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Rebeldes sírios resistem a bombardeios em Aleppo

29 de julho de 2012

Governo declara vitória em batalha por Damasco. Rebeldes apelam por zona de exclusão aérea para evitar bombardeios de forças do governo na cidade de Aleppo.

A Free Syrian Army member takes position while people flee after hearing shelling at Aleppo's disctrict of al- Sukkari July 29,2012. REUTERS/Zohra Bensemra (SYRIA - Tags: POLITICS CIVIL UNREST MILITARY )
Krieg in Syrien Kämpfe in AleppoFoto: Reuters

O governo sírio declarou vitória após violentos confrontos contra tropas rebeldes na disputa pela capital Damasco, neste domingo (30/07). Forças leais ao presidente Bashar al-Assad investem contra regiões controladas pelo Exército Livre da Síria na capital comercial do país, Aleppo. Colaboradores do Observatório Sírio dos Direitos Humanos descrevem que a cidade é palco de "confrontos de rua de alta escala".

As forças leais a Assad são empregadas em intensos combates para manter o controle do país. Rebeldes aumentaram a presença nas duas maiores cidades sírias desde a explosão que matou quatro integrantes do alto escalão da defesa do regime de Assad, há duas semanas.

"Eu digo a vocês que a Síria está mais forte. Em menos de uma semana, eles serão derrotados (em Damasco)", disse o ministro sírio do Exterior, Walid Moualem, durante visita ao Irã. Rebeldes realizam patrulhas com caminhões em distritos controlados pela oposição e conseguem manter as forças de Assad fora da região sudoeste da cidade, onde combates acontecem há alguns dias.

População deixa Aleppo

Os rebeldes acusam as tropas leais a Assad de prepararem um massacre no norte da cidade e pedem armas pesadas para fazer frente ao exército sírio. "Nós destruímos tanques e matamos mais de cem soldados. Estamos pedindo para o Ocidente que instale uma zona de exclusão aérea para prevenir bombardeios do regime", disse o coronel rebelde Abdel al-Oqaidi.

As tropas governamentais avançam com o apoio de helicópteros em Aleppo. Conforme a agência AFP, vários civis estariam deixando às pressas a cidade de 2,5 milhões de habitantes após intenso bombardeio de peças de artilharia. O ministro do Exterior da Jordânia, Nasser Judeh, que abriu o campo de refugiados de Zaatari para mais de 120 mil pessoas, disse que o país abriga mais de 142 mil sírios, dos quais 36 mil estão registrados pela ONU.

O mediador da crise, Kofi Annan, apelou para que ambos os lados recuem, salientando que apenas uma solução política pode acabar com o conflito, que já matou mais de 20 mil pessoas, conforme organizações de direitos humanos.

"O maior posicionamento de tropas em Aleppo e em áreas no entorno da cidade evidencia que é necessário que a comunidade internacional se envolva na questão para persuadir ambas as partes no sentido de que apenas uma transição política, conduzindo para um acordo, pode resolver a crise", disse Annan.

A agência de notícias estatal Sana refere-se aos combates entre o Exército sírio e os rebeldes nas fronteiras do país, publicando que tropas sírias têm matado grande número de "terroristas" que tentam cruzar a fronteira com a Turquia.

MP/afp/rtr
Revisão: Alexandre Schossler

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