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PolíticaReino Unido

Rishi Sunak será o novo premiê britânico

24 de outubro de 2022

Ex-ministro das Finanças é anunciado como sucessor de Liz Truss após Boris Johnson ficar de fora da disputa e única adversária retirar candidatura. Sunak será o terceiro premiê britânico em menos de dois meses.

Großbritanniens konservativer Abgeordneter Rishi Sunak
Foto: Henry Nicholls/REUTERS

Rishi Sunak foi anunciado nesta segunda-feira (24/10) como novo premiê britânico, depois que seu rival Boris Johnson desistiu da disputa, tornando o ex-ministro das Finanças o único candidato com apoio suficiente nas eleições internas para líder do Partido Conservador.

A outra possível concorrente para a sucessão de Liz Truss era Penny Mordaunt, ex-ministra da Defesa e líder da Câmara dos Comuns do Parlamento, mas ela não conseguiu o mínimo de 100 apoiadores necessários e retirou sua candidatura.

Sunak ainda tem que ser convidado pelo rei Charles 3° antes de ser considerado oficialmente o primeiro-ministro, mas o procedimento é considerado uma formalidade.

Sunak, de 42 anos, é o terceiro primeiro-ministro britânico em menos de dois meses. Filho de imigrantes indianos, Sunak será o primeiro chefe de governo britânico a pertencer a uma minoria étnica do país.

Liz Truss anunciou sua renúncia na última quinta-feira, apenas seis semanas depois de assumir o cargo de primeira-ministra. Ela estava sob pressão desde que lançou um programa fiscal com cortes de impostos, que causou turbulência nos mercados financeiros.

Anúncio de Boris Johnson

Neste domingo, Johnson anunciou que decidiu não concorrer às primárias do Partido Conservador para substituir  Truss como líder da legenda e premiê do Reino Unido. Em comunicado,  ele afirmou que, apesar de contar com o apoio necessário dos parlamentares conservadores para entrar na disputa, não seria a coisa certa a fazer. Ele esteve à frente do governo britânico até julho e renunciou após uma série de polêmicas envolvendo festas realizadas na residência oficial durante a pandemia.

"Nos últimos dias, fiquei impressionado com o número de pessoas que sugeriram que eu deveria mais uma vez disputar a liderança do Partido Conservador, tanto entre o público quanto entre amigos e colegas no Parlamento", declarou Boris Johnson, acrescentando que chegou a conclusão que essa não seria a decisão correta. "Não se pode governar de maneira efetiva a menos que tenha um partido unido no Parlamento."

Na nota, Johnson também indicou que havia contatado os outros dois candidatos, o ex-ministro da Economia, Rishi Sunak, e a líder dos conservadores na Câmara dos Comuns, Penny Mordaunt, porque esperava uni-los no interesse nacional, mas "infelizmente não foram capazes de encontrar uma maneira de fazê-lo".

"Por isso, temo que seja melhor não permitir que minha nomeação vá adiante e comprometo meu apoio a quem for bem-sucedido. Acho que tenho muito a oferecer, mas temo que o momento simplesmente não seja o adequado", concluiu.

Johnson foi forçado a deixar o cargo em julho em meio a uma debandada de membros do gabinete do primeiro-ministro britânico, incluindo Sunak, que renunciou ao cargo de ministro das Finanças.

A aparente tentativa de retorno do ex-primeiro-ministro recebeu reações mistas de dentro de seu próprio partido. Apoiadores dizem que ele é uma figura popular que pode atrair votos, enquanto críticos alertam que seu retorno seria uma catástrofe para o futuro do partido.

cn/lf (Efe, Lusa)

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