Num acampamento na cidade portuária de Calais, migrantes vindos de países como Síria e Sudão sonham em atravessar o Canal da Mancha rumo ao Reino Unido. O sudanês Younis conta sobre a difícil espera por um recomeço.
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Quartas e quintas costumam ser dias de engarrafamento em Calais, no norte da França, com muitos caminhões parados nas vias de acesso às balsas. Lá embaixo, na "selva", como os moradores chamam o acampamento numa área de dunas logo abaixo da estrada, os primeiros saem correndo. Younis corre encosta acima, junto com uma centena de outros, que se dividem em pequenos grupos. Younis entra num caminhão polonês e logo sai de novo. "Não tem nada, só geladeiras", grita. Entre as grandes caixas, é difícil se esconder. Segundo o jovem, há 80% de chance de escapar. A maioria consegue fugir à noite, quando o escuro torna tudo mais fácil, diz.
''Por todos os lados, refugiados tentam abrir as portas e se esconder entre a carga. Eles têm que ser rápidos, porque em poucos minutos chegam os carros da polícia. Eles seguem pelo acostamento até o começo do engarrafamento, os policiais saltam dos veículos segurando cassetetes.
Quem já está dentro de um caminhão, com as portas fechadas, está relativamente em segurança, pois inspecionar todos os caminhões levaria muito tempo. Mais para trás, a polícia arrasta um punhado de sudaneses para fora de um veículo lituano. Younis já está correndo de volta para o acampamento, e o compatriota Tahir corre atrás dele.
"A polícia é violenta, nos impede de entrar nos caminhões", diz Younis, que já tentou entrar num caminhão 30 vezes. "Eles usam spray de gás lacrimogêneo, e muitos são feridos por cassetetes. Isso não é humano, a Europa devia ser humana."
Rota pela Líbia
Younis, de 26 anos, vem do norte do Sudão e pertence à tribo dos núbios, que são discriminados e perseguidos há décadas pelos governantes na capital, Cartum. Ele é professor, mas tem que ganhar a vida com outros bicos. Ele e seu amigo Khalid se conheceram na fuga do Sudão para a Líbia. Khalid também era professor e é chamado pelos moradores da "selva", respeitosamente, de "professor", porque fala inglês e é um dos mais velhos do lugar.
Refugiados em Calais tentam entrar escondidos na Inglaterra
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Os dois foram levados à Líbia por traficantes de pessoas, na caçamba de caminhões, através do deserto do Sudão. Havia muito pouca água, quem protestasse era espancado, houve mortes. Por fim, chegaram a um acampamento, e só os que ainda tinham algum dinheiro conseguiram sair.
Eles viveram, então, um ano e meio como trabalhadores ilegais na Líbia. Mas Khalid conta que a situação tem se agravado recentemente. Há armas em todos os lugares. "As pessoas são assaltadas e roubadas na rua", diz. Ele próprio foi espancado por um empregador, e Younis foi preso pela polícia. Era hora de seguir adiante na fuga.
De pesqueiro rumo à Itália
Na cidade portuária de Suara, Younis pagou 2 mil euros para um traficante e foi despachado à noite num barco de pesca, junto com cerca de 350 outras pessoas. Depois de algumas horas, o barco ainda circulava perto da costa da Líbia. O timoneiro era um rapaz de 18 anos, que nunca tinha conduzido um barco. No final, o traficante os contatou por celular e veio logo depois, a bordo de uma lancha, com a qual rebocou o pequeno barco rumo a águas internacionais. Isso porque, "se os refugiados se afogassem, seria ruim para a reputação dele", conta Younis.
Finalmente, o grupo foi capaz de fazer uma chamada de emergência. Autoridades italianas os resgataram e os levaram para a Sicília, como já ocorreu com outros 50 mil migrantes neste ano. Alguns dias mais tarde, as autoridades colocaram Younis num ônibus em direção a Milão. De trem, ele finalmente chegou a Calais, escondendo-se no banheiro. Todo o caminho através da Europa durou apenas 12 dias.
