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"Rei Leão" realista deve repetir sucesso do desenho animado

Jochen Kürten ca
12 de julho de 2019

Passados 25 anos do lançamento do clássico de animação da Disney, novo "O Rei Leão" utiliza imagens computadorizadas para trazer a selva ao cinema. O resultado dessa versão "live-action" é surpreendentemente realista.

Cena do novo remake de "O Rei Leão"
"Live-action": cena do novo remake de "O Rei Leão"Foto: Imago Images/Cinema Publishers Collection/Disney Enterprises Inc

O timing não podia ser melhor: há exatamente um quarto de século, o desenho animado da Disney O Rei Leão chegou aos cinemas e se tornou um sucesso estrondoso.

A película de 1994 ainda está na vanguarda dos filmes de animação de maior sucesso de todos os tempos – ao menos entre os clássicos da era pré-digital. Ela rendeu remakes e séries de televisão, foi tema de um jogo de computador e, por último, mas não menos importante, em 1997 estreou o musical homônimo, que também se revelou uma máquina de fazer dinheiro. Na Alemanha, essa adaptação teatral do sucesso da Disney pode ser vista em Hamburgo desde 2001, ininterruptamente.

Em 9 de julho, a versão live-action de O Rei Leão teve pré-estreia mundial no Dolby Theatre de Los Angeles, tendo estreia mundial marcada a partir de 17 de julho (no Brasil, em 18/07), depois de estrear nesta sexta-feira (12/07) nos cinemas chineses.

Assim era o rei das selvas em 1994, ainda desenhado a mãoFoto: picture alliance/United Archives/IFTN

Mas, como assim "live-action", num filme em que as personagens são exclusivamente animais? O termo é meio nebuloso, neste contexto. A versão animada de 1994 foi criada principalmente nas mesas de desenho dos artistas de animação dos estúdios da Disney. No musical, atores, cantores e dançarinos se apresentam em multicoloridos figurinos de animais.

Com o advento da era digital, personagens desenhadas a mão foram se tornando figuras geradas por computador. Os desenhos animados clássicos desapareceram ou foram aperfeiçoados com a ajuda de computadores, às vezes em 3D.

Ao longo dos anos, os filmes produzidos digitalmente se afastaram cada vez mais de seus ancestrais desenhados a mão. Filmes feitos por computador, como Frozen: Uma aventura congelante (2013, a continuação será lançada em novembro) ou as diferentes versões de Toy Story (1995-2019) foram e ainda são um sucesso nas bilheterias.

Depois da primeira adaptação em live-action de um clássico de animação, três anos atrás, a Disney e outros estúdios de Hollywood iniciaram outra fase de digitalização cinematográfica: baseados em filmes animados, Mogli: o menino lobo (2016) e, mais tarde, Aladdin (2019) focaram principalmente personagens humanas.

Ataque de fofura: difícil resistir à nova versão do leãozinho SimbaFoto: Imago Images/Cinema Publishers Collection/Disney Enterprises Inc

Os espectadores já se acostumaram a ver atores representarem em meio a paisagens digitais, através da tecnologia de última geração, no que se denomina "filmes de live-action". A isso, acrescente-se a tecnologia de realidade virtual, que está em rápido desenvolvimento.

O diretor Jon Favreau, que também dirigiu Mogli, o menino lobo em live-action, falou em entrevista da "tecnologia cinematográfica virtual" empregada por ele no atual O Rei Leão. Outro termo muito empregado é "animação fotorrealista".

A trama é basicamente a mesma do clássico de 1994. É a história do pequeno Simba, cujo pai Mufasa, o Rei Leão, é morto pelo irmão através de uma intriga. O filhote de leão foge e retorna anos depois, com a ajuda de alguns amigos do reino animal, para reivindicar seu papel como herdeiro do trono da selva. Até aí, uma história bem conhecida.

Favreau e sua equipe transformaram o filme num drama animal ultrarrealista de tirar o fôlego. É claro que tanto as paisagens quanto os animais são gerados em computador – tudo é, em última análise, produto da arte digital. Mas dificilmente, algum espectador deixará de se impressionar com a perfeição da animação artificial dos animais – quer goste ou não da temática e do enredo.

Estreia mundial em reuniu vozes famosas em Los AngelesFoto: Getty Images / Disney

Como no desenho animado, o compositor Hans Zimmer, nascido em Frankfurt, é o responsável pela trilha sonora, e Elton John contribui com canções – ambos premiados com Oscar por seu trabalho em 1994. A superestrela Beyoncé é assume a música-título do novo filme, que apresentou no tapete vermelho, na estreia mundial em Los Angeles.

Ali também estava reunida a maioria dos famosos dubladores envolvidos, inclusive Donald Glover (Simba), Beyoncé (Nala) e Chiwetel Ejiofor (Scar). A participação de James Earl Jones na atual versão live-action tem um toque especial: o ator nascido em 1931 também dublou o antigo Rei Leão Mufasa, 25 anos atrás. A atriz de origem ugandense Florence Kasumba também integra a equipe de dublagem, dando voz à hiena Shenzi.

Com seus mágicos efeitos especiais digitalizados, uma história convincente (embora conhecida) e vozes famosas, as chances são boas de que este Rei Leão também venha ser um sucesso de bilheteria.

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