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Menos carne nos restaurantes universitários de Berlim

2 de setembro de 2021

Para proteger o clima, universidades berlinenses terão cardápio 68% vegano, 28% vegetariano e 2% à base de peixe, com apenas uma opção de carne quatro dias por semana.

Cozinheiro serve prato de massa com molho vegano em restaurante universitário
O chef Niko Tortonitis serve um prato vegano na Universidade Técnica de BerlimFoto: picture-alliance/dpa/M. Skolomowska

Atendendo a pedidos dos estudantes, os restaurantes universitários (RUs) de Berlim mudarão seu cardápio a partir de outubro, reduzindo as opções de carne e peixe. Assim, em vez da salsicha currywurst e schnitzel, as cantinas das universidades passarão a oferecer mais verduras e legumes.

As 34 cantinas e lanchonetes que servem a população estudantil de Berlim em quatro universidades diferentes passarão a ter a partir do próximo mês um cardápio 68% vegano, 28% vegetariano e 2% à base de peixe, com apenas uma opção de carne oferecida quatro dias por semana.

Prato vegetariano oferecido no restaurante universitário da Universidade Livre de Berlim Foto: picture-alliance/dpa/M. Mettelsiefen

"Desenvolvemos um novo conceito nutricional principalmente porque os estudantes nos pediam repetidamente uma oferta mais ecológica em suas cantinas", explica Daniela Kummle, da Studierendenwerk, a organização que fornece apoio financeiro, social, sanitário e cultural aos estudantes matriculados nas instituições de ensino superior de Berlim.

Em toda a Alemanha, cantinas universitárias e cafeterias oferecem atualmente em seus cardápios de 30% a 50% de opções vegetarianas, após anos de demanda crescente, estima Stefan Grob, porta-voz do Deutsches Studentenwerk, que reúne as organizações de apoio aos universitários no país. "Mas em Berlim há uma massa crítica", acrescenta.

Um terço dos universitários é vegetariano

Em 2019, as universidades de Berlim forneceram cerca de 5,6 milhões de refeições em suas cantinas. No mesmo ano, uma pesquisa revelou que 13,5% da população universitária na capital alemã dizia seguir uma dieta vegana − em comparação com apenas 1,6% no país como um todo −, enquanto outros 33% se apresentaram como vegetarianos.

A Universidade Livre de Berlim, por exemplo, tem desde 2010 uma cantina que só vende comida vegetariana, chamada Veggie Nº 1. Uma cantina somente vegana, chamada Veggie Nº 2, foi inaugurada em 2019.

"O grande sucesso das cantinas vegetarianas e veganas deixou claro que a forma de consumo dos estudantes está mudando", diz Kummle. "Há uma clara tendência para consumir menos produtos de origem animal."

Comprometimento com o clima

A proteção climática está se tornando uma questão cada vez mais premente nas universidades de Berlim. A Universidade Humboldt, por exemplo, planeja ser neutra em relação ao clima até 2030, e a Universidade Técnica de Berlim espera alcançar o mesmo objetivo até 2045.

Em 2019, mais de 300 funcionários de ambas as universidades assinaram uma carta em que se comprometeram a renunciar a voos de curta distância relacionados ao trabalho para trajetos de menos de mil quilômetros.

rw/ek (DW, DPA)

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