Estados começam a afrouxar quarentena mesmo sem ter superado pico de infecções e mortes. Medidas vão na contramão de outros países duramente afetados pela covid-19. Para especialistas, é a receita para uma tragédia.
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O Brasil se tornou na quinta-feira (04/06) o terceiro no mundo em vítimas fatais totais, ultrapassando a Itália, com 34.021 mortes. A marca foi superada cem dias após a detecção do primeiro caso de coronavírus no país.
Também houve renovação do recorde diário de óbitos: 1.479 vidas a menos em 24 horas – uma por minuto. Os números, no entanto, são provavelmente bem mais altos, por causa da subnotificação e falta de capacidade para realizar mais testes.
Mesmo com esse crescimento dos casos e de mortes, sem que o pico tenha sido superado e com a maior parte dos estados com níveis de contágio elevados, alguns governadores e prefeitos começaram a relaxar medidas de restrição de isolamento social.
Segundo pesquisadores que acompanham a evolução da pandemia ouvidos pela DW Brasil, o cenário para os próximos dias tende a ser trágico.
Uma estimativa do grupo de monitoramento da pandemia Covid-19 Brasil, prevê que, contados dez dias após o começo do alívio das restrições, o número de infectados cresça 150% e o de vítimas fatais exploda.
"Me baseio no caso de Blumenau e no que aconteceu em menos de uma semana em Milão, onde estavam em lockdown, abriram, e o número de casos aumentou em 150%", diz Domingos Alves, do Laboratório de Inteligência em Saúde (LIS) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, ligada à USP.
O grupo Covid-19 Brasil alerta que uma queda dos casos por quatro ou cinco dias não é o suficiente para afirmar que é seguro afrouxar as medidas de distanciamento.
Em nota técnica emitida nesta semana, diversos grupos de cientistas brasileiros reiteraram as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o que tem mostrado a experiência internacional: para sair da quarentena, é preciso observar diversos critérios, entre eles, uma queda sustentada do número de casos e óbitos, ou seja, que se mantenha por duas ou três semanas. Esse foi o caminho seguido pela Espanha, Alemanha e França.
Segundo os cientistas, todo o cenário é diferente no Brasil. Nenhum outro país, por exemplo, tinha uma aceleração do número de infectados a partir do quinquagésimo quarto dia de sua pandemia. Nesse ponto, todos já viam um enfraquecimento do avanço da covid-19.
O professor titular de epidemiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Roberto Medronho lembra que, dada a heterogeneidade do país, é possível considerar que em alguns lugares o pico de infecções já tenha sido ultrapassado.
"Mas a doença está migrando pelo território e atingindo outros municípios, então isso faz com que a gente ainda tenha um número muito alto de casos e mortes. Somos o epicentro no mundo. Num momento desses, em que a maioria está na fase ascendente da curva, é no mínimo temerário abrir", avalia. Na visão dele, devia ser feito o contrário: um controle mais severo da circulação de pessoas.
Mesmo em países que tomaram todos os cuidados para a reabertura, afirma Medronho, houve recrudescimento da covid em algumas localidades. "Eu temo que no Brasil ocorra um recrudescimento. Em alguns lugares, inclusive, está começando a se elevar agora", disse.
Uma das exceções, segundo pesquisadores da USP, seria o Ceará, que parecia estar apontando para uma superação do pico, e poderia, mantidos o isolamento e níveis decrescentes de novas infecções, reabrir gradativamente em poucas semanas.
No entanto, o governo cearense optou por já relaxar a quarentena nesta semana. "A meu ver, ainda deveríamos ter aguardado mais", diz Alberto Novaes, professor e membro do comitê de enfrentamento à covid-19 da faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC),
Segundo Novaes, apesar de o número R do Ceará estar perto de 1, isso não é representativo do estado como um todo, já que há múltiplas realidades e uma desigualdade acentuada, inclusive dentro de um mesmo município.
O número efetivo de reprodução R designa o potencial de propagação de um vírus dentro de determinadas condições. Se ele é superior a 1, cada paciente transmite a doença a pelo menos mais uma pessoa, e o vírus se dissemina. Se é menor do que 1, cada vez menos indivíduos se infectam e o número dos contágios retrocede.
Enquanto algumas cidades do Ceará já veem uma redução, outras estão na aceleração da curva, e há um movimento de interiorização da doença.
Nesta semana, o Comitê Científico do Consórcio Nordeste para a COVID-19 afirmou que o pico da doença ainda não foi atingido em nenhum estado da região. A recomendação do comitê é que as medidas de isolamento social sejam mantidas.
