Mais conhecida pelos relógios cuco e pelo bolo que leva seu nome, a Floresta Negra é uma das regiões mais visitadas da Alemanha, com suas montanhas e cidades históricas. Confira as diversas formas de conhecê-la.
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Os romanos a chamavam de "silva nigra" ou Floresta Negra devido à penumbra em sua densa vegetação. Localizada no estado alemão de Baden-Württemberg, essa região de vales, florestas, cidades históricas e montanhas se estende por cerca de 200 quilômetros de norte a sul e 50 quilômetros de leste a oeste.
Basicamente, a região pode ser dividida em três áreas – norte, centro e sul (Nordschwarzwald, Mittlerer Schwarzwald e Südschwarzwald). No norte, pode-se iniciar o passeio pelo balneário histórico de Baden-Baden, com suas termas, spas, seu famoso cassino e a elegante alameda Lichtentaler Allee, símbolo da aristocracia europeia que costumava passar o verão nesta cidade de Baden-Württemberg.
Mas há várias formas de se conhecer a região. Além da Rota Cênica pela rodovia B 500, há a Rota Alemã dos relógios (Deutsche Uhrenstrasse), que leva o visitante a polos históricos de relojoaria entre os séculos 18 e 20. E, para os enólogos e amantes da boa mesa, a Rota dos Vinhos de Baden (Badische Weinstrasse), na parte oeste da Floresta Negra, alia paisagens deslumbrantes à viticultura e gastronomia da região de Baden.
Como a maioria das atrações se encontra na parte sul da Floresta Negra, Freiburg im Breisgau, cidade universitária com 900 anos de história e 230 mil habitantes, é uma boa base para passeio pela região dos relógios cuco, dos chapéus Bollenhut e do presunto Schwarzwälder Schinken. Confira aqui algumas sugestões de roteiros.
Dez razões para visitar a Floresta Negra
Esta região no sudoeste da Alemanha é tão bela quanto pregam os clichês, com colinas idílicas, densos bosques de pinheiros, pratos saborosos e cidades hospitaleiras. Venha conhecer a Floresta Negra.
Foto: picture-alliance/dpa/P. Seeger
A natureza
A mata cerrada e escura levou os romanos a chamarem a região no sudoeste da Alemanha de Floresta Negra. Com o passar dos séculos, foram aparecendo as clareiras. Hoje, vacas pastam nas encostas das montanhas, como aqui em Münstertal. Em vastas áreas no sul e no norte da Floresta Negra, a natureza volta a se desenvolver sem interferência humana.
Foto: Imago/imagebroker/D. Schoenen
Mobilidade
O turismo sustentável é levado a sério em toda a Floresta Negra. Por isso se oferecem pacotes especiais de mobilidade para os turistas, com ônibus e trens gratuitos, e até mesmo um carro elétrico. A bicicleta elétrica é uma boa opção para subir montanhas, como aqui na região da barragem de Schluchsee. E as clássicas trilhas também continuam à disposição para quem prefira caminhadas.
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Produto regional
O presunto típico da Floresta Negra (schwarzwälder schinken) é uma marca protegida. Trata-se de um presunto cru, sem osso, com uma camada de gordura e crosta escura, devido ao processo de defumação sobre galhos de pinheiro. Ele é servido com o pão rústico típico da região.
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Arquitetura prática
Há vários séculos a paisagem da Floresta Negra é dominada pelas propriedades rurais. O Vogtsbauernhof remonta a 1612 e é protegido como patrimônio histórico, pertencendo ao museu ao ar livre homônimo em Gutach. No verão, o telhado de palha proporciona sombra, e, no inverno, protege contra o vento e a neve.
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Relógio cuco
Há controvérsia sobre quem teria inventado o relógio cuco. Sabe-se apenas que o animal deveria ser um galo. Mas reproduzir o "quiquiriqui" da onomatopeia alemã seria complicado demais. Em Schonach e Triberg, os dois centros de produção deste relógio típico da Floresta Negra, estão expostos os maiores exemplares existentes, com até 15 metros de altura. Só o cuco pesa 150 quilos!
