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Rebelião em prisão na Venezuela deixa ao menos 37 mortos

17 de agosto de 2017

Mortes ocorrem durante confronto entre detentos e forças de segurança, que entraram na penitenciária para acabar com motim. Segundo Ministério Público, 14 agentes ficaram feridos.

Entrada do Centro de Detenção Penal do Amazonas, onde 37 pessoas morreram
Entrada do Centro de Detenção Penal do Amazonas, onde 37 pessoas morreramFoto: Imago/ZUMA Press

Ao menos 37 pessoas morreram durante uma rebelião no Centro de Detenção Penal do Amazonas, localizada na cidade de Puerto Ayacucho, no sul da Venezuela, afirmou o Ministério Público do país nesta quarta-feira (16/08).

"As mortes ocorreram durante uma rebelião no Centro de Detenção Penal do Amazonas, na qual 14 funcionários ficaram feridos", afirmou o Ministério Público, que abriu uma investigação sobre o incidente. As autoridades não informaram se entre os mortos há também agentes de segurança.

O Observatório Prisional Venezuelano, que monitora as condições carcerárias no país, afirmou que todos os mortos eram detentos.

Segundo o governador do estado Liborio Guarulla, as mortes ocorreram na noite de terça-feira durante um confronto entre presidiários e forças de segurança. Os agentes entraram no presídio para retomar o controle do local que estava nas mãos dos detentos há algumas semanas.

"As forças especiais entraram no local por volta da meia-noite e durante a noite ouvimos tiros e explosões", afirmou Guarulla. O governador disse ainda que a penitenciária abrigava 110 detentos, todos aguardavam pelo julgamento.

A Venezuela tem cerca de 30 penitenciárias. Muitas estão superlotadas e são controladas pelo crime organizado, que trafica armas e drogas. Segundo o Observatório Prisional Venezuelano, o sistema carcerário no país, com vaga para 16 mil detentos, possui atualmente mais de 50 mil.

Esta a maior matança num presídio venezuelano desde 2013, quando 61 pessoas morreram após uma rebelião na penitenciária Urbana, no estado de Lara.

CN/afp/ap/efe

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