No Norte, a situação é ainda pior. A região tem os três piores índices de infecções por 100 mil habitantes do país: Amapá, Amazonas e Acre. Mais populoso dos três, o Amazonas começou o afrouxamento da quarentena nesta semana.
Reabertura em SP é questionada
Primeiro estado a ter casos de coronavírus no Brasil, São Paulo começou sua reabertura na última segunda-feira, após uma virada na retórica do governo estadual. Em sua apresentação do plano de reabertura, João Doria argumentou que "medidas de isolamento social achataram a curva de contágio em São Paulo em relação a outros países e ao Brasil". Uma semana antes, ele alertava para a possibilidade de um lockdown em todo o estado, diante do crescimento no número de novos casos.
Os argumentos apresentados por Doria, no entanto, não encontram eco entre muitos cientistas, que veem uma falta de embasamento no que foi apresentado ao público. Segundo os pesquisadores que assinam a nota técnica crítica à reabertura, a curva de São Paulo, quando posta em escala logarítmica, mostra o contrário do que poderia ser um achatamento.
Além disso, outro razão apresentada, de que São Paulo agora contribui proporcionalmente menos para o total de casos e mortes no país, é considerada falaciosa, já que o estado foi o primeiro a ter casos e, por isso, está em momento diferente da pandemia em relação a outras unidades da federação, o que não significa necessariamente que tenha superado o pior.
A flexibilização paulista também é criticada por juristas. Nessa quinta-feira, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e o Sindicato dos Advogados de São Paulo (SASP) protocolaram uma ação pedindo a suspensão das medidas de isolamento social até que seja comprovada a queda nos números.
Para as entidades, o Estado atua de forma contrária ao que os estudos recomendam, atendendo a apenas dois de seis critérios recomendados pela OMS para a reabertura: capacidade de detectar e tratar novos casos e adotar medidas de prevenção em locais de trabalho.
Mas nem todos creem que o plano paulista seja má ideia.O presidente da Academia Nacional de Medicina, Rubens Belfort Jr., diz apoiar a flexibilização em São Paulo: "Se fosse assim [esperar os critérios que foram observados em outros países], o Brasil ia ficar fechado por um ano. Porém, a realidade é que temos que trocar o pneu com o carro andando", afirma, ao lembrar que o país passa por tensões sociais e econômicas.
"A minha avaliação é que as aberturas têm que ser determinadas pelo gestor regional, quem tem que estabelecer é o governo de São Paulo, não a OMS. O governo vai ouvir a OMS, vai ouvir quem ele precisa, e tem um comitê de crise altamente competente", diz Belfort Jr.
No Rio, Crivella reabre à revelia de ordem judicial
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, anunciou na segunda-feira a reabertura da cidade. Com a mais alta taxa de letalidade entre as capitais, e com ocupação dos leitos em torno de 80%, passaram a ser permitidas atividades em templos religiosos e reabertura de parte do comércio.
"O Rio ainda não está em queda (do número de casos e mortes). É um pouco temerário que se abra. Hoje (4/6) fiquei sabendo que houve abertura dos camelódromos, o que acaba levando a uma concentração de muita gente", diz o presidente da comissão estadual de ciência do Rio de Janeiro no combate à covid -19 e presidente da Faperj, Jerson Lima Silva."Eu acho que deveria pegar esse plano e dilatar o máximo possível".
A medida está em desacordo com a orientação estadual, que mantém a quarenta, com perspectiva de começar a relaxar restrições a partir do dia 15 de junho. Com isso, Crivella descumpriu também, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), uma decisão da Justiça, que determinava que a administração municipal não contrariasse as legislações federal e estadual em temas relativos à covid-19.
Até ontem, o estado do Rio contabilizava mais de 6,3 mil mortes por covid-19 – mais que a China, com 4,5 mil – e 60,9 mil casos. O número de reprodução R dos Sars-Cov-2 está em torno de 2 no estado.
"Tendo em vista que o Estado está aparentemente pouco preocupado com a nossa saúde, acho que agora cabe a cada um de nós tomar a melhor decisão. Quem puder ficar em casa, fique. Quem tiver que sair, não deixe de usar a máscara, não deixe de higienizar as mãos", recomenda Medronho.