Vida difícil na "selva"
"Só quero encontrar um lugar para viver. Quero trazer minha família de qualquer jeito. Sinto muitas saudades! Quero comprar uma bicicleta para meu filho, abraçar minha filha e minha esposa", diz Younis. Ele suportou a fuga através do Saara, sobreviveu à viagem pelo Mediterrâneo e teve muita sorte por não ter se afogado. "Mas a maior sorte seria me reunir com a minha família. Só não sei como as coisas vão correr aqui em Calais."
Todas as tardes, ele enfrenta no acampamento uma longa fila de distribuição de alimentos. Esse é um ritual diário para cerca de 3 mil refugiados na "selva". O governo francês paga a comida, e uma ONG cuida da cozinha. O lugar também abriga 50 mulheres e crianças, que são os únicos a terem um teto fixo sobre a cabeça. Depois da refeição, os homens têm que retornar à cidade improvisada, com barracos de madeira, abrigos feitos com lonas plásticas e barracas de acampamento. Organizações de ajuda humanitária disponibilizam os materiais, mas cada um tem que construir seu próprio refúgio. Lixo se acumula entre os barracos. "Viemos do inferno do mundo árabe para a sujeira da Europa", diz Younis.
Aqui também há hierarquia. Os afegãos, endurecidos pela guerra, são os governantes silenciosos do acampamento. Eles também administram algumas vendas, onde os refugiados podem comprar sopas instantâneas, peixe em conserva e refrigerantes. Vez ou outra, acontecem brigas entre eles, sudaneses e eritreus. Duas semanas atrás, barracas foram incendiadas durante a noite, e a polícia foi chamada.
O local reúne diferentes nacionalidades, mas os sírios construíram suas tendas num lugar mais afastado. Eles querem ir o mais rápido possível para Londres, onde a maioria tem parentes. Quando perguntado sobre sua história, um jovem sírio não consegue segurar as lágrimas. "Venho de Aleppo, Aleppo não existe mais."
Poucos dias depois da 30ª tentativa de entrar num caminhão e atravessar o Canal da Mancha, Younis tem um novo plano. O amigo Khalid foi o primeiro a entrar com pedido de asilo junto às autoridades francesas, recebendo um lugar num abrigo numa pequena cidade francesa, o que significa que ele pode deixar a "selva".
Em maio deste ano, o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, aconselhou os refugiados a pedirem asilo na França ao invés de tentarem o caminho incerto até o Reino Unido, onde as chances são ruins mesmo para os refugiados da guerra na Síria.
A resposta do governo britânico para a crise de refugiados na Europa é "não aceitamos mais ninguém". Para milhares que arriscam a travessia passando por Calais, isso significa uma vida na ilegalidade ou a detenção à espera da deportação. Younis também decidiu pedir asilo na França. E prefere nem pensar na hipótese de o plano não dar certo.
O mês de junho em imagens
Confira os fatos que marcaram o mês de junho.
Foto: imago
Dilma nos Estados Unidos
Dilma Rousseff e Barack Obama reuniram-se em Washington, onde se esforçaram para transmitir uma imagem de reconciliação. A relação bilateral havia se deteriorado em 2013, após revelações de que a NSA espionou Dilma. Na capital americana, os presidentes anunciaram medidas como a facilitação da entrada de brasileiros nos EUA e a liberação de importação de carne "in natura" do Brasil. (30/06)
Foto: Getty Images/C. Somodevilla
Manifestantes apoiam governo de Tsipras
Manifestantes voltaram a se reunir perto do Parlamento da Grécia, em Atenas, e protestaram contra a União Europeia (UE) e o FMI. Aproximadamente 15 mil apoiadores do governo esquerdista de Tsipras participaram, na companhia de ministros do governo, e pediram que o premiê grego, Alexis Tsipras, não aceite um acordo com os credores internacionais. (29/06)
Foto: Getty Images/AFP/L. Gouliamaki
NBC rompe relações com Donald Trump
