Ricardo Costa garante ouro brasileiro nas Paralimpíadas
8 de setembro de 2016
Brasileiro vence na categoria T11 do salto em distância, para deficientes visuais. Recordista mundial Lex Gilette leva a prata.
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O brasileiro Ricardo Costa de Oliveira conquistou nesta quinta-feira (08/09) a primeira medalha de ouro do país nos Jogos Paralímpicos do Rio, na categoria T11 do salto em distância, destinada a atletas totalmente cegos.
Ricardo, de 34 anos, venceu no último salto, quando alcançou a marca de 6 metros e 52 centímetros. O americano Lex Gillete saltou 6 metros e 44 centímetros e levou a prata. O bronze ficou com ucraniano Ruslan Katyshev, que atingiu 6 metros e 20 centímetros. O recorde mundial é de 6 metros e 73 centímetros, conquistado por Gilette em 2014.
A irmã de Ricardo, Silvânia Costa, conquistou o ouro na categoria T11 do salto em distância no Campeonato Mundial de Doha no ano passado. Recordista mundial, ela também compete nesta edição dos Jogos Paralímpicos, nesta sexta-feira. Os dois perderam a visão devido à Doença de Stargardt.
Esta é a primeira Paralimpíada de Ricardo, que também nunca havia subido ao pódio numa competição internacional.
Neste primeiro dia de Jogos, o Brasil também conquistou uma medalha de prata – com Odair Santos, nos 5 mil metros rasos T11 – e outra de bronze – com Caio Vinícius Pereira, no arremesso de peso F12.
LPF/abr/ots
Momentos marcantes da abertura das Paralimpíadas
Música, danças, fogos de artifício e muita emoção marcaram o início dos Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro.
Foto: Getty Images/Y. Chiba
Vinícius Bündchen
Antes do início do espetáculo, a mascote dos Jogos Olímpicos, Vinícius, divertiu o público ao desfilar com um vestido semelhante ao usado pela modelo Gisele Bündchen na festa de abertura das Olimpíadas.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Nietfeld
Salto espetacular
O americano Aaron Fotheringham saltou com uma cadeira de rodas de uma rampa através de um arco com fogo. O fato de ter nascido com deficiências não o impede de praticar esportes radicais. Ele usa a cadeira de rodas para fazer saltos como os dos skatistas ou ciclistas de BMX.
Foto: Getty Images/H. Hopkins
O susto
Márcia Malsar, que ganhou ouro nos 200 metros em 1984, tornando-se a primeira medalhista brasileira em Paralimpíadas, caiu com a tocha olímpica. Ela tem paralisia cerebral e caminhava com dificuldade, mesmo com uma bengala. Chovia, e no meio do trajeto ela escorregou, mas conseguiu se levantar e pegar a tocha sob os aplausos do público no Maracanã.
Foto: picture-alliance/MSSP
Exemplo para as crianças
A cerimônia de abertura das Paralimpíadas no Maracanã também teve crianças portadoras de deficiências, que foram acompanhadas pelos pais.
Foto: Getty Images/AFP/Y. Chiba
Ser humano e máquina
A americana Amy Purdy, medalhista no snowbord dos Jogos Paralímpicos de Inverno, dançou com um braço mecânico. Ela tem próteses nas duas pernas.
Foto: Getty Images/A. Tomura
Dança de cegos
Mesmo sem conseguir enxergar nada, um casal de cegos fez uma apresentação de balé emocionante.
Foto: Getty Images/Y. Chiba
Praia no Maracanã
Entre os diversos shows que fizeram parte do espetáculo, esta coreografia representou uma praia carioca. Apareceram barracas, banhistas e até surfistas. "Aquele abraço" foi o ritmo de fundo.
Foto: Reuters/U. Marcelino
As delegações participantes
Cada uma das delegações entrou com uma peça de quebra-cabeças no centro do gramado. Ao final, as peças formaram um enorme coração.
Foto: picture alliance/empics/A. Davy
Tonga e seu traje típico
A porta-bandeira desta ilha da Polinésia veio com sua vestimenta tradicional. Desta vez, as delegações começaram a entrar no estádio já no início da festa de abertura, intercaladas entre os shows.
Foto: Getty Images/AFP/Y. Chiba
A delegação alemã
A delegação da Alemanha tem 155 atletas. Com 1.450 medalhas conquistadas em todos os Jogos Paralímpicos, a Alemanha está em terceiro lugar no quadro histórico de medalhas, atrás dos Estados Unidos, com 2.066, e do Reino Unido, que tem 1.643.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Nietfeld
Delegação brasileira
A delegação brasileira foi a última das 176 participantes dos Jogos Paralímpicos a entrar no estádio. A equipe tem 286 atletas.
Foto: Reuters/R. Moraes
O Hino Nacional
O Hino Nacional foi executado pelo conhecido pianista e maestro brasileiro João Carlos Martins. Mundialmente admirado por sua habilidade, ele tem as mãos parcialmente atrofiadas por diversos problemas físicos. Enquanto tocava o hino ao piano, figurantes com guarda-sóis representaram a bandeira brasileira no campo do Maracanã.
Foto: Getty Images/A. Tomura
O acendimento da pira
O último a conduzir a tocha olímpica foi Clodoaldo Silva. O nadador brasileiro, que disputa suas últimas Paralimpíadas, ganhou 13 medalhas em quatro Jogos. A pira é igual à utilizada nos Jogos Olímpicos, encerrados há duas semanas.
Foto: Reuters/Pool
Temer vaiado
O presidente Michel Temer foi vaiado durante a abertura. A intensidade da vaia tornou quase impossível ouvir a voz do presidente no momento em que ele declarava o evento oficialmente aberto, numa intervenção que durou cerca de 5 segundos.
Foto: Getty Images/A. Loureiro
Céu colorido
O tradicional show de fogos de artifício marcou o fim da festa de abertura dos Jogos Paralímpicos no Rio de Janeiro.