Reveja os principais fatos desde a confirmação do primeiro caso da doença causada pelo novo coronavírus no Brasil, em fevereiro. Desde então, país está entre as nações com maior número de casos e mortos no mundo.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Sena
Primeiro caso no Brasil
Após já ter se espalhado por cerca de 40 países, matado mais de 2.700 pessoas e infectado mais de 80 mil, o primeiro caso do novo coronavírus é confirmado no Brasil apenas no final de fevereiro. Trata-se de um homem de 61 anos que viajou à Itália a trabalho. (26/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/FotoRua/F. Vieira
Brasil registra primeiras mortes pelo novo coronavírus
A primeira vítima de covid-19 no país é um homem de 62 anos, morador de São Paulo e que sofria de diabetes e hipertensão. No mesmo dia, um hospital em Niterói, no Rio de Janeiro, anuncia a morte de um idoso de 69 anos com sintomas de coronavírus. (17/03)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
Covid-19 em todos os estados
Roraima, o último estado que ainda não registrava casos do novo coronavírus, reporta dois infectados. Com isso, todos os estados brasileiros e o Distrito Federal já têm casos de covid-19 confirmados. (21/03)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Governo restringe entrada de estrangeiros
Começa a valer a medida que restringe a entrada no país, via aérea, de pessoas vindas da Europa e de vários países asiáticos por 30 dias para conter a disseminação do coronavírus. A portaria não se aplica a brasileiros natos ou naturalizados ou a imigrantes com autorização de residência no país. (23/03)
O presidente faz um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão no qual conclama o país a "voltar à normalidade", pedindo que os estabelecimentos comerciais não fechem as portas e que as pessoas saiam do confinamento em suas casas. Ele chama a covid-19 de "gripezinha" e fala em "histeria" devido à pandemia. Bolsonaro é alvo de panelaços pelo oitavo dia consecutivo. (24/03)
Foto: YouTube/TV BrasilGov
Bolsonaro sanciona ajuda de até R$ 1,2 mil para informais
Bolsonaro sanciona um auxílio emergencial por três meses, no valor de 600 reais, destinados aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. (01/04)
Foto: picture-alliance/robertharding/I. Trower
Mortes por covid-19 no Brasil superam óbitos por dengue e H1N1 em 2019
O país soma 800 mortes em decorrência do novo coronavírus. Durante todo o ano passado, foram registrados 782 óbitos por dengue e outros 312 continuam em investigação, mostra boletim epidemiológico divulgado pela pasta da Saúde. De acordo com outro boletim epidemiológico, em 2019 morreram no Brasil 787 pessoas vítimas de Influenza A (H1N1). (08/04)
Foto: picture-alliance/dpa/EPA/G. Amador
Garoto de 15 anos é primeiro ianomâmi a morrer por covid-19
O adolescente recebia cuidados em um leito de UTI num hospital em Boa Vista desde 3 de abril. Entidades de defesa da causa indígena, como o Instituto Socioambiental (ISA) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), têm denunciado a subnotificação de casos de covid-19 entre indígenas e demonstrado preocupação com o risco para as comunidades. (10/04)
Foto: Adam Renan/Rede Amazônia Sustentável
Bolsonaro demite Mandetta
Em meio à pandemia de coronavírus, Bolsonaro demite o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A decisão ocorre dias depois de o titular da pasta ter dado uma entrevista contrariando a posição do presidente em relação à resposta à pandemia de covid-19. Mandetta defendia o isolamento social. O médico oncologista Nelson Teich foi escolhido para substituir Mandetta. (16/04)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Borges
Novo ministro da Saúde defende plano para saída do isolamento
Em sua primeira entrevista após assumir o comando do Ministério da Saúde, Nelson Teich defende um plano para saída do isolamento e diz que o número de infectados no país é relativamente baixo se comparado com o total da população e não deve alcançar 70% da população em contato com a doença. "É impossível um país sobreviver um ano, um ano e meio parado." (22/04)
Foto: picture-alliance/ ZUMAPRESS/GDA/O. Globo
Brasil supera a China em mortes por covid-19
A contagem diária de mortes por covid-19 atinge número recorde com 474 óbitos, elevando o total de vítimas no país para 5.017. O Brasil se torna o 9º país com o maior número de mortes em todo o mundo, superando a China, onde surgiu a pandemia e 4.637 óbitos foram registrados. Ao ser questionado sobre as mortes, Bolsonaro responde: "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?". (28/04)
Foto: AFP/M. Dantas
Bolsonaro livra agentes públicos de responsabilidade por erros durante epidemia
