Mulheres que fogem do país árabe e buscam proteção na Alemanha são ameaçadas por familiares e vivem com medo. A DW ouviu quatro delas, e há a suspeita de que a embaixada saudita em Berlim esteja envolvida.
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"Onde você está escondida? Nós sabemos que você não está em casa." Ayasha* vira mais uma página. "Vamos lhe pegar, mesmo que você vá até o fim do mundo. Temos pessoas que podem lhe localizar."
Ayasha está sentada na sua cozinha, descalça, vestindo uma camiseta e uma calça de moletom. Ela tem diante de si um arquivo, no qual guardou todas as ameaças que recebeu. Todas foram impressas e traduzidas para o alemão por um tradutor juramentado.
No arquivo consta também esta mensagem: "A embaixada tem pessoas que podem obter informações a seu respeito das autoridades da cidade". Ela conhece o número de telefone saudita: as ameaças vêm da sua própria família na Arábia Saudita.
Ayasha tem 30 e poucos anos e vive como refugiada na Alemanha. Ela fugiu da sua família e de um sistema que trata até mesmo mulheres adultas como se elas fossem menores de idade – as mulheres sauditas necessitam da aprovação de um tutor masculino para quase tudo.
O mesmo valia para Ayasha: onde quer que ela fosse, era acompanhada por um de seus irmãos. Ou um motorista a levava e buscava. Um dia, ela ficou sabendo que deveria se casar com um homem que jamais havia visto. E que ela achou antipático desde o momento em que o viu. Foi aí que Ayasha forjou um plano de fuga ousado.
Ela pegou o celular do pai – e, de certa maneira, o derrotou com a arma que ele mesmo usava, relata. O pai utilizava um app para controlá-la. O aplicativo se chama Absher e é oferecido no site do Ministério do Interior da Arábia Saudita. O Absher pode ser "baixado" sem problemas nas app-stores do Android e da Apple.
Mais de 11 milhões de usuários já instalaram esse programa. Com a ajuda dele, homens sauditas podem registrar o nome e o número de passaporte das mulheres sob seu controle e emitir uma proibição de viagem sempre que quiserem.
Para Ayasha, Absher passou de maldição a benção: ela conseguiu trocar a senha com que o pai estava registrado no app. Aí ela emitiu uma permissão de viagem para si mesma e, em agosto de 2017, embarcou num avião para a Alemanha. "Eu não tinha nada a perder."
Quando, depois de desembarcar, ela pediu asilo, foi automaticamente encaminhada para Halberstadt – uma pequena cidade no estado alemão da Saxônia-Anhalt. Lá está o único escritório do Departamento Federal de Migração e Refugiados (Bamf) em toda a Alemanha que analisa pedidos de asilo de cidadãos da Arábia Saudita.
"Você vai perder a sua vida"
Em geral, os requerentes de asilo vivem no centro de acolhimento de Halberstadt enquanto aguardam a análise de seu pedido. As quatro mulheres sauditas que falaram várias vezes com a DW nas últimas semanas estão convencidas de que são espionadas ali por outros refugiados e refugiadas do mundo árabe.
Uma das mulheres apresentou denúncia, quando estava ao lado de um jornalista da DW, contra seu marido na Arábia Saudita e contra uma ex-moradora em Halberstadt. As autoridades no local a ouviram por uma hora e meia.
Mas faltam provas concretas. Trata-se de fatos suspeitos, como nos casos de Nurah e Mashaael. Pouco depois de elas chegarem à Alemanha, também passaram a receber mensagens perturbadoras no Whatsapp. "Você pensa que nós não sabemos onde você está?", apareceu no display do celular.
"A embaixada saudita nos deu as informações. Você vai perder a sua vida." Ambas as mulheres vivenciaram essas ameaças como terrorismo psicológico. "Há tantas mulheres sauditas que nunca tiveram a chance de escapar", diz Mashaael. "Esta é a nossa chance de ser a voz delas."
Questionado pela DW, o Ministério do Interior da Alemanha afirmou não ter conhecimento de possíveis informantes dentro do centro de acolhimento na Saxônia-Anhalt e lembra que a unidade está sob responsabilidade estadual.
A Secretaria do Interior da Saxônia-Anhalt enviou a seguinte mensagem: "A problemática relacionada às refugiadas sauditas na Saxônia-Anhalt é conhecida. As autoridades responsáveis criaram procedimentos para contornar possíveis situações de risco para as atingidas por meio de medidas correspondentes."
Questionada, a secretaria não deu mais informações sobre qual problemática é referida nem que medidas foram adotadas.
