Por seis dias, informação da embaixada permitia entrada no país europeu dos que haviam recebido o imunizante. Agora, alguns que visitariam parentes são obrigados a rever planos. Governo alemão não esclarece mudança.
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Em 17 de setembro, brasileiros vacinados com a Coronavac que queriam viajar para a Alemanha receberam uma boa notícia: estava liberada a entrada no país europeu para visitas ou turismo apenas com um teste de covid-19 com resultado negativo. Em consequência, alguns compraram passagens para se reencontrar com familiares, após a pior fase da pandemia ter ficado para trás.
Seis dias depois, em 23 de setembro, veio um balde de água fria. Brasileiros vacinados com a Coronavac, na verdade, só poderiam viajar à Alemanha se comprovassem um motivo urgente. Voltava a valer a regra anterior, que permitia a entrada para visitas ou turismo apenas de brasileiros vacinados com os imunizantes aprovados pela União Europeia (UE): Pfizer-BioNTech, AstraZeneca e Janssen, aplicados no Brasil, e o da Moderna, não utilizado no território brasileiro.
A embaixada da Alemanha no Brasil e os ministérios alemães do Exterior, Saúde e Interior foram questionados pela DW Brasil sobre a razão da mudança de regra em tão pouco tempo, mas o motivo não foi esclarecido.
O Conselho da União Europeia recomenda aos países-membros que autorizem o ingresso para visitas ou turismo dos de fora do bloco vacinados com os imunizantes aprovados pela UE. O órgão também indica aos países que eles podem, se assim desejarem, permitir a entrada de inoculados com os imunizantes aprovados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A Coronavac foi aprovada pela OMS no início de julho, e alguns países europeus, como Holanda, Finlândia e Espanha, já permitem a entrada de quem se vacinou com ela.
"Foi um choque"
Uma que comprou passagem para Alemanha e reservou hotel logo após a informação de que a entrada estava liberada para os vacinados com a Coronavac foi Monica Pedro, de 62 anos, aposentada e moradora de São Paulo. Sua filha mora em Stuttgart, e o filho, em Nurembergue, e ambos trabalham em empresas alemãs.
O plano era ir para a Alemanha no início de dezembro para reunir a família e conhecer o neto, que nasceu há um ano, e voltar ao Brasil em janeiro. Ela e seu marido compraram a passagem em 17 de setembro, no mesmo dia em que a embaixada comunicou a flexibilização das regras – o comprovante das reservas foi enviado à DW.
"Uma semana depois, saiu a reportagem de que a Alemanha já tinha voltado atrás. Foi um choque", disse. "Estamos há dois anos tentando ir para lá, quero ver meus filhos, conhecer meu neto, e por causa dessa pandemia não pudemos ir."
Atualmente, a Alemanha permite a entrada de avós não vacinados (ou vacinados com a Coronavac) para visitar netos recém-nascidos, mas apenas por até seis meses após o nascimento.
Monica e seu marido cogitam esperar até meados de novembro antes de cancelar a passagem, "na esperança de que eles mudem as regras".
"Restrição não faz sentido"
Cristina* (nome fictício, a entrevistada pediu que seu nome não fosse divulgado), 35 anos, especialista em investimentos e moradora de São Paulo, também estava aguardando com expectativa a liberação para viajar à Alemanha. Ela tem uma irmã mais velha e uma afilhada de quatro anos de idade que moram em Colônia.
Vacinada com a Coronavac, ela comprou a passagem em 21 de setembro para si e o marido – os comprovantes foram enviados à DW. Dois dias depois, a flexibilização das regras foi revista. "Compramos assim que abriu a oportunidade de ir para lá, não imaginávamos que eles iam voltar atrás."
Ela afirmou que a mudança das regras a fez questionar se deveria ter recusado o apelo dos especialistas de que "vacina boa é vacina no braço" e que o importante era tomar o imunizante disponível no posto de saúde.
"Quando tomei a Coronavac, sabia que a Alemanha estava com essa restrição, mas minha médica falou que não faria sentido escolher vacina. E acabei tomando, na regra de que o que importa é a vacina no braço. Mas hoje em dia teria escolhido, se soubesse que teria esse preconceito."
