Em entrevista à DW, o historiador Timothy Snyder diz que o mundo democrático vive momento delicado e fala sobre o avanço do populismo alimentado pelas fake news. Para ele, leis deveriam dificultar anonimato na internet.
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Em meio a um avanço global do populismo, o renomado historiador americano Timothy Snyder alerta, em entrevista à DW, que a democracia passa por tempos difíceis no mundo. Para ele, os políticos que são chamados de populistas parecem, na verdade, não ter qualquer relação significativa com a população ou representar os interesses do povo.
"Se queremos que a democracia funcione, precisamos assegurar que temos políticas de educação e de imprensa que mantenham as pessoas vivendo num mundo onde o tempo avança para frente", afirma Snyder, que é professor de história na Universidade de Yale, nos Estados Unidos. "Essas são as pré-condições básicas para a democracia."
Em tempos de fake news e discursos de ódios sendo disseminados em plataformas on-line, ele defende ainda que as leis deveriam ser mais rigorosas para dificultar o direito ao anonimato na internet – e explica por que isso não fere a liberdade de expressão.
DW: Pankaj Mishra, autor do livro Age of anger: a history of the present (Era da raiva: uma história do presente, em tradução livre), fala sobre a morte da democracia. Você fala em decadência, causada pelo conceito ocidental de uma política de inevitabilidade – o que significa que o futuro é concebido como uma extensão do presente. A democracia liberal é coisa do passado?
Timothy Snyder: Eu espero que a democracia liberal seja coisa do passado, porque se não for coisa do passado não pode ser coisa do futuro. Para mim, o grande problema e desafio da política contemporânea é que estamos todos vivendo num agora permanente. E se você vive num agora permanente, a democracia não faz nenhum sentido, porque democracia envolve olhar para o passado e tomar decisões no presente que, depois, afetarão o futuro.
Se queremos que a democracia funcione, precisamos assegurar que temos políticas de educação e de imprensa que mantenham as pessoas vivendo num mundo onde o tempo avança para frente. Essas são as pré-condições básicas para a democracia. Por isso não creio que a democracia esteja morta. Penso que a democracia está passando por dificuldades neste momento.
O historiador francês Emile Chabal propôs que deixássemos de usar o termo populismo, porque ele tem vários significados. Você concorda?
As pessoas que chamamos de populistas têm as seguintes coisas em comum: primeiro, elas negam as mudanças climáticas; segundo, usam meios digitais com mais frequência do que o outro lado, e muitas vezes recebem ajuda de países estrangeiros que realizam campanhas digitais em seu benefício; terceiro, elas tendem a negar a fatualidade, tendem a pôr em dúvida a ideia de que existe um mundo real ou que fatos são importantes.
Acho que muitas das pessoas que agora chamamos de populistas não têm, na verdade, qualquer relação significativa com a população. Muitas delas representam interesses oligárquicos estrangeiros ou interesses de empresas de energia americanas ou russas, o que não é a mesma coisa que representar os interesses do povo.
Outra coisa que une essas pessoas é que nenhuma delas tem ideia sobre o futuro. Todas elas estão tentando nos manter neste agora permanente de "nós e eles", onde os migrantes ou os chineses, os mexicanos ou os judeus, os gays ou quem quer que seja são um inimigo permanente. Eles estão tentando nos manter numa espécie de política cíclica. Pessoalmente, acho que o populismo não é o melhor nome para isso.
Outro problema com o populismo é que muitas vezes as pessoas dizem "populista" quando se referem apenas a alguém que desafia o status quo. Como eu, pessoalmente, penso que o status quo é intolerável, não quero uma conotação negativa ligada a qualquer um que esteja desafiando o status quo.
Quero dizer que temos que levar a sério o fato de que há um grande número de pessoas tentando desfazer o status quo no sentido de desfazer o Estado de Direito, os procedimentos democráticos e, talvez o mais importante, desfazer a fatualidade – e esse é um problema muito sério.
Como podemos lutar pela verdade num mundo cada vez mais complexo?
Consigo pensar em duas respostas, e a primeira é ética. É preciso adotar uma posição ética e dizer que vale a pena lutar pela verdade. E é preciso adotar uma posição ética e dizer que profissões que perseguem fatos são profissões boas. A verdade é boa, e mesmo que nunca consigamos atingir a verdade perfeita, assim como nunca alcançamos a saúde perfeita, persegui-la é uma coisa boa. E as profissões que a perseguem, especialmente os jornalistas investigativos, estão fazendo um bom trabalho.
