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Regiões da antiga Alemanha Oriental em ascensão, registra relatório

20 de novembro de 2013

Êxodo populacional estancou e índices econômicos crescem no Leste reunificado. Mas perigos ainda pairam, e há muito a ser feito até se atingir a equiparação total com as regiões ocidentais.

Foto: picture-alliance/ZB

A situação econômica no Leste Alemão nunca foi tão positiva como a atual, segundo o mais recente relatório sobre o estado da unidade alemã, divulgado nesta quarta-feira (20/11). O documento, publicado anualmente desde 1997, monitora o processo de equiparação entre as regiões da extinta República Democrática Alemã (RDA), de regime comunista, e o restante do país.

Após mais de 20 anos de êxodo, a sangria demográfica do Leste foi praticamente encerrada. Pela primeira vez desde a reunificação, em 2012 mudaram-se praticamente tantas pessoas do Leste para o Oeste quanto no sentido contrário. Segundo o relatório, isso se deve à sensível melhora do mercado de trabalho oriental e à boa situação econômica de um modo geral.

Além disso, em 2012 a taxa de natalidade nos estados da antiga Alemanha Oriental foi mais elevada do que no Oeste, e seu nível de desemprego diminuiu 5,5%, apesar de ainda ser quase o dobro do registrado no lado ocidental.

Risco demográfico

Após a reunificação da Alemanha, em 1990, durante anos foi maciça a fuga das regiões orientais, originalmente pertencentes à República Democrática Alemã, de governo comunista. Após as centenas de milhares iniciais, entre os anos 2000 e 2005 a taxa de migração anual média era de 66 mil pessoas.

As taxas de natalidade também despencaram, e a redução total do número de habitantes na região, entre 1990 e 2012, foi de 13,5%. O relatório atual mostra, no entanto, que no último ano o Leste só perdeu pouco mais de 2 mil de seus moradores para as cidades do Oeste.

Ministro do Interior Hans-Peter Friedrich apresenta relátório sobre status da reunificaçãoFoto: picture-alliance/dpa

Isso não significa, porém, que o Leste tenha motivos para respirar aliviado, observou o ministro alemão do Interior, Hans-Peter Friedrich, ao apresentar o relatório em Berlim. "O que era problema no passado, permanece."

Um foco específico de preocupação é a grande concentração, na antiga RDA, de zonas rurais, cuja população tende a continuar minguando. Além disso, o envelhecimento da sociedade avança mais rapidamente no Leste do que no restante do país.

Bem estar é mais do que economia

O encarregado de Berlim para assuntos ligados ao Leste Alemão, Christoph Bergner, acentuou que, apesar dos dados positivos apresentados, o projeto de erguer a região está longe de ter se encerrado. "Precisamos registrar que os 'novos estados' [da antiga RDA] ainda não chegaram ao nível dos estados do Oeste em todos os setores."

Assim, seus salários locais ainda perfazem, em média, 80% dos ocidentais, e a taxa de desemprego permanece quase o dobro. "O processo de equiparação econômica simplesmente exige tempo", declarou Bergner.

Embora afirmando que "o bem estar material seguiu melhorando sensivelmente nos últimos anos", também o ministro Hans-Peter Friedrich admitiu que "é preciso recuperar o atraso".

Ao mesmo tempo, enfatizou que a meta de estabelecer condições de vida mais justas dentro da Alemanha implica mais do que uma equiparação do bem estar material. "Decisivo é fomentar de forma direcionada o potencial de desenvolvimento de cada região."

AV/dpa/afp

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