Além de capital da Renânia do Norte-Vestfália, metrópole renana é centro de arte e moda, além de polo econômico e financeiro. Confira nossas sugestões para uma das cidades com melhor padrão de vida na Alemanha.
Anúncio
Todos os anos, Düsseldorf ocupa um dos primeiros lugares do ranking das melhores cidades para se viver e trabalhar na Alemanha. Por exemplo, no índice da comunidade internacional de expats InterNations, a capital do estado alemão da Renânia do Norte-Vestfália chegou até mesmo a ocupar o quarto lugar – mundialmente.
Embora seja conhecida como capital da arte e da moda no Oeste alemão, nos últimos anos, principalmente sua boa infraestrutura, como também sua oferta cultural e de lazer trouxeram pontos para a cidade banhada pelo rio Reno, mas cujo nome remonta a um riacho chamado Düssel.
Em Düsseldorf, o bom gosto também está presente na exclusiva alameda de compras Königsallee, no lindo prédio neorrenascentista da Kunstakademie Düsseldorf (Academia de Belas-Artes), no calçadão ao longo do rio Reno da Rheinuferpromenade, nos modernos edifícios do bairro MedienHafen, nos parques, museus e bairros históricos. Sem esquecer que, além de Colônia e Mainz, Düsseldorf possui um dos mais animados Carnavais do país. Leia nossas dicas de passeios.
Düsseldorf: a metrópole da moda e da arte
04:23
1° Dia: Centro histórico
O seu passeio pela cidade da mídia e da moda começa pelo bairro Carlstadt, ao sul do centro histórico, mais precisamente no mercado Carlsplatz, a mais antiga, mais tradicional e maior feira de Düsseldorf, com dezenas de estandes oferecendo produtos regionais e estrangeiros, sem esquecer os quiosques gastronômicos.
Nessa região, a moderna capital do estado da Renânia do Norte-Vestfália ainda guarda vestígios de uma época em que não era mais que um vilarejo com o nome Düssel, pequeno afluente do Reno. Um das atrações da área é a igreja de St. Maximiliam, também chamada de "Max", construída pelos franciscanos em 1737. Vale a pena entrar e dar uma olhada na bela decoração barroca de seu interior.
Da Carlsplatz, siga em direção ao coração do centro histórico (Altstadt): a praça Marktplatz. No lado norte, você vê a fachada da Altes Rathaus (Antiga Prefeitura) com seus dois frontões barrocos. O prédio foi construído no século 16 e abriga hoje espaços representativos. Em dezembro, a praça é ocupada por uma charmosa Feira de Natal.
A estátua equestre do príncipe-eleitor (membro do eleitorado do imperador do Sacro Império Romano-Germânico) Johann Wilhelm 2° ocupa o centro da praça. Em Düsseldorf, ele é conhecido como Jan Wellem.
Durante o seu governo, no final do século 17 e início do século 18, ele chamou vários artistas para Düsseldorf e fundou uma escola de desenho, dando início à fama da cidade como Meca das artes.
Johann Wilhelm 2° está enterrado na igreja Andreaskirche, outra atração imperdível na cidade cortada pelo Reno. O prédio foi construído em 1629, mas ampliado e restaurado ao longo dos séculos. A igreja sofreu sérios danos na Segunda Guerra. Inaugurado em 1971, o moderno altar do escultor alemão Ewald Mataré contrasta com o esplendor barroco do interior da igreja.
Logo ali em frente, na rua Grabbeplatz, você verá dois prédios modernos: o edifício com a fachada sinuosa é o K20, uma das locações da Coleção de Arte da Renânia do Norte-Vestfália (Kunstsammlung Nordrhein-Westfalen).Entre as obras de seu acervo, estão importantes trabalhos de Pablo Picasso, Paul Klee, Joseph Beuys e muitos outros artistas modernos e contemporâneos.