Não dá para viver sem ética. Porque, se você tentar viver sem ética, você será imediatamente empurrado de volta para a posição de "bem, sua opinião é uma, minha opinião é outra" e vamos todos ter nossas opiniões – que é o modo dominante agora no discurso ocidental. E a esquerda, por sinal, tem uma certa responsabilidade por isso. Quando você chega a esse ponto, então é muito difícil ter democracia.
Mas se temos também fatos diferentes, então não podemos ter democracia. Isso porque os fatos são as coisas que nos permitem dizer, por exemplo: "Você se importa mais com água limpa. Eu me importo mais com continuidade cultural. Mas ambos podemos concordar que a água debaixo da igreja está poluída," Mas, se não podemos concordar sobre isso, se temos fatos diferentes, então não podemos agir juntos. E aí não pode haver sociedade civil, não pode haver democracia.
A segunda resposta é que é preciso haver políticas públicas para apoiar os autores de fatos. A ficção é de graça, mas os fatos têm um custo. E os fatos são bons, como a água limpa é boa, o ar limpo é bom, ou o acesso à energia é bom. Se é um bem público, então é preciso haver uma política que apoie esse bem público, seja subsidiando emissoras de rádio e televisão públicas ou criando o equivalente a internet pública.
Que isso signifique subsidiar o jornalismo investigativo, ou signifique mexer com os algoritmos para que o jornalismo investigativo atual tenha algum tipo de vantagem, é preciso haver políticas públicas que tragam os fatos à tona.
Devemos ter leis contra trolls, discursos de ódio e notícias falsas, especialmente na internet?
A liberdade de expressão é baseada no princípio de que você sabe quem está falando. Eu penso que os austríacos têm razão quando dizem que as pessoas que representam elas mesmas na internet devem ser capazes de se identificar [a Áustria propôs banir comentários anônimos na internet para combater o discurso de ódio]. Não se trata de uma violação da liberdade de expressão, porque não podemos ter realmente uma conversa se você não sabe quem eu sou e eu não sei quem você é. Ou se sou um robô fingindo ser uma pessoa ou um russo simulando ser um alemão.
São muitos os bots fingindo ser pessoas, e eles são muito mais comuns do que se imagina. Então, eu acho que seria razoável ter uma lei que dissesse que bots devem ser identificados como bots, e as pessoas como pessoas.
Outra coisa a se pensar é sobre concorrência. Nós reconhecemos que existem concorrências justas e concorrências injustas. Na profissão de jornalista, a ficção é uma concorrência desleal porque ela é livre: é muito mais fácil inventar algo. É razoável que se legisle sobre coisas assim.
A forma como as plataformas funcionam é basicamente extraindo de nós nossos instintos mais básicos e primitivos sobre aquilo que nos faz bem, e então extrapolando a partir daí um tipo de personalidade digital para nós, em que obtemos mais e mais das coisas estúpidas que nos fazem bem e nos fazem continuar pensando aquilo que já pensamos.
As pessoas deveriam ter a liberdade de dizer: eu gostaria de ter a escolha – hoje eu quero a internet estúpida, mas talvez amanhã eu queira a internet mais inteligente. De fato, essas coisas podem ser regulamentadas.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Reuters/T. Siu
Ex-chefe da Audi é denunciado por fraude
O ex-chefe-executivo da montadora Audi, Rupert Stadler foi denunciado por fraude em conexão com o escândalo de manipulação de emissões de motores a diesel. Depois do indiciamento do ex-presidente-executivo do grupo Volkswagen Martin Winterkorn, em abril, Stadler se torna a segunda figura de proa da indústria automobilística alemã a ser denunciada formalmente no escândalo. (31/07)
Foto: Reuters/L. Barth
Cresce o número de sem-teto na Alemanha
