Pesquisa mostra que, para 44% dos russos, vitória republicana favoreceria os interesses de Moscou. Apenas 7% pensam o mesmo sobre a ex-secretária de Estado.
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A maioria dos russos prefere que o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, seja o vencedor das eleições presidenciais dos Estados Unidos, e não a democrata Hillary Clinton, apontou uma pesquisa da fundação de estatística russa Opinião Pública divulgada nesta quinta-feira (13/10).
A sondagem, realizada por telefone no dia 2 de outubro, mostrou que 44% dos russos acreditam que a vitória de Trump favoreceria os interesses de Moscou, enquanto apenas 7% dos entrevistados disseram pensar o mesmo sobre a eleição de Hillary. Outros 23% acreditam que o resultado é irrelevante.
Em caso de uma vitória republicana, 37% dos russos acreditam que as relações bilaterais entre Rússia e EUA vão melhorar, 35%, que elas vão permanecer iguais e apenas 6% creem que elas vão piorar.
Por outro lado, no caso de um triunfo democrata, 35% dos cidadãos apostam numa piora nas relações com Washington, outros 35% afirmaram que elas não devem mudar e 10% acreditam numa melhora.
Além disso, 38% dos participantes da pesquisa disseram ter uma boa impressão de Trump, enquanto 20% afirmaram ter aversão ao magnata. Já em relação a Hillary, 61% alegaram ter uma imagem negativa da candidata, que desperta uma imagem positiva apenas em 8% dos entrevistados.
Quanto às previsões de vitória, independentemente da opinião pessoal, 37% dos russos apostam que Trump será eleito presidente, enquanto 31% acreditam que a vencedora será a ex-secretária de Estado. A margem de erro da pesquisa é de no máximo 3,8 pontos percentuais.
Posição de Putin
O presidente russo, Vladimir Putin, que chegou a elogiar o candidato republicano em algumas ocasiões, afirmou nesta quarta-feira que está disposto a trabalhar com qualquer um dos possíveis presidentes americanos, mas somente "se o novo líder também desejar cooperar".
Putin ainda classificou o diálogo com o governo Barack Obama como "muito difícil", acusando Washington de querer ditar suas condições a outros países "em quase todas as questões.
O presidente ressaltou que, nos EUA, Moscou é "o tema número um nas campanhas eleitorais", mas acusou Hillary e Trump de abusar "da retórica antirrussa" e envenenar as relações. "Não se deve utilizar a Rússia como moeda de troca na luta política interna. Isso é, no mínimo, pouco sério", disse.
Nesta quarta-feira, em entrevista à agência de notícias Reuters, um aliado de Putin no Parlamento russo, o ultranacionalista Vladimir Zhirinovsky, causou polêmica ao afirmar que Trump é a única pessoa capaz de acalmar as atuais tensões entre os EUA e a Rússia. Hillary, por outro lado, seria capaz de desencadear uma Terceira Guerra Mundial se for eleita, acusou o deputado.
EK/efe/rtr/ots
As construções mais polêmicas de Donald Trump
As megapropriedades não só trouxeram riqueza para Donald Trump, mas também dores de cabeça. Veja alguns empreendimentos do multimilionário pelo mundo.
Foto: Getty Images/S. Olson
Hillary na sombra de Trump
O primeiro debate entre Hillary Clinton e Bernie Sanders, então ainda pré-candidatos do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, em outubro de 2015, aconteceu, literalmente, à sombra de Trump. Isso porque o Trump International Hotel and Tower em Las Vegas estende sua sombra sobre o Wynn Resort, onde estavam os democratas.
Foto: Getty Images/J.Raedle
Questão de gosto
A indignação em Chicago foi enorme quando se soube que Trump iria colocar seu nome em um novo prédio. O prefeito Rahm Emanuel chegou a chamar a construção de "brega e de mau gosto". Mas depois de cinco anos de processos judiciais, Trump conseguiu colocar seu nome no 16º andar em letras gigantescas.
Foto: Getty Images/S. Olson
Jogo de sorte ou de azar?
O Taj Mahal em Atlantic City, no estado de Nova Jersey, custou 1 bilhão de dólares. Só que, depois de 25 anos, em 2014 o complexo de hotel e cassino de Trump quase teve de declarar falência. Uma empresa de investimentos salvou o empreendimento, mas o nome Trump foi mantido. Já o hotel Trump Plaza em Atlantic City não teve a mesma sorte.
Foto: Getty Images/W.T.Cain
A sede em Nova York
Donald Trump se orgulha do seu centro de poder em Nova York. A Trump Tower, na Quinta Avenida, não é apenas a sede de sua campanha eleitoral: é onde o bilionário mora com a família. No prédio, também têm apartamentos o craque Cristiano Ronaldo, o ator Bruce Willis e o compositor Andrew Lloyd-Webber.
Foto: picture-alliance/AA
Símbolo controverso
Só o átrio já ocupa quase seis andares e é decorado com mármore e ornamentos de ouro. Alguns consideram a Trump Tower, no número 725 da Quinta Avenida, de mau gosto. Para outros, o projeto dos arquitetos Edward Larrabee Barnes e Der Scutt é elegante e atemporal. A torre tornou-se um ímã para os aficionados de arquitetura contemporânea e apoiadores de Trump.
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Riqueza em bairro pobre
O Trump Ocean Club, na Cidade do Panamá, tem um hotel de 400 quartos e 700 apartamentos, em parte ainda vazios. O edifício mais alto da América Latina até 2012 é conhecido pela sua silhueta única. A torre fica perto de um bairro pobre, o que reduziu sua atratividade.
Foto: Getty Images/AFP/R. Arangua
Resistência escocesa
Trump pretende construir na Escócia o "melhor campo de golfe do mundo". Só que o empreendimento está ameaçado porque Michael Forbes, um simples dono de terras, se nega a vender sua propriedade, que faz fronteira com o complexo. Durante uma visita ao local em junho, Trump elogiou o resultado do Brexit, embora a Escócia queira ficar na União Europeia.
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Trump no Oriente europeu
As Trump Towers em Istambul ficam no bairro Sisli, a parte europeia da Turquia, por isso são consideradas os primeiros arranha-céus de Trump na Europa. Só que de Trump tem apenas o nome, já que o proprietário é o bilionário turco Aydin Dogan. As declarações de Trump sobre o islã geraram a rejeição de muitos muçulmanos na Turquia.
Foto: Getty Images/O.Kose
Projetos no Brasil
Além do hotel que foi aberto no Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos, Trump tem outro projeto ambicioso na Cidade Maravilhosa: cinco edifícios de 38 andares da Trump Towers Rio, na zona portuária. O que era para ser o maior complexo de escritórios em um país dos Brics, porém, ainda nem saiu do papel. As obras deveriam ter começado em 2015.