O sóbrio edifício de concreto em frente ao K20 abriga o espaço de exposições Kunsthalle Düsseldorf, com mostras temporárias de artistas contemporâneos, de novos talentos a nomes conhecidos internacionalmente. Essa parte do centro histórico de Düsseldorf é dominada pela arte. Além de galerias e lojas de desenho, um pouco mais adiante, você vai se depara com o belo prédio neorrenascentista da Academia de Belas-Artes de Düsseldorf (Kunstakademie Düsseldorf), uma das mais renomadas da Europa.
Por trás da Academia, o edifício redondo coroado com uma cúpula é a Tonhalle Düsseldorf, a casa de concertos da cidade. Por trás delas, há um belo conjunto de espaços de exposição (NRW Forum) e museus, cuja construção remonta ao início do século 20. Vale a pena visitar, principalmente se estiver havendo alguma mostra interessante no NRW Forum.
Dez motivos para visitar a Renânia do Norte-Vestfália
O estado mais populoso da Alemanha é famoso por sua diversidade cultural. A Deutsche Welle selecionou dez dos principais pontos turísticos da região.
Foto: picture-alliance/dpa/Kalker
Nadar na Mina Zollverein
O Complexo Industrial da Mina de Carvão de Zollverein, em Essen, já foi a maior reserva carvoeira da Europa, mas hoje o centro cultural instalado no local atrai numerosos turistas. Desde 2001, a piscina faz parte da programação de verão. Assim como a Abadia de Corvey e a Catedral de Aachen, o complexo é Patrimônio Mundial da Unesco.
Foto: picture-alliance/dpa/Güttler
Catedral de Colônia
Símbolo da cidade, ela é conhecida internacionalmente. Com 160 metros de altura, a Catedral de Colônia se destaca às margens do Rio Reno. Sua construção começou em 1248, mas só foi finalizada no século 19. No interior da catedral gótica, vale a pena visitar o Santuário dos Reis Magos, delicado relicário de ouro medieval.
Foto: picture-alliance/dpa
Rheinturm de Düsseldorf
Próximo a Colônia, também às margens do Reno, está a pomposa Düsseldorf. Há uma rivalidade centenária entre as duas cidades, seja com relação aos negócios, à arte ou à cerveja. Em termos de arquitetura moderna, Düsseldorf sai na frente, com a torre da televisão Rheinturm, os edifícios Gehry (à direita) e o complexo midiático Medienhafen.
Foto: picture-alliance/dpa/Hitij
Ex- capital da Alemanha Ocidental
A pequena cidade de Bonn teve seus anos de glória como sede do governo da República Federal da Alemanha, entre a Segunda Guerra Mundial e a Reunificação. Alguns dos antigos prédios do governo alemão, localizados às margens do Reno, estão abertos para visitas, enquanto outros ainda são sedes de departamentos governamentais. O edifício do centro da foto é a sede da Deutsche Welle.
Foto: picture-alliance/dpa/dpaweb/Berg
Carnaval renano
Todos os anos, os desfiles de Carnaval tomam as ruas das cidades ao longo do Reno. Os foliões levam a data a sério, e vão até trabalhar fantasiados na "Weiberfastnacht", a "Quinta-Feira das Mulheres". Ruas e bares ficam lotados, especialmente em Colônia, onde 12 mil foliões participam do maior desfile carnavalescos da Alemanha.
Foto: picture-alliance/dpa/Weihrauch
Catedral de Aachen
No oeste do estado da Renânia do Norte-Vestfália, está cidade de Aachen, com sua famosa catedral, que foi a primeira construção da Alemanha a receber o título de Patrimônio Mundial da Unesco, em 1978. A catedral começou a ser construída no ano de 796, por ordem do imperador Carlos Magno. Sua sala do tesouro abriga um busto do soberano e um sarcófago no qual teria supostamente sido sepultado.