O número de pessoas sem-teto na Alemanha cresceu, chegando a cerca de 650 mil pessoas em 2017, de acordo com estimativas da entidade alemã de ajuda a desabrigados (BAGW). A maioria dos sem-teto vive em abrigos, e cerca de 48 mil são moradores de rua, sendo muitos deles não alemães, mas cidadãos de outros países da União Europeia (UE), especialmente do Leste Europeu. (30/07)
Foto: picture alliance/NurPhoto/E. Contini
Dia da Sobrecarga da Terra
A humanidade atingiu o limite do uso sustentável de recursos naturais disponíveis para 2019. O planeta atinge o limite do consumo sustentável 3 dias mais cedo do que em 2018. A cada ano, a população mundial consome mais terras aráveis, pastagens, áreas de pesca e florestas do que as disponíveis realmente, além de emitir muito mais CO2 do que as florestas e oceanos do mundo podem absorver. (29/07)
Foto: AFP/Getty Images/O. Sierra
Primeiro latino a vencer o Tour de France
O colombiano Egan Bernal fez história ao se tornar o primeiro latino-americano a vencer o Tour de France em 106 anos. Ele terminou a competição um minuto e 11 segundos na frente do britânico Geraint Thomas, seu companheiro de equipe e campeão no ano passado. "É uma felicidade que não pode ser descrita. A Colômbia merecia", comemorou o ciclista de 22 anos. (28/07)
Foto: Reuters/C. Hartmann
Parada LGBT em Berlim
Milhares de pessoas saíram às ruas de Berlim para a parada do orgulho LGBT, no ano em que se comemora o 50º aniversário da Rebelião de Stonewall, em Nova York – o episódio é considerado um dos motores do movimento de libertação gay e da luta pelos direitos LGBT. Na capital alemã, a parada lembrou ainda os cerca de 7 mil homossexuais assassinados pelo regime nazista. (27/07)
Foto: Getty Images/C. Koall
Aviso à Coreia do Sul
O governo da Coreia do Norte afirmou que os mísseis lançados no dia anterior são novas armas táticas destinadas a enviar um "aviso solene" para que a Coreia do Sul pare de importar armamentos e fazer exercícios militares conjuntos com os EUA. O lançamento foi o primeiro desde que Kim Jong-un se reuniu com Donald Trump na zona desmilitarizada que separa as duas Coreias em junho. (26/07)
Foto: Getty Images/AFP/J. Yeon-Je
Governador de Porto Rico renuncia
Após quase duas semanas de protestos em massa, o governador de Porto Rico, Ricardo Rosselló, anunciou sua renúncia a partir do dia 2 de agosto. O político está no centro de um escândalo desencadeado pelo vazamento de mensagens de deboche trocadas entre ele e assessores no Telegram. (25/07)
Foto: Reuters
Recorde de temperatura na Alemanha
O Serviço Alemão de Meteorologia registrou a mais alta temperatura já medida no país desde o início da análise em 1881. Em Geilenkirchen, na Renânia do Norte-Vestfália, os termômetros chegaram a 40,5°C, ultrapassando o recorde histórico de 40,3°C, que foi registrado em Kitzingen, na Baviera, em 2015. (24/07)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Warnack
Novo primeiro-ministro britânico
O ex-ministro do Exterior britânico e ex-prefeito de Londres Boris Johnson foi eleito como sucessor da premiê Theresa May na liderança do Partido Conservador e, por consequência, será o novo chefe de governo do país. Johnson defende que Reino Unido saia da União Europeia com ou sem acordo. (23/07)
Foto: Reuters/T. Melville
Rumo ao polo sul da Lua
A Índia lançou, com sucesso, sua missão Chandrayaan-2 ao inexplorado polo sul da Lua. É o projeto mais ambicioso da agência espacial do país. Há uma semana, o lançamento fora abortado momentos antes da decolagem. A missão, de 142 milhões de dólares, pretende explorar e mapear a superfície lunar, além de descobrir mais sobre a composição mineral do satélite e procurar por água. (22/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Swarup
Ucranianos vão às urnas para escolher novo Parlamento
Eleitores ucranianos voltaram às urnas para escolher os 450 novos membros do Parlamento em uma eleição antecipada. A boca de urna apontou que o partido “Servidor do Povo”, do ex-comediante e presidente Volodymyr Zelensky deve obter mais de 40% dos votos, bem à frente de outras legendas. (21/07).