Cristina afirmou ter recebido com "indignação" a notícia de que a Coronavac não seria mais aceita pela Alemanha, pois "a restrição não faz sentido". "Independentemente da vacina, você pode pegar o vírus. Qual é o sentido em quem está vacinado com as [vacinas] aprovadas poder ir sem a necessidade de fazer o teste PCR, e quem está com a Coronavac não poder ir nem com o PCR?", questionou. Para os vacinados com os imunizantes aprovados na UE, a Alemanha não exige a apresentação de um teste negativo de covid-19 para entrar no país.
Abaixo-assinado de imigrantes para autoridades
A brasileira Ana Carolina Burghi, 30 anos, engenheira e moradora de Stuttgart, participa de uma iniciativa de imigrantes com pais e avós de nacionalidade de fora da UE que busca sensibilizar as autoridades alemãs para o problema da proibição de entrada de parentes imunizados com vacinas não aprovadas no bloco.
Ela relata muitos casos de famílias que moram na Alemanha e que estão privadas das visitas de pais e avós de países da América Latina, onde a Coronavac foi bastante usada, e da Rússia, que desenvolveu a Sputnik V, também não aprovada pela UE.
Inspirados pelo movimento "Amor não é turismo", que pressionou autoridades alemãs a autorizarem a entrada durante a pandemia de parceiros de residentes alemães que não eram casados ou tinham residência na Alemanha e teve sucesso, uma mãe colombiana criou a página "Family is not tourism Germany", da qual Burghi participa.
O grupo fez um abaixo-assinado online pedindo ao Bundestag (Parlamento alemão) atenção para o tema e reuniu pouco mais de cem assinaturas. Nesta sexta-feira, eles receberam uma resposta de que a petição havia sido rejeitada, porque já havia outra de tema semelhante tramitando. O coletivo também pediu às crianças que desenhassem o que gostariam de fazer com os avós se pudessem visitá-los e compartilhou os resultados em redes sociais.
"Durante a pandemia, criaram o grupo 'Love is not tourism' e foi aberta exceção para que os parceiros pudessem entrar. Mas, no caso de parente, só é possível em caso de nascimento, casamento ou morte", disse Burghi.
"É triste ver que liberam as entradas por motivos profissionais, como vir para uma conferência e se encontrar com centenas de pessoas, quando o risco seria muito maior, mas não permitem que meus familiares possam vir me visitar e ficar na minha casa, mesmo com quarentena."
O que os órgãos alemães dizem
A DW Brasil tentou esclarecer por qual razão a regra sobre os brasileiros vacinados com a Coronavac, indicada na página da embaixada da Alemanha em Brasília, mudou em tão pouco tempo, mas não houve resposta conclusiva.
A reportagem enviou a pergunta à embaixada, que encaminhou a questão ao Ministério do Exterior da Alemanha. Este informou que os sites das embaixadas oferecem informações sobre os requisitos básicos para entrar no país, e indicam a consulta a sites de órgãos públicos na Alemanha para as regras detalhadas, em especial às páginas dos ministérios do Interior e da Saúde.
Sobre o caso brasileiro, a pasta informou somente que "as informações no site da embaixada [da Alemanha no Brasil] foram atualizadas em 24 de setembro, tendo em vista informações que estavam sendo particularmente solicitadas no local".
A DW Brasil também perguntou aos ministérios do Interior e da Saúde sobre as regras para brasileiros vacinados com a Coronavac entrarem na Alemanha, e as respostas de ambas as pastas indicam que não pode ser descartada a hipótese de que o vai e vem em um prazo tão curto tenha sido resultado de um mal-entendido entre diferentes órgãos públicos alemães.
Em sua página, o Ministério do Interior informa que apenas residentes de uma lista que tem hoje 18 países, além das nações da UE, podem viajar para a Alemanha sem restrições – o Brasil não consta nessa lista. Para residentes em países fora da lista, é necessário estar vacinado com um imunizante aprovado na UE ou ter um motivo urgente.
Questionado pela DW sobre os brasileiros vacinados com a Coronavac, o Ministério do Interior informou à reportagem que havia discutido o assunto com o Ministério da Saúde, que enviaria a resposta. A pasta da Saúde, então, informou que, como o Brasil não era mais considerado área de variante de vírus ou área de risco alto, era possível viajar do Brasil à Alemanha sem ter sido imunizado com uma vacina aprovada pela UE, desde que fosse apresentado um comprovante de teste negativo para covid-19 – mesma informação que havia sido disponibilizada pela embaixada alemã no Brasil em 17 de setembro.
A reportagem, então, pediu uma nova confirmação às duas pastas, diante da informação conflitante com a disponível no site do Ministério do Interior.
