Rebeca Andrade será porta-bandeira do Brasil no encerramento
4 de agosto de 2021
Com um ouro no salto e uma prata no individual geral, atleta foi a primeira ginasta brasileira a subir no pódio olímpico e a primeira mulher do país a receber duas medalhas em uma mesma edição dos Jogos.
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Um dos maiores destaques brasileiros nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a ginasta Rebeca Andrade, ouro no salto e prata no individual geral, será a porta-bandeira brasileira na cerimônia de encerramento do evento, no domingo, às 8h (horário de Brasília). A informação foi divulgada nesta quarta-feira (04/08) pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
A maioria dos atletas brasileiros que já encerrou a participação nos Jogos retornou ao Brasil ou aos países em que vivem. No entanto, Rebeca segue em Tóquio, acompanhada do treinador, Francisco Porath.
Todo restante da equipe de ginástica artística já terá retornado de Tóquio. A última competição da modalidade foi nesta terça-feira, quando Flávia Saraiva ficou em sétimo lugar na final da trave.
A cerimônia de encerramento terá como tema "Mundos que compartilhamos", e promete mostrar a união, a diversidade e a inclusão, já entrando no clima dos Jogos Paralímpicos, que começam em 24 de agosto e seguem até 5 de setembro.
Segundo o Comitê Organizador Tóquio 2020, o encerramento também quer destacar que, mesmo com a pandemia, as pessoas seguem unidas e compartilhando emoções. Para os organizadores também será um momento de reflexão sobre o futuro.
Como é tradicional nas cerimônias de encerramento, haverá espaço para uma apresentação da próximo cidade-sede, no caso, Paris, que será palco do evento esportivo em 2024.
Somente porta-bandeiras na abertura
Na cerimônia de abertura, o COB decidiu que a delegação brasileira seria representada por apenas quatro pessoas ao desfile de abertura, número mínimo exigido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). A decisão foi uma clara mensagem de respeito às regras de prevenção da pandemia.
A bandeira do Brasil foi conduzida pela judoca Ketleyn Quadros e pelo jogador de vôlei Bruninho. Completaram a delegação o chefe da missão e vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Marco La Porta, e Joyce Ardies, funcionária da entidade.
No mesmo dia da abertura, o COB organizou um desfile simbólico da delegação brasileira pelas ruas da Vila Olímpica.
Nenhum país participou da abertura com a delegação completa, mas alguns optaram por levar vários atletas, como foi o caso de Estados Unidos, Argentina e França.
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Medalhas brasileiras
O Brasil já soma 15 medalhas na edição dos Jogos de Tóquio. São quatro ouros - Rebeca Andrade no salto, Ítalo Ferreira no surfe, a dupla Martine Grael e Kahena Kunze na categoria 49erFX da vela e Ana Marcela Cunha na maratona aquática - três medalhas de prata - Rayssa Leal e Kelvin Hoefler no skate street e Rebeca Andrade no individual geral da ginástica artística - e oito bronzes - Mayra Aguiar e Daniel Cargnin no judô, Fernando Scheffer e Bruno Fratus na natação, a dupla Luisa Stefani e Laura Pigossi no tênis, Abner Teixeira no boxe, Alison dos Santos nos 400 metros com barreiras e Thiago Braz no salto com vara.
O Brasil tem ainda três medalhas já garantidas: ao menos a prata no futebol masculino, já que passou para a final, e dois pódios certos no boxe, com Beatriz Ferreira e Hebert Conceição.
Com isso, o país chega a 18 medalhas, uma a menos do que nos Jogos Olímpicos do Rio. No entanto, ainda há chance de medalha em outros esportes, como no vôlei masculino e feminino.
A delegação brasileira em Tóquio contou com um total de 301 atletas, bem menos no que no Rio, quando foram 465.
Maior delegação paralímpica fora do Brasil
O Brasil terá em Tóquio sua maior delegação paralímpica já convocada para uma edição fora do Brasil. No total, serão 253 atletas, incluídos alguns sem deficiência como guias, calheiros, goleiros e timoneiro.
Na última edição dos Jogos Paralímpicos fora do Brasil, em Londres 2012, o Brasil compareceu com 178 atletas, até então a maior delegação.
Os primeiros atletas brasileiros, das equipes de natação, tênis de mesa, goalball e halterofilismo, embarcam nesta quinta-feira para Tóquio.
No sábado, viaja a equipe de atletismo e, no domingo, os atletas do tiro com arco, judô, remo, vôlei sentado, tênis em cadeira, bocha e futebol de 5. Na semana que vem, embarcam as equipes de parabadminton e paracanoagem.
Depois, entre os dias 17 e 25, devem chegar ao Japão as seleções de ciclismo, esgrima, hipismo, maratona, triatlo, tiro esportivo e parataekwondo.
le/lf (Agência Brasil, ots)
As mascotes dos Jogos Olímpicos
Os Jogos tiveram mascotes a partir de 1972, em Munique. Animais e figuras reais ou fantasiosas representam cada edição e motivam atletas e espectadores.
Foto: kyodo/dpa/picture alliance
Munique 1972: cão-salsicha Waldi
A primeira mascote da história dos Jogos Olímpicos foi o dachshund (cão-salsicha) Waldi. O famoso designer alemão Otl Aicher, que o concebeu para Munique 1972, escolheu esta raça canina porque ela se caracteriza pela resistência, tenacidade e agilidade, atributos importantes dos atletas.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Weigel
Montreal 1976: o castor Amik
O castor preto Amik representa, para os canadenses, trabalho árduo. O nome significa castor na língua algonquin, a mais difundida entre os indígenas canadenses. A escolha pelo animal, nativo do Canadá, se deveu a características importantes para um atleta: paciência e trabalho duro para construir as barragens onde vive.