Foto: picture-alliance/dpa/Berg
Região do Eifel
Para os amantes da natureza, a região do Eifel é um paraíso. Ideal para caminhadas e ciclismo, a paisagem local é bem diversificada. Não por acaso, o lema do Parque Nacional do Eifel é "Florestas, água e vida selvagem". Lá foram contabilizadas quase 8 mil espécies animais e vegetais, das quais um quarto está na lista de espécies ameaçadas de extinção.
Foto: R. Faymonville/Naturpark Eifel
De bicicleta em Münster
Münster é considerada a cidade das bicicletas, com cerca 500 mil veículos para 300 mil habitantes. As duas rodas são parte integrante da paisagem urbana, como no mercado principal, ou na Promenade, seu cinturão histórico, onde só podem circular bicicletas e pedestres. Com 55 mil estudantes, Münster também é uma das maiores cidades universitárias da Alemanha.
Foto: picture-alliance/dpa/Gentsch
Abadia de Corvey, Höxter
Até 1972, monges beneditinos viviam aqui. A Abadia de Corvey, em Höxter, é Patrimônio Mundial da Unesco desde 2014, e também um dos pontos turísticos mais famosos da Vestfália. Parte de sua arquitetura remonta à época carolíngia, e na biblioteca onde o poeta alemão Hoffmann von Fallersleben trabalhou como bibliotecário, há quase 75 mil volumes.
Foto: picture-alliance/dpa/Seidel
Futebol na Região do Ruhr
A Região de Ruhr é caracterizada não só por sua herança industrial, mas também por seus numerosos clubes de futebol. Lá se concentra o maior número de torcedores e de jogadores ativos da Alemanha. Os dois principais times regionais são o Schalke 04 e o Borussia Dortmund.
Foto: picture-alliance/dpa/Thissen
10 fotos1 | 10
Voltando em direção ao prédio do K20, dobre à direita na rua Ratinger Strasse e tome uma Altbier, a cerveja preta de Düsseldorf, num dos muitos bares da área. Essa é a parte mais antiga do centro histórico com ruas de paralelepípedo e edifícios restaurados. Quando o vilarejo Düssel foi elevado à condição de cidade, em 1288, havia apenas duas ruas e a pequena igreja de St. Lambertus.
A sua torre pontiaguda e contorcida se tornou um dos símbolos da capital da Renânia do Norte-Vestfália. O edifício foi ampliado no século 14 e restaurado após um incêndio em 1817. Como igreja mais antiga da cidade, St. Lambertus abriga importantes obras de arte, como a arca com as relíquias de Santo Apolinário.
Seguindo pelo calçadão às margens do Reno (Rheinuferpromenade), você vai chegar à praça Burgplatz. Nos meses mais quentes, a escadaria junto ao Reno é ponto de encontro da cidade. Além dos artistas de rua, ali se pode fazer uma pausa e, literalmente, ver navios – de carga e de passageiros que percorrem o Reno para cima e para baixo.
Por trás da pequena floresta de plátanos no fundo da praça, onde no verão funciona um biergarten, você vai ver uma escultura com soldados e esqueletos em bronze na ruela Müller-Schlösser-Gasse. Ela lembra os 700 anos da Batalha de Worringen, quando o conde Adolf vom Berg venceu as tropas do arcebispo de Colônia. Em agradecimento ao apoio recebido, o conde elevou Düssel a cidade. O Stadterhebungsmonument (monumento em homenagem à elevação a cidade) foi inaugurado em 1988, por ocasião do sétimo centenário de Düsseldorf.
Até sucumbir às chamas num incêndio em 1872, no lugar da Burgplatz, estava o Palácio de Düsseldorf (Düsseldorfer Schloss), cuja construção como residência dos condes, duques e príncipes governantes da cidade era do século 13. O fogo poupou somente a torre do castelo, que abriga hoje o Museu Marítimo(Schifffahrtsmuseum).