Foto: picture-alliance/dpa/P. Seeger
Baden-Baden
A cidade dos spas e cassinos fica no extremo sul da Floresta Negra. Ao lado de lindos parques e prédios em arquitetura tradicional, encontram-se contrastes como o moderno Museu Frieder Burda. Lá estão expostas obras de mestres contemporâneos como Gerhard Richter. E, na ópera, divas como a soprano russa Anna Netrebko dão concertos.
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Cozinha de alto nível
Para saborear delícias como este antepasto de abóbora moranga com flores de maçã, gurmês de todos os lugares viajam até o pequeno lugarejo de Baiersbronn, no norte da Floresta Negra. Ali há dois chefs de três estrelas e um de duas estrelas.
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Nascente do Danúbio
O Danúbio, segundo maior rio da Europa, nasce em Donaueschingen. O espaço entre a igreja municipal e o palácio, onde se localiza a fonte descoberta pelo general romano Tibério, foi completamente restaurado.
Foto: picture-alliance/DUMONT Bildarchiv
Freiburg
A cidade detém o recorde alemão de mais de 1.700 horas de sol por ano. A universidade de Freiburg é a primeira "universidade solar" do mundo, por oferecer um curso internacional de energia renovável e ter um projeto modelo de "colônia solar", com casas autárquicas em termos de energia.
Foto: picture-alliance/imageBROKER/D. Schoenen
Paisagens
O ponto mais alto da Floresta Negra é a montanha Feldberg, com 1.493 metros. Todas as estações do ano proporcionam momentos mágicos de beleza, onde a paisagem parece se transformar num quadro encantado.
Comece seu dia em Freiburg na praça da prefeitura (Rathausplatz), colhendo informações no centro de turismo na antiga prefeitura (Altes Rathaus), construída em 1559 para abrigar a administração municipal. Por trás dela, na Turmstrasse, vale a pena também dar uma olhada no edifício da Gerichtslaube, do início do século 14, a mais antiga sede administrativa. O belo prédio renascentista na praça Rathausplatz é a Neues Rathaus (nova prefeitura), construído por volta de 1580.
Em frente a Gerichslaube na Turmstrasse,o museu Fastnetmuseum conta a história do Carnaval da Floresta Negra (Fasnet ou Fastnacht), por meio de fantasias históricas das diferentes guildas, completadas com máscaras pintadas a mão e utensílios típicos usados na Fasnet, como chocalhos e bexigas de porco.
Depois de passar a igreja católica de St. Martin, desça a rua Franziskanerstrasse. Do lado esquerdo, você logo vê a fachada vermelha do prédio Haus zum Walfisch, que hoje abriga o banco Sparkasse. No edifício gótico tardio residiu em 1539 o teólogo e humanista Erasmo de Roterdã.
Atravesse a principal via de compras da cidade, a rua Kaiser-Joseph-Strasse ou KaJo, e siga pela rua Münsterstrasse ou pela Marktgasse até o principal símbolo de Freiburg, a igreja Münster. Todos os dias (menos domingos e feriados), na praça da igreja Münsterplatz, acontece uma feira de alimentos no período da manhã. Não deixe de experimentar a Lange Rote, salsicha grelhada típica do local, acompanhada de pão fresco e queijo que você pode comprar num dos muitos estandes.
Na praça Münsterplatz se localizam diversos prédios históricos, como o Museum für Stadtgeschichte, onde você pode saber mais sobre os 900 anos de história da cidade e o edifício amarelo da antiga guarda Alte Wache, queabriga hoje uma loja e restaurante de vinhos da região de Baden. Se ainda tiver disposição após um copo ou dois, você pode subir a torre da igreja Münsterturm, com uma vista panorâmica sobre Freiburg.
Dobrando à direita na rua Herrenstrasse e depois à esquerda na Münzgasse, você chega até a Konviktstrasse, uma das ruas mais pitorescas e mais antigas de Freiburg. Sob guirlandas de flores no verão ou uma iluminação encantadora no inverno, essa ruela conduz até o portão Schwabentor. Com 60 metros de altura, ele foi construído na Idade Média para a defesa dos cidadãos da cidade.
