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Resgate de corpos do voo 4U-9525 pode durar até 15 dias

27 de março de 2015

Busca pelos restos mortais das 150 vítimas da tragédia com o avião da Germanwings entram no quarto dia na região dos Alpes franceses. Equipes também procuram segunda caixa-preta, fundamental para investigações.

Frankreich Seyne les Alpes Absturz Germanwings A320
Foto: picture-alliance/dpa/D. Karmann

O resgate dos corpos das 150 vítimas da tragédia com o voo 4U-9525 da Germanwings ainda deve durar de 10 a 15 dias, segundo autoridades da França. Nesta sexta-feira (27/03), os intensos trabalhos na região dos Alpes franceses, no sul do país, entraram no quarto dia. As atenções das equipes também estão voltadas para a segunda caixa-preta do avião.

Restos mortais das vítimas já começaram a ser resgatados e estão sendo levados a um laboratório improvisado na comuna francesa de Seyne-les-Alpes, próxima ao local da tragédia, para confirmação das identidades. Mais de 30 especialistas em análise de DNA e peritos judiciais trabalham na identificação dos corpos.

Helicópteros levando as equipes até o local onde estão os destroços do Airbus A320 começam a levantar voo cedo para que as buscas possam ser feitas antes do anoitecer. O local é de difícil acesso e oferece complexas condições de trabalho por ser íngreme e escorregadio. Nem mesmo helicópteros conseguem pousar por lá, e as equipes são obrigadas a descer por cabos até o chão.

Especialistas esperam avançar nas investigações sobre a queda do avião quando a segunda caixa-preta, que contém registros de dados da aeronave, for encontrada. Nesta quarta-feira, o presidente francês, François Hollande, afirmou que a peça que carrega a caixa-preta foi encontrada, mas que ela estava vazia.

As análises da primeira caixa-preta, com as gravações de áudio no cockpit, indicaram que o copiloto Andreas Lubitz teria voluntariamente e sem motivo aparente colocado o avião em rota de queda, num momento em que o piloto se ausentou da cabine de comando.

Ajuda aos familiares

A grande movimentação de equipes de resgate, autoridades, jornalistas e familiares de pessoas que morreram na tragédia mudou a rotina dos moradores de Seyne-les-Alpes, a apenas 15 quilômetros do local onde estão os destroços.

Uma pequena capela foi montada no ginásio de esportes. Muitos residentes abriram suas casas para receber parentes e amigos das vítimas que chegaram à comuna nesta quinta-feira, para obter mais informações sobre o resgate dos restos mortais dos entes queridos. Passageiros de 15 nacionalidades estavam a bordo do AU-9525, sendo a maioria de origem alemã.

As autoridades francesas fecharam todos os possíveis acessos à área das buscas, a fim de evitar a presença de jornalistas e curiosos.

MSB/dpa/afp

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