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Reino Unido quer iniciar vacinação na terça-feira

4 de dezembro de 2020

Primeiras doses da vacina contra novo coronavírus vão para idosos e pessoal médico, anuncia autoridade de saúde. Na França, governo diz que imunizante será gratuito para todos.

Dois idosos se beijam na boca usando máscara
Residentes de lares de idosos estão na frente da fila para receber a vacina no Reino UnidoFoto: Kevin Coombs/REUTERS

O Reino Unido começará na próxima terça-feira as vacinações para o novo coronavírus no país, afirmou nesta sexta-feira (04/12), em entrevista à BBC, Chris Hopson, diretor-executivo da NHS Providers, organização que integra o Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS, na sigla em inglês).

O governo britânico anunciou nesta quarta-feira a aprovação emergencial da vacina para covid-19 produzida em parceria pela multinacional Pfizer e a empresa alemã Biontech, após ter aceitado a recomendação da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA). O Reino Unido se torna, assim, o primeiro país a oferecer a vacina a um público mais amplo.

Já na próxima semana Londres espera a entrega de 800 mil doses de vacina. Milhões de novas doses devem chegar até o final do ano.

Os primeiros a serem vacinados devem ser residentes e funcionários de casas de repouso para idosos, assim como pessoas com mais de 80 anos e funcionários de equipes médicas.

Devido ao armazenamento complexo do produto, a temperaturas de 70 graus abaixo de zero, a vacina deve ser administrada inicialmente apenas em 50 clínicas do país.

O Reino Unido é um dos países mais atingidos pela pandemia, tendo registrado mais de 60 mil mortes em decorrência da covid-19, segundo dados oficiais. Especialistas acreditam, entretanto, que os números são maiores.

Vacina grátis para todos

Na França, onde o vírus causou mais de 300 mortes nas últimas 24 horas, mas onde o número de pacientes em tratamento intensivo está em queda, a vacinação será gratuita para todos, anunciou o primeiro-ministro Jean Castex.

O ministro das Finanças, Bruno Le Maire, afirmou também nesta sexta-feira que será vacinado contra covid-19 assim que for possível, se referindo a um movimento antivacinação no país. "Assim que for possível, vou me vacinar. Acho que todos os membros do gabinete o farão, mas deixe-me lembrá-lo que não somos um grupo prioritário", disse, em entrevista à TV.

O ministro da Saúde da Noruega afirmou que usará as três vacinas desenvolvidas por Moderna, AstraZeneca, Pfizer e Biontech em sua primeira campanha para inocular a população norueguesa contra a covid-19.

No primeiro trimestre de 2021, Oslo espera receber um total de 2,5 milhões de doses, cobrindo 1,25 milhão de pessoas. A população da Noruega é de 5,4 milhões. A Noruega não pertencente à UE e terá acesso às vacinas obtidas pela União Europeia graças à Suécia, membro da UE que vai comprar mais do que precisa e vender o restante para a Noruega.

Na Rússia, o presidente Vladimir Putin determinou que vacinações gratuitas "em grande escala" comecem "até o final da próxima semana". O imunizante Sputnik V, desenvolvido pelo Instituto Gamaleia, em Moscou, está na terceira e última fase de testes clínicos, envolvendo 40 mil voluntários. Seus criadores dizem que é 95% eficaz, assim como o inoculante da Pfizer-Biontech.

Lockdowns na Europa

Na Europa, os países estão enfrentando a pandemia com medidas diferentes. Na Itália, foi registrado um recorde de quase mil mortes em 24 horas, e o governo acirrou as condições de deslocamento interno para os feriados de fim de ano.

Na Bélgica, o governo também anunciou sua intenção de começar a vacinar os mais vulneráveis ​​em janeiro.

Já na República Tcheca, lojas, restaurantes e museus reabriram nesta quinta-feira, enquanto na Grécia o lockdown durará mais uma semana, pois as taxas de infecção continuam altas.

Na Suécia, que vem aplicado uma estratégia amplamente não coercitiva, o governo decidiu fechar turmas de ensino médio por um mês. Elas continuarão com aulas online nesse período.

A Alemanha decidiu estender o lockdown parcial em vigor no país desde 2 de novembro até pelo menos 10 de janeiro, anunciou nesta quarta-feira a chanceler federal Angela Merkel, após uma reunião com os líderes estaduais.

As normas incluem o fechamento de restaurantes, bares, academias, cinemas e áreas de lazer, enquanto as lojas foram mantidas abertas, mas com limites estritos no número de clientes. As escolas também permanecem funcionando, e os cidadãos não foram obrigados a ficar em casa, mas reuniões privadas estão limitadas a cinco pessoas de até dois domicílios.

MD/afp/dpa/rtr

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