Depois de derrota no Parlamento, líder do governo espanhol dissolve câmaras e convoca novas eleições para 28 de abril. Pleito será o terceiro em três anos e meio na Espanha.
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O presidente do governo da Espanha, o socialista Pedro Sánchez, convocou nesta sexta-feira (15/02) eleições legislativas antecipadas no país para o próximo dia 28 de abril.
O anúncio foi feito no Palácio da Moncloa, em Madri, apenas dois dias depois da derrota do governo na votação orçamentária de 2019. "Anuncio que propus a dissolução das câmaras e a convocação de eleições gerais para 28 de abril", disse o mandatário, depois de uma reunião breve com seus ministros.
Sánchez afirmou que "entre não fazer nada" e seguir governando com o orçamento prorrogado de Mariano Rajoy e "dar a palavra aos espanhóis" prefere a segunda opção porque a Espanha deve "continuar avançando e progredindo".
A atual legislatura, que se encerra no próximo dia 5 de março, após a dissolução oficial do Parlamento, será, com 959 dias de duração, a quarta mais curta da democracia espanhola. As eleições serão as terceiras em três anos e meio na Espanha.
Na última quarta-feira, o Parlamento espanhol rejeitou a proposta orçamentária apresentada por Sánchez para 2019 por 191 votos a favor, 158 contra e uma abstenção, abrindo caminho para a convocação de eleições gerais antecipadas. A Câmara aprovou seis objeções apresentadas pela oposição de direita e conservadora e partidos separatistas catalães.
Em vez de se concentrar em questões econômicas, o debate orçamentário girou em torno de assuntos políticos, sobretudo a situação da região autônoma da Catalunha, governada por independentistas que exigem que seja reconhecido seu "direito à autodeterminação".
O governo de Sánchez tem minoria no Parlamento, apenas 84 de 350 deputados, e depende de partidos menores. Sánchez chegou ao poder em junho passado com o apoio de partidos nacionalistas catalães e esperava receber o aval deles à sua proposta de orçamento.
Na tentativa de aliviar tensões envolvendo a Catalunha, Sánchez retomou negociações com os separatistas canceladas pelo governo anterior. Os partidos catalães, no entanto, estão insatisfeitos com a recusa de Sánchez em considerar a realização de um novo referendo sobre a independência da região, entre outras questões, e votaram contra o orçamento.
Os partidos separatistas ERC e PDeCAT argumentaram que o diálogo com o governo em busca de uma solução para o que chamam de um conflito político na Catalunha não está avançando e pediram mais investimentos públicos na região, dada a sua importância para o Produto Interno Bruto (PIB) espanhol.
Conservadores e liberais, que exigem eleições antecipadas, rejeitaram a proposta orçamentária por acreditar que esta favorece os independentistas catalães, aumenta o gasto público sem propor rendimentos credíveis e levará a economia espanhola a uma situação de maior endividamento.
A oposição de direita e de extrema-direita acusa Sánchez de fazer concessões demais aos catalães e reuniu dezenas de milhares contra o governo em Madri no último fim de semana.
Governo de curta duração
Em junho de 2018, o então líder do governo, Mariano Rajoy, do conservador Partido Popular (PP), foi alvo de uma moção de desconfiança e teve de deixar seu cargo – 180 dos 350 deputados apoiaram a moção lançada pelo PSOE. Desde então, a Espanha é governada por Sánchez, líder do partido socialista.
A moção de desconfiança contra o ex-chefe de governo foi a primeira na história democrática da Espanha a ser bem sucedida. Foi uma resposta dos socialistas às decisões judiciais num escândalo de corrupção que envolvia o partido de Rajoy. O Tribunal Penal Federal condenou o Partido Popular a pagar uma multa de 245 mil euros. Vários ex-membros da legenda receberam consideráveis penas de prisão.
Em 2017 foi realizado um referendo sobre a independência da região autônoma da Catalunha. O governo central de Madri reprimiu os separatistas e colocou o governo regional sob sua administração compulsória. Um diálogo entre os dois lados parecia impossível. Foi somente a troca na liderança do governo espanhol que mudou o tom entre Madri e os separatistas catalães.
Em julho de 2018, Sánchez recebeu o presidente regional da Catalunha, Quim Torra, na capital espanhola. O objetivo declarado era uma reaproximação de ambos os lados. Era também o primeiro encontro do gênero em dois anos. Os dois políticos concordaram em ressuscitar uma comissão bilateral que não se encontrava desde 2011.
Mas, para os separatistas da Catalunha, as promessas de Sánchez não são mais suficientes. Eles exigem o direito à autodeterminação. Muitos ainda buscam a independência do Estado espanhol. Na votação sobre o orçamento nesta quarta-feira, eles expressaram seu aborrecimento e contribuíram para o fracasso da proposta do governo.
Atualmente está em trânsito um julgamento no Supremo Tribunal da Espanha contra os 12 principais representantes do movimento de independência catalã. Nove deles podem receber longas penas de prisão por rebelião, motim e apropriação indevida de recursos públicos.
As novas eleições foram convocadas em um momento desfavorável para os social-democratas em torno de Sánchez. As últimas pesquisas mostram que o PSOE e seus partidos aliados não deverão alcançar a maioria no Parlamento espanhol.