No único remanescente do palácio da cidade, você pode saber mais sobre 2 mil anos de navegação sobre o Reno, como também sobre a história da cidade, de seu porto e castelo. Aproveite o resto do seu dia para jantar numa das muitas Brauereien (cervejarias) do centro histórico de Düsseldorf. E se quiser prolongar a noite, não faltam opções na Altstadt, com seus 250 bares, restaurantes e discotecas, espalhados num espaço de apenas meio quilômetro quadrado.
Em Düsseldorf, o Reno interage com a cidade
01:11
This browser does not support the video element.
2° Dia: Kö, compras e MedienHafen
A alameda Königsallee é para Düssedorf o que a avenida Champs-Élysées é para Paris. Conhecido carinhosamente por Kö, o exclusivo bulevar de compras é um dos símbolos da capital da Renânia do Norte-Vestfália. Enquanto no seu lado leste espalham-se boutiques de grifes internacionais, o lado oeste é dominado por prédios de escritório e institutos financeiros.
No centro, um canal com água do Düssel convida a um delicioso passeio sob a copa de árvores – um prazer mesmo para aqueles que não estão interessados em compras ou na badalação de ver e ser vistos. A origem da Königsallee (alameda real)remonta a meados do século 19. A suntuosa vegetação, como também as pontes, fontes, esculturas e arquitetura típica do art nouveau fazem da Kö uma visita obrigatória em Düsseldorf.
A área em torno da Königsallee também é marcada por shoppings e lojas de departamentos dedicados à moda, design, multimídia e produtos de lifestyle, como a Kö-Galerie com suas mais de cem lojas; a Kaufhaus Sevens ou a Stilwerk, shopping de decoração e design localizado na Grünstrasse, uma rua lateral da Kö.
Andando até o fim da rua e dobrando à direita (lado leste), você chega à rua Shadowstrasse com o shopping Shadow Arkaden marcando a esquina. Ali você pode encontrar tudo que se espera de uma rua de pedestres, de lojas de miudezas a marcas internacionais.
Os destaques arquitetônicos da área vão para o prédio da loja de departamentos Peek & Cloppengburg, como também para as fachadas sinuosas do complexo Kö-Bogen. Esses projetos são assinados, respectivamente, pelas estrelas nova-iorquinas da arquitetura Richard Meier e Daniel Libeskind, o arquiteto do Grund Zero.
Depois das compras, que tal relaxar ao longo do Reno? A Kö marca também a divisa do centro histórico. Pegue, por exemplo, a ponte Girardetbrücke e siga pela rua Trinkausstrasse, dobrando à direita você logo vê o edifício Wilhelm-Marx-Haus, o mais antigo arranha-céus de escritórios da Europa, inaugurado em 1924.
Museu Hombroich une arte e natureza
Há 30 anos, a Ilha de Museus Hombroich, localizada no oeste alemão, entre Düsseldorf e Colônia, oferece arte em meio a paisagens naturais.
Foto: Stiftung Insel Hombroich/Fotograf / Tomas Riehle, Bergisch Gladbach
Pronto para um passeio
Karl-Heinrich Müller era corretor de imóveis, colecionador de arte e um homem de visão: ele sonhava com um jardim, que seria tão belo quanto o famoso jardim do impressionista francês Claude Monet em Giverny, no norte da França. Ali ele queria expor sua coleção de obras de arte. Na Ilha Hombroich, perto de Düsseldorf, no oeste da Alemanha, ele encontrou o lugar ideal.
Foto: DW/S. Oelze
Arquitetura austera
Erwin Heerich é um dos escultores alemães mais importantes da segunda metade do século 20. Os dez pavilhões de exposição da Ilha Hombroich foram planejados por ele. Por suas formas harmônicas, eles estão entre as mais belas construções modernas. Com suas paredes de tijolos, eles se integram perfeitamente à natureza da Ilha.
Foto: Stiftung Insel Hombroich/Fotograf / Tomas Riehle, Bergisch Gladbach
Dentro e fora
O pavilhão, projetado pelo arquiteto português Álvaro Siza, abriga as exposições temporárias do Museu. Até janeiro passado, foram exibidas ali obras de Bruno Goller, algumas delas pela primeira vez. Uma das características da edificação são as enormes janelas panorâmicas, que puxam o ambiente para dentro do espaço construído. As paredes são de tijolos antigos.
