Homem de 22 anos, suspeito de ligação com o "Estado Islâmico", planejava atentado a bomba em estações de trem ou aeroportos. Ele teria oferecido dinheiro em troca de liberdade, mas compatriotas que o detiveram recusaram.
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Homem que planejava ataque à bomba na Alemanha é preso
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Investigações revelaram que o sírio Jaber al-Bakr, preso em Leipzig, no leste da Alemanha, nesta segunda-feira (10/10), planejava ataques terroristas em estações de trem e aeroportos do país, mais especificamente contra um dos aeroportos de Berlim, possivelmente a mando do "Estado Islâmico" (EI).
"Inicialmente tínhamos indícios de serviços de inteligência de que ele pretendia atacar trens na Alemanha. Por fim, os indícios se voltaram para aeroportos em Berlim", afirmou à emissora ARD Hans-Georg Maassen, presidente do Departamento de Proteção à Constituição, o serviço secreto interno do país.
O departamento foi alertado no início de setembro, por serviços de inteligência da França e dos EUA, sobre um possível atentado do EI na Alemanha. Segundo Maassen, as autoridades só descobriram quem estava por trás dos planos na quinta-feira passada e, então, começaram a observar Bakr, de 22 anos.
O suspeito teria comprado cola quente na última sexta-feira. "Colocamos imediatamente todas as medidas em prática para conseguir capturá-lo, porque partimos do princípio de que esse poderia ser o último produto químico necessário para que ele fabricasse uma bomba", disse Maassen.
Suspeito tentou comprar liberdade
Após forças de segurança encontrarem explosivos no apartamento onde Bakr vivia em Chemnitz, no sábado, a polícia deu início a uma grande operação para capturá-lo. Ele foi preso numa residência em Leipzig – que, assim como Chemnitz, fica no estado da Saxônia – na madrugada desta segunda-feira.
Bakr havia pedido a um compatriota, na estação de trem de Leipzig, para pernoitar na residência dele. Este disse que sim, mas, depois de descobrir quem Bakr era, avisou a polícia e, junto com outro sírio, o manteve amarrado até a chegada dos policiais. Segundo reportagem do tabloide Bild, Bakr teria oferecido 1.000 euros e 200 dólares em troca de sua liberdade, mas os dois homens recusaram.
De acordo com as autoridades, foi encontrado na residência de Bakr o explosivo peróxido de acetona (TATP), o mesmo usado pelos terroristas dos recentes ataques em Paris e Bruxelas. De acordo com as investigações, o comportamento de Bakr sugere ligação com o "Estado Islâmico".
O jovem sírio chegou à Alemanha em meio ao fluxo de refugiados em fevereiro de 2015, tendo sido registrado num centro de acolhimento em Munique. Um dia depois, ele foi transferido para Chemnitz. Ele recebeu uma permissão de residência no país de três anos.
LPF/dpa/rtr/ots
Uma prisão como abrigo para refugiados
Shazia Lutfi, de 19 anos, não praticou nenhum crime. Ela somente fugiu. Seu alojamento agora é um antigo prédio de prisão na Holanda. Fotógrafo Muhammed Muheisen registra vida dos moradores na velha cadeia de Haarlem.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Uma cama, duas cadeiras, um teclado
Eles vêm do Afeganistão: Hamed Karmi (27) e sua esposa Farishta Morahami (25) se instalaram em "sua cela" na cidade holandesa de Haarlem. Enquanto ele faz música no teclado, ela escuta. Nenhuma guerra. Será que eles poderão permanecer na Europa?
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Pouca luz natural
Aqui se tem uma visão geral da prisão De Koepel em Haarlem. Ali estão abrigados centenas de refugiados. Um deles é Reda Ehsan (25), do Irã. Ele faz uma pausa sobre uma mesa no pátio – e pode ver seu novo lar a partir de outra perspectiva.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Uma prisão permanece uma prisão
Mesmo que o edifício seja tombado e as pessoas recebam bons cuidados: uma prisão continua a ser uma prisão. Isso é o que esta imagem documenta. A foto mostra ainda Mohammed Ben Salem (36, esq.) da Argélia e Amine Oshi (22) da Líbia numa pausa para fumar.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Chá no corredor
Em frente à porta de sua cela, Siratullah Hayatullah, do Afeganistão, prefere o chá ao café. Podem-se imaginar cantos mais acolhedores, mas ao menos pela expressão de seu rosto, o jovem de 23 anos parece estar contente com o lugar que escolheu para tomar uma xícara da bebida.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Alojamento para solteiras
Mulheres solteiras estão alojadas numa ala separada. Por essa janela, o fotógrafo Muheisen descobriu uma mulher da Somália. Ijaawa Mohamed tem 41 anos e está diante, como muitos outros, de um futuro incerto. Ela deixou para trás a violência em seu país.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Microcosmo da crise
A antiga prisão na Holanda é um microcosmo do que na Europa se chama "crise migratória". Ali estão alojadas pessoas de regiões de crise em todo o mundo. Yassir Hajji (24) e sua esposa Gerbia (18) vêm do Iraque. Gerbia não vai ao cabeleireiro nem ao salão de beleza. Suas sobrancelhas são tratadas por seu marido.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Uma espécie de lavanderia
Os refugiados vivenciam aqui novamente um mundo em ordem. Sem guerra, sem caos, sem confusão, mas justamente o contrário: muitos nunca puderam usar uma lavanderia como essa em seus países.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Alívio e medo
Este jovem não quer dizer seu nome nem mostrar seu rosto. A razão poderia estar na sua homossexualidade. Mas sabemos que ele vem do Marrocos.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Rezar ajuda
Fatima Hussein, de 65 anos, é uma das refugiadas mais idosas que o fotógrafo Muhammed Muheisen conheceu em Haarlem. Hussein permitiu que ele desse uma olhada em sua cela e até mesmo a fotografasse enquanto rezava. Ela também vem do Iraque.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Passe livre
Naaran Baatar (40), da Mongólia, também veio para Haarlem. Ele joga basquetebol no pátio externo. Os gestores e administradores de abrigos como esse tentam fazer com que as pessoas se acostumem com uma vida em liberdade. Isso se elas puderem ficar e não forem deportadas.