AS/RC/efe/afp
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Marcada pelas incertezas em torno da manutenção da ordem mundial, Conferência de Segurança de Munique se encerra na capital bávara. Um dos destaques foi o discurso da chanceler federal alemã, Angela Merkel, em defesa do multilateralismo. A conferência sobre segurança é o maior evento de debates sobre o tema no mundo e ocorre desde 1963 na Baviera. (17/02)
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Júri do 69° Festival de Cinema de Berlim premiou o longa-metragem "Synonymes", do diretor israelense Nadav Lapid, com o Urso de Ouro, como melhor filme da Berlinale. Filme conta a história de jovem israelense que tenta recomeçar sua vida em Paris. Dieter Kosslick, que dirigiu o Festival por 18 temporadas, despede-se este ano da Berlinale, cujo lema em 2019 foi "O privado é político". (16/02)
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Foto: Divulgação/Presidência da República
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Jornalista Ricardo Boechat morre em acidente de helicóptero
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Foto: TV Bandeirantes
Direita protesta na Espanha
Dezenas de milhares protestaram em Madri a favor da unidade espanhola e contra o governo socialista do primeiro-ministro Pedro Sánchez, acusando-o de fazer concessões demais a separatistas da Catalunha. A manifestação, a maior enfrentada por Sãnchez, foi convocada por partidos de direita e extrema direita. (10/02)
Foto: DW/V. Cheretskiy
O povo nas ruas em Roma
Centenas de milhares de manifestantes exigiram investimentos públicos e privados em grande escala, assim como reformas mais ambiciosas, na maior passeata do gênero na Itália, em quatro anos, organizada pelos sindicatos, sob o slogan "Um futuro para o trabalho" . Críticas também à planejada renda básica para os italianos mais pobres, como um esvaziamento da luta contra pobreza e desemprego. (09/02)
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Incêndio no centro de treinamento do Flamengo
Um incêndio no centro de treinamento do Flamengo, no Rio de Janeiro, deixou dez mortos e três feridos, dois deles em estado grave. Nas instalações atingidas pelo fogo, conhecidas por Ninho do Urubu, dormiam atletas das categorias de base, com idades entre 14 e 17 anos. A perícia trabalha com a hipótese de que o fogo foi causado por um curto-circuito em um dos aparelhos de ar-condicionado. (08/02)
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Alemanha contra o Facebook
O órgão antitruste da Alemanha quer restringir a coleta de dados pelo Facebook, argumentando que essa prática indiscriminada contribuiu para uma posição dominante de mercado da empresa americana no país. O órgão determinou que unificação de dados recolhidos em diferentes plataformas, como Instagram, Whatsapp e sites externos, só pode ocorrer com consentimento expresso do usuário. (07/02)
Foto: picture-alliance/dpa/PA Wire/D. Lipinski
Nova condenação de Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro na ação penal sobre as reformas realizadas num sítio em Atibaia, no interior de São Paulo. Esta é a segunda condenação do petista na Lava Jato. Ele ainda é réu em outros sete processos. (06/02)
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Rússia anuncia novos mísseis
Moscou planeja desenvolver antes de 2021 uma versão terrestre dos mísseis utilizados pela sua Marinha, depois da saída dos Estados Unidos do Tratado INF, sobre sistemas de mísseis terrestres de alcance intermediário. O ministro russo da Defesa disse que o país desenvolverá o armamento em resposta à decisão dos EUA. (05/02)
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Visita histórica
O papa Francisco iniciou em Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos, a primeira viagem de um líder da Igreja Católica à Península Arábica, o berço do islã. Em seu primeiro discurso na região, o pontífice mencionou o conflito no Iêmen e em outros países do Oriente Médio e pediu o fim da violência justificada pela religião. (04/02)
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Papa nos Emirados Árabes Unidos
O papa Francisco chegou a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, para uma visita histórica – é a primeira de um pontífice à região. Cerca de 9% da população desse país árabe são cristãos que vivem como trabalhadores imigrantes. Apesar de algumas limitações, eles dispõem de relativa liberdade e direitos. Segundo analistas, a visita de Francisco visa fortalecer o cristianismo na região. (03/02)
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Os novos presidentes do Congresso
Após um intenso processo de renovação nas últimas eleições, a Câmara e o Senado empossaram seus novos parlamentares e elegeram seus presidentes. Na Câmara, o atual presidente, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi reeleito sem surpresas. Já no Senado, uma votação marcada por confusões acabou dando a vitória, no dia seguinte, ao senador Davi Alcolumbre (DEM-AP, na foto). (01 e 02/02).
Foto: Getty Images/AFP/S. Lima
EUA e Rússia deixam acordo de desarmamento
A Casa Branca anunciou que os EUA vão deixar o Tratado INF, assinado em 1987 com a então União Soviética. A decisão será implementada em seis meses, a não ser que a Rússia "volte a respeitar o tratado" nesse período, disse a Casa Branca. Especialistas temem uma nova corrida armamentista se o anúncio se concretizar. No dia seguinte, a Rússia também anunciou sua saída do pacto. (01 e 02/02)