O canal televisivo americano NBC cortou relações comerciais com o pré-candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, devido a declarações xenófobas acusando os mexicanos de serem responsáveis por violência, tráfico de drogas e o crime nos Estados Unidos. O magnata do setor imobiliário e apresentador do programa "O Aprendiz" respondeu dizendo que a NCB é "débil". (29/06)
O procurador-geral do Egito, Hisham Barakat, foi morto num ataque a bomba no Cairo. Barakat foi o promotor responsável por levar a julgamento milhares de partidários de Mohamed Morsi, presidente islamista deposto em julho de 2013 por golpe militar. Centenas foram condenados à morte desde então – entre eles o próprio ex-chefe de Estado. (29/06)
Foto: picture alliance/AP Photo/A. Hatem
Bancos fechados na Grécia
Após a decisão do Banco Central Europeu de manter o nível de créditos de emergência para os bancos gregos, o primeiro-ministro de Grécia, Alexis Tsipras, anunciou feriado bancário e controle de capital no país. Instituições permanecerão fechadas até 6 de julho. Além disso, foi imposto um limite diário de 60 euros para saques em caixas eletrônicos. (28/06)
Foto: Reuters/Y. Behrakis
Funeral reúne centenas no Kuwait
Pessoas enfrentaram sol escaldante no sábado para prestar última homenagem a vítimas de atentado em uma mesquita xiita no Kuwait. Elas carregavam bandeiras de luto e pregavam união entre xiitas e sunitas. Polícia prende vários suspeitos de participação no ataque, entre eles o motorista que levou o homem-bomba ao templo.(27/06)
Foto: picture-alliance/dpa/R. Qutena
Gregos correm aos bancos
A convocação de um referendo na madrugada do sábado pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras sobre a proposta dos credores internacionais aumentou o clima de incerteza na Grécia. Cidadãos formaram filas em frente a caixas eletrônicos em várias partes do país para sacar dinheiro, inseguros sobre o caminho da economia grega nos próximos dias.(27/06)
Foto: Reuters/S. Rapanis
Ataque a fábrica na França
Poucos meses após atentados terroristas em Paris abalarem o país, a França foi vítima de mais um ataque. Segundo a polícia, dois suspeitos provocaram uma explosão na Air Products, que fica na cidade de Saint-Quentin-Fallavier, perto de Lyon. Duas pessoas ficaram feridas. Um corpo decapitado e uma bandeira islâmica foram encontrados próximo ao local. (26/06)
Foto: Getty Images/AFP/P. Desmazes
Onda de calor no Paquistão
Desde o fim da semana passada, temperaturas de até 45 graus Celsius assolam o sul do Paquistão. A onda de calor já deixou mais de 1.100 mortos. O governo declarou estado de emergência e mobilizou o Exército em Karachi. Na foto, moradores da cidade, a mais populosa do país, refrescam-se com água que vaza de um cano. (25/06)
Foto: Reuters/A. Soomro
Rainha Elizabeth 2ª em Berlim
Milhares de curiosos, assim como o presidente alemão, Joachim Gauck, e a chanceler federal, alemã, Angela Merkel, saudaram a monarca britânica em Berlim. Gauck aproveitou a visita para apelar em favor da permanência do Reino Unido na União Europeia. A rainha e o marido, príncipe Philip, ficam na Alemanha até sexta-feira. (24/06)
Foto: picture alliance/empics/I. Jones
Elizabeth 2ª chega à Alemanha
A rainha da Inglaterra e o marido, príncipe Philip, foram recebidos com honras militares ao desembarcarem em Berlim nesta terça-feira. A agenda de três dias do casal real na Alemanha inclui encontro com a chanceler federal alemã, Angela Merkel, e visita ao antigo campo de concentração de Bergen-Belsen, liberado por tropas britânicas em 1945. (23/06)
Foto: Reuters/F. Bensch
Novo regente para a Filarmônica de Berlim
O russo Kirill Petrenko foi escolhido como novo maestro titular da Filarmônica de Berlim, um dos cargos mais importantes do mundo da música clássica. Ele substituirá o inglês Simon Rattle em 2018. O processo de eleição do regente foi acompanhado com interesse em todo o mundo. (22/06)
Foto: picture-alliance/AP/S. Hoppe
Multidão contempla solstício em Stonehenge