Floresta Negra, a terra dos relógios cuco
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Do Schwabentor, siga a Salzstrasse em direção à fonte Bertoldsbrunnen. Antigos lampiões e fachadas floridas ornamentam uma das ruas comerciais mais tradicionais de Freiburg. Do lado esquerdo, você vai passar pelo restaurante Zum Roten Bären, um dos mais antigos da Alemanha, com uma história que remonta ao início do século 14. Um ótimo lugar para almoçar e experimentar um dos pratos típicos da região, acompanhado de um bom vinho ou cerveja local.
Na parte da tarde, a sua rota se inicia na fonte Bertoldsbrunnen, principal local de encontro da cidade e ponto de cruzamento de todos as linhas de bonde. Siga pela Kaiser-Joseph-Strasse até o portão Martinstor, outro símbolo de Freiburg. Dobre à esquerda na rua Gerberau e depois à direita na rua Fischerau, entrando num bairro idílico chamado pelos moradores de "Pequena Veneza", devido ao canal que o atravessa.
Siga a rua Gerberau até a praça Augustinerplatz. No antigo mosteiro dos agostinhos se encontra o principal museu da cidade, o Augustinermuseum, com obras de arte da Idade Média até o barroco, como também pinturas do século 19. Tanto na praça do museu quanto na "Pequena Veneza" há inúmeros cafés e restaurantes, onde você pode relaxar antes de continuar seu passeio.
Siga a avenida Schlossring até o jardim Stadtgarten, uma popular área verdede uma das cidades mais ecológicas da Alemanha. De lá, passeie pelo monte Schlossberg – porta de entrada da Floresta Negra. Se preferir, você pode optar por pegar o teleférico Schlossbergbahn, que leva você em três minutos até a parte superior montanha, onde você tem uma linda vista da cidade até os montes Vosges. Aproveite o resto da tarde para um passeio pelo caminho arborizado até a pracinha Kanonenplatz, com um panorama lindo sobre os vinhedos e sobre Freiburg.
Descendo por um caminho em serpentina, um pouco mais abaixo se encontra o restaurante Greiffenegg-Schlössle, onde você pode fazer uma refeição ou tomar um bom vinho ou cerveja da região, acompanhado de uma vista espetacular. Por uma ponte de pedestres, você volta ao centro histórico, descendo no portão Schwabentor.
Dez razões para visitar Baden-Württemberg
O lema de Baden-Württemberg é: "Nós podemos tudo, menos falar o alemão padrão." A brincadeira com o dialeto local deixa subentendidas as belezas do estado, rico em paisagens, castelos e com uma cozinha exuberante.
Foto: picture alliance/dpa/Maurer
Feldberg: o ponto favorito dos turistas
A Floresta Negra, com cerca de 20 milhões de pernoites registrados por ano, é a região mais visitada de Baden-Württemberg. O ponto mais alto, o Feldberg, tem 1.500 metros. Também é a área da maior reserva natural de Baden-Württemberg. A região oferece algo especial para cada estação - de caminhadas à prática de esqui.
Foto: picture alliance/dpa/Maurer
Um cuco como souvenir
Os relógios cuco se tornaram o símbolo de Baden-Württemberg e da Floresta Negra. Eles conservam o mesmo design tradicional do século 19. Você pode encontrar bons exemplares nas cidades de Schonach e Triberg, onde chegam a ter 15 metros de altura. Os cucos da Floresta Negra permanecem sendo um souvenir popular entre os turistas.
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Stuttgart, a maior cidade
Com cerca de 600 mil habitantes, Stuttgart é a maior cidade e capital de Baden-Württemberg. Ela fica localizada em um vale, e seus moradores têm que mostrar "preparo físico" para subir e desscer as escadarias da cidade - as chamadas "Stäffele". No centro está o Neues Schloss, antiga residência da realeza de Württemberg.
