Rover indiano confirma presença de enxofre e oxigênio na Lua
30 de agosto de 2023
Veículo detectou vários outros elementos perto do polo sul lunar, menos de uma semana após seu pouso histórico. Robô também procura sinais de água congelada que possam ajudar futuras missões tripuladas.
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O veículo explorador lunar da Índia confirmou a presença de enxofre e detectou vários outros elementos perto do polo sul lunar, menos de uma semana após seu histórico pouso na Lua, informou a agência espacial da Índia nesta terça-feira (29/08).
O instrumento de espectroscopia induzida por laser do rover indiano também detectou alumínio, ferro, cálcio, cromo, titânio, manganês, oxigênio e silício na superfície lunar, segundo a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO, na sigla em inglês), numa postagem em seu site.
O veículo lunar desceu uma rampa do módulo espacial indiano Chandrayan-3, após o pouso da última quarta-feira perto do polo sul da Lua. Espera-se que o rover de seis rodas movido a energia solar Pragyan – "sabedoria" em sânscrito – passeie pelo polo sul, ainda relativamente pouco mapeado, transmitindo imagens e dados científicos durante sua vida útil de duas semanas.
O rover "confirma inequivocamente a presença de enxofre", declarou a ISRO. O robô também procura de sinais de água congelada que possam ajudar futuras missões astronáuticas, como fonte potencial de água potável ou de combustível para foguetes. O rover também estudará a atmosfera e a atividade sísmica da Lua.
Na segunda-feira, a rota do veículo lunar foi reprogramada quando ele se aproximou de uma cratera de quatro metros de largura. "Agora está indo com segurança por um novo caminho", comunicou a organização.
O veículo se move a apenas cerca de dez centímetros por segundo, para minimizar eventuais choques e danos no terreno acidentado da Lua.
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Missão histórica
Por uma fração do custo, a Índia tem consistentemente se equiparado às conquistas de outros programas espaciais, apesar de ter sofrido alguns reveses. Depois de uma tentativa fracassada de pousar na Lua em 2019, agora a Índia juntou-se aos Estados Unidos, União Soviética e China como quarto país a atingir esse marco.
O sucesso da missão confirma o avanço da Índia como tecnologia e potência tecnológica e espacial, encaixando-se na imagem que o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, procura projetar com o presente projeto: um país ascendente afirmando seu lugar entre a elite global.
A missão começou há mais de um mês, com um custo estimado de 75 milhões de dólares. O pouso do modulo lunar indiano perto do polo sul da Lua ocorreu poucos dias depois de o Luna-25, da Rússia, espatifar-se na superfície lunar quando rumava para a mesma região. Essa teria sido a primeira missão lunar russa a pousar no satélite após uma lacuna de 47 anos.
O chefe da agência espacial estatal Roscosmos atribuiu o fracasso à falta de experiência, devido à longa pausa na pesquisa lunar que se seguiu à última missão soviética à Lua em 1976.
Ativa desde a década de 1960, a Índia lançou satélites próprios e para outros países, além de colocar um na órbita de Marte em 2014. A Índia está planejando para 2024 sua primeira missão à Estação Espacial Internacional, em colaboração com os Estados Unidos.
md/av (AP, EFE, AFP)
Apollo 11: Fotos da chegada do homem à Lua
Em 1969, Neil Armstrong se tornava o primeiro homem a pisar na Lua. Um passo incrível. Ainda hoje, o satélite terrestre nos fascina – especialmente quando vemos fotos tiradas na época da histórica missão espacial.
Foto: NASA
"Um pequeno passo para um homem"
Primeiros passos na Lua. Ao pisar na superfície lunar, em 20 de julho de 1969, o americano Neil Armstrong disse uma das frases mais famosas de todos os tempos: "Este é um pequeno passo para [um] homem, mas um grande salto para a humanidade." Ainda hoje se discute como e quando o astronauta chegou a essa frase, e se ao dizê-la ele esqueceu o artigo "um". Existem até mesmo estudos sobre isso.
Foto: NASA
A partida
Da sala de controle do Centro Espacial Kennedy (KSC), o diretor do programa Apollo, Samuel C. Phillips, supervisiona as atividades antes da partida, em 16 de julho de 1969. Apollo 11, a primeira missão de pouso lunar, foi lançada com o foguete Saturno 5. A bordo da espaçonave estavam Neil Armstrong, Edwin "Buzz" Aldrin e Michael Collins.