A terrível morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi lançou luz sobre a maneira como o regime lida com seus dissidentes. Khashoggi, que vivia exilado, foi estrangulado e esquartejado no consulado saudita de Istambul por um comando de 15 pessoas que viajaram para a Turquia especialmente para esse fim. Seu corpo ainda não foi encontrado, e o caso é investigado pelas Nações Unidas.
Além disso, há algumas semanas, a espetacular fuga de Rahaf Mohammed al-Kunun, de 18 anos, gerou manchetes em todo o mundo. A jovem mulher queria deixar a família e se mudar para a Austrália, mas, ao descer no aeroporto de Bangcoc, na Tailândia, foi detida pelas autoridades locais.
Ela conseguiu escapar da deportação ao permanecer na área de trânsito do aeroporto e chamar a atenção para a sua situação emergencial via Twitter. Por fim, ela acabou sob a proteção do Acnur, o órgão das Nações Unidas para refugiados. Rahaf conseguiu obter asilo no Canadá.
Em alguns casos, a pena de morte
Outros casos tiveram um final bem pior. Como o de Dina Ali. Ela também tentou fugir para a Austrália, em abril de 2017, mas foi detida nas Filipinas e enviada de volta para a Arábia Saudita. Desde então, o paradeiro dela é desconhecido.
"Quando as mulheres são levadas de volta contra a própria vontade, podem ser processadas por desobediência e danos à reputação", explica Rothna Begum, da organização de direitos humanos Human Rights Watch. Elas podem ser condenadas a longas penas de prisão – e, sob certas circunstâncias, até mesmo à pena de morte.
Segundo Begum, a Human Rights Watch está ciente de casos em que "mulheres são postas sob pressão pelas autoridades sauditas para retornar às suas famílias."
"Acho que a embaixada está por trás"
Stefan Paintner, da organização Säkularen Flüchtlingshilfe, em Colônia, considera os relatos das mulheres sauditas credíveis. Para ele, chama a atenção como as famílias, que estão na distante Arábia Saudita, estão bem informadas.
"Ou cada família procura pessoas na Alemanha para localizar suas mulheres, ou há uma organização central que resolve isso para as famílias. E eu creio que é a embaixada. Não tenho provas, mas essa vigilância vai um pouco além daquilo que uma família pode conseguir sozinha", avalia.
Paintner acredita que outros refugiados no centro de acolhimento de Halberstadt podem ser recrutados para informar a embaixada saudita em Berlim. "Acho que não é difícil convencer pessoas por lá. Mas não creio que seja uma sofisticada rede de agentes."
Entregues de bandeja
No início de fevereiro de 2019 havia 146 refugiados da Arábia Saudita registrados na Saxônia-Anhalt, segundo a Secretaria do Interior desse estado alemão. Destes, 97 obtiveram permissão para ficar no país. Mas mesmo aqueles que têm o pedido aprovado devem permanecer na Saxônia-Anhalt. Para todos os refugiados vale a chamada obrigação de domicílio.
Na prática, isso significa que os refugiados devem permanecer ao menos três anos no estado alemão onde seu requerimento foi analisado. No caso dos sauditas, isso é, sempre, a Saxônia-Anhalt. Essa concentração torna mais fácil encontrá-los. Em Halberstadt, uma cidade de 45 mil habitantes, é como se os afetados fossem entregues de bandeja para as autoridades sauditas, reclama Paintner.
A liberação da obrigação de residência é possível quando há razões para isso, afirma a Secretaria do Interior. A legislação permite "exceções no âmbito da análise caso a caso, e podemos fazer uso delas se for o caso". Ayasha é uma dessas exceções.
Depois de ter o pedido de refúgio reconhecido, em outubro de 2017, ela se mudou para uma pequena residência em Halle, a cerca de cem quilômetros de Halberstadt. Só que, desde o princípio, ela não se sentiu segura por lá, diz. Uma vez, um homem de aparência árabe ficou parado no corredor, diante da porta dela, por alguns minutos. Ayasha avisou a polícia, mas ela não pôde registrar ocorrência porque nenhum crime foi cometido.
Em agosto de 2018, alguém bateu na sua porta de manhã. Era uma mulher coberta por um véu. "Ela parecia transtornada, como se precisasse de ajuda", relata Ayasha. Mas, quando ela abriu a porta, foi empurrada para dentro pela mulher. Do lado dela saltou um homem de barba e cabelos negros. Os dois vasculharam a residência, enquanto Ayasha se trancava no banheiro, em pânico. Ela avisou a polícia e se mudou para uma residência de mulheres com vigilância.