Foto: Getty Images/AFP/G. Savilov
Merkel saúda militares que tentaram matar Hitler há 75 anos
A chanceler Angela Merkel prestou homenagem ao coronel Claus von Stauffenberg e aos militares alemães que tentaram assassinar o ditador Adolf Hitler em 20 de julho de 1944. Merkel disse que os conspiradores provaram ser "patriotas” ao desafiar ditador. "Eles ainda nos incentivam a sermos vigilantes e a enfrentar duramente o extremismo de direita e o racismo em todas as suas facetas.” (20/07)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Kappeler
Terremoto em Atenas
Um terremoto de magnitude 5,1 na escala Richter foi sentido em Atenas, interrompendo serviços de telefonia e energia, danificando alguns prédio abandonados e levando moradores a correr para as ruas em pânico. Não há relatos de mortes ou ferimentos graves. O epicentro do tremor ocorreu 23 quilômetros a noroeste de Atenas, a uma profundidade de 13 quilômetros. (19/07)
Foto: Reuters/A. Konstantinidis
Incêndio criminoso no Japão
Ao menos 33 pessoas morreram em um incêndio criminoso em um estúdio de animação em Quioto, no Japão. Segundo a polícia local, um homem de 41 anos entrou no prédio por volta de 10h30 no horário local e espalhou gasolina. Ele foi detido e hospitalizado devido a queimaduras. Mais de 30 pessoas ficaram feridas. (18/07)
Foto: picture-alliance/dpa/Kyodo
Prisão perpétua para El Chapo
O narcotraficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzmán foi condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos. A sentença foi determinada por um juiz federal de Nova York cinco meses após um júri popular considerá-lo culpado pelos dez crimes relacionados ao tráfico de drogas dos quais ele foi acusado. A sentença determinou também o pagamento de uma indenização de 12,6 bilhões de dólares. (17/07)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Guzman
Ministra alemã será nova presidente da Comissão Europeia
O Parlamento Europeu aprovou, por 383 votos a 327, a indicação da alemã Ursula von der Leyen para presidir a Comissão Europeia. Atual ministra da Defesa da Alemanha, Von der Leyen vai substituir o luxemburguês Jean-Claude Juncker a partir do fim de outubro. Aliada da chanceler federal Angela Merkel, Von der Leyen, de 60 anos, será a primeira mulher a chefiar o Executivo da UE. (16/07)
Foto: Reuters/V. Kessler
Polícia italiana apreende míssil durante operação contra neonazistas
A polícia italiana apreendeu uma grande quantidade de armas, incluindo um míssil, durante uma ação contra neonazistas. Três homens foram presos, incluindo um italiano que já se candidatou por um partido neofascista. O míssil apreendido era de fabricação francesa e aparentemente pertenceu às Forças Armadas do Catar. Os policiais ainda encontraram pistolas, baionetas e memorabilia nazista. (15/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/T. Romano
Desfile do 14 de julho destaca poderio militar
O tradicional desfile militar de 14 julho, data que marca o aniversário da queda da Bastilha, apostou neste ano na inovação, com a apresentação das mais avançadas tecnologias disponíveis para as tropas francesas: drones, robôs e um "Flyboard Air", plataforma voadora que pode atingir 140 km/h. O desfile foi acompanhado por tropas de outros nove países, entre eles, Alemanha e Portugal. (14/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Euler
Tirando consequências do massacre de Christchurch
Quase 200 neozelandeses entregaram suas armas em troca de dinheiro na cidade de Christchurch, no primeiro dos 258 eventos desse tipo planejados, quatro meses após a pior matança em tempos de paz no país, com 51 vítimas. A polícia pagou mais de 430 mil dólares neozelandeses por 224 armas entregues. (13/07)
Foto: Getty Images/New Zealand Police
Turquia recebe sistemas de mísseis russos e gera alerta nos EUA
A Rússia iniciou a entrega dos sistemas avançado de mísseis S-400 para a Turquia, após a Ancara confirmar a aquisição em junho. A medida aumenta a perspectiva de possíveis sanções dos EUA contra um país aliado na Otan, e criam nova fissura na aliança militar dos países do Ocidente. Washington afirma que o equipamento militar russo não é compatível com os sistemas utilizados pela Otan. (12/07)
Reino Unido denuncia ação do Irã no Estreito de Ormuz
A Marinha do Reino Unido disse ter evitado que três embarcações paramilitares iranianas impedissem a passagem de um petroleiro britânico no Estreito de Ormuz. O episódio ocorreu no dia seguinte a um alerta feito pelo presidente iraniano, Hassan Rohani, sobre consequências após o Reino Unido aprender um petroleiro do país em Gibraltar na semana passada. (11/07)
Foto: picture-alliance/AP/UK Ministry of Defence
Câmara aprova com folga reforma da Previdência em primeiro turno
A Câmara aprovou, em primeiro turno, o texto-base da proposta de emenda à Constituição (PEC) que muda as regras do sistema previdenciário do Brasil. Dos 510 deputados presentes, 379 votaram a favor da proposta, e outros 131 votaram contra. O placar superou com folga os 308 votos necessários para aprovar a proposta, que deve passar por mais uma rodada na Casa antes de seguir para o Senado. (10/07)
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
França anuncia taxa ecológica sobre passagens aéreas
O governo francês anunciou uma taxa ecológica em todas as passagens aéreas de voos que partirem de aeroportos do país. A taxa entrará em vigor em 2020, e a arrecadação, estimada em 180 milhões de euros anuais, será destinada ao financiamento de projetos de transporte menos poluentes. (09/07).