Foto: Stiftung Insel Hombroich/Fotograf / Tomas Riehle, Bergisch Gladbach
Labirintos de trilhas levam à arte
Labirinto é o nome do pavilhão central. O pintor Gotthard Graubner, responsável pela apresentação das obras na ilha, confronta ali suas próprias pinturas com obras de arte de outras culturas. Além de arte contemporânea, o pavilhão dispõe de um acervo arqueológico: objetos de decoração, vasilhames e oferendas da Tailândia, bem como peças da antiga Mesopotâmia.
Foto: DW/S. Oelze
Em diálogo com a natureza
Todos os pavilhões envolvem a natureza. As obras expostas vêm da África, Oceania, América Latina, China, Irã e Sudeste Asiático. E reproduzem diversas culturas: a Mezcala do México, a Nazca do Peru, a Khmer do Camboja e a da Pérsia antiga. Ao lado de relíquias de épocas passadas, encontram-se também objetos de design do século 20.
Foto: Stiftung Insel Hombroich/Fotograf / Tomas Riehle, Bergisch Gladbach
Espaço para a criação artística
Gotthard Graubner é um dos mais renomados pintores da Alemanha. Conhecido por suas "Imagens de Almofadas", que ficam nas paredes de seu ateliê, o artista de 83 anos vive há mais de 15 anos na Ilha do Museu Hombroich, sendo responsável pela apresentação e seleção das obras expostas no local.
Foto: DW/S. Oelze
Residência para artistas
Desde 1994, uma antiga base de mísseis da Otan faz parte do complexo Hombroich. Elementos como cercas, holofotes e muros foram eliminados. Hangares, bunkers e a torre de vigilância foram transformados em espaços habitáveis e equipados com instalações sanitárias adequadas e calefação. A antiga torre de vigilância abriga o arquivo do poeta Thomas Kling, que ali viveu até sua morte em 2005.
Foto: DW/S. Oelze
Um lugar sem igual
O chamado Campo de Kirkeby leva este nome em homenagem ao artista dinamarquês Per Kirkeby, que projetou ali sua arquitetura escultural. Karl-Heinrich Müller criou, com o Museu Hombroich, um complexo único, dotado de uma simbiose entre cultura e natureza. Especialistas em arte apontam o lugar como um dos mais extraordinários museus do mundo.
Foto: DW/S. Oelze
8 fotos1 | 8
Dali para o Reno são somente algumas poucas quadras. É muito relaxante atravessar o centro histórico (Altstadt), com suas ruelas e uma infinidade de lojas, ou seja, o seu tour de compras só vai acabar no calçadão ao longo do rio que banha a capital do estado: Rheinuferpromenade.
Com a construção do Rheintunnel (túnel do Reno), no início da década de 1990, o centro histórico pode ser prolongado até o rio. Um calçadão substituiu a autoestrada que atravessa a área agora de forma subterrânea. Na altura da praça Marktplatz, siga pela rua Zollstrasse até o rio. Além da hora, a coluna histórica Pegeluhr também marca o nível de água.
As atrações ao longo do calçadão do Reno ainda estão longe de terminar. Um pouco mais adiante, você se depara com o café e pavilhão de entrada do KIT (Kunst im Tunnel, arte no túnel), um espaço subterrâneo de exposições com 140 metros de extensão, onde são exibidas mostras temporárias de jovens artistas internacionais.
Ao longo do seu passeio, você também vai passar pela Landtag Nordrhein-Westfalen (assembleia legislativa da Renânia do Norte-Vestfália) e pela Rheinturm, torre de TV que se tornou um dos símbolos de Düsseldorf.
Com seus mais de 240 metros de altura, a Rheinturm é o ponto mais alto da cidade. A sua plataforma de observação, bar e restaurante giratório atraem anualmente mais de 300 mil pessoas.
