Carlos Decotelli foi anunciado por Bolsonaro como doutor pela Universidade de Rosário, mas reitor da instituição afirma que ele nunca obteve o título. Novo ministro chegou a fazer programa de pós-doutorado na Alemanha.
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Ao anunciar sua indicação para o Ministério da Educação, o presidente Jair Bolsonaro destacou o que seria um currículo sólido do escolhido, o professor Carlos Decotelli, apontando, entre outras coisas, que ele é "doutor pela Universidade de Rosário, Argentina".
No entanto, nesta sexta-feira (26/06), um dia após o anúncio, o reitor da instituição argentina rebateu o presidente e disse que Decotelli nunca obteve o título de doutor pela universidade.
"Precisamos esclarecer que Carlos Alberto Decotelli da Silva não obteve na @unroficial o título de doutor mencionado nesta comunicação", escreveu no Twitter o reitor Franco Bartolacci, da Universidade Nacional de Rosário, em resposta ao tuíte de Bolsonaro que mencionava o currículo do novo ministro.
Em entrevista à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Bartolacci disse: "Ele [Decotelli] cursou o doutorado, mas não finalizou, portanto não completou os requisitos exigidos para obter a titulação de doutor na Universidade Nacional de Rosário."
Segundo a Folha, o reitor tambem apontou que a tese apresentada por Decotelli foi reprovada. "Ela foi avaliada negativamente pelo jurado constituído para tal efeito [avaliar o trabalho]", disse.
Em seu currículo Lattes, Decotelli aponta que fez "doutorado em Administração" na universidade argentina entre 2007 e 2009. O título da tese foi "Gestão de Riscos na Modelagem dos Preços da Soja".
Depois da publicação do reitor argentino, o MEC encaminhou para diversos veículos um certificado que atesta que "o ministro Carlos Alberto Decotelli da Silva concluiu, em fevereiro de 2009, todos os créditos do doutorado em Administração pela Faculdade de Ciências Econômicas e Estatística da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina".
No entanto, o documento só aponta que ele concluiu as disciplinas do programa, e não esclarece se o ministro apresentou uma tese e obteve a titulação de doutor.
O jornal O Estado de S. Paulo relatou que questionou o ministro sobre a apresentação da tese, mas que ele não respondeu.
Após os questionamentos sobre sua formação terem sido levantados, Decotelli alterou seu currículo lattes, excluindo informações como o título da tese e o nome do orientador. Também inclui a informação "sem defesa de tese".
Pós-doutorado na Alemanha
Na mesma publicação de quinta-feira, Bolsonaro também havia destacado que Decotelli é "pós-doutor [sic]" pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha, se referindo incorretamente à atividade de pós-doutorado como se ela proporcionasse um título.
No site da Bergische Universität Wuppertal há poucas informações disponíveis sobre Decotelli. Uma notícia de 2015 aponta que ele iria realizar um curso de três meses na instituição.
Outro site, de uma professora aposentada da Faculdade de Artes e Design da universidade chamada Brigitte Wolf, indica que em 2016 Decotelli passou "alguns meses" no departamento de design industrial estudando "metodologia, planejamento e estratégia".
O relatório de pesquisa de Decotelli, escrito em alemão e disponível no site da FGV, aponta que ele pesquisou sobre o design de máquinas agrícolas durante sua estada na Alemanha.
Já o currículo lattes do novo ministro não informa muitos detalhes sobre esse estágio de pesquisa em Wuppertal, se limitando a indicar "2015-2017 Pós-Doutorado. Universidade de Wuppertal, UNI-WUPPERTAL, Alemanha", com um período bem superior ao indicado pela universidade alemã.
A Universidade de Wuppertal não estava disponível na noite desta sexta-feira (horário alemão) para comentar as atividades de Decotelli na instituição em 2016.
No período em que esteve na Alemanha, Decotelli concedeu uma entrevista ao site de Brigitte Wolf sobre sua experiência no país europeu. Ele elogiou a forma como empresas e universidades da Alemanha cooperam na condução de pesquisas e criticou o modo como isso ocorre no Brasil.
"No Brasil, a pesquisa é realizada em prol de instituições e autoridades públicas, os orçamentos estão sujeitos a diretrizes políticas e os resultados da pesquisa permanecem no ambiente acadêmico. Na Alemanha, resultados de pesquisas não são boicotados por greves trabalhistas, como no Brasil."