"Ninguém pode lhe proteger de nós"
Depois disso começaram a aparecer mensagens da Arábia Saudita no Whatsapp. Alguém aparentemente repassou o número do celular alemão dela para a família. O tom das mensagens é claro. "Posso lhe contar um segredo para que você saiba que podemos lhe pegar?", diz uma delas. "Sabe essas pessoas que entraram na sua casa? Nós mandamos elas até aí para que você saiba que podemos lhe pegar."
Isso durou dois dias. "A propósito, é só uma questão de tempo até localizarmos a sua nova estada. Ninguém pode lhe proteger de nós." Ayasha diz que o número saudita que enviou as mensagens é de um dos irmãos dela.
Em setembro de 2018, ela deixou a Saxônia-Anhalt e fugiu para Hamburgo e para o anonimato da cidade grande. Ela tem um novo celular e também um novo número. Mesmo assim, permanece alerta.
Apesar de várias tentativas da DW, a embaixada da Arábia Saudita em Berlim não estava disponível para comentar o fatos suspeitos relatados pelas mulheres.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Getty Images/AFP/B. Smialowski
Bolsonaro recebe Guaidó em Brasília
Em visita a Brasília, o líder oposicionista Juan Guaidó, reconhecido por mais de 50 países como presidente interino da Venezuela, se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, para discutir a crise em seu país. Em pronunciamento, ele saudou "novos laços" com o Brasil e disse que a Venezuela vive entre a miséria e a morte, graças à "ditadura" de Nicolás Maduro. (28/02)
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Trump e Kim iniciam cúpula no Vietnã
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, deram início à sua segunda cúpula em Hanói, no Vietnã, em um clima mais otimista. A reunião tem como foco fazer avançar o diálogo sobre a desnuclearização. Os dois líderes tiveram uma reunião privada de 20 minutos, seguida de um jantar. Ambos previram sucesso para a nova cimeira e trocaram elogios. (27/02)
Foto: Reuters/L. Millis
Bolsonaro revoga decreto sobre sigilo de dados
O presidente Jair Bolsonaro assinou a revogação do decreto que promovia alterações na Lei de Acesso à Informação (LAI) e ampliava o número de autoridades que podem impor sigilo secreto e ultrassecreto a dados e documentos do governo. A decisão vem uma semana depois de a Câmara ter aprovado a suspensão dos efeitos do texto. O governo estaria temendo uma nova derrota, dessa vez no Senado. (26/02)
Foto: Reuters/U. Marcelino
Cardeal condenado por abuso sexual
O cardeal australiano George Pell, chefe das finanças do Vaticano e que já foi um importante conselheiro do papa Francisco, foi declarado culpado pela Justiça da Austrália em cinco acusações de abuso sexual contra dois coroinhas de 12 e 13 anos, crimes cometidos há mais de duas décadas. Ele se tornou o clérigo católico de mais alto escalão a ser condenado por abuso de menores. (25/02)
Foto: picture-alliance/dpa/E. Anderson
Papa promete que Igreja jamais tentará encobrir abusos sexuais
No discurso de encerramento da cúpula histórica sobre os abusos contra menores por membros do clero, o papa Francisco disse que a Igreja "não se cansará de fazer todo o necessário para levar à Justiça qualquer um que tenha cometido abusos sexuais". O encontro de quatro dias foi marcado tanto por muita autoanálise e autorrecriminação por parte dos representantes da Igreja. (24/02)
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Tensão nas fronteiras da Venezuela
O governo de Nicolás Maduro reprimiu duramente as tentativas da oposição de entrar na Venezuela com ajuda humanitária a partir da Colômbia e do Brasil. Caminhões carregados de mantimentos foram impedidos de ingressar no país, deparando-se com as fronteiras fechadas e bloqueadas por tropas militares. Confrontos entre manifestantes e forças do regime deixaram mortos e centenas de feridos. (23/02)
Foto: picture-alliance/dpa/F. Llano
Guaidó desafia Maduro
Apesar de ter sido proibido pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela de deixar o país, o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, apareceu de surpresa no show realizado em Cúcuta, na Colômbia, para arrecadação de fundos para pessoas atingidas pela crise em seu país. Ele entrou na Colômbia a pé, num claro teste ao presidente Nicolás Maduro. (22/02)
Foto: Getty Images/AFP/L. Robayo
Venezuela fecha fronteira com o Brasil
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou o fechamento da fronteira do país com o Brasil. A decisão foi tomada durante uma reunião com comandantes das Forças Armadas. O fechamento ocorre dois dias após o governo brasileiro ter atendido a um apelo do autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, e anunciado o envio de ajuda humanitária ao país vizinho. (21/02)
