Recuperação perde fôlego e PIB recua 0,1% no 2º trimestre
1 de setembro de 2021
Agropecuária e indústria registraram resultados negativos. IBGE afirma que números "indicam estabilidade". Analistas projetavam crescimento de 0,2%.
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O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro voltou a recuar no segundo trimestre deste ano em comparação com os três primeiros meses de 2021, segundo dados divulgados nesta terça-feira (01/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda no período foi de 0,1%.
Os números do IBGE confirmam que a economia brasileira voltou a perder fôlego, após um avanço de 1,2% nos primeiro trimestre do ano e três trimestres consecutivos de alta. Analistas projetavam inicialmente um crescimento de 0,2% na comparação com o trimestre anterior.
O PIB é a soma dos bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução econômica.
Apesar do resultado desanimador, em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB cresceu 12,4%. No entanto, esse resultado é distorcido pela base de comparação, já que o período de abril a junho de 2020 foi de paralisação da atividade econômica por causa da pandemia. Estamos comparando este resultado com o pior trimestre da pandemia”, destacou a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
"No primeiro semestre, o PIB acumula alta de 6,4%. No acumulado nos quatro trimestres, terminados em junho de 2021, o PIB cresceu 1,8%", destacou o IBGE.
O IBGE destacou ainda na divulgação dos dados que o "resultado indica estabilidade e vem depois de três trimestres positivos seguidos de crescimento" e acrescentou que a economia brasileira se manteve no patamar antes da pandemia.
No segundo trimestre do ano, a maior queda foi registada no setor da agropecuária (-2,8%), seguida pela indústria (-0,2%). O setor de serviços cresceu 0,7%. Na agropecuária, setor fundamental para o PIB brasileiro, o resultado foi negativo devido a problemas na colheita do café.
No setor externo, as exportações brasileiras cresceram 9,4%, crescimento que foi explicado, principalmente, pela colheita de soja estimulada por preços favoráveis. Por outro lado, as importações caíram 0,6% na comparação com o primeiro trimestre do ano.
Dentre os três grandes setores da economia, apenas o de serviços não voltou ao patamar pré-pandemia, operando ainda 0,9% abaixo do 4º trimestre de 2019. Já as atividades listadas como outros serviços se encontram 7,2% abaixo do patamar pré-covid, de acordo com o IBGE.
jps (Lusa, ots)
Os ricos que lucraram com a covid-19
Enquanto muitos negócios foram duramente atingidos pela pandemia do novo coronavírus, alguns conseguiram multiplicar fortunas com a crise. Entre eles estão conhecidos bilionários.
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Como ficar mais rico
Jeff Bezos (na foto com a namorada Laura Sanchez no Taj Mahal), fundador da Amazon, já era a pessoa mais rica do mundo e com o coronavírus multiplicou seu patrimônio. A revista "Forbes" estima sua fortuna em 193 bilhões de dólares. Sua empresa de comércio eletrônico fez negócios em ritmo acelerado durante a pandemia. As ações da Amazon bateram novos recordes.
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Tecnologia em alta no mercado
A Tesla, empresa de Elon Musk, produz carros, mas na bolsa é tratada como uma empresa de alta tecnologia. Musk lucrou com o entusiasmo do mercado em torno de ações de tecnologia durante a pandemia. Há pouco tempo, o empresário sul-africano ultrapassou Bill Gates na lista dos mais ricos do mundo. Sua fortuna é avaliada em 132 bilhões de dólares.
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Uma ideia certa no momento ideal
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Sucesso com exercícios físicos
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Conquistador do mundo
Desenvolvido por Tobias Lütke, a Shopify permite que comerciantes criem suas próprias lojas online. Nascido em Koblenz, o alemão emigrou para o Canadá em 2002 e começou um negócio de garagem como tantos outros. Hoje, a Shopify é a empresa mais valiosa do Canadá, com os preços de suas ações dobrando desde março. A revista "Forbes" estima a fortuna de Lütke, de 39 anos, em 9 bilhões de dólares.
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Bilionário da noite para o dia
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Ingredientes de sucesso
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