De acordo com medida provisória (MP) editada por Bolsonaro, agentes públicos apenas poderão ser responsabilizados nos âmbitos civil e administrativo se houver "dolo ou erro grosseiro", "manifesto, evidente e inescusável, praticado com culpa grave" e "com elevado grau de negligência, imprudência ou imperícia". Dias depois, o STF limitou o alcance da MP. (14/05)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Covid-19 atinge dezenas de povos indígenas
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) informou que, até 15/05, 38 povos indígenas do país já haviam sido afetados pelo coronavírus. A associação contabilizou 446 infecções e 92 mortes em comunidades indígenas. A maioria das infeções foi registrada na Amazônia, onde está localizada a maioria das comunidades isoladas. Mas também há casos no Sul, Centro-Oeste e Nordeste. (15/05)
Foto: Reuters/B. Kelly
Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde
Menos de um mês após ter assumido o cargo, Nelson Teich pede demissão do Ministério da Saúde. Ele afirma que a saída foi decisão dele, sem dar detalhes sobre os motivos. "A vida é feita de escolhas. E hoje eu escolhi sair", destaca. Ele e Bolsonaro vinham discordando sobre medidas na gestão da epidemia. O general Eduardo Pazuello assume o cargo interinamente. (15/05)
Foto: Reuters/A. Machado
Sem base científica, governo amplia uso da cloroquina
O Ministério da Saúde divulga um novo protocolo sobre o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19, permitindo que os medicamentos sejam administrados também em casos leves da doença. A mudança do protocolo foi feita a pedido de Bolsonaro, apesar de não haver comprovação científica da eficácia do medicamento em pacientes com covid-19. (20/05)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Brasil ultrapassa Itália e é terceiro país com mais mortes por covid-19
Exatos cem dias após o primeiro caso registrado, o Brasil ultrapassa a Itália e se torna o terceiro país com mais mortes pela covid-19. O país contabiliza 34.021 mortes e fica atrás apenas dos EUA (108.211) e do Reino Unido (39.987). (04/06)
Foto: Reuters/R. Moraes
Brasil amplia orientações de uso da cloroquina contra a covid-19
O Ministério da Saúde informa que vai ampliar as recomendações de uso da cloroquina e de sua derivada hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, passando a orientar a aplicação precoce das drogas em crianças e grávidas diagnosticadas com a doença. O anúncio ocorre no mesmo dia em que os EUA revogam seu uso emergencial no tratamento da covid-19. (15/06)
Foto: AFP/G. Julien
Casos de covid-19 passam de 1 milhão no Brasil
O Brasil supera a marca de 1 milhão de casos confirmados de covid-19, após registrar um recorde de 54.771 novas infecções pelo novo coronavírus em apenas 24 horas. Menos de quatro meses após a confirmação do primeiro caso, o país soma 1.032.913 ocorrências da doença e é o segundo do mundo com mais casos e mortes, atrás apenas dos EUA. (19/06)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Vacina de Oxford contra covid-19 começa a ser testada no Brasil
O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes de uma vacina desenvolvida pela universidade britânica. O projeto financiado pela Fundação Lemann contará com 2 mil voluntários em São Paulo e outros mil no Rio. A vacina está atualmente na fase 3 de testes. Um dos motivos que levaram à escolha do Brasil foi o fato de a epidemia estar em ascensão no país. (22/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Juiz manda Bolsonaro usar máscara em público
O juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Federal Cível de Brasília, impõe ao presidente Jair Bolsonaro o uso obrigatório de máscara em espaços públicos e estabelecimentos comerciais, como medida de proteção contra o novo coronavírus. Em caso de descumprimento, o magistrado fixou um multa diária de R$ 2 mil. (22/06)
Foto: Getty Images/AFP/E. SA
UE estende proibição à entrada de viajantes do Brasil
Lista elaborada por Bruxelas recomenda que Estados-membros reabram suas fronteiras para viajantes de 15 países a partir de 1º de julho. Brasil, EUA e Rússia ficam de fora devido ao alto número de casos de covid-19. (30/06)
Foto: Delfim Martins
Bolsonaro diz estar com covid-19
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que teve resultado positivo em um exame para detectar a covid-19. Ao anunciar o resultado, em entrevista em frente ao Palácio da Alvorada, ele aproveitou a ocasião para mais uma vez reclamar das medidas de isolamento impostas por prefeitos e governadores. Bolsonaro também disse estar se tratando com hidroxicloroquina. (07/07)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Casos de covid-19 passam de 2 milhões no Brasil