Foto: picture-alliance/Arco Images/P. Schickert
Berço da indústria automobilística
Baden-Württemberg é considerada terra de inventores e inovadores. Com o motor de combustão interna a gasolina, Gottlieb Daimler criou a base para os automóveis. Hoje, o museu da Mercedes Benz marca a trajetória do setor, desde os primórdios até os protótipos atuais e veículos de teste. Mas se você se interessa mais por modelos esportivos, então pode conhecer o museu da Porsche.
Foto: picture-alliance/dpa/b. Hanselmann
O charme de Heidelberg
Muitos artistas imortalizaram a cidade, entre eles Goethe e Mark Twain. O Heidelberger Schloss, castelo que serviu de residência para princípes-eleitores e aparece imponente sobre a Cidade Antiga e o rio Neckar. A Universidade de Heidelberg também é outro símbolo da cidade. Fundada há quase 630 anos, é a mais antiga da Alemanha.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Schuldt
Freiburg, a "metrópole" da Floresta Negra
A cidade idílica de Freiburg está cercada pelas montanhas verdes e tem 230 mil habitantes. Vale a pena visitar a catedral gótica e o belo centro antigo. A cidade oferece numerosos cafés e bares com excelentes refeições. Projetos recentes de proteção ambiental renderam a Freiburg o título de capital ecológica da Alemanha.
Foto: picture alliance/dpa/P. Seeger
Baiersbronn, cidade de gourmets
Baden-Württemberg é um paraíso da cozinha de alta classe. Em 2018, 74 restaurants do estado têm ao menos uma estrela no Guia Michelin. Dois chefs "3 estrelas" e um chef "2 estrelas" têm seus restaurantes em Baiersbronn, vilarejo no norte da Floresta Negra.
Foto: picture-alliance
O Lago de Constança
Com mais de 500 quilômetros quadrados, o lago de Constança é um dos maiores da Europa. Banha Baden-Württemberg e a Baviera, assim como a Suíça e a Áustria. O clima é tão ameno que palmeiras e hibiscus crescem na região, fazendo com que os visitantes se sintam como se estivessem no sul europeu. Outro destaque é a ilha de Mainau, onde quase um milhão de flores desabrocham a cada ano.
Foto: Imago/bodenseebilder.de
O Castelo de Hohenzollern
O Castelo Hohenzollern está localizado nos pés dos Alpes suábios. Com várias torres e ameias, é considerado um dos principais exemplos de arquitetura neogótica. Ele ainda pertence à família Hohenzollern, antiga casa real do Imperio Alemão. O prédio atrai cerca de 300 mil visitantes ao ano.
Foto: picture-alliance/dpa/F. Kästle
Natureza exuberante
Florestas aluviais, pastagens e uma rede de afluentes do Reno aguardam os visitantes em Baden-Württemberg. A constante mudança dos níveis das águas é alma da planície de inundação, da qual se beneficiam plantas e animais raros. Visitantes podem explorar a região em pequenas embarcações ou praticar esportes.
Foto: picture-alliance/dpa/F. Kästle
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2° Dia: O clássico passeio da Floresta Negra
É possível explorar a Floresta Negra de trem ou ônibus. Fique atento para as diversas ofertas de tíquetes regionais que valem para um dia todo e saem mais em conta. Com esses bilhetes, você pode atravessar de trem todo o estado de Baden-Württemberg, com direito a levar até cinco pessoas. No entanto, a melhor forma ainda é de carro, que pode ser alugado em Freiburg. De lá, siga a rua Talstrasse pelo vale Glottertal até St. Peter,uma verdadeira surpresa.
Pois o vilarejo ligado a um mosteiro é um dos conjuntos barrocos mais impressionantes do sul da Alemanha. As torres da igreja dominam o panorama da cidade. Não deixe de visitar a pomposa biblioteca rococó de St. Peter, que abre somente nas terças e quintas por volta do meio-dia e aos domingos de tarde.
