a morte ocorreu por "causas naturais", sem fornecer maiores detalhes. Nos anos 1960, os seguidores da seita apocalíptica que ele liderava, conhecida como "A Família Manson", foram responsáveis pelo assassinato em série de nove pessoas. (20/11)
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Mugabe ainda se agarra ao poder
Robert Mugabe, que governa o Zimbábue com mão de ferro há 37 anos, fez um pronunciamento em que abordou vários dos problemas econômicos e sociais do país e pediu a volta da "normalidade" no país. Mas a expectativa de que ele apresentaria sua renúncia não se concretizou. Mugabe, de 93 anos, simplesmente não deu nenhuma indicação de que pretende deixar o comando do país. (19/11)
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Morre Malcolm Young, do AC/DC
O guitarrista Malcolm Young, um dos fundadores da lendária banda de rock AC/DC, morreu aos 64 anos. Ele sofria de demência, doença que o levou a deixar o grupo australiano em 2014, logo após a banda ter completado 40 anos de estrada. Segundo um comunicado divulgado pelo AC/DC, Malcolm "morreu tranquilamente com sua família ao seu lado". Ele era casado, tinha dois filhos e três netos. (18/11)
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Mugabe reaparece em público
O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, presidiu uma graduação numa universidade da capital Harare, no que foi sua primeira aparição pública desde que foi posto em prisão domiciliar pelos militares, que mantêm o controle do país. Sua saída do poder, após quase quatro décadas, ainda é incerta. (17/11)
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Aliança contra o carvão
Liderados por Canadá e Reino Unido, 20 países lançaram uma nova aliança destinada a incentivar a eliminação do uso de carvão, considerado o principal propulsor do aquecimento global, como fonte energética. Os maiores usuários de carvão, China, EUA, Alemanha (foto) e Rússia, ficaram, porém, de fora do compromisso. (16/11)
Foto: picture-alliance/dpa/J. Stratenschulte
Enchentes na Grécia
Pelo menos 15 pessoas morreram e várias estão desaparecidas depois de fortes chuvas na Grécia. As enchentes castigaram municípios da região de Ática, onde está Atenas. Em alguns pontos, a água chegou a dois metros de altura. A cidade de Mandra foi a mais atingida. (15/11)
Foto: picture alliance/dpa/Eurokinissi/Zuma
A primeira Barbie de hijab
A empresa por trás da popular Barbie lançou sua primeira boneca usando o hijab, tradicional vestimenta islâmica. Ela é inspirada na esgrimista americana Ibtihaj Muhammad, que levou medalha de bronze nos Jogos do Rio, em 2016. "Estamos tão entusiasmados em honrá-la com uma Barbie única. Ibtihaj continua inspirando mulheres e meninas em todo mundo a quebrar barreiras", anunciou a empresa. (14/11)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/Invision/ E. Agostini
Cooperação inédita
Países da União Europeia (UE) lançaram uma nova era de cooperação em defesa, com um programa de investimento militar conjunto e desenvolvimento de projetos destinados a ajudar a UE a enfrentar seus desafios de segurança. O Reino Unido, que deve deixar o bloco comunitário em 2019, a Dinamarca, Irlanda, Portugal e Malta não aderiram à aliança. (13/11)
Foto: Reuters
Borut Pahor é reeleito presidente da Eslovênia
O presidente esloveno Borut Pahor, de centro-esquerda, derrotou o candidato Marjan Sarec no segundo turno das eleições presidenciais no país e conquistou um segundo mandato como chefe de Estado. Com 93% das urnas apuradas, Pahor, de 54 anos, estava como favorito na corrida com mais de 53% dos votos, contra quase 47% de seu adversário. A participação nas urnas foi de 40,7%. (12/11)
Foto: Reuters/S. Zivulovic
99 anos do fim da 1ª Guerra Mundial
Milhões de europeus relembraram os 99 anos do final da Primeira Guerra Mundial e os mais de 8,5 milhões de soldados mortos no conflito. Na França, o presidente Emmanuel Macron dirigiu a cerimônia do armistício, assinado em 11 de novembro de 1918, ao longo da Champs-Élysées, em Paris. No Reino Unido, o Big Ben soou seu sino pela primeira vez desde que foi silenciado para reforma, em agosto. (11/11)
Foto: picture-alliance/abaca/C. Liewig
Região do Reno abre o Carnaval
