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Policial tinha conexões com extrema direita

26 de agosto de 2012

Segundo revelações recentes, no final da década de 90 um agente da Turíngia teria auxiliado integrantes da direita radical. Apesar disso, o simpatizante fez carreira policial. Mais dois casos estão prestes a vir à tona.

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Foto: Fotolia/wellphoto

Antes mesmo de esclarecida a destruição irregular dos dossiês da célula terrorista Clandestinidade Nacional-Socialista (NSU), já se anuncia novo escândalo em torno das ligações entre a extrema direita e as autoridades de segurança alemãs. Consta que um policial que trabalhou, entre outros, para o Departamento de Proteção da Constituição do estado da Turíngia, teria estabelecido conexões, na década de 1990, com a radical NSU.

A notícia, inicialmente divulgada por órgãos de imprensa isolados, está agora oficialmente confirmada. Martina Renner, especialista em assuntos internos da bancada esquerdista no parlamento estadual turíngio, informa: "Dispomos de dossiês secretos do Departamento Estadual de Proteção da Constituição, em que duas fontes independentes atribuem culpa ao policial". Embora já faça bastante tempo que as acusações são conhecidas, há somente poucos dias os dossiês vieram ao conhecimento público.

Carreira, apesar da ideologia

Os documentos revelam que o agente Sven T. manteve contato estreito com a fraternidade radical de direita Proteção da Pátria da Turíngia (THS, na sigla em alemão) ou, pelos menos, foi simpatizante da cena neonazista.

Por várias vezes, ele haveria alertado o extremista Enrico K. sobre medidas policiais. Enrico pertencia à THS, assim como Uwe Böhnhardt, Uwe Mundlos e Beate Zschäpe, o trio da NSU acusado do assassinato de oito turcos, um grego e uma policial por motivos xenófobos.

Especialmente alarmante é o fato de já haver indicações da orientação radical do funcionário desde o final da década de 1990. Os dossiês recentemente divulgados apontam que um informante do Departamento Federal de Proteção da Constituição (BfV) e outro do Serviço de Contra-inteligência Militar (MAD), sem correlação entre si, classificaram um funcionário turíngio como simpatizante da cena neonazista.

No entanto, as advertências não tiveram qualquer consequência para o policial. Pelo contrário, Sven T. fez até mesmo carreira, sendo promovido da direção de polícia de Saalfeld-Rudolstadt para o Departamento Criminal Estadual. Em 2010, foi finalmente transferido para o Departamento de Proteção da Constituição da Turíngia, onde obteve um posto fixo. Lá, sua função era exatamente lidar com informantes.

Somente em dezembro 2011, pouco depois da morte dos presumíveis terroristas da NSU Böhnhardt e Mundlos, o policial foi afastado do órgão estadual e transferido para a direção de polícia da cidade de Erfurt.

Mais casos

Renner comenta que os dossiês não revelam como, ou se realmente, os demais funcionários abordaram as acusações contra seu colega. Ele exige que o governo da Turíngia investigue minuciosamente os fatos. A deputada do partido A Esquerda integra a comissão estadual de inquérito sobre a NSU.

Sua reivindicação foi reforçada pelo presidente da comissão, o social-democrata Sebastian Edathy, que comentou: "Estão se abrindo verdadeiros abismos. Eu não pensava que tal coisa fosse possível".

Segundo o diário Süddeutsche Zeitung, há mais dois casos de suspeita de policiais simpatizantes com a extrema direita. A secretaria do Interior da Turíngia já teria enviado à Comissão de Inquérito do Bundestag, a câmara baixa do Parlamento ferderal alemão, documentos com estes dois casos.

AV/dapd/dpa/afp
Revisão: Marcio Pessôa

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