A próxima parada é o vilarejo de Waldkirch, um paraíso para os amantes da música de órgão com um museu dedicado ao instrumento. A viagem continua pelo vale Gutachtal até o museu ao ar livre da Floresta Negra Vogtsbauernhöfe, entre os vilarejos de Hausach e Gutach, com30 construções históricas de prédios de fazenda, mostrando a história da região, com diversos eventos que incluem desfile de trajes típicos e festas.
Muitas das cidades da região possuem o sufixo "ach" ou "bach", que significa riacho, córrego. Consta que foi no pequeno vilarejo de Gutach que surgiu o chapéu de bolas de lã Bollenhut, um dos símbolos da Floresta Negra. Ali, ele ainda é usado nos feriados religiosos. Repare que as bolas vermelhas indicam que a sua usuária é solteira, enquanto as bolas pretas são reservadas para mulheres casadas.
Dicas para conhecer a Floresta Negra
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Seguindo a rodovia B 33, você vai chegar a Triberg, com as mais altas cascatas (Triberger Wasserfälle) da Alemanha. Em sete níveis, as águas do rio Gutach descem 163 metros até o centro da cidade. As famosas quedas d'água podem ser admiradas a partir de uma passarela de madeira. Entre o Natal e o Ano Novo, um milhão de luzes transformam as cascatas num incrível cenário natalino durante o evento Triberger Winterzauber (magia de inverno de Triberg).
Perto de Triberg, você vai conhecer o maior relógio cuco do mundo no parque de relógios Eble Uhrenpark. Ele é 60 vezes maior que um exemplar convencional. Bem perto dali, no vilarejo de Schonach im Schwarzwald, outro relógio cuco reclama para si o título de maior do mundo. Como tudo é muito perto, é possível visitar os dois.
Continue a sua viagem pegando a rodovia B 500 em direção a Hinterzarten até Furtwangen, onde você pode saber mais sobre a história da relojoaria na Floresta Negra, visitando o Museu Alemão do Relógio (Deutsches Uhrmuseum).Para terminar o dia, que tal um passeio de barco ou no calçadão do lago Titisee,uma das atrações da Floresta Negra. O local é bem turístico, mas você pode alugar um pedalinho se quiser escapar do burburinho do vilarejo de Titisee-Neustadt.
Em qualquer uma das cidades e vilarejos visitados, você pode apreciar o famoso bolo Floresta negra (Schwarzwälderkirschtorte). Consta que a torta com cerejas, chantilly, raspas de chocolate, aguardente de cereja e a respectiva massa de bolo foi criada pelo confeiteiro Josef Keller, em 1915, inspirando-se nos trajes femininos da região. Isso aconteceu, porém, num café em Bonn, a centenas de quilômetros da Floresta Negra.
Dez razões para visitar o Lago de Constança
Não só as praias e os esportes aquáticos, mas também as cidades às suas margens tornam o Lago de Constança uma atração à parte na fronteira da Alemanha com a Suíça e a Áustria.
Foto: picture-alliance/dpa/K.-J. Hildenbrand
Constança, a maior cidade junto ao lago
As atrações da principal cidade junto ao Lago de Constança são a basílica, o porto e o mercado central. No século 15, o Concílio de Constança conseguiu derrubar três papas rivais e eleger um novo. A cidade marca a fronteira da Alemanha com a Suíça.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Puchner
Mainau, a ilha das flores
Perto de Constança, fica Mainau, uma ilha que pertence à família de nobres Bernadotte. Graças à sua localização no ensolarado sul da Alemanha e protegida pela cadeia dos Alpes, a ilha de Mainau encontra no Lago de Constança a umidade e a temperatura necessárias para ser um enorme jardim colorido.
Foto: Mainau GmbH
Reichenau, ilha dos legumes
Enquanto Mainau é o paraíso das flores, Reichenau é o das verduras. Mas não é por isso que a ilha está na lista dos Patrimônios Mundiais da Unesco: na Idade Média, Reichenau era um dos centros intelectuais do Ocidente. Vale a pena visitar os afrescos nas paredes da igreja de São Jorge e as relíquias sacras no mosteiro beneditino.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Mende
Lindau, a cidade com ilha
Também esta ilha do Lago de Constança tem seu nome terminado em "au". Vale a pena fazer um passeio pela área do porto, onde ficam os símbolos da cidade: a estátua de um leão de seis metros de altura e o farol, de 33 metros.