Em seguida, o Ministério da Saúde respondeu que tinha havido um mal-entendido, e que a regra do site do Ministério do Interior era a que valia para a entrada na Alemanha. Caso a entrada a partir de determinado país fosse permitida segundo as regras do Ministério do Interior, aí aplica-se também a regra do Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde alemão disse ainda que, antes que uma vacina contra a covid-19 possa ser considerada, ela deve ser avaliada segundo o marco regulatório em vigor na UE, e que a Coronavac está em análise. O processo de avaliação da Coronavac pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) foi iniciado em maio de 2021 e não há previsão de quando será concluído.
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Quais são as regras para viajar à Alemanha
Segundo as regras em vigor nesta sexta-feira (08/10), podem entrar na Alemanha para visitas e turismo os brasileiros completamente vacinados com os imunizantes aprovados na UE.
É considerado complemente vacinado quem tomou a segunda dose (ou a dose única, no caso da Janssen) há pelo menos 14 dias. As duas doses devem ser de imunizantes aprovados na UE.
No caso de quem teve a doença há até seis meses e se recuperou, basta ter recebido uma dose de uma das vacinas aceitas na União Europeia.
Brasileiros não vacinados ou vacinados com a Coronavac não podem ingressar na Alemanha, no momento, exceto em alguns casos indicados no site da embaixada da Alemanha em Brasília.
Entre as exceções estão, por exemplo, viajantes de negócios ou parentes de até segundo grau de cidadãos com direito de residência na Alemanha, em caso de nascimento ocorrido há até seis meses, casamento ou funeral.
Antes de planejar uma viagem, é recomendável checar as regras nas páginas das autoridades alemães.
Certificado para quem tomou vacinas diferentes
Brasileiros imunizados com as vacinas aprovadas pela UE que decidem ir à Alemanha para visitas ou turismo podem comprovar sua imunização usando o certificado de vacinação emitido pelo aplicativo Conecte SUS nos idiomas inglês ou espanhol, que são aceitos nos aeroportos alemães. O próprio aplicativo do SUS já permite a emissão do documento nesses idiomas.
Porém o Conecte SUS não permite a emissão do certificado para quem tomou as duas doses de vacina de fabricantes diferentes, como a primeira dose da AstraZeneca e a segunda da Pfizer-BioNTech. Esse regime misto foi adotado em algumas cidades brasileiras devido à falta momentânea da vacina da AstraZeneca para a segunda dose.
O Ministério da Saúde brasileiro afirmou que "busca uma solução para que seja possível emitir o certificado de vacinação no aplicativo Conecte SUS em situações que ocorram intercambialidade de vacinas". Nesses casos, ainda é possível conferir as duas doses da vacina no aplicativo Conecte SUS, mas as informações aparecem apenas no idioma português e não são indicadas em formato de certificado.
O mês de outubro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Ariana Cubillos/AP Photo/picture alliance
Ataque em trem de Tóquio deixa 17 feridos
Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas em um ataque perpetrado dentro de um trem em Tóquio por um homem com uma faca, que também ateou fogo em um líquido inflamável dentro do vagão. Segundo testemunhas, o homem estava usando trajes semelhantes ao do personagem Coringa, o vilão das histórias de Batman. O agressor foi preso. (31/10)
Foto: The Yomiuri Shimbun/AP/picture alliance
Líderes do G20 se reúnem em Roma
Os líderes das 20 maiores economias fizeram sua primeira reunião cúpula presencial desde o início da pandemia. Mudanças climáticas, pandemia e a criação de um imposto global dominaram a agenda. Os líderes presentes também fizeram uma homenagem aos profissionais da saúde que lidam com a pandemia, posando ao lado de alguns deles na tradicional "foto de família" que marca as cúpulas do G20. (30/10)
Foto: Gregorio Borgia/AP/picture alliance
Joe Biden e Papa Francisco têm longo encontro no Vaticano
O presidente dos EUA, Joe Biden, teve uma reunião atipicamente longa com o papa Francisco no Vaticano, em um momento em que o debate nos EUA sobre o apoio do chefe de Estado americano, que é católico, ao direito ao aborto ganha força. A reunião durou uma hora e meia. Os comunicados da Casa Branca e do Vaticano, porém, não fizeram nenhuma referência direta à questão do aborto. (29/10)