Decotelli é a mais recente autoridade brasileira envolvida numa controvérsia sobre currículos acadêmicos. No ano passado, o site The Intercept Brasil apontou que o ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) assinou um artigo num jornal em 2012 como se tivesse um mestrado na prestigiada Universidade Yale, dos EUA. Ao longo de anos, a informação foi repetida por diversos veículos de imprensa. No entanto, o ministro nunca obteve qualquer título na instituição americana. Salles afirmou que o erro original partiu da sua assessoria.
Em 2019, o governador fluminense Wilson Witzel também foi acusado de maquiar seu currículo, indicando que teria estudado em Harvard, nos EUA. Após ser confrontando com o fato de que não havia registros que apontassem qualquer ligação dele com universidade, Witzel disse que mencionou Harvard porque tinha a intenção de estudar lá, mas que os planos foram cancelados após sua eleição. Ele não explicou por que chegou até mesmo a colocar o nome de um orientador americano no currículo lattes.
Indicação
Carlos Alberto Decotelli da Silva, de 67 anos, foi indicado para o cargo de ministro da Educação com aval da ala militar do governo e apoio do ministro da Economia, Paulo Guedes.
O anúncio ocorreu uma semana depois da saída de Abraham Weintraub, que deixou a chefia do MEC após se envolver em disputas desgastantes com o Supremo Tribunal Federal (STF) e controvérsias envolvendo acusações de racismo.
Sua indicação também está inserida numa nova estratégia do governo Bolsonaro para tentar diminuir a tensão com outros poderes, em meio ao avanço das investigações que envolvem a família do presidente e parlamentares bolsonaristas, em casos que vão de suspeita de corrupção até a propagação de fake news e organização de atos antidemocráticos.
Apesar de Decotelli ser conservador, há alguma expectativa de que ele pelo menos venha a adotar um estilo menos explosivo do que o de Weintraub, que acabou gerando problemas para o governo. "Não tenho nem preparação para fazer discussão ideológica, minha função é técnica", disse o novo ministro em entrevista ao jornal O Globo.
O novo ministro também tem um perfil bastante distinto dos seus dois antecessores no MEC, Weintraub e Ricardo Vélez Rodríguez, indicados pelo guru ultraconservador Olavo de Carvalho, que exerce forte influência sobre os filhos de Jair Bolsonaro. A própria substituição de Vélez se deu mais por conta de disputas fratricidas entre "olavistas" do que pela gestão ineficiente do ministro.
Por outro lado, mesmo nomes que chegaram a ser propagandeados inicialmente como "técnicos" ao longo da gestão de Bolsonaro acabaram por vezes tendo que adotar a cartilha bolsonarista de confronto.
Por enquanto, os olavistas têm se mantido em silêncio sobre a perda de espaço no comando do MEC. Alguns integrantes dessa ala ainda continuam na pasta, apesar da saída de Weintraub, como Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização. Ainda não se sabe como eles pretendem se comportar.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: AFP/S. Olson
China aprova lei de segurança nacional para Hong Kong
Nova legislação visa combater o que as autoridades chinesas classificam como atividades "subversivas e secessionistas". ONGs e opositores temem que dispositivos vão reduzir ainda mais as liberdades no território semiautônomo. Comunidade internacional condena medida de Pequim. (30/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/V. Yu
França tem "onda verde" nas eleições municipais
O partido do presidente Emmanuel Macron sofreu uma derrota contundente nas eleições municipais francesas, marcadas pela abstenção recorde e pelo avanço dos verdes, que conquistaram várias prefeituras de cidades importantes do país. Em Paris, a socialista nascida na Espanha Anne Hidalgo conquistou mais um mandato com pouco mais de 50% dos votos. (29/06)
Foto: AFP/S. Bozon
Votação mascarada
Presidente da Polônia, Andrzej Duda, e a mulher, Agata, depositam seus votos. O chefe de Estado venceu as presidenciais no país, de acordo pesquisas de boca de urna, e deve concorrer num segundo turno contra o prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski. Originalmente agendada para 10 de maio, eleição foi adiada devido à pandemia, tendo ocorrido sob estritas regras de distanciamento. (28/06)