A polícia do condado de Wiltshire disse que cerca de 23 mil pessoas contemplaram o solstício – época do ano em que o sol incide com maior intensidade em um dos dois hemisférios – no local do alinhamento megalítico de Stonehenge, localizado a 130 km a sudoeste de Londres. Entre os visitantes haviam autointitulados druidas que realizaram rituais ao som de tambores e acordeões. (21/06)
Foto: Getty Images/AFP/N. Halle'n
Índia celebra 1º dia Internacional da Ioga
Entusiastas no mundo inteiro celebraram o primeiro Dia Internacional da Ioga. Na Índia, considerado o berço desta prática antiga, o premiê do pais, Narendra Modi (no centro), liderou uma sessão ao ar livre em massa na capital Nova Déli. "Esta é uma prática para o benefício da humanidade, de um mundo livre de tensões e para espalhar a mensagem de harmonia", disse. (21/06)
Foto: Getty Images/AFP/P. Singh
Homem joga carro em multidão na Áustria
Um homem austríaco de 26 anos invadiu uma das principais calçadas comerciais de Graz, na Áustria, e arremessou seu carro contra uma multidão. Três pessoas morreram e outras 34 estão feridas – dez em estado grave. Após o atropelamento, o homem ainda esfaqueou pedestres. O chefe da região de Steiermark, Hermann Schützenhöfer, afirmou que o ato foi cometido por um "desequilibrado mental". (20/06)
Foto: picture-alliance/dpa
Atirador responderá por nove mortes
Dylann Roof, de 21 anos, admitiu nesta sexta-feira ter aberto fogo contra fiéis negros que participavam de grupo de estudo bíblico na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, da cidade de Charleston, estado americano da Carolina do Sul. O caso está sendo investigado como crime de ódio e possível crime de terrorismo doméstico. (19/06)
Foto: Reuters/Pool TPX Images of the day
Batalha de Waterloo completa 200 anos
Em Waterloo, uma pequena cidade belga ao sul de Bruxelas, o imperador francês Napoleão Bonaparte travou em 18 de junho de 1815 a sua última batalha. O combate durou apenas três dias e a derrota das forças francesas para tropas aliadas britânicas, holandesas e prussianas selaram a nova ordem política na Europa. (18/06)
Foto: gemeinfrei
Maior reforço militar desde a Guerra Fria
A Otan está realizando na Polônia o primeiro exercício militar completo da nova força de reação rápida. Segundo o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, esta é o maior reforço de defesa realizado pela organização desde o fim da Guerra Fria. Os exercícios envolvem aproximadamente 2.100 soldados, navios de guerra, tanques e helicópteros. (18/06)
Foto: picture-alliance/dpa/K. Nietfeld
Homem atira em igreja de comunidade negra
Um homem branco armado abriu fogo numa tradicional igreja da comunidade negra da cidade de Charleston, na Carolina do Sul. Seis mulheres e três homens foram mortos. Horas depois, o suspeito Dylann Roof, de 21 anos, foi detido no estado vizinho da Carolina do Norte. A igreja é uma das mais antigas da comunidade negra nos Estados Unidos. O pastor, Clementa C. Pinckney, é legislador estadual. (18/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/D. Goldman
Protestos em Atenas
Milhares de manifestantes reuniram-se diante do Parlamento em Atenas para pedir que os credores internacionais da Grécia suavizem sua posição nas negociações sobre reformas a serem implementadas no país. Horas antes, o Banco Central grego havia alertado sobre uma possível saída da zona do euro e até da União Europeia se Atenas e credores não chegarem a um acordo. (17/06)
Foto: Reuters/Y. Behrakis
Neymar é alvo da Justiça espanhola
Após fundo de investimentos brasileiro DIS apresentar queixa, atacante será investigado por fraude e corrupção em conexão com sua contratação pelo Barcelona. O DIS alega que recebeu menos da metade do dinheiro ao qual tinha direito pela transferência do jogador. A Corte Nacional da Espanha também mencionou na ação judicial o pai do jogador, o Santos e dois dirigentes do Barça. (17/06)