Foto: Reuters/R. Moraes
Bolsonaro apresenta reforma da Previdência ao Congresso
O presidente Jair Bolsonaro apresentou ao Congresso sua proposta para a reforma da Previdência. Acompanhado dos ministros Paulo Guedes (Economia) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Bolsonaro entregou o texto da PEC aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. A equipe econômica calcula que a reforma vá permitir a economia de 1 trilhão de reais nos próximos dez anos. (20/02)
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Morre o estilista alemão Karl Lagerfeld
O estilista alemão Karl Lagerfeld, um dos maiores nomes da moda mundial, morreu aos 85 anos, anunciou em Paris a maison Chanel, onde ele era o diretor artístico desde janeiro de 1983. Conhecido no meio como Kaiser (imperador), Lagerfeld estava à frente de três marcas: Chanel, Fendi e a a grife que leva o seu nome. Ele era, porém, principalmente associado à Chanel. (19/02)
Foto: picture-alliance/dpa/P. Szyza
Primeira baixa no governo Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro demitiu o ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência. Essa foi a primeira baixa do novo governo. Um dos principais articuladores da campanha que levou Bolsonaro ao poder, Bebianno estava no centro de uma crise instalada em Brasília em meio às denúncias de que o PSL, partido que ele presidiu, teria usado candidaturas laranjas. (18/02)
Foto: picture-alliance/AP Photo/L. Correa
Conferência sobre segurança se encerra em Munique
Marcada pelas incertezas em torno da manutenção da ordem mundial, Conferência de Segurança de Munique se encerra na capital bávara. Um dos destaques foi o discurso da chanceler federal alemã, Angela Merkel, em defesa do multilateralismo. A conferência sobre segurança é o maior evento de debates sobre o tema no mundo e ocorre desde 1963 na Baviera. (17/02)
Foto: MSC
"Synonymes" é melhor filme na Berlinale
Júri do 69° Festival de Cinema de Berlim premiou o longa-metragem "Synonymes", do diretor israelense Nadav Lapid, com o Urso de Ouro, como melhor filme da Berlinale. Filme conta a história de jovem israelense que tenta recomeçar sua vida em Paris. Dieter Kosslick, que dirigiu o Festival por 18 temporadas, despede-se este ano da Berlinale, cujo lema em 2019 foi "O privado é político". (16/02)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Hirschberger
"Marighella" estreia na Berlinale com protestos
O primeiro filme dirigido pelo ator Wagner Moura, Marighella, estreou na mostra principal do Festival de Cinema de Berlim. A obra retrata a história de Carlos Marighella, guerrilheiro baiano assassinado pela ditadura militar em 1969. A estreia foi marcada por protestos. No tapete vermelho, Wagner Moura entrou com uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco. (15/02)
Foto: AFP/T. Schwarz
Airbus anuncia fim da produção do superjumbo A380
O grupo europeu Airbus anunciou que deixará de fabricar em 2021 o superjumbro A380, a maior aeronave de passageiros do mundo. O gigante entusiasmou viajantes, mas não conseguiu conquistar companhias aéreas suficientes para justificar seus enormes custos. A Airbus anunciou a decisão após o seu principal cliente do A380, a Emirates, decidir reduzir suas encomendas do avião. (14/02)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Gambarini
Bolsonaro recebe alta e deixa hospital
O presidente Jair Bolsonaro recebeu alta e deixou o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde estava internado há 17 dias. "Finalmente deixamos em definitivo o risco de morte", escreveu o presidente no Twitter. O presidente foi internado em 27 de janeiro, véspera da cirurgia para retirada de bolsa de colostomia e reconstrução do trânsito intestinal. (13/02)
Foto: Divulgação/Presidência da República
Macedônia do Norte
A Macedônia passou a se chamar oficialmente Macedônia do Norte, depois de entrar em vigor alterações na Constituição do país que colocaram fim ao embate com a Grécia. O pequeno país reivindica o nome Macedônia desde sua independência em 1991, após o fim da Iugoslávia. Atenas era contra, pois temia que a nação vizinha exigisse o território de mesmo nome localizado no norte grego.(12/02)
Foto: Getty Images/AFP/R. Atanasovski
Jornalista Ricardo Boechat morre em acidente de helicóptero
O jornalista Ricardo Boechat, de 66 anos, morreu após a queda de um helicóptero, na zona oeste de São Paulo. Além de Boechat, morreu o piloto da aeronave, que tentou fazer um pouso de emergência e acabou atingindo um caminhão. Veterano com mais de quatro décadas de jornalismo, Boechat era atualmente âncora do Jornal da Band e do programa matinal da rádio BandNews FM. (11/02).
