Revezamento leva tocha olímpica a campo de refugiados
27 de abril de 2016
Nadador sírio, que sonha em competir pela Grécia, carrega tocha no campo de Eleonas, em Atenas. Comitê Olímpico Internacional deseja chamar a atenção do mundo para a situação dos refugiados.
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Um nadador amputado sírio carregou a tocha olímpica que passou por um campo de refugiados em Atenas nesta terça-feira (26/04). A passagem de Chama Olímpica pelo local lembrou a situação de milhões de pessoas que foram obrigadas a abandonar suas casas e fugiram para a Europa no último ano.
Radiante, Ibrahim al-Hussein, de 27 anos, carregou a tocha pelo campo de Eleonas, que abriga cerca de 1,5 mil refugiados. Após perder parte da perna em um bombardeio na Síria, ele fugiu do país e atravessou o Mar Egeu, saindo da Turquia em direção à Grécia, em 2014.
"Quero enviar uma mensagem para cada atleta que era um atleta em seu país e precisou migrar, tornando-se um refugiado. Não fique no abrigo sem fazer nada. Saia e trabalhe para transformar seu sonho em realidade", disse o sírio.
Al-Hussein disse que sonha em representar a Grécia. "Quero muito ir para o Rio 2016, mas com a Grécia. Amo esse país". Antes da guerra na Síria, o nadador ganhou diversas competições em seu país.
Refugiado sírio conduz Tocha Olímpica na Grécia
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De acordo com o diretor do comitê olímpico grego, Sypros Capralos, al-Hussein participará de competições nacionais para atletas com deficiência nos próximos dias. "Esperamos que ele se classifique para os Jogos no Rio", disse Capralos.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) deseja chamar a atenção do mundo para a situação dos refugiados. Além da passagem da tocha em Eleonas, cerca de 10 atletas, escolhidos e apoiado financeiramente pela entidade, irão competir na Rio 2016 pela equipe de refugiados.
A Chama Olímpica foi acessa na semana passada nas ruínas da antiga Olímpia, a 300 quilômetros de Atenas, dando início ao revezamento de seis dias pelo país. Nesta quarta-feira, ela será entregue a autoridades brasileiras no remodelado Estádio Olímpico de Atenas, onde os primeiros Jogos Olímpicos da Modernidade foram realizados, em 1896.
Em seguida, a tocha viajará à Suíça, com breves paradas na sede da ONU, em Genebra, e no museu do COI, em Lausanne. A Chama Olímpica desembarcará no Brasil em 3 de maio, em Brasília, para, em seguida, percorrer 329 cidades brasileiras. O revezamento da tocha olímpica no Brasil percorrerá cerca de 20 mil quilômetros por estradas e 16 mil quilômetros por via aérea.
CN/rtr/afp
Dez esperanças de medalha para o Brasil
Meta do COB é conquistar no mínimo 27 medalhas nos Jogos Olímpicos de 2016. Entre multicampeões, potências mundiais e promessas, confira quais são as modalidades que podem levar o Brasil para o pódio no Rio.
Foto: Getty Images
Robert Scheidt - vela
Em busca de seu sexto pódio em Jogos Olímpicos, o maior medalhista brasileiro (junto com o também velejador Torben Grael), Robert Scheidt voltou à classe Laser, pela qual é eneacampeão mundial. Na vela, destaque também para a dupla Martine Grael e Kahena Kunze, campeãs mundiais na classe 49er FX e eleitas as melhores velejadoras do mundo em 2014, além de Ricardo Winicki, na classe RS-X.
Foto: Imago
Sarah Menezes - judô
Desde Los Angeles 1984, o judô brasileiro conquistou medalhas em todas as edições dos Jogos Olímpicos. A atual campeã olímpica Sarah Menezes é forte candidata a repetir a dose no Rio de Janeiro. Rafael Silva, o Baby, as campeãs mundiais Mayra Aguiar e Rafaela Silva, além do veterano Tiago Camilo, também estão bem colocados nos rankings de suas respectivas categorias.
