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DAAD divulga participação da Alemanha no Ciência sem Fronteiras

12 de março de 2012

Programa de intercâmbios acadêmicos do governo brasileiro oferecerá 75 mil bolsas até 2015. A Alemanha é o segundo mais importante país parceiro. Nas próximas semanas, o DAAD divulgará vagas em universidades brasileiras.

Foto: Fotolia/Robert Kneschke

O Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD, na sigla em alemão) dá início nesta segunda-feira (12/03) a uma rodada de palestras em universidades brasileiras sobre a participação da Alemanha no Programa Ciência sem Fronteiras. A iniciativa do governo Dilma Rousseff, lançada em 2011, prevê a concessão de até 75 mil bolsas nos próximos quatro anos. A Alemanha é um dos principais países parceiros.

As palestras das próximas semanas levarão a estudantes brasileiros informações sobre o programa e sobre a plataforma online desenvolvida pelo DAAD – responsável pelo intercâmbio de estudantes e cientistas para a Alemanha – com as vagas oferecidas nas universidades alemãs.

A primeira universidade visitada, na manhã desta segunda-feira, foi a Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com a presença de representantes da Aliança das Universidades da Região Metropolitana do Ruhr (UAMR) e da Universidade Técnica de Munique (TUM). Além de outras instituições gaúchas, o DAAD passará por Santa Catarina, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte e São Paulo. Por enquanto, 14 universidades estão na programação.

"O objetivo das palestras é informar sobre a oferta da Alemanha, que está disponibilizando até 3 mil vagas para os bolsistas deste programa por ano, nas modalidades graduação sanduíche, doutorado sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado", diz Betina Soares, coordenadora de programas de intercâmbio do DAAD no Brasil.

O Ciência sem Fronteiras é resultado do esforço conjunto dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio das instituições de fomento CNPq e Capes e das Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC.

O foco do programa são as ciências exatas e biológicas, incluindo em suas áreas prioritárias Engenharias; Biologia, Ciências Biomédicas e da Saúde; Computação e Tecnologias da Informação – entre outras.

Brasil-Alemanha

No início de março, em visita à feira de informática de Hannover CeBIT – da qual o Brasil foi parceiro em 2012 –, Dilma Rousseff destacou que a Alemanha é o segundo país parceiro mais importante do Ciência sem Fronteiras.

Universidade Livre de Berlim é uma das que já aderiu ao Ciência sem FronteirasFoto: picture-alliance/dpa

Na ocasião, a presidente também cumprimentou, ao lado da chanceler federal alemã, Angela Merkel, os primeiros bolsistas do programa chegados à Alemanha. Até 2014, o Brasil pretende enviar 10 mil estudantes e pesquisadores para o país.

Entre as universidades alemãs parceiras do Ciência sem Fronteiras estão, além da TUM, a Universidade de Leipzig, a Universidade Técnica de Kaiserslautern e a Universidade Livre de Berlim, por exemplo. "Participamos desta parceria por ver nela uma boa oportunidade de atrair doutorandos qualificados com uma bolsa do governo brasileiro", informa o site da Universidade Livre de Berlim.

Segundo Soares, o número de instituições parceiras e de vagas aumenta a cada dia, por conta da grande visibilidade do programa e da oportunidade de contato com estudantes e centros de estudo do Brasil.

Processo seletivo

Após o primeiro grupo de bolsistas chegados à Alemanha, os próximos candidatos terão de inscrever-se nos editais abertos na página do Ciência sem Fronteiras. O último para graduação sanduíche na Alemanha foi encerrado em 15 de janeiro. No momento, está aberta a chamada para doutorado e pós-doutorado no exterior, até 28 de maio.

Soares espera que o próximo edital para graduação sanduíche na Alemanha, a ser disponibilizado entre meados de março e final de abril, atraia ainda mais candidatos. A coordenadora de programas de intercâmbio afirma que o ciclo de palestras informativas sobre o programa terá continuidade. "Pretendemos cobrir o Brasil todo", diz.

Para os interessados, o primeiro passo é inscrever-se no portal brasileiro do Ciência sem Fronteiras. Após análise da Coordenação do Programa, se apto a continuar no processo seletivo, o candidato deve procurar a colocação em uma universidade. Para a Alemanha, o DAAD facilita a escolha com o banco de ofertas de vagas em seu portal sobre o programa.

Segundo Soares, é aconselhável que os candidatos tenham conhecimentos básicos de alemão. Entretanto, no período que antecede a concessão da bolsa do Ciência sem Fronteiras, os aprovados têm custeado pelo DAAD um curso do idioma por período de até 6 meses, de acordo com seu nível.

Programa ambicioso

Os contemplados também obtêm do serviço alemão facilidades de alojamento, pagamento de seguro saúde e bolsa mensal na Alemanha no período de duração do curso de alemão. A seguir, os estudantes de graduação recebem do Ciência sem Fronteiras uma bolsa mensal de 870 euros; os doutorandos, 1300 euros; e os pós-doutorandos, 2100 euros – informa o DAAD.

Contemplados pelo Ciência sem Fronteiras recebem do DAAD curso de alemão por até seis mesesFoto: picture alliance/dpa

Para o período de estudos ou pesquisa nas universidades, paralelamente às 75 mil bolsas oferecidas pelo Governo Federal brasileiro, outras 26 mil serão concedidas com recursos da iniciativa privada. Além das vagas para brasileiros, o programa busca atrair pesquisadores do exterior na condição de pesquisador visitante especial, aos quais pretende destinar 390 dessas 75 mil bolsas.

"O Ciência sem fronteiras é um programa incrível e também muito ambicioso. Certamente trará grandes benefícios para o desenvolvimento do país", aposta Soares.

Autora: Luisa Frey
Revisão: Francis França

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