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Rebelião em presídio no México deixa 52 mortos

11 de fevereiro de 2016

Motim começou devido a confronto entre dois grupos rivais na prisão de Topo Chico, no nordeste do país. Presos também atearam fogo em depósito de alimentos. Ninguém conseguiu fugir.

Foto: Reuters/D. Becerril

Uma rebelião num presídio em Monterrey, no nordeste do México, deixou ao menos 52 mortos e 12 feridos nesta quinta-feira (11/02). Segundo autoridades mexicanas, o motim começou com um confronto entre dois grupos rivais na prisão de Topo Chico.

Um dos grupos é liderado por um representante do cartel de narcotráfico Los Zetas, um dos mais violentos do país. Os presos também atearam fogo num depósito de alimentos.

"Estamos diante de uma tragédia resultante da difícil situação em que esses homens vivem nas instalações penitenciárias", declarou Jaime Rodriguez, governador do estado de Nuevo León, onde Monterrey está localizada.

O incidente começou no fim da noite de quarta-feira. De acordo com o governador, a polícia conseguiu conter a rebelião horas depois, sem precisar utilizar armas de fogo. Todas as vítimas são homens. Ninguém conseguiu fugir, segundo o governador.

Do lado de fora, familiares atiraram pedras e tentaram derrubar as grades da entrada em busca de informações sobre os mortos e feridos.

O presídio de Topo Chico recebeu em 2014 a visita do relator das Nações Unidas sobre tortura, Juan Méndez, que denunciou superlotação e as más condições de vida dos presos.

A rebelião ocorreu na véspera da chegada do papa Francisco ao México. A viagem do pontífice inclui uma visita a presos em Ciudad Juárez, na fronteira com os Estados Unidos.

KG/efe/lusa/rtr/dpa

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