Reino Unido vai dispensar quarentena de viajantes do Brasil
3 de outubro de 2021
Segundo jornal, governo britânico deve anunciar nesta semana retirada do Brasil e outros países de "lista vermelha", dispensando viajantes vacinados desses países de uma cara quarentena em hotéis designados pelo governo
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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, deve flexibilizar as regras para viajantes de uma série de países que tenham como destino o Reino Unido, segundo reportagem do jornal The Sunday Telegraph.
De acordo com a publicação, a partir do fim de outubro, a quarentena obrigatória não será mais exigida para pessoas totalmente vacinadas contra covid-19 que venham do Brasil e de outros 45 países. Os viajantes também não terão de fazer um teste RT-PCR e poderão optar por métodos mais baratos.
As medidas também devem beneficiar viajantes da África do Sul, México e Indonésia, que não terão mais que ficar em quarentena em hotéis designados pelo governo por 10 dias quando chegarem ao Reino Unido a partir do fim de outubro. Segundo o The Sunday Telegraph, esses países serão retirados da "lista vermelha" do governo britânico.
As mudanças devem ser anunciadas na quinta-feira e provavelmente resultarão em uma onda de reservas nos hotéis, ajudando as companhias aéreas e de viagens, que ficaram seriamente comprometidas durante a pandemia.
A política de quarentena de hotéis para países de alto risco previa que os viajantes gastassem 2.285 libras (R$ 16 mil) para ficar isolados em hotéis designados pelo governo. A medida vinha gerando críticas de países atingidos pela medida e levantando acusações de discriminação.
Em setembro, a Alemanha deixou de considerar o Brasil como área de alto risco na pandemia do novo coronavírus. Na prática, isso significou que quem se vacinou com um imunizante aprovado na União Europeia pode entrar na Alemanha comprovando esse status e apresentando um teste negativo para o vírus.
jps (Reuters, ots)
As vacinas contra covid-19 aprovadas na UE
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) liberou cinco imunizantes para combater a pandemia causada pelo vírus Sars-Cov-2. Saiba de onde vêm e como funcionam.
Foto: Christof STACHE/AFP
Pfizer-Biontech (BNT162b2)
Desenvolvida pela alemã Biontech e produzida pela americana Pfizer, é uma vacina de RNA mensageiro (mRNA). Seu princípio é fazer o próprio corpo produzir a proteína do vírus. Depois que o material é injetado no corpo humano, ele instrui o organismo a produzir a proteína, incentivando a fabricação de anticorpos contra Sars-Cov-2. O produto exige a aplicação de duas doses.
Foto: Liam McBurney/REUTERS
AstraZeneca (AZD1222 ou ChAdOx1 nCoV-19)
A tecnologia usada chama-se vetor viral recombinante, que usa um adenovírus incapaz de causar doenças. No corpo humano, a vacina incentiva a produção da proteína do coronavírus, que o sistema imune reconhece como ameaça e destrói. Quando o Sars-Cov-2 infecta o organismo de verdade, o corpo reconhece e combate o vírus. São necessárias duas doses.
Foto: Marco Passaro/Independent Photo Agency Int./imago images
Moderna (mRNA-1273)
Também usa a tecnologia de RNA mensageiro, que imita a proteína spike, específica do vírus Sars-CoV-2, que ajuda na invasão das células humanas. A cópia não é nociva como o vírus, mas desencadeia uma reação das células do sistema imune. Ela também deve ser aplicada em duas doses. Como todas as vacinas contra covid-19, é aplicada em forma de injeção intramuscular.
Foto: Markus Mainka/dpa/picture-alliance
Janssen, da Johnson&Johnson (Ad26.COV2-S)
O produto da farmacêutica Janssen exige a aplicação de apenas uma dose. Sua tecnologia é baseada em vetores de um tipo de vírus que causa resfriado comum. Na vacina, parte da proteína das espículas do vírus é colocada no adenovírus (que é o transportador). No corpo vacinado, inicia-se um processo de defesa, com a produção de anticorpos contra o invasor e a criação de uma "memória" contra o vírus.
Foto: Michael Ciaglo/Getty Images
Nuvaxovid, da Novavax (NVX-CoV2373)
A quinta vacina aprovada pela União Europeia contra o coronavírus é a Nuvaxovid, fabricada pela americana Novavax. Ela é baseada em proteínas, ou seja, contém pequenas partículas proteicas do vírus Sars-CoV-2 produzidas em laboratório. Com isso, as proteínas atuam como anticorpos neutralizantes e, assim, bloqueiam o vírus causador de covid-19.