Menos de um mês depois de o país ter atingido o número de 1 milhão de infectados, em 19 de junho, o Brasil ultrapassou a marca de 2 milhões de casos oficialmente notificados de covid-19. O número de casos identificados da doença dobrou em menos de um mês. (16/07)
Foto: picture-alliance/E. Lustosa
Brasil: 100 mil mortos por covid-19
Menos de seis meses após a identificação do primeiro caso de covid-19 no Brasil, o país cruzou a marca de 100 mil mortes pela doença. O número de casos chegou a 3 milhões. Mesmo num ritmo de mil mortes por dia, o governo do país segue defendendo a flexibilização do isolamento e minimizando os impactos do vírus. (08/08)
Foto: Getty Images/A. Schneider
Mais uma empresa alemã pretende testar vacina contra covid-19 no Brasil
CureVac, de Tübingen, pretende começar testes em voluntários brasileiros em setembro ou outubro. Em parceria com a Pfizer, a também alemã BioNTech iniciou testes no Brasil na semana passada. (11/08)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Gollnow
Brasil autoriza testes de mais uma vacina contra covid-19
Anvisa dá aval para estudos clínicos de fase 3 do imunizante desenvolvido pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, com 7 mil voluntários participando dos testes. É a quarta vacina a obter autorização no país. (18/08)
Foto: picture-alliance/AP Photo/University of Oxford
Saldo do coronavírus após seis meses no Brasil
Somada à falta de testes e à desigualdade social, resposta de Bolsonaro à covid-19 contribuiu para que o país virasse o segundo do mundo com mais óbitos devido à pandemia, atrás dos EUA. Seis meses após primeiro caso confirmado no Brasil, país acumula mais de 3,6 milhões de infecções e 116 mil mortes por covid-19, números que devem ser maiores devido à falta de testes e à subnotificação. (26/08)
Foto: picture-alliance/dpa/ZUMA Wire/D. Oliveira
Índia passa Brasil e é segundo país com mais casos de covid-19
País registra mais de 90 mil novas infecções pelo coronavírus por dois dias consecutivos, elevando o total de casos para mais de 4,2 milhões. Brasil ainda é a segunda nação com mais mortes em decorrência da doença. (07/09)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/C. Anand
Pazuello é efetivado como ministro da Saúde
General ocupava posto há quatro meses na condição de interino. No período, submeteu a pasta completamente aos desejos de Bolsonaro, tentou esconder números e viu mortes por covid-19 no país explodirem. (16/09)
Foto: Getty Images/A. Anholete
Brasil adere à iniciativa global por vacinas contra covid-19
Governo anuncia inclusão em programa mundial que monitora desenvolvimento de imunizantes e inclui mais de 170 países. Nações envolvidas receberão doses para cobrir ao menos 20% de suas populações. (19/09)
Foto: Adriano Machado/Reuters
Brasil ultrapassa marca de 5 milhões de casos de covid-19
Pouco mais de sete meses depois do primeiro caso de covid-19, o Brasil passou nesta quarta-feira (07/10) a marca de cinco milhões de pessoas infectadas. Segundo o Conass, o país registrou mais 31.553 infecções nas últimas 24 horas, elevando o total para 5.000.694. Ainda nesta quarta-feira, foram registradas mais 734 mortes, elevando o total para 148.228.
Foto: picture-alliance/NurPhoto/G. Basso
Testes no Brasil mostram segurança de vacina chinesa, diz Butantan
Segundo instituto, resultados preliminares em estudo de fase 3 feitos no país são semelhantes aos de ensaios clínicos feitos na China. São Paulo quer começar vacinação no início do próximo ano. (19/10)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/A. Zemlianichenko
"Pandemia deve elevar tanto a fome quanto a obesidade entre brasileiros"
Ex-chefe da FAO, José Graziano se diz preocupado com queda na qualidade da alimentação de crianças fora da escola, bem como com fim do auxílio emergencial, que pode levar milhões a passarem fome e dependerem de caridade. (20/10)
Foto: DW/N. Pontes
Brasil incluirá vacina chinesa em calendário nacional de vacinação
Ministério da Saúde pretende comprar 46 milhões de doses da Coronavac e iniciar imunização em todo país já em janeiro. Resultados de testes ainda são aguardados para liberação de imunizante no país. (20/10)
Foto: Andre Lucas/dpa/picture-alliance
Anvisa autoriza importar 6 milhões de doses de vacina chinesa
Após polêmica envolvendo a Coronavac, a Anvisa autorizou no dia 23 de outubro a importação de 6 milhões de doses da vacina produzido pela chinesa Sinovac em parceria com o Butantan. A licença é só para importação da vacina. Sua distribuição depende de autorização da própria Anvisa. Enquanto ela não autorizar a aplicação, o Butantan deve armazenar as doses e garantir que elas não sejam usadas.