País é o segundo do mundo a dirigir um veículo em solo marciano. Batizado de Zhurong, rover movido a energia solar vai buscar indícios de vida no planeta vermelho.
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O primeiro rover da China em Marte iniciou nesse sábado (22/05) sua exploração no planeta vermelho. De acordo com a administração espacial nacional chinesa, o Zhurong tocou o solo marciano às 10h40 (horário de Pequim), uma semana depois de o lander que o transportava pousar em Marte.
O rover, movido a energia solar, foi levado a Marte no orbitador Tianwen-1, que decolou da ilha chinesa de Hainan em julho do ano passado e atingiu a órbita do planeta vermelho em fevereiro. Ele deverá percorrer Marte por 90 dias em busca de evidências de vida na superfície e na atmosfera do planeta.
Batizado em homenagem ao deus chinês do fogo, o Zhurong pesa aproximadamente 240 quilos, tem seis rodas e quatro painéis solares. Ele é capaz de se mover a uma velocidade de até 200 metros por hora, superar obstáculos de até 30 centímetro e subir encostas com até 20 graus de inclinação. Além disso, o Zhurong está equipado com seis instrumentos científicos, incluindo uma câmera de topografia de alta resolução.
A China é o segundo país do mundo a dirigir um veículo espacial em Marte, depois dos Estados Unidos. Em 1971, a União Soviética pousou um rover no planeta, mas perdeu a comunicação poucos segundos depois.
O país asiático tem outros planos espaciais ambiciosos, como o lançamento de uma estação orbital em Marte e o envio de um humano à lua. Em 2019, a China foi o primeiro país do mundo a pousar uma sonda espacial na face oculta do satélite natural da Terra.
Além da China, atualmente os Estados Unidos têm em Marte o rover Perseverance, que no mês passado conseguiuconverter dióxido de carbono da atmosfera em oxigênio, e o helicóptero Ingenuity, que também em abril realizou o primeiro voo controlado da história de uma aeronave sobre a superfície de outro planeta.
O terceiro país em Marte são os Emirados Árabes Unidos, com a sonda Hope.
le (ap, afp reuters)
O sucesso de "Perdido em Marte"
Na aventura de Ridley Scott, um astronauta interpretado por Matt Damon se vê sozinho em Marte. Em vez de buscar profundidade filosófica, como "Gravidade" (2013), Scott aposta em imagens impressionantes. O público gostou.
Foto: picture-alliance/AP Photo/TIFF/A. Monaghan
Um astro no Planeta Vermelho
Na narrativa espacial, Matt Damon é uma estrela solitária: por quase duas horas, o ator domina o filme praticamente sozinho. Seu personagem, o astronauta Mark Watney fica preso em Marte, ferido após uma gigantesca tempestade.
Foto: picture-alliance/AP Photo/TIFF/A. Monaghan
Tudo começa bem...
Nos primeiros minutos, a aventura espacial oferece alguns momentos tranquilos ao público – a tripulação de uma estação espacial americana, formada por cientistas e engenheiros, está estacionada em Marte. Mas após uma tempestade, o botânico Mark Watney (Matt Damon) é declarado morto pelo resto da tripulação e deixado para trás.
Foto: 2015 Twentieth Century Fox
Ridley Scott: especialista em tramas incomuns
"Perdido em Marte" é dirigido por Ridley Scott. O diretor britânico já conduziu diversos sucesso do cinema – incluindo algumas aventuras de ficção científica. Com "Blade Runner, o Caçador de Androides" e "Alien, o 8º Passageiro", ele criou duas obras-primas inesquecíveis do gênero.
Foto: Getty Images
Como sobreviver sozinho?
Em "Perdido em Marte", Ridley Scott mostra um homem solitário, a milhões de quilômetros de distância do planeta Terra, e que não tem a quem recorrer. A principal tarefa é a conseguir alimentos. O personagem de Matt Damon começa então a plantar sementes de batata.
Foto: 2015 Twentieth Century Fox
Um planeta inóspito
Mas como realizar essa tarefa quase impossível sem água nem oxigênio? Ridley Scott se aprofunda bastante na questão da sobrevivência e mostra como o botânico consegue, por fim, obter primeiros resultados na colheita, apesar das condições adversas. Mark Watney é uma espécie de Robinson Crusoe do espaço.
Foto: 2015 Twentieth Century Fox
Desafios técnicos
Mas a alimentação não é o único desafio de Mark Watney. Após finalmente ter conseguido reestabelecer contato com a Nasa na Terra, botânico e a equipe da agência espacial tentam descobir uma forma de resgatá-lo. A centenas de quilômetros de distância há uma nave espacial abandonada. Mark, então, precisa lidar com diversas dificuldades técnicas para alcançar o módulo com segurança.
Foto: 2015 Twentieth Century Fox
A barba cresce...
Mark Watney tem que esperar quase dois anos até o início de uma operação de resgate. E passa por transformações: no fim da história, ele está magro e com uma longa barba. Mas, com exceção do aspecto físico, Ridley Scott prefere não se aprofundar na interessante questão: o que se passa na cabeça de um homem que tem de sobreviver longe da Terra por tanto tempo?
Foto: 2015 Twentieth Century Fox
Final feliz no espaço
Na segunda parte do longa metragem, Ridley Scott alterna continuamente entre cenas em Marte e em diversas estações na Terra. Mas, por fim, "Perdido em Marte" é um filme de ficção científica convencial – Mark Watney é resgatado e todos ficam felizes.