Foto: Fotolia/Andrzej Puchta
Friedrichshafen, do dirigível
O nome é uma homenagem ao rei Frederico 1º, Friedrich em alemão. E "Hafen" significa "porto". O que tornou a cidade conhecida foram os dirigíveis construídos pelo conde Ferdinand von Zeppelin, um pioneiro da aviação. Em 1900, ele fez o primeiro dos voos de teste com seu dirigível sobre o Lago de Constança. A cidade tem uma universidade Zeppelin e um museu dedicado à história do balão dirigível.
Foto: fisfra - Fotolia.com
Meersburg, enxaimel e poesia
Charme não falta à cidadezinha de Meersburg, com suas casas em estilo enxaimel, muitos cafés e vinhedos. Não deixe de provar um copo de Müller-Thurgau da região. Vale a pena visitar também o castelo antigo de Meersburg. Construído no século 7º, é o castelo habitado mais antigo da Alemanha.
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Unteruhldingen e suas palafitas
Alugue uma bicicleta em Meersburg para pedalar ao longo do lago até Unteruhldingen. Ali há uma bela praia e palafitas pré-históricas reconstruídas. Resquícios destas casas das idades da Pedra e do Bronze podem ser encontrados em vários locais em volta dos Alpes. Em 2011, a Unesco reconheceu o sítio palafítico como patrimônio da humanidade.
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Birnau, cidade barroca
O passeio de bicicleta continua até Birnau, que tem uma antiga igreja de peregrinação em estilo barroco. Da frente dela, tem-se uma bela vista de todo o lago. E dentro dela, há muita arte barroca, como a figura em gesso "Honigschlecker", de Joseph Anton Feuchtmayer.
Foto: picture-alliance/dpa/E. Hartmann
Bregenz, cultura sobre a água
O Lago de Constança marca as fronteiras entre Alemanha, Suíça e Áustria. Em Bregenz, na Áustria, acontece em todo verão europeu um festival de ópera sobre o maior palco flutuante do mundo. Em 2016, o programa terá a ópera "Turandot", de Giacomo Puccini.
Foto: picture-alliance/dpa/F. Kästle
Pfänder, o lago visto da montanha
A localização estratégica da montanha de 1062 metros de altitude faz dela uma atração turística muito popular. Dali se tem uma vista sensacional sobre todo o lago e os 240 picos dos Alpes na Áustria, na Suíça e na Alemanha.
Foto: Imago
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3° Dia: França, Suíça e outras opções de passeio
A Floresta Negra se localiza bem próximo da Alsácia francesa. Ali, vilarejos encantadores como Kaysersberg, Riquewihr ou Ribeauvillé esperam o visitante com uma culinária incrível e vinhos únicos, sem esquecer cidades maiores como a histórica Colmar, onde vale a pena conhecer o centro histórico e o museu Unterlinden, como também as especialidades da região aos pés das montanhas de Vosges.
A Suíça também se encontra a somente uma hora de Freiburg. Você pode tomar um trem até a fronteira e conhecer, por exemplo, Basileia. Se preferir ir de automóvel, pegue a rodovia B 31 e B 315, por exemplo, até Schleitheim e, na vizinha Schaffhausen, visite a Rheinfall, uma das três maiores cataratas da Europa.
O vilarejo de Stein am Rhein, bem ali perto, é conhecido por suas pinturas de fachada. Indo em direção ao Lago de Constança, você entra novamente na Alemanha. Em Constança, você pode visitar o centro histórico, fazer um passeio de barco ou conhecer a ilha Mainau, também chamada de Ilha das Flores, perfeita para um almoço ou uma pausa para relaxar.