Foto: NASA
TV espacial
Estas três pessoas estavam entre os milhares de curiosos que acamparam em praias e estradas próximas ao Centro Espacial Kennedy, a estação de lançamento da Nasa, no Cabo Canaveral, na Flórida, para acompanhar de perto a partida da Apollo 11. Cerca de um milhão de pessoas foram ao local ver de perto o voo espacial histórico.
Foto: NASA/Kennedy Space Center
Luzes, câmera, ação, decolar!
Mas não apenas milhares de entusiastas estavam presentes, também milhares de repórteres cobriram a partida da missão Apollo 11. Um total de 3.497 jornalistas foi oficialmente credenciado para o acontecimento, e todos se amontoaram na área de imprensa do Centro Espacial Kennedy. Em 16 de julho de 1969, o Saturno 5 decolou.
Foto: NASA
Trabalho em equipe
Um dos tripulantes não pôde pisar na Lua e teve que ficar em órbita. Michael Collins (centro) disse em 2009: "Eu me senti parte do que aconteceu na Lua. Sei que eu seria um mentiroso ou um idiota se dissesse que ocupei o melhor dos três assentos [da Apollo 11], mas posso dizer honestamente que estou satisfeito com o que fiz."
Foto: NASA/Kennedy Space Center
"A águia pousou!", mas...
Às 20h17min58s (UTC) de 20 de julho de 1969, Neil Armstrong fez uma transmissão concisa: "A águia aterrissou!" Mas demorou um pouco até os dois astronautas realmente pisarem na Lua. Primeiro, o voo de retorno tinha que ser preparado. Finalmente, no dia 21 de julho, às 2h56min20s (UTC), chegou o grande momento: Neil Armstrong pisou na superfície lunar.
Esta foto foi tirada por Michael Collins em 21 de julho. O módulo lunar Eagle pode ser visto em seu retorno da Lua; atrás dele, vê-se a superfície lunar e, em seu horizonte, a Terra. Enquanto Armstrong e Aldrin foram os primeiros humanos a pisar na Lua, Collins manteve seu posto no módulo de comando Columbia e ficou à espera em órbita lunar.
Foto: NASA
Amostra n° 10.003
Durante o passeio exploratório de mais de duas horas fora do Eagle, Armstrong e Aldrin coletaram 21,5 quilos de material lunar. Esta pequena rocha é parte dele. A foto foi tirada em 27 de julho, após o retorno à Terra. Durante os seis desembarques lunares, os astronautas coletaram 2.415 amostras, totalizando quase 400 quilos. Elas estão todas listadas no "Catálogo de amostras e fotos lunares".
Foto: NASA/AccuSoft Inc.
Curiosidades astrais
Mas os astronautas deixaram para trás todo tipo de coisa. Este broche de Neil Armstrong ainda é um dos itens mais emblemáticos. O ramo de oliveira de 15 centímetros de comprimento representa a paz. Futuros visitantes também poderão se deparar com bolas de golfe, uma foto de família junto a uma câmera, obras de Andy Warhol ou uma pena de falcão. E cuidado com os excrementos dos astronautas.
Foto: NASA/Johnson Space Center
De volta à Terra
Às 16h50 (UTC) de 24 de julho, a tripulação desembarcou no Pacífico, a 21 quilômetros do porta-aviões USS Hornet e a 1.480 quilômetros a sudoeste do Havaí. Na chegada, os astronautas tiveram que preencher um formulário da alfândega, declarando as rochas lunares. Indagados se eles poderiam ter trazido agentes patógenos, eles responderam: "A ser determinado." E assim foram primeiro para quarentena.
Foto: NASA/Johnson Space Center
Estrelas não apenas em trajes espaciais
Nesta foto, os astronautas da missão Apollo 11 não usam trajes espaciais, mas sombreiros e ponchos. Uma turnê os levou para 24 países e 27 cidades em 45 dias. Os Estados Unidos queriam enfatizar sua disposição de compartilhar seu conhecimento espacial. Os astronautas foram celebrados como estrelas, como aqui, na Cidade do México, em 23 de setembro de 1969.