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Facebook agora é Meta
Uma semana após vários escândalos do Facebook nas mídias, Mark Zuckerberg anuncia o renascimento da marca no Facebook Connect, a conferência anual interna de realidade virtual da empresa. Como parte da mudança, a empresa passará a se chamar Meta. Já o carro-chefe da companhia, a rede social Facebook continua com o mesmo nome. (28/10)
Foto: Eric Risberg/AP Photo/picture alliance
"Liberdade para Assange"
Manifestante protesta diante de tribunal londrino durante julgamento de apelo de autoridades americanas, que lançam uma nova tentativa para levar a Justiça do Reino Unido a extraditar Julian Assange aos EUA. Em janeiro, a juíza britânica Vanessa Baraitser negara o pedido de Washington, argumentando que o fundador do WikiLeaks corre risco de cometer suicídio nas prisões dos Estados Unidos. (27/10)
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CPI da Pandemia conclui trabalhos
Após seis meses de depoimentos e coleta de provas, a CPI da Pandemia chega ao fim. Os senadores aprovam, por sete votos a quatro, o relatório final, propondo indiciamento do presidente Jair Bolsonaro, de outras 77 pessoas e duas empresas. O documento detalha como a atuação do governo contribuiu para o descontrole sanitário e o alto número de óbitos pela doença no Brasil. (26/10)
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Golpe de Estado no Sudão
As forças militares prenderam a maioria dos ministros e líderes de partidos pró-governo em golpe militar no Sudão. O primeiro-ministro interino, Abdalla Hamdok, foi levado para um local não revelado e pediu ao povo que resista ao golpe. Em resposta, milhares saíram às ruas da capital Cartum e da cidade vizinha Omdurman, para protestar contra o golpe. (25/10)
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Colômbia prende traficante mais procurado
Autoridades colombianas informaram que o traficante de drogas mais procurado do país, Dairo Antonio Úsuga David, conhecido como Otoniel, foi preso em uma operação conjunta da polícia e das Forças Armadas no noroeste da Colômbia. O presidente Iván Duque disse que a prisão de Otoniel é o maior golpe contra o narcotráfico colombiano desde a queda de Pablo Escobar, em 1993. (24/10)
O mais novo museu de Oslo é dedicado a apenas um pintor, Edvard Munch. O edifício foi inaugurado pelo rei Haroldo V da Noruega, e foi apelidado pela imprensa de "museu com uma dobra" devido à sua fachada. Famoso pelo quadro "O Grito", o expressionista (1863-1944) deixou cerca de 27 mil obras. "Não pinto o que vejo, pinto o que vi", disse ele uma vez sobre seu método de trabalho. (23/10)
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A última cúpula da UE de Merkel
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, que participou de mais de 100 cúpulas em Bruxelas, compareceu pela última vez ao encontro com seus colegas europeus, onde recebeu elogios e foi aplaudida de pé. Em seus 16 anos no poder, ela atravessou e sobreviveu várias crises e e teve papel fundamental nas principais decisões do bloco. (22/10)
Foto: John Thys/AFP/dpa/picture alliance
Nova onda de covid-19 atinge o Leste Europeu
Países do Centro e do Leste da Europa, com índices de vacinação mais baixos do que no restante do continente, vivem uma nova onda de covid-19. O problema atinge a Bulgária, Romênia, Croácia, Polônia, Letônia e Estônia, onde a imunização enfrenta forte resistência por parte da população. A Rússia, onde a pandemia costuma ser desdenhada, também vive um aumento nas contaminações. (22/10)
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Relatório da CPI expõe "estratégia macabra" de Bolsonaro na pandemia
O senador Renan Calheiros entregou o relatório final da CPI da Pandemia, no qual acusa o governo Jair Bolsonaro de agir de modo negligente, criminoso e decisivo para o desastre sanitário que matou mais de 600 mil pessoas. O texto descreve como o negacionismo do governo incluiu a formação de redes de fake news, paranoia antivacinas e incentivo ao desrespeito às normas de distanciamento. (20/10)
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Descanso no Afeganistão