Foto: Sven Simon/imago
Moscou 1980: o urso Misha
Em 1980, os Jogos em Moscou tiveram o animal nacional da Rússia como mascote. Ele foi concebido pelo caricaturista e ilustrador de livros infantis russo Viktor Chizhikov, que alcançou fama internacional com Misha. A imagem da mascote chorando na cerimônia de encerramento emocionou o mundo.
Foto: Sven Simon/imago
Los Angeles 1984: a águia Sam
Outro animal símbolo nacional: a águia Sam. Idealizado pelo desenhista Robert Moore, dos estúdios Disney, o animal tinha um chapéu cartola e gravata borboleta nas cores da bandeira dos Estados Unidos.
Foto: Tony Duffy/Getty Images
Seul 1988: o tigre Hodori
Nos Jogos na capital da Coreia do Sul, o escolhido foi o tigre Hodori, um animal enraizado na cultura e mitologia coreanas, e que representa vigor e espírito de luta. Em sua cabeça, a mascote usa um sangmo, chapéu típico de músicos populares sul-coreanos. Seu criador foi Kim Hyun. O nome é uma mistura de horangi, que significa tigre, e dori, diminutivo de garoto.
Foto: Sven Simon/imago
Barcelona 1992: o cão pastor Cobi
A mascote espanhola idealizada pelo designer Javier Mariscal no estilo do cubismo foi uma homenagem ao pintor espanhol Pablo Picasso. O nome vem do comitê organizador dos Jogos de Barcelona.
Foto: Pressefoto Baumann/imago
Atlanta 1996: Izzy
Izzy foi a primeira mascote olímpica que não representava um animal típico do país. O designer americano John Ryan criou uma criatura puramente imaginária. O difícil era dizer do que se tratava, tanto que o nome é uma abreviação de "Whatizit", forma informal da pergunta "What’s it?" (O que é isso?, em inglês).
Foto: Michel Gangne/AFP/Getty Images
Sydney 2000: Olly, Syd e Millie
Pela primeira vez, os Jogos tiveram três mascotes numa edição. Criadas pelo designer Matthew Harton, elas representam animais nativos australianos. Olly, cujo nome vem de Olimpíada, é um pássaro kookaburra; Syd, versão reduzida de Sydney, é um ornitorrinco; e Millie, batizada em homenagem ao novo milênio, é um equidna, espécie de porco-espinho.
Foto: Arne Dedert/dpa/picture-alliance
Atenas 2004: Athena e Phevos
As mascotes dos Jogos Olímpicos de Atenas foram uma homenagem à mitologia grega. Athena e Phevos receberam os nomes de irmãos do Olimpo. Athena era a deusa da sabedoria e deu o nome à cidade onde se realizaram os Jogos. Phevos era o outro nome de Apolo, deus da luz e da música. A inspiração para o desenho, feito por S. Gogos, foi uma "aitala", boneca de terracota encontrada em escavações.
Foto: Alexander Hassenstein/Bongarts/Getty Image
Pequim 2008: Beibei, Jingjing, Huanhuan, Yingying e Nini
Os Jogos na capital chinesa tiveram cinco mascotes, cada um numa cor dos anéis olímpicos: Beibei, um peixe; Jingjing, um panda; Huanhuan, o fogo olímpico; Yingying, um antílope tibetano; e Nini, uma andorinha. Os nomes foram derivados de "Beijing huanying ni", que significa "Pequim lhe dá as boas-vindas".
Foto: Kazuhiro Nogi/AFP/Getty Images
Londres 2012: Wenlock e Mandeville
Wenlock e Madeville – esta última mascote dos Jogos Paralímpicos – lembram gotas de aço. Elas têm na cabeça um escudo laranja que lembra os sinais luminosos sobre os táxis ingleses. O olho, uma câmera, simboliza a era digital. Um nome vem de Much Wenlock, que teria inspirado o Barão de Coubertin a criar os Jogos da Era Moderna, e o outro vem de Stoke Mandeville, berço do Movimento Paralímpico.
Foto: Julian Finney/Getty Images
Rio 2016: Vinícius e Tom
A mascote Vinícius é uma mistura de macaco e gato selvagem e representa a fauna brasileira. Já a mascote paralímpica Tom combina várias plantas e representa a flora brasileira. Os nomes foram inspirados em Vinícius de Moraes e Tom Jobim.
Foto: Sebastiao Moreira/dpa/picture alliance
Tóquio 2020: Miraitowa e Someity
Miraitowa significa "futuro" (mirai) e "eternidade" (towa), em japonês. O projeto do artista Ryo Taniguchi foi escolhido por estudantes japoneses e combina futurismo com o tradicional estilo mangá. Já Someity, mascote dos Jogos Paralímpicos, mistura o termo "Someiyoshino", um tipo popular de flor de cerejeira, e a expressão "so mighty" (tão poderoso, em inglês).
Foto: picture-alliance/Kyodo/Maxppp
Paris 2024: os barretes Les Phryges
As mascotes dos Jogos de Paris também vêm em dupla: Les Phryges, em versão olímpica e paralímpica. Sua forma é inspirada no barrete frígio, "uma peça de vestuário que é um simbolo de liberdade, tem sido parte de nossa história há séculos e data a tempos remotos", "um símbolo de revoluções" e onipresente na França, explica o website do evento.