Na região renana da Alemanha, o Carnaval 2018 já começou: como todos os anos, às 11h11 do dia 11 de novembro. A folia em si, porém, coincide aproximadamente com as festas de Momo no Brasil, indo do Carnaval da Mulheres, na quinta-feira, até a Quarta-Feira de Cinzas. Atrás do grupo de elfos-foliões da foto, a catedral de Colônia, um dos principais redutos do Fastelovend à beira do rio Reno. (11/11)
Foto: picture-alliance/dpa/R.Vennenbernd
Papa pede fim de armas nucleares
O papa Francisco pediu o desarmamento nuclear global, alertando que as novas tecnologias aumentam o risco de que esse arsenal possa cair nas mãos de terroristas. "Temos que notar que as tecnologias nucleares estão se espalhando. Os instrumentos da lei internacional não evitaram que novos países se unissem aos que já possuem armas nucleares", afirmou. (10/11)
Foto: Reuters/R. Casilli
Maior apreensão de cocaína da Colômbia
A polícia colombiana informou ter apreendido 13.398 quilos de cocaína no departamento de Antioquia, pertencente ao cartel Clã do Golfo, o maior grupo criminoso do país. Cerca de 400 homens da Direção Antinarcótico da polícia participaram da operação. A droga está avaliada em 1,5 bilhão de dólares. Essa é maior apreensão de cocaína da história na Colômbia. (09/11)
Foto: Reuters/Colombian Presidency
Alemanha aprova registro de terceiro gênero
O Tribunal Constitucional Federal alemão decidiu que pessoas do chamado terceiro gênero podem ser registradas como intersexuais ou ter a definição de gênero omitida em suas certidões de nascimento. País deve ser pioneiro em legislação na Europa. Estima-se que 80 mil pessoas na Alemanha se considerem intersexuais, não se enquadrando nas características masculinas ou femininas. (08/11)
Foto: picture-alliance/dpa/P. Steffen
Para militar em Moscou
Mais de 5 mil militares desfilaram na Praça Vermelha em Moscou para lembrar a histórica parada militar de 1941, corrida em pleno avanço das tropas nazistas. Em 1941, 28,5 mil soldados soviéticos participaram da parada que comemorava o 24º aniversário da Revolução Bolchevique de 1917, um evento que completou 100 anos em 2017. (07/11)
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/A. Filippov
Centenário da Revolução Russa
Militantes do Partido Comunista russo se reuniram na Praça Vermelha, em Moscou, em cerimônia realizada diante do mausoléu de Lênin, para lembrar o centenário da Revolução Bolchevique de 7 de novembro de 1917. A data é ignorada completamente pelo Kremlin, desde que Putin ordenou, no final de 2016, que tal acontecimento não seja comemorado. (05/11)
Foto: Reuters/G. Dukor
Protesto contra uso de combustíveis fósseis
Nas vésperas da cúpula do clima da ONU, milhares de pessoas saíram às ruas de Bonn, no oeste da Alemanha, para protestar contra o uso de carvão e pedir mais incentivos às energias renováveis. Também a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de deixar o Acordo de Paris foi criticada. Segundo os organizadores, a marcha reuniu 25 mil pessoas. A polícia disse que foram 10 mil. (04/11)
Foto: Reuters/W. Rattay
Ex-vice da Argentina é preso
O ex-vice-presidente da Argentina Amado Boudou (de camiseta preta) foi detido em Buenos Aires acusado de ter praticado crimes de lavagem de dinheiro. Boudou foi vice-presidente no segundo governo Cristina Kirchner, entre 2011 e 2015. Segundo a Procuradoria argentina, "há provas suficientes para crer que [Boudou] enriqueceu seu patrimônio de forma injustificável". (03/11)
Foto: picture-alliance
Protestos contra prisão de antiga cúpula do governo catalão
Manifestantes tomaram as ruas de Barcelona após a Justica espanhola determinar a prisão incondicional (sem fiança) de oito membros do antigo governo separatista da Catalunha. Entre os presos está o ex-vice-presidente Oriol Junqueras. O grupo é acusado de rebelião e outros delitos relacionados ao processo de independência da Catalunha, que é considerado ilegal por Madri. (02/11)
Foto: Getty Images/D. Ramos
Atentado em Nova York foi ato solitário
A polícia americana revelou que as investigações sobre o autor do atentado da véspera em Nova York, o mais mortal desde o 11 de Setembro na cidade, com oito mortos, apontam para Sayfullo Saipov, 29 anos, imigrante do Uzbequistão que vive nos EUA desde 2010. Ele teria feito o ataque com inspiração no "Estado Islâmico", mas sem ligação direta com a organização terrorista. (1º/11)