Em tempos turbulentos, até o descanso precisa ocorrer em movimento. Como faz esse menino em uma bicicleta nas ruas da capital do Afeganistão, Cabul, onde a tomada do poder pelo grupo fundamentalista islâmico Talibã modificou profundamente a rotina do país. (19/10)
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Chama olímpica dos Jogos de Inverno de Pequim é acesa
Começou nesta segunda-feira a contagem regressiva para os Jogos de Inverno de 2022, em Pequim. A cerimônia em Olímpia, na Grécia, foi acompanhada de protestos de ativistas de direitos humanos. Três mulheres e um homem foram detidos ao carregarem uma faixa com os dizeres "Sem Jogos Genocidas". No domingo, duas pessoas já haviam sido detidas após estenderem bandeira do Tibete na Acrópoles. (18/10)
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Equipe cinematográfica russa retorna após filmagem no espaço
A atriz Yulia Peresild e o diretor Klim Shipenko retornaram neste domingo de uma estada de 12 dias na Estação Espacial Internacional (ISS). A bordo de uma cápsula Soyuz, ambos pousaram no Cazaquistão. É a primeira vez que uma equipe de filmagem ficou hospedada na estação. O drama "O desafio" gira em torno de uma médica encarregada de operar um cosmonauta em perigo de vida. (17/10)
Foto: picture alliance/dpa/Roscosmos Space Agency/AP
Nasa envia sonda a Júpiter em missão de 12 anos
Partiu de Cabo Canaveral a sonda "Lucy", da Nasa, a fim de explorar os Asteroides Troianos de Júpiter. Se tudo ocorrer como esperado, a missão inédita durará 12 anos. Trata-se da primeira nave espacial movida a energia solar a se distanciar tanto do Sol. A sonda examinará um total de oito asteroides, mais do que qualquer missão anterior. (16/10)
Foto: Bill Ingalls/NASA/AP/picture alliance
Parlamentar britânico morre após ser esfaqueado em igreja
O parlamentar britânico David Amess morreu após ser esfaqueado várias vezes durante um encontro de rotina com seus eleitores em uma igreja no leste da Inglaterra. Um homem de 25 anos foi preso no local, suspeito de ser o autor do ataque. Amess, de 69 anos, era membro do Parlamento desde 1983. Representantes de todo o espectro político britânico expressaram choque e tristeza pela morte. (15/10)
Foto: Matrix/imago images
Protesto em Beirute contra investigação de megaexplosão deixa mortos
Um tiroteio matou pelo menos seis pessoas e feriu cerca de 30 em Beirute, no Líbano, enquanto as tensões escalavam antes de um protesto contra o juiz que comanda a investigação sobre a grande explosão ocorrida no porto da cidade, no ano passado. Os protestos em frente ao Palácio da Justiça foram convocados pelo grupo xiita libanês Hisbolá. (14/10)
Foto: Hussein Malla/AP Photo/picture alliance
"Capitão Kirk" viaja ao espaço em foguete de Jeff Bezos
O ator William Shatner, que interpretou o capitão Kirk na série de ficção científica Jornada nas Estrelas, viajou ao espaço a bordo do foguete New Sheppard, desenvolvido pela empresa Blue Origin, do bilionário Jeff Bezos, fundador. Aos 90 anos, Shatner se tornou a pessoa mais velha a ir ao espaço. "Estou tão emocionado com o que acabou de acontecer. É extraordinário", disse Shatner (13/10)
Foto: Blue Origin/AP
Cristo Redentor completa 90 anos
O Cristo Redentor, imagem mais icônica do Brasil no mundo, completa 90 anos. Para evocar uma data tão memorável, a imponente estátua que coroa o morro do Corcovado, no Rio de Janeiro, passou por um processo de restauração que envolveu 40 profissionais, como alpinistas, escultores e geólogos. Por um ano, eles percorreram os 38 metros da estátua para reparar estragos causados por intempéries.(12/10)
Foto: Carl De Souza/AFP
Hamburgo estreia trem totalmente autônomo
A companhia estatal ferroviária alemã Deutsche Bahn (DB) e a empresa de tecnologia Siemens apresentaram, em Hamburgo, o primeiro trem do mundo a operar de forma autônoma no tráfego férreo comum. O principal diferencial em comparação a outros veículos autônomos é que a tecnologia pode ser usada em toda a rede ferroviária e com todos os tipos de trens - sem a necessidade de novos trilhos. (11/10)
Foto: Marcus Brandt/dpa/picture alliance
Lyon, os Lumière e jogos de luz
