Representante do Partido Popular Europeu (PPE), Metsola foi reconduzida ao cargo por 562 dos 623 parlamentares que participaram da votação, a maior margem de vitória já registrada para um presidente do Parlamento.
Ela pregou uma política mais inclusiva para ajudar a combater a divisão política. "A polarização em nossas sociedades tem levado a uma política mais confrontacional, incluindo violência política", disse Metsola. "Precisamos ir além desse pensamento de soma zero que exclui e afasta as pessoas", afirmou. Os democratas-cristãos do PPEsão o maior partido do parlamento, com 188 membros eleitos.
Ela ainda prometeu abordar os problemas enfrentados pelos cidadãos da UE, incluindo a iminente crise habitacional , e
defendeu a implementação de uma legislação de migração "adequada". "Deixaremos a Europa um lugar melhor ao criar um novo quadro de segurança e defesa que mantenha as pessoas seguras", disse Metsola.
Metsola ainda instou o Parlamento Europeu a manter o apoio à Ucrânia, ao Estado de direito e aos direitos das mulheres.
Em 2022, Metsola se tornou a pessoa mais jovem e a primeira maltesa a presidir uma instituição da UE, bem como a terceira mulher a presidir o Parlamento Europeu. Depois do social-democrata alemão Martin Schulz, ela também será a segunda pessoa a ocupar a presidência do Parlamento Europeu por dois mandatos consecutivos.
Gestão foi marcada por escândalo de corrupção
Carismática e bem relacionada com os outros grupos políticos graças ao seu trabalho em comitês como o Comitê de Liberdades Civis, ela passou a maior parte dos últimos dois anos e meio apagando escândalos de corrupção e liderando a resposta da instituição a grandes desafios externos, como a guerra na Ucrânia.
Ela enfrentou críticas antes de sua primeira eleição por sua posição sobre o aborto. Como legisladora da UE de Malta, onde o aborto é em grande parte ilegal, Metsola havia se oposto a resoluções que pediam às mulheres acesso seguro ao procedimento.
Mas, ao se tornar presidente do Parlamento Europeu, comprometeu-se a representar a posição da assembleia da UE sobre direitos sexuais e reprodutivos.
Logo no começo de sua primeira gestão, o Parlamento Europeu defendeu a candidatura da Ucrânia à União Europeia e no apoio a Kiev com armas, assistência, logística e sanções contra Moscou. Pouco mais de um mês após o início do conflito, ela foi a primeira presidente de uma instituição europeia a viajar para a Ucrânia.
Por outro lado, Metsola carrega o marco de ser a primeira presidente do parlamento – conforme exigido pela Constituição belga – a estar presente na busca policial na casa de um eurodeputado, nos primeiros estágios do que viria a se tornar um dos maiores escândalos de corrupção na instituição.
O esquema de suborno do Parlamento Europeu ligado ao Catar e ao Marrocos, conhecido como Catargate, causou um terremoto político em um órgão acostumado a ser alvo de críticas sobre a falta de transparência nas despesas dos eurodeputados e o baixo cumprimento de seu código de ética.
Embora organizações como a Transparência Internacional continuem a ser críticas, elas enfatizam que o legado mais importante de Metsola foi o de mudar a dinâmica interna do Parlamento.
O grande desafio da presidente tem sido o de garantir que o Parlamento obtenha seu esperado direito de iniciativa legislativa e fortaleça seu papel em relação aos outros dois grandes órgãos europeus, a Comissão e o Conselho. Atualmente, o Parlamento de 720 membros, a única instituição diretamente eleita da União Europeia, negocia e adota propostas legislativas da UE e aprova o orçamento do bloco.
Agora as atenções do Parlamento estarão voltadas para a votação de quinta-feira, quando os legisladores decidirão se darão a Ursula von der Leyen mais cinco anos como chefe da Comissão Europeia.
O mês de julho em imagens
O mês de julho em imagens
Foto: Ricardo Mazalan/AP Photo/picture alliance
Trump é candidato oficial
A decisão foi rápida: em sua convenção nacional em Milwaukee, Wisconsin, o Partido Republicano a candidatura do ex-presidente Donald Trump na eleição presidencial de novembro. Como vice, ele escolheu o senador do Ohio J.D.Vance. (15/07)
Foto: Ines Pohl/DW
Trump passa bem após atentado em comício na Pensilvânia
Candidato republicano à Casa Branca, ex-presidente sobreviveu a uma tentativa de assassinato enquanto discursava a apoiadores no dia anterior. A ação durou segundos, e Trump foi escoltado às pressas for agentes do Serviço Secreto, com a orelha ferida por uma bala. Além do suspeito, uma pessoa que acompanhava o evento da plateia foi morta. Outras duas estão gravemente feridas. (14/07)
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A 13 dias de início dos Jogos, ministra francesa dos Esportes nada no Rio Sena
Ao lado do triatleta triatleta paralímpico Alexis Hanquinquant, Amélie Oudéa-Castéra quis mostrar que as águas do rio parisiense estão prontas para acolher as provas de natação. Ao custo de 1,4 bilhão de euros, a descontaminação das águas do Sena era um dos principais pontos de dúvida da competição, já que chuvas recorrentes nos últimos meses comprometeram a qualidade da água. (13/07)
Foto: Ministry Of Sport, Olympic And Paraolympic Games/AP/picture alliance
Selo azul no X de Elon Musk viola regras da UE, diz bloco
Rede social do bilionário viola regras para conteúdo digital, aponta relatório preliminar da Comissão Europeia. Órgão alega que comercialização do "selo azul" na plataforma outrora conhecida como Twitter "afeta negativamente a capacidade que os usuários têm de tomar decisões livres e informadas sobre a autenticidade das contas e do conteúdo com o qual interagem".