Foto: Getty Images/O. Marquez
Marcha contra protestos antirracistas
Cerca de mil pessoas vão às ruas de Lisboa para negar que haja racismo em Portugal. A passeata foi convocada pelo partido de ultradireita Chega, sob o lema "Portugal não é racista", em resposta às manifestações antirracismo promovidas também no país após morte de George Floyd. Participantes gritam slogans como "a polícia quer respeito" e "policial bom é policial vivo". (27/06)
Foto: Reuters/R. Marchante
EUA acreditam que mais de 20 milhões foram infectados pelo coronavírus
Especialistas acreditam que mais de 20 milhões de americanos podem ter contraído o coronavírus – dez vezes mais que os números oficiais. O diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, Robert Redfield, afirmou que até 8% da população foi infectada, segundo projeção baseada em testes serológicos para determinar a presença de anticorpos, que mostram se um indivíduo teve a doença.(26/06)
Foto: Reuters/E. Munoz
Russos votam reforma que pode manter Putin no poder até 2036
Em meio à pandemia de covid-19, os russos foram chamados às urnas. Ao longo de uma semana, eles deverão votar sobre alterações constitucionais. Pela legislação em vigor, o presidente Vladimir Putin deveria entregar o poder em 2024. Caso as alterações constitucionais sejam aprovadas, elas podem vir a permitir que ele se candidate novamente. (24/06)
Foto: picture-alliance/AP/A. Nikolsky
Cientistas encontram microplástico no ecossistema terrestre da Antártida
Pela 1° vez, cientistas encontraram microplásticos dentro de pequenos organismos que vivem no solo da Antártida, de acordo com um estudo publicado na revista Biology Letters. A equipe de pesquisadores, liderada pela Universidade de Siena, coletou organismos em um pedaço de poliestireno – material usado na produção de isopor – que estava coberto de musgo e líquens na Ilha do Rei George. (24/06)
Foto: picture-alliance/Global Warming Images
Alemanha bane grupo neonazista Nordadler
O ministro do Interior da Alemanha, Horst Seehofer, baniu o movimento alemão Nordadler (Águias do norte), um grupo neonazista. Seus cerca de 30 membros defendem posições antissemitas e racistas e espalham teorias da conspiração. O movimento ainda estaria planejando comprar imóveis em estados da antiga Alemanha Oriental para criar centros de treinamento. (23/06)
Foto: Getty Images/S. Gallup
Sírio é preso na Alemanha suspeito de crime contra humanidade
Um homem suspeito de ser ex-membro do serviço secreto militar da Síria foi preso na Alemanha acusado de crimes contra a humanidade, por práticas de tortura numa prisão de seu país natal, anunciou a Procuradoria-Geral alemã. O sírio Alaa M. foi detido na sexta-feira passada no estado de Hessen. Ele teria trabalhado como médico numa prisão na cidade síria de Homs. (22/06)
Foto: Getty Images/AFP/G. Ourfalian
Dia Mundial dos Refugiados
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), quase 80 milhões de seres humanos estão em fuga por todo o mundo, quase 10 milhões a mais do que um ano atrás, o maior número de todos os tempos. Essas cifras refletem não só destinos humanos infinitamente tristes, mas também um fracasso político de dimensões globais.(20/06)
Foto: UNHCR/Aristophane Ngargoune
Anel de fogo para poucos
Observadores dos céus numa estreita faixa da África Ocidental até a Península Árabe, Índia e o Extremo Oriente puderam ver neste domingo uma dramática eclipse solar "anel de fogo". Ela ocorre quando a Lua se interpõe entre a Terra e o Sol, mas ainda deixando um delgado anel luminoso. O fenômeno anual só é visível a partir de cerca de 2% da superfície do planeta. (Fotos de Nova Déli, Índia) (21/06)
Foto: AFP/J. Samad
Aos 22 anos, Malala se forma em Oxford
Aos 22 anos, a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, Nobel da Paz em 2014 pela sua luta pela educação, anunciou ter recebido o diploma de licenciatura pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, onde foi admitida em 2017. "É difícil expressar a minha alegria e gratidão agora que me formei em Filosofia, Política e Economia em Oxford", disse a jovem de 22 anos, em mensagem no Twitter. (19/06)
Foto: Reuters/EIF/XQ Handout
Bolsonaro demite Weintraub