Além disso, a torre de concreto mostra, em seu lado voltado para o centro histórico, uma escultura luminosa em forma de relógio digital, considerado o maior do mundo.
A implantação do Rheintunnel também permitiu a construção de edifícios que se tornaram icônicos e verdadeiros símbolos da cidade renana, como o Neuer Zollhof, conjunto de prédios de escritório projetados pelo arquiteto americano Frank Gehry como parte do chamado MedienHafen (porto das mídias).
Onde antes se localizava o porto da cidade, com seus armazéns e estaleiros, hoje se tornou um novo bairro de serviços, com cinemas, agências de propaganda e mídia, prédios de escritório e uma arquitetura inovadora. Vale a pena terminar o dia passeando pela área, onde não faltam cafés ao ar livre e restaurantes com uma vista incrível para a antiga zona portuária.
Colônia ou Düsseldorf, quem é a melhor?
04:40
This browser does not support the video element.
3° Dia: Passeio de barco e Kaiserswerth
Em seu último dia na capital da Renânia do Norte-Vestfália, sugerimos algumas dicas de tours. Para os amantes dos museus e da arte, em Neuss, a poucos quilômetros de Düsseldorf, encontra-se a Museu Ilha Hombroich (Museumsinsel Hombroich), um parque com pavilhões de exposições permanentes e esculturas ao ar livre, algo semelhante ao Inhotim, em Minas Gerais.
Também a poucos quilômetros do centro de Düsseldorf está o Nearderthalmuseum (Museu Neandertal). Nessa região chamada de Neandertal foi encontrado o primeiro esqueleto do Homem de Neandertal, espécie humana extinta há cerca de 30 mil anos. Além de sua arquitetura inovadora, o museu proporciona ao visitante um passeio por 4 milhões de anos de evolução da humanidade.
Já para aqueles que gostam de passear de barco, no calçadão da Rheinuferpromenade, entre o antigo porto (Alter Hafen) e a escadaria da praça Burgplatz, há pontos de embarque da empresa de navegação KD e Weisse Flotte.
Há diversos tipos de tours, tanto dentro da área de Düsseldorf quanto para cidades próximas, como Köln ou Duisburg. Sugerimos um bate e volta para o bairro histórico de Kaiserswerth, no norte da capital do estado.
A origem da antiga cidade imperial (Reichsstadt) remonta ao fim do século 7°, quando ali foi construído um mosteiro beneditino. Mas a sua mais antiga atração é o Kaiserswerther Menhir, um monumento pré-histórico de pedra fixado verticalmente no solo. Calcula-se que ele tenha de 3,5 mil a 4 mil anos.
A origem da antiga cidade independente remonta à Idade Média. Ali o imperador Frederico Barbarossa (Barba Ruiva) construiu um castelo em 1184, o Kaiserpfalz. As ruínas da fortificação destruída em 1702 são uma das atrações desse charmoso bairro histórico que hoje faz parte Düsseldorf.
É um prazer caminhar pelas ruelas medievais, visitar a antiga alfândega Zollhaus na praça Marktplatz oua igreja de St. Sutibertus. Na pracinha atrás da igreja, não deixe de ver a Romanisches Haus (casa românica). Com sua fachada escalonada, ela é um dos mais importantes exemplos da arquitetura residencial românica no estado da Renânia do Norte-Vestfália.
O último barco em direção ao centro de Düsseldorf sai às 18h15, mas se quiser ficar para jantar no simpático bairro histórico, na parada Klemensplatz você pode facilmente pegar um bonde para Estação Central (Hauptbahnhof) de Düsseldorf.
----------------
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos noFacebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App | Instagram
Novas e antigas atrações de cidades alemãs
Poucas nações no mundo passaram por tantas transformações como a Alemanha. Assim, o passado e o presente são bons motivos para visitar as metrópoles do país. Veja uma seleção de pontos turísticos históricos e modernos.
