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Rodrigo Pacheco é eleito presidente do Senado

1 de fevereiro de 2021

Senador do DEM recebeu apoio do então presidente da Casa, Davi Alcolumbre, e de Jair Bolsonaro. Ele derrotou Simone Tebet, do MDB, na primeira rodada de votação.

Senador Rodrigo Pacheco, novo presidente do Senado
Rodrigo Pacheco foi eleito na primeira rodada de votaçãoFoto: Adriano Machado/REUTERS

O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito nesta segunda-feira (01/02) presidente do Senado. Ele substitui Davi Alcolumbre (DEM-AP), que comandou a Casa por dois anos.

Pacheco obteve 57 votos. Ele derrotou Simone Tebet (MDB-MS), que recebeu 21 votos. Os senadores Major Olimpio (PSL-SP), Lasier Martins (Pode-RS) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO) retiraram suas candidaturas em apoio a Tebet.

Pacheco comandará a Casa por dois anos. Sua candidatura foi apoiada pelo presidente Jair Bolsonaro e por Alcolumbre. Favorito na disputa, ele foi eleito na primeira rodada. O senador recebeu ainda o apoio de dez bancadas: PSD, PP, PT, DEM, PDT, PROS, PL, Republicanos, Rede e PSC. Ele recebeu ainda votos de parlamentares do MDB, do PSDB e de dissidentes do Podemos, que havia anunciado apoio a Tebet.

Em seu discurso após a vitória, Pacheco defendeu a independência do Senado, que segundo ele é a "premissa fundamental para a tomada de decisões políticas, livres e autônomas, que sejam de interesse da nação". O senador também prometeu seguir com a pauta de combate à corrupção e dar urgência as reformas tributárias e administrativa.

"Muitas decisões importantes se avizinham. A votação de reformas que dividem opiniões, como a reforma tributária e a reforma administrativa deverão ser enfrentadas com urgência, mas sem atropelo. O ritmo dessas e de outras reformas importantes será sempre definido em conjunto com os líderes e com o plenário desta Casa", afirmou.

Advogado criminalista, Pacheco entrou para política em 2014, quando foi eleito deputado federal por Minas Gerais pelo MDB. Durante o mandato, chegou a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em 2016, disputou a prefeitura de Belo Horizonte, mas não foi eleito. Em 2018, foi eleito senador por Minas Gerais pelo DEM. Nessa eleição, ele derrotou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Durante os dois anos de mandato como senador, ele votou favoravelmente ao governo em pautas econômicas, porém, se opôs na chamada pauta de costumes, sendo, por exemplo, contra o decreto presidencial que flexibilizava o porte de armas de fogo.

Entre as atribuições do presidente do Senado estão a definição da pauta de votações da Casa, o comando de sessões conjuntas do Congresso Nacional, o desempate de votações e a devolução de medidas provisórias editadas pelo governo federal que possam violar a Constituição, além de ser o terceiro na linha sucessória da Presidência da República, após vice-presidente e presidente da Câmara.

cn/ots

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