Após desgaste com o STF e 14 meses de polêmicas, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou sua saída do governo. Em vídeo ao lado do presidente Jair Bolsonaro, ele disse que deixará o cargo nos próximos dias. O nome de seu substituto não foi informado. Ele não se prolongou sobre os motivos de sua saída, mas afirmou que deixa o governo para assumir a direção do Banco Mundial. (18/06)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Camargo
Fabrício Queiroz é preso
A Polícia Civil prendeu Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, em Atibaia (SP), numa operação conjunta com o Ministério Público do Rio. Ele estava num imóvel pertencente a Frederick Wasseff, que atua como advogado de Flávio e do presidente Jair Bolsonaro. A operação ocorre no âmbito da investigação de um suposto esquema de "rachadinha" no gabinete de Flávio na Alerj. (18/06)
Foto: Imago Images/Agencia EFE
OMS interrompe testes com hidroxicloroquina
A Organização Mundial da Saúde decidiu interromper os experimentos com hidroxicloroquina no tratamento da covid-19, após evidências apontarem que o fármaco não reduz a mortalidade em pacientes internados com a doença. A decisão diz respeito aos ensaios clínicos do estudo Solidarity, patrocinado pela OMS e realizado em mais de 400 hospitais em dezenas de países do mundo. (17/06)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Parlamento da Hungria retira poderes quase ilimitados de Orbán
O Parlamento da Hungria aprovou a suspensão do estado de emergência que concedeu ao primeiro-ministro Viktor Orbán poderes quase ilimitados em meio à pandemia de covid-19. A lei aprovada agora, que devolve os poderes ao Parlamento, teve o apoio unânime dos 192 deputados presentes. Críticos haviam acusado Orbán de se aproveitar da crise para minar ainda mais a democracia húngara. (16/06)
Foto: picture-alliance/dpa/Z. Szigetvary
Movimentos antidemocráticos na mira da Justiça
A Polícia Federal realizou uma operação contra membros de movimentos antidemocráticos e cumpriu seis mandados de prisão, após autorização do STF. Um dos alvos foi a líder do movimento de extrema direita "300 do Brasil" Sara Fernanda Giromini, conhecida como Sara Winter. O grupo, que apoia o presidente Jair Bolsonaro, prega o fechamento do STF e do Congresso. (15/06)
Foto: Reuters/A. Perobelli
Gilmar Mendes diz que incentivar invasão de hospitais é crime
O ministro Gilmar Mendes, do STF, afirmou que estimular a invasão de hospitais em meio à pandemia é um crime e pediu que o Ministério Público tome medidas contra quem defender essa prática. A declaração ocorreu dois dias após o presidente Jair Bolsonaro pedir para que seus apoiadores entrassem em hospitais públicos e filmassem as alas para verificar se os leitos estão livres ou ocupados. (14/06)
Foto: Getty Images/I. Estrela
Onze bairros de Pequim voltam a adotar quarentena
Autoridades de Pequim isolaram onze bairros após o registro de novas infecções por coronavírus. Nove escolas e jardins de infância também foram fechados. As sete novas infecções estão relacionadas a um mercado de carne. Em Pequim já havia sido registrado um caso de infecção local nas 24 horas anteriores, o primeiro em 55 dias e o primeiro caso de contágio local na China em 18 dias. (13/06)
Foto: Getty Images/AFP/G. Baker
Brasil passa Reino Unido e é o segundo país com mais mortes por covid-19
Quase três meses após registrar a primeira morte por covid-19, o Brasil atingiu a marca de 41.828 óbitos. Foram mais 909 registros em 24 horas. Com essa nova marca trágica, o Brasil ultrapassou o Reino Unido e assumiu a segunda posição no ranking de países com mais vítimas. Com 828 mil casos, o Brasil também é o segundo país com mais infectados diagnosticados. (12/06)
Foto: picture-alliance/dpa/PPI
Discórdia sobre encenação
Maior autoridade militar do país, o general Mark Milley diz que sua presença no ato do dia 2 de junho, em que Trump posou para uma foto diante de uma igreja, deu impressão de envolvimento de militares na política americana. Em discurso gravado em vídeo, o chefe do Estado Maior dos EUA pediu desculpas publicamente por ter participado da encenação do presidente americano. (11/06)
Foto: Reuters/T. Brenner
Suécia encerra investigação da morte do premiê Olof Palme