Foto: TV Bandeirantes
Direita protesta na Espanha
Dezenas de milhares protestaram em Madri a favor da unidade espanhola e contra o governo socialista do primeiro-ministro Pedro Sánchez, acusando-o de fazer concessões demais a separatistas da Catalunha. A manifestação, a maior enfrentada por Sãnchez, foi convocada por partidos de direita e extrema direita. (10/02)
Foto: DW/V. Cheretskiy
O povo nas ruas em Roma
Centenas de milhares de manifestantes exigiram investimentos públicos e privados em grande escala, assim como reformas mais ambiciosas, na maior passeata do gênero na Itália, em quatro anos, organizada pelos sindicatos, sob o slogan "Um futuro para o trabalho" . Críticas também à planejada renda básica para os italianos mais pobres, como um esvaziamento da luta contra pobreza e desemprego. (09/02)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/A. Ronchini
Incêndio no centro de treinamento do Flamengo
Um incêndio no centro de treinamento do Flamengo, no Rio de Janeiro, deixou dez mortos e três feridos, dois deles em estado grave. Nas instalações atingidas pelo fogo, conhecidas por Ninho do Urubu, dormiam atletas das categorias de base, com idades entre 14 e 17 anos. A perícia trabalha com a hipótese de que o fogo foi causado por um curto-circuito em um dos aparelhos de ar-condicionado. (08/02)
Foto: picture-alliance/AP Photo/R. Spyrro
Alemanha contra o Facebook
O órgão antitruste da Alemanha quer restringir a coleta de dados pelo Facebook, argumentando que essa prática indiscriminada contribuiu para uma posição dominante de mercado da empresa americana no país. O órgão determinou que unificação de dados recolhidos em diferentes plataformas, como Instagram, Whatsapp e sites externos, só pode ocorrer com consentimento expresso do usuário. (07/02)
Foto: picture-alliance/dpa/PA Wire/D. Lipinski
Nova condenação de Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na ação penal sobre as reformas realizadas num sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. Esta é a segunda condenação do petista na Lava Jato. Ele ainda é réu em outros sete processos. (06/02)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Penner
Rússia anuncia novos mísseis
Moscou planeja desenvolver antes de 2021 uma versão terrestre dos mísseis utilizados pela sua Marinha, depois da saída dos Estados Unidos do Tratado INF, sobre sistemas de mísseis terrestres de alcance intermediário. O ministro russo da Defesa disse que o país desenvolverá o armamento em resposta à decisão dos EUA. (05/02)
Foto: picture-alliance/dpa/A. Nikolsky
Visita histórica
O papa Francisco iniciou em Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos, a primeira viagem de um líder da Igreja Católica à Península Arábica, o berço do islã. Em seu primeiro discurso na região, o pontífice mencionou o conflito no Iêmen e em outros países do Oriente Médio e pediu o fim da violência justificada pela religião. (04/02)
Foto: Reuters/A. Jadallah
Papa nos Emirados Árabes Unidos
O papa Francisco chegou a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, para uma visita histórica – é a primeira de um pontífice à região. Cerca de 9% da população desse país árabe são cristãos que vivem como trabalhadores imigrantes. Apesar de algumas limitações, eles dispõem de relativa liberdade e direitos. Segundo analistas, a visita de Francisco visa fortalecer o cristianismo na região. (03/02)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Medichini
Os novos presidentes do Congresso
Após um intenso processo de renovação nas últimas eleições, a Câmara e o Senado empossaram seus novos parlamentares e elegeram seus presidentes. Na Câmara, o atual presidente, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi reeleito sem surpresas. Já no Senado, uma votação marcada por confusões acabou dando a vitória, no dia seguinte, ao senador Davi Alcolumbre (DEM-AP, na foto). (01 e 02/02).
Foto: Getty Images/AFP/S. Lima
EUA e Rússia deixam acordo de desarmamento
A Casa Branca anunciou que os EUA vão deixar o Tratado INF, assinado em 1987 com a então União Soviética. A decisão será implementada em seis meses, a não ser que a Rússia "volte a respeitar o tratado" nesse período, disse a Casa Branca. Especialistas temem uma nova corrida armamentista se o anúncio se concretizar. No dia seguinte, a Rússia também anunciou sua saída do pacto. (01 e 02/02)