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Bab al Asisiya

23 de agosto de 2011

Combatentes oposicionistas conseguem romper alta segurança de complexo militar de Bab al Asisya. União Europeia já prepara liberação de contas líbias congeladas no bloco europeu.

Combate feroz em torno de Bab al Asisiya
Combate feroz em torno de Bab al AsisiyaFoto: dapd

Os insurgentes líbios conseguiram tomar a residência de Muammar Kadafi em Trípoli, nesta terça-feira (23/08). A notícia parte de um correspondente da agência de notícias AFP na capital líbia. Alguns observadores supõem que o ditador líbio ainda estaria entrincheirado num abrigo dentro do gigantesco complexo militar denominado Bab al Asisiya. Outros partem do princípio que, caso lá se encontrasse, ele já tenha escapado por um sistema de abrigos antiaéreos e túneis.

Os pesados combates em torno do possível esconderijo de Kadafi iniciaram-se na manhã desta terça-feira. Antes, alguns soldados das tropas do governo haviam se entregado aos insurgentes. Como informaram os rebeldes em seu website, os militares foram capturados e retirados do local.

A agência de notícias DPA informou que os oposicionistas içaram sua bandeira na propriedade capturada, cercada por altos muros e numerosos portões. Durante a operação, 12 deles teriam morrido. Segundo a emissora árabe Al Jazeera, os rebeldes comemoraram a vitória com salvas de tiros, bradando: "Alá é grande". Numerosas armas abandonadas pelos soldados em fuga foram recolhidas.



Ocidente prepara liberação de dinheiro líbio

Segundo a alta representante da União Europeia para Assuntos Externos, Catherine Ashton, o bloco europeu já prepara a liberação das quantias bilionárias nas contas congeladas de firmas e bancos ligados ao regime Kadafi. Assim que as Nações Unidas deliberarem a suspensão das sanções contra o país árabe, a UE colocará as contas à disposição do governo de transição.

Somente na Alemanha, são 7 bilhões de euros congelados. A França, a Holanda e, por último, a Áustria, já anunciaram a liberação das quantias em seu poder. Assim, Ashton não vê necessidade de um pacote abrangente de apoio financeiro à Líbia. Ela lembrou que o governo interino precisará de meios para a estabilização do país. É preciso pagar os salários do funcionalismo público, o comércio necessita suficientes mercadorias, e a economia tem que ser reaquecida, acentuou.

Além disso, vários países da UE disponibilizam ajuda médica e fornecimento de combustíveis para a capital. Os embaixadores da UE encontraram-se na tarde dessa terça-feira para decidir sobre seu procedimento futuro. Na sexta-feira, a diplomata-chefe do bloco europeu viajará para Nova York, a fim de debater a situação na Líbia com representantes da Liga Árabe e da União Africana, nas dependências da ONU.

Citando o presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia, Mustafa Abdel Jalil, Ashton anunciou que os insurgentes já controlam 80% de Trípoli. "Ainda não acabou", comentou, referindo-se às violentas batalhas na capital. Entretanto, a diplomata disse não ter dúvida de que o futuro do país esteja nas mãos de sua população.

AV/dpa/dapd/afp
Revisão: Carlos Albuquerque

Presumíveis soldados pró-Kadafi detidos em TrípoliFoto: dapd
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