Foto: Getty Images/B. Mendes
Arthur Zanetti - ginástica
Único campeão olímpico latino-americano na história da ginástica olímpica, Arthur Zanetti vem dominando as provas nas argolas, onde conquistou um ouro e uma prata nos dois últimos mundiais. Ao lado de Diego Hypólito e Sérgio Sasaki, primeiro brasileiro a ser finalista no individual geral nos Jogos Olímpicos, em Londres 2012, Zanetti quer levar o Brasil ao inédito pódio na competição por equipes.
Foto: Reuters
Fabiana Murer - atletismo
Em 2008, equipamento roubado; em 2012, a culpa foi do vento. Após duas decepcionantes participações, Fabiana Murer quer se redimir com uma medalha no Rio de Janeiro. A missão da campeã mundial do salto com vara de 2011, porém, é complicada: a cubana Yarisley Silva, melhor marca do ano, a americana Jennifer Suhr e a russa Yelena Isinbayeva, dona do recorde mundial, são as principais concorrentes.
Foto: Imago
Bruno Fratus - natação
A cena de Bruno Fratus (dir.) cumprimentando César Cielo, em Londres 2012, não irá se repetir nos Jogos do Rio. Com a ausência de Cielo, Fratus se tornou a principal esperança de medalhas. Bronze no Mundial de 2015, ele detém o segundo melhor tempo nos 50m livres em 2016. Outros bons nomes são Felipe França, Nicholas Santos, além de Thiago Pereira, maior medalhista pan-americano da história.
Foto: picture-alliance/dpa/B. Walton
Duda Amorim - handebol
A seleção feminina de handebol conquistou o inédito título mundial em 2013, na Sérvia. Treinada pelo dinamarquês Morten Soubak, a equipe espera superar a campanha de Londres (6º lugar) e se recuperar do fraco Mundial de 2015, quando caiu nas oitavas de final. O time conta com Alexandra Nascimento e Duda Amorim (foto), eleitas as melhores jogadoras do mundo em 2012 e 2014, respectivamente.
Foto: Imago
Isaquias Queiroz - canoagem
Atual bicampeão mundial da prova não olímpica do C1 500m e medalhistas nos últimos dois mundiais nas provas C1 1.000m, C1 200m e C2 200m, Isaquias Queiroz quer conquistar a primeira medalha olímpica para a canoagem brasileira. Atenção também para a mineira Ana Sátila, que esteve em Londres com apenas 16 anos e foi campeã mundial júnior de slalom em 2014.
Foto: picture-alliance/dpa/R. Weihrauch
Yane Marques - atletismo
Grande surpresa em Londres 2012, quando conquistou a inédita medalha de bronze no pentatlo moderno, Yane Marques manteve a sequência de bons resultados, conquistando uma prata e um bronze em dois mundiais da modalidade. Além disso, ela já conseguiu derrotar as últimas duas campeãs olímpicas: Laura Asadauskaite, da Lituânia, e Lena Schöneborn, da Alemanha.
Foto: picture-alliance/AP Photo/A. Schmidt
Ágatha e Bárbara Seixas - vôlei
Nenhuma modalidade deu tantas medalhas olímpicas ao esporte brasileiro como o vôlei: 20, sendo seis de ouro. O Brasil é potência mundial na quadra e na areia, tanto no masculino como no feminino. Destaque para as duplas femininas do vôlei de praia, que ocuparam todas as três posições do pódio na Holanda, coroando Ágatha e Bárbara Seixas como campeãs mundiais de 2015.
Foto: Getty Images/G. Arroyo Moreno
Neymar - futebol
Pentacampeão mundial, fábrica de craques e maior exportador de jogadores do mundo. Em Jogos Olímpicos, no entanto, o futebol brasileiro tem um retrospecto decepcionante: três pratas, em 1984, 1988 e 2012. Para quebrar o jejum, o craque Neymar está pedindo dispensa do Barcelona para aproveitar a segunda chance em dois anos de ser campeão no Maracanã e levar o Brasil ao ouro inédito.