Mais de 34 anos depois do assassinato do premiê Olof Palme, investigadores da Suécia afirmaram que o caso foi encerrado porque o principal suspeito do crime já morreu. Palme foi morto a tiros no centro de Estocolmo em 1986. O procurador responsável pelo caso identificou o atirador como sendo o homem que, no início da investigação, era o principal suspeito, Stig Engström, morto em 2000. (10/06)
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Holmstrom
Última homenagem a George Floyd
O funeral de George Floyd, morto durante uma ação policial nos Estados Unidos, reuniu centenas de pessoas numa igreja em Houston, no Texas, a cidade onde ele cresceu. Ele será enterrado junto de sua mãe. Além da família e amigos de Floyd, artistas, políticos e atletas famosos participaram da homenagem. (09/06)
Foto: Reuters/G. A. Vasquez
Nova Zelândia se declara livre do coronavírus
A Nova Zelândia removeu todas as medidas restritivas após a última paciente com covid-19 receber alta, informou a premiê Jacinda Ardern. Apesar de manter rigidez nos controles de fronteira, medidas como distanciamento social e limites de reuniões públicas não são mais necessárias. "Estamos confiantes de que eliminamos, por ora, as transmissões do vírus", disse a premiê. (08/06)
Foto: Getty Images/AFP/M. Mitchell
Cidades têm protestos contra Bolsonaro e a favor da democracia
Várias cidades brasileiras, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, registraram protestos a favor da democracia, contra o governo do presidente Jair Bolsonaro e contra o racismo e o fascismo. Atos pró-Bolsonaro também ocorreram, mas em menor escala. Em meio à pandemia, manifestantes se aglomeraram, a maioria usando máscaras. (07/06)
Foto: Reuters/D. Vara
Protestos antirracistas pelo mundo
Milhares de pessoas participaram em várias cidades do mundo de protestos antirracistas e contra a violência policial organizados em apoio às manifestações que ocorrem há dias nos Estados Unidos, apesar de restrições impostas pela pandemia de covid-19. Em Berlim, ato reuniu cerca de 15 mil manifestantes. (06/06)
Foto: picture-alliance/NurPhoto/E. Contini
ONU lança iniciativa para zerar emissões
O secretariado da ONU para o clima lançou uma nova iniciativa de combate às mudanças climáticas. Com o lema "Race to Zero" ("corrida para o zero"), a campanha tem como objetivo eliminar as emissões de gases causadores do efeito estufa, como o dióxido de carbono, até, o mais tardar, 2050. Meta já conta com a adesão de centenas de cidades, empresas e universidades. (05/06)
Foto: picture-alliance/AP/Imaginechina
Autores pedem retratação de estudo sobre cloroquina
Três dos quatro autores de um estudo alvo de críticas sobre a cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento da covid-19 publicado pela revista científica "The Lancet" pediram a retratação da publicação. Eles argumentaram que não é possível garantir a veracidade dos dados utilizados. Com o pedido, a revista cancelou a validade do artigo. Estudo levou à suspensão de pesquisas em todo o mundo. (04/06)
Foto: picture-alliance/dpa/Zuma/Quad-City Times/K. E. Schmidt
Nova pista no caso Madeleine
Pouco mais de 13 anos após o desaparecimento da menina britânica Madeleine McCann em Portugal, o Departamento Federal de Investigações da Alemanha anunciou que está investigando um alemão de 43 anos suspeito de envolvimento no caso. Ele está preso por outro crime. Além de ter passagem por tráfico de drogas, ele foi condenado diversas vezes por crimes sexuais. (03/06)
Foto: picture-alliance/empics/J. Stillwell
Protesto contra racismo termina em confronto em Paris
Um protesto não autorizado em Paris contra a violência policial e a injustiça racial terminou em confronto entre a polícia e os manifestantes. Incialmente pacífico, o ato reuniu 20 mil pessoas na capital francesa e homenageou George Floyd e também Adama Traore, um jovem negro detido em 2016, que morreu sob custódia da polícia francesa. (02/06)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/D. Cole
Proteção sarcástica
A criatividade nas medidas protetoras contra o coronavírus ganha também tons macabros, como no caso deste motorista de ônibus colombiano. O humor amargo não é totalmente sem motivo: ele participa de um protesto em Bogotá, estando há quatro meses sem trabalho nem salário devido às restrições ditadas pela pandemia. (01/06)