Refugiado de 22 anos detido após explosivos serem encontrados em seu apartamento tinha contatos com o "Estado Islâmico". Ele planejava ataque com colete de explosivos.
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Homem que planejava ataque à bomba na Alemanha é preso
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O sírio preso na madrugada desta segunda-feira (10/10) por suspeita de planejar um ataque terrorista na Alemanha tinha contatos com o grupo extremista "Estado Islâmico" (EI).
Segundo Jörg Michaelis, diretor da agência de investigações do estado da Saxônia, o comportamento de Jaber al-Bakr, de 22 anos, sugere um "contexto do EI". "Ele pesquisou na internet sobre a fabricação de dispositivos explosivos e adquiriu os respectivos materiais", afirmou.
O investigador disse ainda que Bakr estaria preparando um atentado e trabalhando num dispositivo explosivo, possivelmente em forma de um colete, que já estava quase pronto ou pronto.
Após ser detido em Leipzig, Bakr foi levado a um presídio em Dresden na tarde desta segunda-feira. O secretário do Interior da Saxônia, Markus Ulbig, destacou a cooperação entre forças de segurança estaduais e federais e avaliou a prisão do suspeito como um sucesso.
A polícia prendeu o sírio numa residência em Leipzig. Bakr pediu a um compatriota, na estação de trem de Leipzig, para pernoitar na residência dele. Ele disse que sim. Mas, depois de descobrir quem Bakr era, avisou a polícia e, junto com outro sírio, o manteve amarrado até a chegada dos policiais.
O jovem estava foragido desde o último sábado, quando forças de segurança, alertadas pelo serviço de inteligência, executaram uma operação de busca e localizaram explosivos no apartamento onde Bakr vivia, na cidade de Chemnitz, também na Saxônia. O explosivo é o peróxido de acetona (TATP), o mesmo usado pelos terroristas dos recentes ataques em Paris e Bruxelas.
Bakr chegou à Alemanha em fevereiro de 2015, entrando pela Baviera em meio à onda de refugiados. Duas semanas depois pediu oficialmente refúgio no país, apresentando um passaporte sírio. Ele recebeu uma permissão de residência no país de três anos.
Um possível cúmplice de Bakr, o inquilino do apartamento onde foram encontrados os explosivos, de 33 anos, também foi detido. Ele também é refugiado e se mudou em meados de julho no estado da Renânia do Norte-Vestfália, no oeste da Alemanha, para Chemnitz.
LPF/dpa/afp
Viagem à Europa da perspectiva de refugiados
Exposição em Hamburgo mostra longa jornada do ponto de vista dos migrantes, resultado do projeto #RefugeeCameras. Risco, desamparo e raros momentos de alegria permeiam as imagens.
Foto: Kevin McElvaney/ProjectRefugeeCameras
Partida sem volta?
Em dezembro de 2015, o alemão Kevin McElvaney entregou 15 câmeras descartáveis e envelopes pré-selados a migrantes em Izmir, Lesbos, Atenas e Idomeni. Sete retornaram ao jovem fotógrafo e fazem parte do projeto #RefugeeCameras. Zakaria recebeu sua câmera em Izmir. O sírio fugiu do "Estado Islâmico" e do regime Assad. Em seu diário de fuga, ele escreve que só Deus sabe se ele voltará à Síria.
Foto: Kevin McElvaney/ProjectRefugeeCameras
Travessia de bote
Zakaria documentou sua viagem marítima da Turquia até a ilha grega de Chios. Ele ficou sentado na parte de trás do bote. Na exposição em Hamburgo, as imagens feitas por refugiados são complementadas por uma seleção de fotos tiradas por profissionais, que ajudaram a montar a representação das rotas de fuga. Todos eles doaram suas obras para apoiar o projeto.
Foto: Kevin McElvaney/ProjectRefugeeCameras
Chegada perigosa
Hamza e Abdulmonem, ambos da Síria, fotografaram a perigosa chegada de seu barco a uma ilha grega. Não havia voluntários para recebê-los. Foi justamente isso que McElvaney tinha em mente quando lançou a #RefugeeCameras. Segundo o jovem fotógrafo, até agora a mídia proporcionou somente um "vazio visual" a esse respeito.
Foto: Kevin McElvaney/ProjectRefugeeCameras
Sobrevivendo ao mar
Após o desembarque, vê-se um menino com roupas molhadas e colete salva-vidas numa praia. A imagem faz recordar Aylan Kurdi, o pequeno garoto sírio cujo corpo sem vida foi encontrado no litoral turco em setembro de 2015. A criança nesta foto conseguiu chegar viva à Europa. O seu destino é desconhecido.
Foto: Kevin McElvaney/ProjectRefugeeCameras
Sete câmeras
Hamza e Abdulmonem também tiraram esta foto instantânea levemente desfocada de um grupo de refugiados fazendo uma pausa. Das 15 câmeras que McElvaney entregou, sete retornaram, uma foi perdida, duas foram confiscadas, e duas permaneceram em Izmir, onde seus donos ainda estão retidos. As três câmeras restantes estão desaparecidas – assim como seus proprietários.
Foto: Kevin McElvaney/ProjectRefugeeCameras
Família em foco
Dyab, um professor de Matemática sírio, tentou registrar alguns dos melhores momentos de sua viagem até a Alemanha. Na foto, veem-se sua esposa e seu filho pequeno, Kerim, que nos mostra um pacote de biscoito que recebeu num campo de refugiados macedônio. A imagem revela a profunda afeição de Dyab por seu filho, diz McElvaney: "Ele quer cuidar dele, mesmo na árdua viagem que foi forçado a seguir."
Foto: Kevin McElvaney/ProjectRefugeeCameras
Do Irã à Alemanha
A história de Said, do Irã, é diferente. O jovem teve de deixar seu país, depois de ter se convertido ao cristianismo. Ele poderia ter sido preso ou morto. Para ser aceito como refugiado, ele fingiu ser afegão. Após a sua chegada à Alemanha, ele explicou sua situação, para a satisfação das autoridades. Ele vive agora – como iraniano – em Hanau, no estado de Hessen.
Foto: Kevin McElvaney/ProjectRefugeeCameras
Não apenas selfies
Said tirou esta foto de um pai sírio e seu filho num ônibus de Atenas a Idomeni.
Foto: Kevin McElvaney/ProjectRefugeeCameras
Momento de alegria
Em outro registro feito por Said, um voluntário que trabalha num campo de refugiados em algum lugar entre a Croácia e a Eslovênia brinca com um grupo de crianças, que tentam imitar seus truques.
Foto: Kevin McElvaney/ProjectRefugeeCameras
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Homem que planejava ataque à bomba na Alemanha é preso