Foto: picture alliance/dpa/S.Stache
TPI condena "Exterminador Congolês" por crimes de guerra na RDC
O Tribunal Penal Internacional considerou Bosco Ntaganda, ex-líder das Forças Patrióticas para a Libertação do Congo, culpado de 13 crimes de guerra e cinco contra a humanidade. As condenações incluem assassinato, estupro e alistamento de crianças-soldados na Grande Guerra da África, conflito que começou no contexto das tensões pós-genocídio em Ruanda e causou 3,8 milhões de mortes. (08/07)
Foto: Getty Images/AFP/M. Kooren
EUA vencem Copa Feminina
O time dos Estados Unidos manteve o título na Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2019, ao vencer por 2 x 0 a campeã europeia Holanda no estádio de Lyon lotado. O primeiro gol, aos 15 minutos do 2º tempo, coube à capitã Megan Rapinoe (c.), cuja oposição aberta ao atual presidente de seu país tem atraído quase tanto a atenção da mídia quanto seus méritos de atleta. (07/07)
Foto: Getty Images/M. Hitij
Mais uma ONG desafia ordens de Matteo Salvini
O veleiro Alex aportou na ilha italiana de Lampedusa, apesar do veto do ministro do Interior do país. O pequeno barco de resgate leva a bordo 41 migrantes, salvos no Mediterrâneo. A ONG italiana Mediterranea - Saving Humans segue assim a linha da capitã alemã Carola Rackete, que atracou sem permissão depois de passar 17 dias no mar com 40 migrantes. Ameaçada de prisão, ela já foi liberada. (06/07)
Unesco reconhece Paraty e Ilha Grande como Patrimônio Mundial
O Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco reconheceu Paraty e Ilha Grande como patrimônio cultural e natural da humanidade. O sítio "Paraty e Ilha Grande: cultura e biodiversidade" é o primeiro sítio misto (natural e cultural) do Brasil a ostentar o título. Agora, o Brasil passa a ter 22 lugares culturais e naturais inscritos na Lista do Patrimônio Mundial. (05/07)
Foto: Agência Brasil
Papa recebe Putin no Vaticano
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reuniu com o papa Francisco no Vaticano. "Foi uma discussão bastante substantiva e interessante", disse Putin após o encontro. a reunião ocorreu um dia antes de o papa receber líderes da Igreja Greco-Católica da Ucrânia, que discutirão com o papa a crise em seu país, cujo leste é controlado por grupos separatistas pró-Rússia. (04/07)
Foto: picture-alliance/abaca
Socialista italiano presidirá o Parlamento Europeu
O Parlamento Europeu elegeu o socialista italiano David-Maria Sassoli como seu novo presidente. Eleito eurodeputado em maio, pelo bloco dos Socialistas e Democratas (S&D), o italiano citou alguns dos desafios principais para o continente, como as mudanças climáticas e a imigração. O ex-jornalista, de 63 anos, conquistou o apoio de 345 parlamentares de um total de 667 aptos a votar. (03/07)
Foto: picture-alliance/AP Photo/J.-F. Badias
Líderes da UE indicam ministra alemã para chefiar Comissão Europeia
Os membros do Conselho Europeu indicaram a ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, para presidir a Comissão Europeia. Caso seu nome seja aprovado pelo Parlamento Europeu, von der Leyen será a primeira mulher no cargo. Os membros indicaram ainda o premiê belga Charles Michel para a presidência do Conselho Europeu e a francesa Christine Lagarde para chefiar o Banco Central Europeu.
Foto: Getty Images/S Gallup
Manifestantes invadem sede do Legislativo em Hong Kong
Manifestantes invadiram a sede do Conselho Legislativo de Hong Kong durante protestos que coincidem com o 22º aniversário do retorno da então colônia britânica ao governo chinês. Cerca de três horas após a ocupação, os manifestantes deixaram o prédio e centenas de policiais empregaram gás lacrimogêneo para dissolver os grupos que permaneciam nas avenidas próximas à sede parlamentar. (01/07)