Foto: Getty Images/AFP/L. Gene
França planeja 11 mil abrigos para refugiados
O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, anunciou a construção de 11 mil unidades habitacionais para refugiados. O plano prevê a realização de abrigos para 4 mil pessoas até 2016, acomodações definitivas para 5.500 pessoas que já receberam asilo e cerca de 1.500 habitações de emergência para aqueles que entrarem ilegalmente na França. (17/06)
Foto: Reuters/E. Gaillard
Ex-premiê do Kosovo é preso na Eslovênia
O ex-primeiro-ministro do Kosovo, Ramush Haradinaj, foi detido no aeroporto de Ljubljana, na Eslovênia, durante sua viagem de retorno de Berlim ao Kosovo. O mandato de prisão foi emitido pela Sérvia, que considera Haradinaj um criminoso de guerra por ter liderado uma guerrilha no Kosovo. Ele foi julgado e absolvido duas vezes por crimes de guerra em um tribunal da ONU em Haia. (17/06)
Foto: Reuters
Pena de morte para Morsi
Um tribunal egípcio confirmou a condenação à morte do ex-presidente Mohammed Morsi. Ele é acusado de organizar fugas de prisões e ataques a policiais durante o levante que resultou na queda do então chefe de Estado, Hosni Mubarak, em 2011. Morsi já havia sido condenado, por outro tribunal, em 16 de maio. (16/06)
Foto: picture alliance/ZUMA Press/P. Chaoyue
Morre o número 2 da Al Qaeda
A Al Qaeda sofreu o maior golpe desde a morte de Osama bin Laden, em 2011. O líder da organização no Iêmen, Nasir al-Wahishi, foi morto num ataque com um drone da CIA na semana passada, afirmou a própria organização terrorista. Além de liderar o braço iemenita da Al Qaeda, Wahishi também serviu como vice de Ayman al-Zawahri, que sucedeu a Bin Laden. (15/06)
Foto: INTELCENTER
Igreja em chamas na França
Um incêndio destruiu parte da estrutura da Basílica Saint-Donatien de Nantes, no noroeste da França. O fogo começou depois da missa da manhã, aparentemente desencadeado por acidente por trabalhadores no teto da igreja, que data do século 19. O local foi rapidamente evacuado, e não houve vítimas. Com a ajuda de mais de 60 bombeiros, as chamas foram controladas. (15/06)
Foto: Reuters/S. Mahe
Enchentes na Geórgia
Ao menos 12 pessoas morreram na enchente que afetou Tbilisi, capital da Geórgia. Partes do zoológico local foram destruídas, permitindo que animais escapassem, incluindo seis tigres, seis leões e oito ursos. A polícia matou diversos animais, devido à segurança dos moradores. Alguns, como este hipopótamo, foram capturados após serem alvejados com dardo tranquilizante. (14/06)
Foto: Reuters/B. Gulashvili
Matrimônio real
A Suécia ganhou uma nova princesa com o casamento do príncipe Carl Philip, de 36 anos, com Sofia Hellqvist, de 30 anos, na igreja do Palácio Real de Estocolmo. Cerimônia foi acompanhada por 400 convidados e milhões de telespectadores. (13/06)
Foto: Reuters/C. Bresciani/TT News Agency
Strauss-Kahn é absolvido
Ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn foi absolvido por um tribunal na França das acusações de ter organizado orgias com prostitutas. O tribunal decidiu que não havia provas suficientes para acusar o ex-ministro francês, de 66 anos, de ter explorado as prostitutas. (12/06)
Foto: Reuters/G. Fuentes
Cúpula UE-Celac
A União Europeia e o Mercosul anunciaram, em Bruxelas, no encerramento da cúpula da UE-Celac, a intenção de trocar suas primeiras propostas de acesso a mercados no último trimestre de 2015. Ambos têm planos de chegar a um acordo ambicioso. (11/06)
Foto: Reuters/ Y. Herman
Ataque cibernético ao Bundestag
Autoridades alemãs suspeitam que agência de espionagem de outro país possa estar por trás do ataque cibernético ao sistema de informática do Parlamento alemão. Especialistas teriam indícios de que o serviço secreto russo SWR estaria envolvido na ação que pode levar à substituição de todos os mais de 20 mil computadores do Bundestag. (11/06)
