Reino Unido prevê prisão para quem descumprir quarentena
9 de fevereiro de 2021
Segundo novas regras, passageiros de áreas de risco precisarão ficar dez dias confinados em hotel, tendo que arcar com os custos da hospedagem. Também se torna obrigatória a realização de dois testes após a chegada.
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O Reino Unido anunciou nesta terça-feira (09/02) novas regras para a quarentena de passageiros que vierem de países considerados zonas de risco para variantes do coronavírus. As medidas incluem multas de até 10.000 libras e prisão para quem descumpri-las. O objetivo é evitar a disseminação no país de mutações do coronavírus.
As novas normas valem para britânicos ou estrangeiros residentes no Reino Unido e na Irlanda, já que está proibida atualmente a entrada de turistas vindos de países considerados de risco.
"Não peço desculpas pela força dessas medidas porque estamos lidando com uma das maiores ameaças à saúde pública que enfrentamos como nação", disse o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, ao fazer o anúncio.
A partir da próxima segunda-feira, todos os viajantes que chegarem ao Reino Unido de áreas de risco, entre elas o Brasil, precisarão cumprir quarentena de dez dias em hotéis designados pelo governo, e terão de realizar dois testes de covid-19 durante o período – um no segundo dia e outro no oitavo dia após a chegada. Se qualquer um dos testes der positivo, eles terão que ficar em quarentena por mais dez dias a partir da data do exame.
Além disso, todos os testes positivos serão automaticamente submetidos a sequenciamento genético para verificar a possibilidade de se tratar de uma mutação do coronavírus.
O governo informou que, inicialmente, reservou 4.600 quartos em 16 hotéis, que serão fechados para outros hóspedes que não estejam em quarentena.
Os viajantes terão de arcar com os custos da estadia durante a quarentena. Antes de embarcar ao Reino Unido, eles precisarão reservar um pacote de 1.750 libras (o equivalente a cerca de R$ 13.000), que inclui hotel, transporte e testes para uma pessoa. O sistema para fazer as reservas entrará no ar na quinta-feira, data em que o governo também publicará detalhes sobre as novas regras.
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Multas e prisão
De acordo com o ministro da Saúde britânico, quem desrespeitar as regras poderá pagar altas multas ou até mesmo ser preso.
"Vamos colocar em prática multas severas para quem não cumprir [as medidas]. Isso inclui uma penalidade de 1.000 libras para qualquer pessoa que chegar do exterior e não fizer o teste obrigatório", disse Hancock ao Parlamento. A multa pode chegar a 10.000 libras (cerca de R$ 75.000 reais) para quem não for para um dos hotéis designados pelo governo logo após a chegada.
"Qualquer pessoa que mentir no formulário de localização de passageiros e tentar esconder que esteve em um país da lista vermelha nos dez dias anteriores à chegada, poderá pegar pena de prisão de até dez anos", reforçou o ministro.
As empresas de transporte de passageiros também poderão pagar multas se não exigirem a comprovação das reservas para a quarentena e um teste de covid-19 negativo feito nas 72 horas anteriores ao embarque.
O Reino Unido é o país da Europa mais afetado pela pandemia em números absolutos, e atualmente sofre com a disseminação de uma variante mais contagiosa do coronavírus. No total, a nação registra mais de 3,9 milhões de casos de covid-19 e mais de 113 mil mortes, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.
le/ek (DPA, Reuters, Efe, ots)
Celebridades e políticos que testaram positivo para covid-19
Várias estrelas de cinema contraíram o coronavírus. A doença varreu a elite política global e afetou também os melhores atletas.
Foto: Joshua Roberts/Reuters
Emmanuel Macron
O presidente da França foi diagnosticado com o coronavírus dias depois de uma cúpula dos líderes da União Europeia, o que levou várias autoridades do bloco a adotarem o isolamento. Nos dias que antecederam o resultado, ele se reuniu também com lideranças políticas da França e membros de seu gabinete. Seus assessores disseram que ele mantém estilo de vida saudável e se exercita regularmente.
Foto: Lewis Joly/AP Photo/picture alliance
Donald Trump
Após menosprezar a doença durante meses, o presidente dos Estados Unidos confirmou que ele e a primeira-dama, Melania Trump, estavam infectados com o coronavírus em plena reta final de sua campanha à reeleição. Trump raramente aparecia em público usando máscaras de proteção e ignorou em diversas ocasiões os alertas das autoridades de saúde.
Foto: picture-alliance/CNP/A. Drago
Andrzej Duda
O presidente da Polônia, Andrzej Duda, testou positivo para o coronavírus, anunciou um porta-voz no dia 24 de outubro. Dias antes, ele esteve em um fórum de investimento na Estônia, onde se encontrou com o presidente búlgaro, Rumen Radev, que entrou em isolamento profilático depois de ter contato com alguém infectado em seu país de origem. No entanto, não foi confirmado como Duda se contaminou.
Foto: Photoshot/picture-alliance
Andrea Bocelli
O tenor italiano Andrea Bocelli testou positivo para o novo coronavírus em março. Ele relatou que teve apenas febre leve, e no mês seguinte, já fez uma apresentação na Catedral de Milão, vazia devido às regras de restrição.
Foto: Getty Images/S.Legato
Robert Pattinson
O ator, de 34 anos, mais conhecido por estrelar como o vampiro Edward Cullen na saga cinematográfica "Twilight", testou positivo para covid-19, obrigando a produção de "The Batman" a uma pausa apenas três dias depois de ter retomado trabalhos. Pattinson, que também foi Cedric Diggory na adaptação cinematográfica de "Harry Potter e o cálice de fogo", sucede Ben Affleck como o Homem Morcego.
