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Refugiado é acusado de tentativa de assassinato na Alemanha

Dagmar Breitenbach (cn)20 de setembro de 2016

Após brigar com esposa, sírio, de 36 anos, atirou seus filhos de sete, cinco e um ano pela janela do primeiro andar de abrigo onde moravam. Em julgamento, defesa alega que réu está arrependido.

Sírio entra com rosto coberto em tribunal
Sírio entra com rosto coberto em tribunalFoto: picture-alliance/dpa/H. Kaiser

Um tribunal em Bonn deu início nesta terça-feira (20/09) ao julgamento de um refugiado sírio, de 36 anos, acusado de atirar três filhos pela janela do primeiro andar do abrigo onde moravam. O homem está sendo processado por tentativa de assassinato e lesão corporal grave.

Procuradores afirmaram que o réu admitiu ter jogado as três crianças pela janela para punir a esposa. O advogado de defesa Martin Kretschmer alegou que seu cliente está profundamente arrependido do que fez. O sírio escutava a leitura das acusações pelos promotores com lágrimas nos olhos. Ele entrou na sala do tribunal algemado e cobrindo o rosto com sua camiseta.

O crime ocorreu em fevereiro. Após uma discussão com a esposa, o sírio pegou seus três filhos mais novos e os jogou pela janela do primeiro andar do abrigo em Lohmar, perto de Bonn. As crianças de sete e cinco anos sofreram fraturas no crânio e tiveram vários ossos quebrados. O menor de um ano caiu em cima dos irmãos e sofreu apenas alguns arranhões.

Esse não é o primeiro caso de agressão na família. Em janeiro, o sírio foi preso após agredir a mulher com uma panela. Ele foi proibido de entrar no abrigo por dez dias, mas a esposa permitiu seu retorno poucos dias depois da violência.

Segundo o tribunal, o homem se recusava a aceitar os papéis domésticos que havia dentro da família e afirmou que não queria mais tolerar tudo.

Agressão aconteceu em abrigo em LohmarFoto: picture-alliance/dpa/J. Kleinert

As crianças e a mãe foram transferidas para outro abrigo, cuja localização é mantida em segredo. A mãe aparece no processo em Bonn como co-autora. Seu advogado não quis comentar o caso.

A diretora do Instituto Alemão de Direitos Humanos, Beate Rudolf, afirmou que os direitos das mulheres precisam ser protegidos em abrigos de refugiados e as necessidades de refugiadas precisam ser levadas em consideração. "Isso significa programas que abranjam seus pontos de vista e medidas que as incluam", disse.

O acusado fugiu da Síria em 2014, passando pela Turquia, Bulgária e França, antes de chegar à Alemanha no ano passado. Ele se juntou a família somente tempos depois de chegar ao país.

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