Foto: picture-alliance/dpa/Oliver Berg
TAP é vendida para consórcio da Azul
Proposta do americano-brasileiro David Neeleman, dono da Azul, e do português Humberto Pedrosa é vencedora do longo processo de privatização da companhia aérea TAP. Juntos, eles vão desembolsar 354 milhões de euros por 61% da empresa. (11/06)
Foto: Getty Images/Afp/Patricia De Melo
Papa recebe Putin no Vaticano
O papa Francisco recebeu o presidente russo, Vladimir Putin, no Vaticano. Durante o encontro que durou 50 minutos, o Pontífice pediu o cumprimento dos acordos de Minsk por todas as partes. O Papa entregou ainda a Putin um medalhão de bronze representando o "Anjo da Paz". (10/06)
Foto: picture-alliance/dpa/S. Guneev
Último adeus em Haltern am See
Onze semanas após a tragédia do voo 4U-9525 da Germanwings, comboio de carros funerários trazendo os restos mortais dos 16 estudantes e das duas professoras que voltavam de um programa de intercâmbio na Espanha e morreram na queda do avião chegou a Haltern am See. Amigos e moradores prestaram a última homenagem às vítimas. (10/06)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Kusch
Caso Jean Charles na corte europeia
Dez anos depois da morte do mineiro numa estação de metrô de Londres, a família de Jean Charles reinicia batalha judicial no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Parentes contestam a decisão da Justiça britânica de não processar criminalmente os policiais responsáveis pela morte do brasileiro. (10/06)
Foto: Reuters/V. Kessler
Papa cria tribunal para investigar pedofilia
O papa Francisco aprovou a criação no Vaticano de uma nova seção judiciária para casos de pedofilia dentro da Igreja Católica. Seu alvo específico são os bispos acusados de acobertar denúncias de abuso sexual por parte do clero, cometendo assim o crime que passa a ser definido como "abuso do ofício episcopal". (10/06)
Foto: Reuters/Alessandro Bianchi
Programa de infraestrutura no Brasil
A presidente Dilma Rousseff anunciou a segunda etapa do Programa de Investimento em Logística (PIL), um ambicioso projeto de concessões para atrair investimentos privados de 198,4 bilhões de reais em infraestrutura, com o objetivo de modernizar estradas, ferrovias, aeroportos e portos. (09/06)
Foto: picture alliance/dpa/Werner Rudhart
Greve geral na Argentina
A quatro meses da eleição presidencial, uma greve geral convocada por sindicatos opositores ao governo Cristina Kirchner afetou por um dia o transporte e diversos setores da economia na Argentina. Os trabalhadores exigem aumentos salariais e cobram a atualização da tabela do impostos cobrados sobre os salários. Essa é a segunda paralisação desde março no país. (09/06)
Foto: AFP/Getty Images/E. Abramovich
Ameaça e promessa no fim da cúpula do G7
Após dois dias reunidos na Baviera, os líderes das sete potências industrializadas concordaram em apoiar o estabelecimento de uma meta para limitar o aquecimento global a 2ºC e aumentaram a pressão sobre a Rússia, ameaçando reforçar ainda mais as sanções contra o país caso a situação se agrave no leste da Ucrânia. (08/06)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Kappeler
AKP sem maioria absoluta em Parlamento turco
O AKP, partido conservador islâmico do presidente Recep Tayyip Erdogan, não consegui votos suficientes para formar a maioria absoluta no Parlamento, após a eleição geral na Turquia. A legenda ficou com 258 dos 550 assentos parlamentares. Assim se frustram os planos de reforma constitucional dos conservadores que visavam sedimentar ainda mais o poder de Erdogan. (08/06)
Foto: Getty Images/A. Altan
Governo vence legislativas no México
Apesar de denúncias de corrupção e avanço do crime organizado, a coalizão governista, composta pelo Partido Revolucionário Institucional (PRI), do presidente Enrique Peña Nieto, e seus aliados, foi a grande vencedora das eleições intermediárias no México. Ela deve ficar com entre 246 e 263 cadeiras na Câmara. O PAN, o maior partido da oposição, deve conquistar entre 105 e 116 das vagas. (08/06)
