Reino Unido desaconselha vacina anti-covid para alérgicos
9 de dezembro de 2020
No primeiro dia de imunização em massa, dois britânicos apresentaram efeitos adversos e estão em tratamento. Farmacêutica Pfizer defende seu produto, testado "do mesmo modo que qualquer vacina que está em circulação".
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A agência reguladora de saúde do Reino Unido desaconselhou nesta quarta-feira (09/12) pessoas com histórico de reações alérgicas fortes de tomarem a vacina da Pfizer-Biontech contra a covid-19. Na véspera, o país iniciou a vacinação em massa contra a doença, e houve dois casos de efeitos colaterais adversos, exigindo tratamento.
Como distribuir a vacina contra covid-19?
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"Como é comum com novas vacinas, a MHRA (reguladora) recomendou, em caráter preventivo, que pessoas com um histórico significativo de reações alérgicas não recebam essa vacinação", declarou Stephen Powis, diretor médico nacional do National Health Service (NHS) da Inglaterra.
Os dois pacientes pertencem ao serviço de saúde estatal, cujos membros estão entre os primeiros a receber o imunizante. Powis acrescentou que ambos estão se recuperando bem. A Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA), um órgão regulador independente, explica que reações alérgicas "significativas" incluem aquelas a medicamentos, alimentos ou vacinas.
"Nenhuma etapa foi pulada"
Nesta terça-feira, milhares de britânicos tornaram-se os primeiros cidadãos do mundo ocidental a receber uma vacina anti-covid aprovada, na maior iniciativa de imunização da história do NHS, desde que foi criado, em 1948. A ministração será em duas doses, espaçadas de 21 dias.
O Reino Unido recebeu primeiramente cerca de 800 mil doses, e até o fim de dezembro conta-se com a chegada de 4 milhões, de uma encomenda total de 40 milhões. Entre os primeiros atendidos estão os maiores de 80 anos e pessoal de saúde e serviços sociais.
O diretor executivo da Pfizer, Albert Bourla, declarou compreender as apreensões globais quanto à rapidez com que as farmacêuticas produziram o imunizante contra o novo coronavírus, porém insistiu que nenhuma etapa foi pulada: o medicamento teria sido testado "exatamente do mesmo modo como estamos testando qualquer vacina que está circulando por aí".
A empresa está informada pelo MHRA sobre as reações alérgicas no Reino Unido. No entanto, durante os testes da fase 3, com mais de 40 mil voluntários, a vacina foi "em geral bem tolerada, sem ressalvas de segurança sérias", assegurou.
AV/afp,rtr
Os ricos que lucraram com a covid-19
Enquanto muitos negócios foram duramente atingidos pela pandemia do novo coronavírus, alguns conseguiram multiplicar fortunas com a crise. Entre eles estão conhecidos bilionários.
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Como ficar mais rico
Jeff Bezos (na foto com a namorada Laura Sanchez no Taj Mahal), fundador da Amazon, já era a pessoa mais rica do mundo e com o coronavírus multiplicou seu patrimônio. A revista "Forbes" estima sua fortuna em 193 bilhões de dólares. Sua empresa de comércio eletrônico fez negócios em ritmo acelerado durante a pandemia. As ações da Amazon bateram novos recordes.
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Tecnologia em alta no mercado
A Tesla, empresa de Elon Musk, produz carros, mas na bolsa é tratada como uma empresa de alta tecnologia. Musk lucrou com o entusiasmo do mercado em torno de ações de tecnologia durante a pandemia. Há pouco tempo, o empresário sul-africano ultrapassou Bill Gates na lista dos mais ricos do mundo. Sua fortuna é avaliada em 132 bilhões de dólares.
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Uma ideia certa no momento ideal
O aumento do número de pessoas trabalhando em casa durante a pandemia foi a grande oportunidade de Eric Yuan. O fundador do Zoom se mudou da China para os EUA quando tinha 27 anos. Depois de alguns anos na rival WebEx, ele lançou sua própria plataforma de videoconferência, o Zoom, em 2019. Desde a crise, as ações da empresa explodiram. Estima-se que Yuan tenha uma fortuna de 19 bilhões de dólares.
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Sucesso com exercícios físicos
Regras de distanciamento e fechamento de academias foram ótimos para John Foley. Em 2013, ele ainda buscava apoio para seu equipamento de ginástica numa plataforma de financiamento coletivo. Hoje, as pessoas estão dispostas a gastar muito dinheiro com o Peloton. As ações da empresa triplicaram durante a pandemia, e inesperadamente Foley, de quase 50 anos, se tornou bilionário.
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Conquistador do mundo
Desenvolvido por Tobias Lütke, a Shopify permite que comerciantes criem suas próprias lojas online. Nascido em Koblenz, o alemão emigrou para o Canadá em 2002 e começou um negócio de garagem como tantos outros. Hoje, a Shopify é a empresa mais valiosa do Canadá, com os preços de suas ações dobrando desde março. A revista "Forbes" estima a fortuna de Lütke, de 39 anos, em 9 bilhões de dólares.
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Bilionário da noite para o dia
Já no início de janeiro, Ugur Sahin apostou no cavalo certo ao trabalhar numa vacina contra a covid-19. O imunizante desenvolvido por sua empresa alemã Biontech já foi aprovado no Reino Unido. A vacina empurrou Sahin para os holofotes e o tornou bilionário. O valor de ações que ele possui é estimado em 5 bilhões de dólares.
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Ingredientes de sucesso
A empresa de kits de refeição entregues em casa HelloFresh está em alta. Os lucros mais do que triplicaram durante a pandemia, segundo dados de novembro. Cofundador e acionista Dominik Richter aproveitou ao máximo o fechamentos de restaurantes. Ele ainda não está no nível dos bilionários que se beneficiaram com pandemia, mas tem os ingredientes certos para chegar lá.
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Amazon em dobro
Jeff Bezos não é o único que ficou mais rico com a Amazon durante a pandemia. Graças a ações que possui da empresa, a ex-esposa de Bezos, Mackenzie Scott, chegou ao primeiro lugar na lista de mulheres mais ricas do mundo. Sua fortuna é estima em 72 bilhões de dólares.
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