Foto: picture-alliance/dpa/Sputnik/E. Chesnokova
Dwayne 'The Rock' Johnson
O lutador que virou estrela de cinema se tornou uma das mais recentes celebridades a contraírem covid-19. Em um vídeo no Instagram, Johnson revelou que ele, sua esposa e duas filhas testaram positivo — acrescentando que ele teve "uma experiência difícil" com os sintomas. Ele também pediu às pessoas que parem de "politizar" a pandemia e "usem máscara".
Foto: picture-alliance/AP Photo/R. Shotwell
Neymar
O craque brasileiro é um dos três jogadores do PSG a contraírem o vírus, informou a agência de notícias AFP em 2 de setembro. Acredita-se que o surto no clube esteja relacionado a uma viagem de férias que o time fez à ilha espanhola de Ibiza. Posteriormente, Neymar postou uma foto no Instagram com seu filho, que também supostamente testou positivo: "Obrigado pelas mensagens. Estamos todos bem".
Foto: Getty Images/AFP/D. Ramos
Silvio Berlusconi
O ex-premiê italiano de 83 anos testou positivo para o vírus e estaria assintomático, segundo anúncio de seu médico em 2 de setembro. Dois dos filhos de Berlusconi e sua namorada de 30 anos também testaram positivo. O ex-premiê testou positivo depois de passar férias na costa da Sardenha, onde os ricos e famosos da Itália costumam desdenhar das políticas de restrição.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Vojinovic
Usain Bolt
A lenda do atletismo Usain Bolt testou positivo poucos dias depois de realizar uma festa para comemorar seu 34º aniversário no final de agosto. O detentor do recorde para os 100 e 200 metros rasos disse que entrou em quarentena, mas que não estava exibindo sintomas. Vídeos da festa de aniversário ao ar livre de Bolt mostraram convidados sem máscaras durante a celebração.
Foto: Reuters/M. Childs
Antonio Banderas
O ator espanhol teve uma surpresa indesejável em seu 60º aniversário em meados de agosto, depois de um teste positivo para o coronavírus. Banderas disse que passou seu aniversário isolado e que estava "mais cansado do que de costume", mas "esperando se recuperar o mais rápido possível".
Foto: picture-alliance/Captital Pictures
Jair Bolsonaro
O presidente brasileiro, que repetidamente minimizou a gravidade da pandemia, contraiu o vírus em julho. Ele foi criticado por ignorar as medidas de segurança recomendadas por especialistas em saúde antes e depois de seu diagnóstico, incluindo apertar as mãos e abraçar apoiadores na multidão. Sua mulher, Michelle, e os filhos Jair Renan e Flávio também testaram positivo.
Foto: picture-alliance/dpa/E. Peres
Tom Hanks
O ator Tom Hanks e sua mulher, a atriz e cantora Rita Wilson, foram algumas das primeiras celebridades a anunciar que contraíram o vírus. O casal testou positivo para a covid-19 em meados de março, quando estava na Austrália. Depois de se recuperar e retornar aos Estados Unidos, Hanks defendeu que as pessoas façam sua parte para retardar a propagação da doença.
Foto: picture-alliance/AP/Invision/J. Strauss
Sophie Gregoire Trudeau
Sophie Gregoire Trudeau, mulher do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, testou positivo para coronavírus depois de retornar do Reino Unido em meados de março. O marido dela anunciou ter se isolado na residência oficial, mesmo sem apresentar sintomas da enfermidade.
Foto: Reuters/P. Doyle
Boris Johnson
No final de março, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, contraiu o coronavírus que o levou ao hospital por vários dias. Johnson passou uma semana em um hospital em Londres e três noites na UTI, onde recebeu oxigênio e foi observado 24 horas por dia. Ele teve alta em meados de abril, e os funcionários do hospital receberam o crédito de ter salvado sua vida.
Foto: picture-alliance/AP Photo/S. Dawson
Ambrose Dlamini
O primeiro-ministro de Essuatíni (antiga Suazilândia), Ambrose Dlamini, contraiu o coronavírus e morreu em decorrência da covid-19, em dezembro de 2020. Ele tinha 52 anos e chegou a ser internado em um hospital da África do Sul, mas não resistiu.
Foto: RODGER BOSCH/AFP
Hamilton Mourão
O vice-presidente, Hamilton Mourão, anunciou no final de dezembro de 2020 que havia testado positivo para a covid-19. Ele ficou 12 dias em isolamento no Palácio do Jaburu, em Brasília. Antes de receber o diagnóstico, o vice-presidente teve dor no corpo, dor de cabeça e febre que não passou de 38 graus. Em março de 2021, ele recebeu a primeira dose da Coronavac.
Foto: Sergio Lima/AFP
Larry King
O lendário apresentador de TV americano Larry King morreu em janeiro de 2021, em decorrência da covid-19. Ele tinha 87 anos e comandava um tradicional programa de entrevistas na CNN há mais de duas décadas.
Foto: Radovan Stoklasa/REUTERS
Alberto Fernández
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, de 62 anos, anunciou no começo de abril de 2021 que contraiu o coronavírus. Segundo a Unidade Médica Presidencial, ele não teve sintomas, graças à imunização pela vacina russa Sputnik V, recebida dois meses antes.