Voltando pela estrada A 81 na direção de Stuttgart, você chega novamente à B 31 rumo a Freiburg. Repare que, para esse passeio à Suíça, você não vai precisar necessariamente trocar dinheiro, já que o euro é aceito na região imediatamente junto à fronteira.
Outro passeio incrível que pode ser feito perto de Freiburg é andar com o Schwarzwaldbahn (Trem da Floresta Negra). O percurso de 149 quilômetros liga Offenburg a Singen e foi inaugurado há 145 anos. O trecho entre Hornberg, Triberg e St. Georgen é o mais emocionante. O trajeto ferroviário dá diversas voltas para vencer a diferença de 448 metros com um viaduto e 39 túneis.
Também não se esqueça de que perto de Freiburg há várias montanhas a visitar, como Schauinsland, com suas trilhas para caminhadas e Mountain-bike, como também uma vista incrível a 1.220 metros de altitude, facilmente alcançáveis com o teleférico a partir da localidade de Horben. Ou o pico Feldberg, o mais alto da Floresta Negra, com seus 1.493 metros de altitude, um paraíso tanto para praticantes de caminhadas no verão quanto para os entusiastas de esportes de neve no inverno.
E, não menos importante, perto do Feldberg se encontra o maior lago da Floresta Negra, o Schluchsee, com 7,5 quilômetros de extensão por 1,5 quilômetros de largura, que você pode atravessar de canoa, SUP ou com o barco MS Schluchsee, que faz passeios de hora em hora. Entre os lagos apropriados para o banho, ele é um dos mais limpos da Alemanha. Situado a 930 metros de altitude, a água, no entanto, pode ser um tanto fria.
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A vida na Floresta Negra há 400 anos
Devido à paisagem montanhosa e à densidade da mata, os antigos moradores da Floresta Negra tinham uma vida dura. O museu ao ar livre Vogtsbauernhof proporciona aos visitantes uma viagem no tempo.
Fundado há mais de 50 anos como um museu de arquitetura, o Vogtsbauernhof abriga casas antigas tidas como típicas da Floresta Negra. Algumas datam do século 17, quando ocorreu uma revolta camponesa. A maioria possui teto de palha. Atualmente, tais coberturas são usadas raramente devido a leis de segurança contra incêndios e mofo.
Apesar de cada vilarejo ter seus próprios trajes, há na Floresta Negra um detalhe padrão, os ornamentos para a cabeça. Os famosos chapéus Bollenhut adornam a cabeça das mulheres jovens – os de bolas pretas indicam que as moças estão comprometidas e os vermelhos, que ainda estão disponíveis. O Schäppel (centro) é um adorno ricamente bordado com pérolas e contas coloridas.
Quase todos os dias há apresentações especiais no museu, que transportam os visitantes para o passado. Na imagem, o grupo Heckerleute de Offenburg encena a batalha de Kandern, um pequeno vilarejo localizado no sul da Floresta Negra. O revolucionário radical democrático Friedrich Hecker desempenhou um papel central no início da Revolução Alemã de 1848/1849.
Destilados e licores são considerados iguarias locais, como o licor de cereja usado no famoso bolo Floresta Negra. Durante a época de cereja, os visitantes do museu podem testemunhar o histórico processo de destilação. Para tal, são utilizados fornos a lenha. Até mesmo tarefas cotidianas são apresentadas, como moagem de grãos, panificação e serragem.
Todas as seis casas destacadas no museu Vogtsbauernhof dão uma ideia do estilo de vida de seus antigos moradores. A sala de estar mostrada nesta imagem parece até levemente luxuosa em comparação com os demais aposentos. Entre eles está uma sala de estar onde as pessoas viviam lado a lado com animais de fazenda.
O museu em Gutach fica aberto apenas sete meses por ano. A única exceção durante o inverno é o bazar de Natal em um fim de semana do Advento. A temporada anual é encerrada no último fim de semana de outubro, com a Festa de Outono. Nos dois dias, é oferecida a "Schlachtplatte", com carnes e embutidos produzidos do abate do porco, e mostrado como antigamente eram preparados alimentos e bebidas.