Foto: Alain Jocard/AFP [M]
Envio de mísseis americanos à Alemanha irrita Rússia
Reagindo ao anúncio de que a Alemanha abrigará bases de mísseis americanos de longo alcance a partir de 2026, a Rússia disse que avalia medidas para frear a "séria ameaça à segurança" do país por parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). "Essa decisão foi preparada por muito tempo e não é uma surpresa", afirmou o chanceler alemão, Olaf Scholz. (11/07)
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
Perigo de vida no Vale da Morte
O Death Valley, no deserto do leste da Califórnia e condado de Nevada, já é considerado o local mais quente do planeta. Em meio à atual onda de calor, então, as temperaturas nesse parque nacional americano têm ultrapassado diariamente os 50ºC. As autoridades dos EUA expediram alertas aos visitantes. (10/07)
Foto: Mario Tama/Getty Images
Rússia condena artistas de teatro à prisão
Em nova ofensiva contra liberdade artística, regime russo considerou que peça teatral "Finist", escrita cinco anos atrás e encenada em 2020, sobre o destino de "noivas do Estado Islâmico", é "apologia do terrorismo" e sentenciou diretora Zhenya Berkovich e dramaturga Svetlana Petriychuk a seis anos de prisão. (09/07)
Uma série de bombardeios russos na Ucrânia deixou mais de 35 mortos em vários pontos do país e atingiu dois hospitais, um deles em Kiev, especializado no atendimento de crianças. Os ataques geraram condenação internacional e levaram à convocação de uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU, agendada para o dia seguinte. (08/07)
Foto: Efrem Lukatsky/AP Photo/picture alliance
Esquerda e centro conseguem frear ultradireita na França
A esquerda e o centro conseguiram frear o que parecia uma ascensão implacável da ultradireita francesa no segundo turno da eleição legislativa francesa. A aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP) e a coligação de centro Juntos, do presidente Emmanuel Macron, conseguiram formar as maiores bancadas de deputados, ficando à frente da ultradireitista Reunião Nacional (RN). (07/07)
Foto: Christophe Ena/AP/picture alliance
Reforma vence pleito presidencial do Irã
O reformista Masud Pezeshkian se impôs no segundo turno do pleito presidencial do Irã, que teve uma participação nas urnas de 49,9 %. Ele obteve 53,6 % dos votos, contra 44,3 % para o ultraconservador Saeed Jalili. Em seus primeiros comentários após o resultado eleitoral, o presidente eleito definiu a votação como o início de uma "parceria" com o povo iraniano. (06/07) Pezeshkian
Foto: Vahid Salemi/AP/picture alliance
Após 14 anos com conservadores no poder, Reino Unido tem premiê trabalhista
Consagrado com uma maioria esmagadora na eleição legislativa antecipada, Keir Starmer, 61, é o sétimo primeiro-ministro do Partido Trabalhista. Ele substitui o conservador Rishi Sunak, que ficou menos de dois anos no cargo. O Partido Conservador perdeu as eleições ao conquistar apenas 121 assentos na Câmara dos Comuns (baixa), contra 412 do Trabalhista. (05/07)
Foto: JUSTIN TALLIS/AFP/Getty Images
Bolsonaro vira alvo da PF em duas frentes
Não foi uma quinta-feira fácil para o ex-presidente. Primeiro, a PF deflagrou a segunda fase da Operação Venire, que apura inserção de dados falsos nos registros de vacinação contra a covid-19 e uma suposta fraude nos cartões de vacinação de sua família. Mais tarde, saiu a notícia de que ele foi indiciado no caso das joias sauditas por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. (04/07)
Foto: Eraldo Peres/AP/picture alliance
Furacão Beryl avança pelo Caribe
O furacão Beryl, de categoria 4, atingiu com força a costa sul da Jamaica após deixar um rastro de destruição em outras regiões do Caribe, com ao menos sete mortos. Serviços meteorológicos registraram ventos de até 220 quilômetros por hora. O governo impôs um toque de recolher em todo país e pediu que a população de 2,8 milhões obedeça possíveis ordens de evacuação. (03/07)
Foto: Curlan Chrissey Campbell/Reuters
Tumulto em cerimônia hindu na Índia deixa mais de 100 mortos
Mais de uma centena de pessoas, incluindo mulheres e crianças, morreram após um tumulto ocorrido ao final de uma cerimônia religiosa hindu no norte da Índia. Forte calor e falta de ar no local do evento podem ter contribuído para a tragédia. Pessoas que participaram da cerimônia disseram que cerca de 50 mil devotos estavam presentes no local. (02/07)
Foto: Manoj Aligadi/AP/picture alliance
Suprema Corte dos EUA diz que Trump tem imunidade contra processos criminais em ações oficiais como presidente
A Suprema Corte dos EUA decidiu que o ex-presidente Donald Trump tem direito a blindagem parcial contra acusações criminais. A corte entendeu que ex-chefes de Estado têm imunidade contra processos por ações tomadas como presidente, mas que o mesmo não se aplica a atos como pessoa física. Assim, diminui a chance de que seja julgado em três processos antes das eleições, em 5 de novembro. (01/07)