Foto: Getty Images/AFP/A. Estrella
Eleições mexicanas em clima de violência
As eleições intermediárias no México estão cercadas por fortes medidas de segurança. Para garantir a realização da jornada, o governo mobilizou militares e policiais federais para os pontos mais conflituosos no sul do país, entre eles a zona da escola Raúl Isidro Burgos, de Ayotzinapa, no estado de Guerrero, onde 43 estudantes desapareceram em setembro de 2014. (07/06)
Foto: Reuters/Stringer
Protestos na véspera da cúpula do G7
Pelo menos 2 mil manifestantes de extrema esquerda se reuniram para protestos em Garmisch-Partenkirchen, no sul da Alemanha, antecipando cúpula do G7. Um total de 10 mil participantes é esperado, incluindo anticapitalistas, ambientalistas e grupos pró-refugiados, vindos da Alemanha, Áustria, Itália e Reino Unido, entre outros países. Foram registrados choques com a polícia. (06/06)
Foto: Reuters/W. Rattay
Corte autoriza eutanásia na França
O Tribunal Europeu de Direitos Humanos autorizou que a França deixe morrer Vincent Lambert, que está tetraplégico e em estado vegetativo. A decisão põe fim a uma longa batalha judicial, que dividiu a família do paciente e pode influenciar a forma como a Justiça de países da União Europeia lida com a eutanásia. (05/06)
Foto: picture-alliance/dpa/Photopqr/L'union De Reims
Milhares protestam contra G7 em Munique
Mais de 30 mil pessoas reuniram-se na capital bávara numa manifestação pacífica contra a reunião de cúpula dos sete países mais industrializados do mundo, a ser realizada em Elmau, a partir deste domingo. Os ativistas apresentaram demandas como redução da pobreza e combate às mudanças climáticas. (04/06)
Foto: DW/Sabrina Pabst
Combates em Donetsk
Arredores do bastião separatista no leste ucraniano foram palco dos mais intensos conflitos em meses entre tropas do governo e rebeldes pró-Rússia. Ambos os lados acusaram-se mutuamente pela nova onda de violência, que desafia um acordo de cessar-fogo assinado em fevereiro. (03/06)
Foto: Reuters/A. Ermochenko
Blatter renuncia
Quatro dias após ser reeleito presidente da Federação Internacional de Futebol, Joseph Blatter anunciou que vai deixar o comando da Fifa. Especula-se que novas eleições ocorram somente a partir de dezembro. A renúncia de Blatter veio logo após seu braço direito e secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, ser implicado nas denúncias de corrução na endidade máxima do futebol. (02/06)
Foto: Reuters/R. Sprich
Kerry quebra a perna
O secretário de Estado americano, John Kerry, interrompeu sua viagem pela Europa e retornou aos Estados Unidos para se recuperar de uma fratura no fêmur, após sofrer um acidente de bicicleta nos Alpes franceses. (01/06)
Foto: picture-alliance/Epa/Gunther
Barco naufraga com 450 a bordo na China
Um navio com mais de 450 pessoas a bordo afundou no rio Yangtzé, no sudoeste da China. O mau tempo dificulta as buscas. Pelo menos 18 pessoas morreram. A maioria dos passageiros do cruzeiro Eastern Star tinha entre 50 e 80 anos de idade.
Foto: Reuters/Stringer
Malaysia Airlines falida
O presidente da Malaysia Airlines, Christoph Mueller, afirmou que a empresa está "tecnicamente falida", mas pode se recuperar e voltar a ser uma das principais companhias áreas do Sudeste Asiático. Todos os 20 mil funcionários receberam cartas de demissão, mas 14 mil deles serão recontratados por uma nova companhia que deverá assumir o controle da Malaysia Airlines.
Foto: TEH ENG KOON/AFP/Getty Images
NSA tem poderes suspensos
O Senado dos EUA não conseguiu chegar a um consenso sobre o prolongamento do programa de coleta em massa de dados por parte da Agência de Segurança Nacional (NSA). As medidas em vigor eram o ponto central do Patriot Act (Lei Patriota), aprovada após os atentados de 11 de setembro de 2001.