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Reconstrução do RS vai custar R$ 19 bilhões, diz Leite

9 de maio de 2024

Governador gaúcho também defende suspensão da dívida do estado com União pelo "maior prazo possível". Número de mortos no RS por causa das chuvas chega a 107.

Ruas de Canoas (RS) tomadas pelas águas
Ruas de Canoas (RS) tomadas pelas águasFoto: Gustavo Basso/DW

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (09/05) que o custo para reconstrução da infraestrutura do estado destruída pelas chuvas deve chegar ao valor de R$ 19 bilhões.

"Os cálculos iniciais das nossas equipes técnicas indicam que serão necessários, pelo menos, R$ 19 bilhões para reconstruir o Rio Grande do Sul. São necessários recursos para diversas áreas", escreveu Leite na rede X (ex-Twitter).

"São necessários recursos para diversas áreas. Insisto: o efeito das enchentes e a extensão da tragédia são devastadores", disse Leite.

Mais cedo, em entrevista à GloboNews, Leite defendeu a suspensão imediata do pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União, apontando este pagamento como um dos fatores que dificulta investimentos na prevenção de desastres.

"A gente tem uma situação que comprime o Rio Grande do Sul para fazer os investimentos. Então, defendemos sim a suspensão imediata (da dívida com a União) e com o maior prazo possível", disse Leite. "A dívida do Rio Grande do Sul e a forma de pagamento já é bastante responsável pela dificuldade do Estado em fazer todas as medidas preventivas anteriores, porque ela consome parte substancial do nosso orçamento", acrescentou.

Tragédia em números

O último balanço da Defesa Civil estadual divulgado nesta quinta-feira aponta que ao menos 107 pessoas já morreram devido a efeitos adversos das chuvas, como inundações, alagamentos, enxurradas, deslizamentos, desmoronamentos e outros. Cento e trinta e seis pessoas estão desaparecidas. Pouco mais de 1,47 milhão de pessoas foram de alguma forma afetadas, em 425 dos 497 municípios gaúchos atingidos.

Em todo o estado, ao menos 164.583 pessoas foram desalojadas. Muitas delas seguem esperando que o nível das águas baixe para poder retornar a suas casas. Outras 67.542 pessoas ficaram desabrigadas, ou seja, sem ter para onde ir, precisaram se refugiar em abrigos públicos municipais.

Segundo a tenente Sabrina Ribas, da comunicação da Defesa Civil estadual, a prioridade, neste momento, é concluir o resgate de pessoas que permanecem ilhadas em locais de difícil acesso e conseguir fazer com que a ajuda humanitária e os donativos cheguem aos municípios mais atingidos pelas fortes chuvas. Entre os itens mais necessários, estão água mineral, roupas e alimentos.

jps (Reuters, Agência Brasil)

 

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