Partido do presidente eleito garante maioria tanto na Câmara dos Representantes como no Senado. Resultado pode representar avanço de propostas conservadoras de Donald Trump.
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Projeções da eleição presidencial americana divulgadas nesta quarta-feira (09/11) indicam que os republicanos controlarão não apenas a Casa Branca, mas também o Congresso. Por uma estreita margem e depois de já ter assegurado a Câmara dos Representantes, o partido do presidente eleito Donald Trump manteve também o controle do Senado.
Os democratas, que apesar de terem diminuído a diferença no número de assentos da atual composição, ficam assim restringidos a um papel minoritário no Capitólio nos próximos anos.
Na Câmara dos Representantes, a agência de notícias AP aponta 236 assentos para os republicanos contra 191 para os democratas, com oito ainda em aberto.
Já no Senado, os republicanos encerraram com pelo menos 51 dos 100 assentos, contra 47 dos democratas. Um terço das cadeiras do Senado, 34 ao todo, estavam em jogo no pleito desta terça-feira, ao tempo que todos os 435 assentos da câmara baixa foram submetidos à votação. Os mandatos são de seis e dois anos, respectivamente.
A divulgação dos números colocou por terra as esperanças dos democratas de recuperar a maioria no Senado, cujo controle haviam perdido nas eleições legislativas de 2014.
O resultado representa uma vitória para a agenda de centro-direita do Partido Republicano. Com um Congresso controlado pelos republicanos, espera-se que Trump ganhe maior apoio para algumas propostas polêmicas, como reformas comerciais protecionistas, o endurecimento de regras de imigração ou até mesmo a construção de um muro na fronteira com o México – pautas que certamente seriam bloqueadas por uma maioria democrata.
No entanto, muitos republicanos proeminentes do Congresso têm se posicionado de forma crítica com relação a Trump. Resta saber se eles irão trabalhar em conjunto com o novo presidente ou se seguirão suas próprias agendas.
IP/dpa/lusa/Efe
Trump: populista, milionário, presidente
Donald Trump é empreendedor imobiliário, autor de best-seller, estrela de televisão e muitos não o levavam a sério. Mas ele foi eleito o 45º presidente dos Estados Unidos. Conheça sua trajetória.
Foto: picture-alliance/dpa
A família, seu império
Trump com a família: a esposa, Melania (de branco), as filhas Ivanka e Tiffany, os filhos Eric e Donald Junior, e os netos Kai e Donald Junior 3º. Os filhos são "vice-presidentes seniores " do conglomerado Trump.
Foto: picture-alliance/dpa
1984
Esta foto, tirada em 1984, marca a abertura do Harrah's at Trump Plaza, um complexo envolvendo hotel, restaurante e cassino em Atlantic City. Este foi apenas um dos investimentos que tornou Trump bilionário.
Foto: picture-alliance/AP Images/M. Lederhandler
Frederick Junior, o pai
Donald Trump herdou o dinheiro para seus investimentos do pai, Frederick, que lhe deu um capital inicial de um milhão de dólares. Após sua morte, em 1999, Donald e seus três irmãos herdaram uma fortuna de 400 milhões de dólares.
Foto: imago/ZUMA Press
O nome é a marca
Trump investe de forma agressiva, mas também sofre fracassos. Numa perspectiva de longo prazo, no entanto, obtém sucesso, como por exemplo com a Trump Tower em Nova York. Ele calcula sua fortuna hoje em 10 bilhões de dólares. Especialistas, entretanto, consideram um terço desse valor mais realista.
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"Very good, very smart" (Muito bom, muito inteligente)
É o que Trump diz de si mesmo. E acrescenta que cursou a universidade de elite Wharton (foto), na Filadélfia, onde se formou em 1968.
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Capitão Trump
Antes disso, quando tinha 13 anos, seu pai o havia enviado para um internato militar em Cornwall-on-Hudson, onde deveria aprender a ser disciplinado. No último ano, ele obteve inclusive uma patente militar. Ele diz que, ali, recebeu mais treinamento militar do que nas Forças Armadas americanas.
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Dispensado da Guerra do Vietnã
Devido a um problema no calcanhar, Trump foi dispensado e não lutou na Guerra do Vietnã.
Foto: picture-alliance/AP Photo
Ivana, primeira esposa
Em 1977, Trump se casou com a modelo tcheca Ivana Zelníčková, com quem teve três filhos. O relacionamento foi acompanhado de rumores sobre relacionamentos extraconjugais. Foi Ivana quem apelidou Trump de "The Donald".
Foto: Getty Images/AFP/Swerzey
Família número 2
Em 1990, Trump se divorciou de Ivana e se casou com Marla, 17 anos mais jovem que ele. A filha do casal se chama Tiffany.
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As meninas de Trump
Em público, Trump não aparece só ao lado de sua esposa. Ele costuma acompanhar concursos de beleza ao lado de jovens modelos. De 1996 a 2015, ele foi o responsável pelo concurso de Miss Universo nos EUA.
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A arte de negociar
Como fazer milhões de forma rápida? O best-seller de Trump "A arte da negociação" é um exemplo. O livro é em parte autobiográfico, em parte um livro de dicas para empresários ambiciosos. A publicação não foi somente uma das mais vendidas nos EUA, como também colocou Trump no centro das atenções no país.
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"The Donald" no ringue
Como poucos, Trump consegue chamar a atenção da mídia. Seu campo de ação inclui até um ringue de luta livre. Em seu programa "O Aprendiz", os candidatos eram contratados ou demitidos. Sua frase favorita no programa era "Você está demitido!"
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Trump na política
Na verdade, ele quase não teve uma carreira política. Em 16 de junho de 2015, Trump anunciou sua candidatura para a corrida presidencial pelo Partido Republicano. Seu slogan: "Faça a América grande outra vez". A campanha foi feita ao lado da família e com slogans contra imigrantes, muçulmanos, mulheres e sadversários políticos.
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45º presidente dos Estados Unidos
O populista e showman é agora o novo presidente dos Estados Unidos, o que muitos não poderiam sequer imaginar. Mas a história de Donald J. Trump também mostra que este homem tem a capacidade de se transformar como um camaleão.