Foto: DW/C. Albuquerque
Berlim, Ilha dos Museus
Quem visita a capital alemã não deve perder a Ilha dos Museus. Ali se encontram cinco prédios imperdíveis: Museu de Pérgamo, com seu famoso altar; Novo Museu, onde está a estátua de Nefertiti; Museu Bode, com a coleção de esculturas; Museu Antigo, cujo projeto já é uma obra de arte por si só, e a Antiga Galeria Nacional (foto), imortalizada por Alfred Hitchcock na abertura de "Cortina Rasgada".
Foto: Fotolia/mkrberlin
Berlim, praça Potsdamer Platz
Imperdível também é a praça Potsdamer Platz, região antes destruída e abandonada ao longo do Muro de Berlim. Após a Reunificação, o local foi transformado em um movimentado centro de compras e entretenimento. Projetados por Renzo Piano (esq.), Hans Kollhoff (c.) e Helmut Jahn (dir.), os arranha-céus que marcam a entrada da praça avançam como cavaleiros do apocalipse nos céus da capital alemã.
Foto: Fotolia/VanderWolf Images
Catedral de Colônia
Construída em várias etapas desde meados do século 13, a Catedral de Colônia ("Kölner Dom") continua a ser uma das atrações turísticas mais visitadas da Alemanha. Além da arca de ouro com as relíquias dos Três Reis Magos, o visitante pode ver outros tesouros, como a Cruz de Gero, a representação mais antiga de Cristo na Idade Média; ou o vitral desenhado pelo pintor alemão Gerhard Richter.
Foto: picture-alliance/Geisler-Fotopress
Colônia, Rheinauhafen
Nas últimas décadas, antigas regiões portuárias de cidades como Londres, Buenos Aires e Hamburgo foram revitalizadas, transformando-se em novos bairros. Em Colônia, não foi diferente. O Rheinauhafen (porto da margem do Reno) abriga agora os prédios mais modernos da metrópole renana, como os "Kranhäuser" (edifícios-guindaste), cuja arquitetura foi inspirada nas gruas dos antigos armazéns.
Foto: picture-alliance/dpa/Schoening
Dresden, museus Zwinger
Entre as muitas atrações da capital da Saxônia, o complexo histórico de museus conhecido como Zwinger é um dos mais importantes testemunhos do barroco europeu. Seu nome remonta a uma antiga fortaleza, mas hoje os prédios desta obra de arte total abrigam uma das mais importantes coleções de pintura e escultura da Alemanha. Ali está, por exemplo, a "Madona Sistina" do pintor Rafael Sanzio.
Foto: Mapics/Fotolia
Museu Histórico Militar de Dresden
Projetado por Daniel Libeskind, arquiteto do Ground Zero em Nova York, o Museu Histórico Militar (Militär Historisches Museum) proporciona aos visitantes a história das guerras na Alemanha. Mas ali os militares não são glorificados, e sim categorizados historicamente e até mesmo questionados, como demonstra simbolicamente a cunha monumental de vidro e concreto que atravessa a construção histórica.
Foto: picture-alliance/dpa
Düsseldorf, avenida Königsallee
Também chamada carinhosamente de "Kö", a Königsallee (Avenida Real), no centro de Düsseldorf, é uma das mais luxuosas ruas de compras da Europa e visita obrigatória para quem vai à capital da Renânia do Norte-Vestfália. Dividida por um belo canal, a avenida possui dois lados: um mais agitado e marcado por lojas e outro menos movimentado, ocupado por bancos e outras instituições financeiras.
Foto: Shahriar Sedighi
Düsseldorf, Medienhafen
A partir da década de 1990, Düsseldorf também transformou a sua antiga região portuária num movimentado bairro, repleto de edifícios modernos destinados à habitação, trabalho e lazer. Entre as principais atrações da área estão três edifícios projetados pelo arquiteto americano Frank O. Gehry (foto). Por meio da escolha de diferentes materiais, cada edificação preserva a própria identidade.