Noite de abertura colorida do Festival Lumière: o primeiro filme de que se tem notícia foi rodado pelos irmãos Auguste e Louis Lumière em 1895, em Lyon. Embora não seja conhecida como metrópole do cinema, desde 2009 a cidade francesa festeja seu orgulho dos inventores do cinematógrafo com um grande festival. Que vai começar, assim que os convidados se livrarem das redes de serpentina... (10/10)
Foto: Jeff Pachoud/AFP/Getty Images
Chefe de governo austríaco entrega cargo
O chanceler federal da Áustria, Sebastian Kurz, anunciou sua renúncia. As investigações por fraude, suborno e venalidade, de que é objeto, vieram a público após uma recente batida na Chancelaria Federal e nas dependências de seu Partido Popular da Áustria (ÖVP). O político conservador de 35 anos nega as acusações. (09/10)
Foto: Lisi Niesner/REUTERS
Brasil ultrapassa marca de 600 mil mortes por covid-19
O Brasil cruzou a marca dos 600 mil mortos por covid-19. A primeira morte oficial associada à covid-19 no Brasil foi a de uma mulher de 57 anos em 12 de março de 2020. Desde então, é como se toda a população de Joinville (SC) tivesse desaparecido. A nova trágica marca de mortos por covid-19 no Brasil pelo menos ocorre num momento de desaceleração da pandemia e com a vacinação avançando. (08/10)
Foto: Michael Dantas/AFP/Getty Images
Merkel se despede do papa
O papa Francisco recebeu no Vaticano a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, num encontro de despedida da líder após 16 anos no poder. Merkel ainda teve uma reunião em Roma com o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi. A dirigente alemã se reuniu pela sétima vez com o pontífice, com quem conversou por 45 minutos e depois trocou presentes. (07/10)
Foto: Vatican Media/AP Photo/picture alliance
Polícia do Rio encontra coleção nazista avaliada em 3 milhões de euros
A polícia civil do Rio de Janeiro encontrou na casa de um suspeito de estuprar um menor de idade uma coleção de objetos e armas nazistas no valor de cerca de 3 milhões de euros, incluindo uniformes nazistas, pinturas, insígnias, imagens de Adolf Hitler, bandeiras, medalhas do Terceiro Reich e munições. Os itens foram descobertos quando a polícia cumpria um mandado de prisão. (06/10)
Foto: Policia Civil RJ/Handout/REUTERS
Rússia envia atriz e diretor para primeiro filme no espaço
A Rússia enviou a atriz Yulia Peresild e o diretor Klim Shipenko para a Estação Espacial Internacional (ISS) com a missão de rodarem o primeiro filme no espaço. Eles viajaram na nave russa Soyuz MS-19, ao lado do cosmonauta Anton Shkaplerov. Antes da viagem, o diretor e a atriz tiveram de se habituar às condições de gravidade zero e aprender como reagir em uma aterrissagem de emergência. (05/10)
Foto: Roscosmos Space Agency/AP/picture alliance
Pane global no Facebook, Instagram e WhatsApp
Usuários de várias partes do mundo, inclusive do Brasil, relataram interrupções nos serviços do Facebook, Instagram e WhatsApp. O Facebook, dono das três redes sociais, reconheceu as falhas, mas não forneceu detalhes sobre a origem do problema ou quantas pessoas foram afetadas. (04/10)
Foto: Revierfoto/dpa/picture alliance
Merkel faz apelo à defesa da democracia
No 31º aniversário da reunificação da Alemanha, a chanceler federal Angela Merkel, disse que os alemães precisam continuar trabalhando pela democracia. "Às vezes damos a democracia como certa, como se não houvesse mais nada a fazer. [Mas] a democracia não está aí simplesmente. Devemos trabalhar juntos pela democracia, repetidamente, todos os dias." (03/10)
Foto: Jan Woitas/AFP/Getty Images
Manifestantes voltam a protestar contra Bolsonaro
Manifestantes se reuniram em 60 cidades do Brasil para protestar contra o governo Jair Bolsonaro. Os atos foram convocados por partidos de esquerda, centrais sindicais e grupos da sociedade civil. Na pauta: o impeachment do presidente e críticas ao avanço da inflação e gestão da pandemia. (02/10)
Foto: Amanda Perobelli/REUTERS
Assolada por hiperinflação, Venezuela corta 6 zeros do bolívar
Em seu oitavo ano consecutivo de recessão, Venezuela faz nova reconversão monetária e passa a chamar sua desvalorizada moeda nacional, o bolívar soberano, de bolívar digital. Este é o terceiro corte em 13 anos, o que a torna o país sul-americano que mais removeu zeros de sua moeda. Foram 14 no total. O recorde mundial é do Zimbabué, que eliminou 25 zeros ao longo de várias reconversões. (01/10)