Foto: picture alliance/Horst Ossinger
Prefeitura de Frankfurt
Também conhecido como Römer, este complexo de prédios com fachadas escalonadas abriga a administração da cidade desde o século 15. Ele se localiza no centro histórico da metrópole financeira, na praça Römerberg, que desde o fim da Idade Média tem sido palco de diferentes eventos, como coroações, feiras e, mais recentemente, de festas de recepção para atletas alemães.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Arnold
Frankfurt: paisagem urbana
O visitante da metrópole financeira da Alemanha não precisará procurar muito para encontrar bons exemplos de arquitetura contemporânea na cidade, como a nova sede do Banco Central Europeu (à direita na foto). Projetado pelo escritório vienense Coop Himmelblau, o complexo é composto de três elementos: um pavilhão da década de 1920, de onde emergem duas torres, com uma altura total de 201 metros.
Foto: picture alliance/dpa/F. Rumpenhorst
Hamburgo: a prefeitura
Construído no século 19 em estilo eclético, com elementos da renascença italiana e da tradição construtiva do norte alemão, o prédio da prefeitura de Hamburgo abriga o governo da cidade-estado. Localizada às margens do lago Binnenalster, no centro da cidade, a fachada da bela edificação apresenta esculturas de 20 reis e imperadores do antigo Império Alemão, de Carlos Magno a Francisco 2°.
Foto: picture alliance / dpa
Filarmônica do Elba
Depois de anos de atraso e custos de quase 800 milhões de euros, finalmente o visitante da cidade portuária pode apreciar uma das mais badaladas salas de concerto do novo século: a Filarmônica do Elba. Projetada pelos suíços Jacques Herzog e Pierre de Meuron, ela já é considerada uma das dez melhores do mundo, mesmo sem nenhuma nota ter sido tocada. A primeira apresentação será em janeiro de 2017.
Foto: T. Rätzke
Igreja Frauenkirche, Munique
Com os Alpes se anunciando no horizonte, a paisagem urbana de Munique é de tirar o fôlego. Isso também se deve à Igreja Frauenkirche (Nossa Senhora), cuja altura das torres não pode ser ultrapassada por nenhum edifício da capital da Baviera. Quem quiser conhecê-la, pode visitar no centro histórico esse prédio construído no final do século 15, onde é perceptível a influência da Europa Oriental.
Foto: rkirchne
Mundo e Museu da BMW, Munique
Localizado em frente ao Parque Olímpico, o Mundo BMW (BMW-Welt, esq.) foi projetado pelo escritório vienense Coop Himmelblau. É lá que estão expostos os novos modelos da marca e onde os compradores recebem seus carros. No fundo, vê-se a cúpula do imperdível Museu da BMW, reformado e reaberto em 2008, como também o edifício-sede da marca bávara. Um passeio que vai surpreender qualquer visitante.
Foto: DW/C. Albuquerque
Stuttgart, Praça do Palácio (Schlossplatz)
Antiga residência dos reis de Württemberg, os palácios de Stuttgart testemunham dias de glória. Na foto, vê-se o Neue Schloss (Novo Palácio), localizado na praça Schlossplatz, no centro da cidade. Ele abriga as secretarias estaduais das Finanças e da Educação. Flanqueada pelo Neue Schloss, a praça tem um jardim barroco, com fontes e coreto. Nos dias de sol, ela atrai moradores e turistas.
Foto: Fotolia/World travel images
Museu da Porsche e da Mercedes, Stuttgart
Os dias de glória da capital do estado de Baden-Württemberg ainda estão longe de terminar. A cidade abriga as sedes das empresas automobilísticas Mercedes-Benz e Porsche, que não economizaram na construção de museus do automóvel para mostrar a história das célebres marcas alemãs. Na foto, vê-se o Museu da Porsche, localizado no bairro de Zuffenhausen, onde também se encontra a sede da montadora.