Suspeito de terrorismo na Alemanha esteve na Turquia
12 de outubro de 2016
Jaber al-Bakr, suspeito de planejar atentado a aeroporto em Berlim, teria passado semanas ou meses em solo turco antes de retornar à Alemanha em agosto. Autoridades investigam detalhes sobre a viagem.
Anúncio
O sírio Jaber al-Bakr, preso em Leipzig no início da semana por suspeita de planejar ataques terroristas na Alemanha, teria passado semanas ou até meses na Turquia neste ano, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (12/10) pelo portal alemão de notícias Welt Online.
Bakr teria retornado à Alemanha em agosto. Pouco tempo depois, o Departamento Federal de Proteção da Constituição (BfV) foi informado sobre os primeiros indícios de atividades terroristas por parte do sírio.
Pessoas próximas a Bakr afirmaram à Spiegel TV nesta terça-feira que ele teria passado vários meses na Turquia. Autoridades afirmaram que o telefone celular do sírio foi usado na rede de telefonia móvel turca.
Segundo informações obtidas de conhecidos de Bakr em Eilenburg, próxima a Lepizig, ele teria retornado da Turquia no final de agosto, trazendo uma grande quantidade de dólares em dinheiro. Um homem afirmou não ter visto Bakr durante dez meses e informado as autoridades migratórias sobre o desaparecimento. O suspeito teria pouco contato com outros refugiados.
As autoridades tentam agora descobrir o que exatamente Bakr fez durante o período que passou na Turquia. Ainda não está claro, por exemplo, se o suspeito também esteve na Síria para ser treinado por terroristas e até aprender a construir bombas.
Ligação com o EI
A polícia prendeu Bakr numa residência em Leipzig na madrugada desta segunda-feira. Ele havia pedido a um compatriota, na estação de trem da cidade, para pernoitar na residência dele. Depois de descobrir quem Bakr era, o homem avisou a polícia e, junto com outro sírio, o manteve amarrado até a chegada dos policiais.
Segundo o portal de notícias Spiegel Online, Bakr, de 22 anos, chegou inicialmente à Alemanha em 18 de fevereiro de 2015, entrando pela Baviera em meio à onda de refugiados, e duas semanas depois pediu oficialmente asilo no país, apresentando um passaporte sírio.
Jörg Michaelis, diretor da agência de investigações do estado da Saxônia, disse que Bakr pesquisou na internet sobre a fabricação de dispositivos explosivos e adquiriu os respectivos materiais. O sírio estaria trabalhando num dispositivo explosivo, possivelmente em forma de um colete, que já estava quase pronto ou pronto.
RC/afp/ots
Uma prisão como abrigo para refugiados
Shazia Lutfi, de 19 anos, não praticou nenhum crime. Ela somente fugiu. Seu alojamento agora é um antigo prédio de prisão na Holanda. Fotógrafo Muhammed Muheisen registra vida dos moradores na velha cadeia de Haarlem.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Uma cama, duas cadeiras, um teclado
Eles vêm do Afeganistão: Hamed Karmi (27) e sua esposa Farishta Morahami (25) se instalaram em "sua cela" na cidade holandesa de Haarlem. Enquanto ele faz música no teclado, ela escuta. Nenhuma guerra. Será que eles poderão permanecer na Europa?
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Pouca luz natural
Aqui se tem uma visão geral da prisão De Koepel em Haarlem. Ali estão abrigados centenas de refugiados. Um deles é Reda Ehsan (25), do Irã. Ele faz uma pausa sobre uma mesa no pátio – e pode ver seu novo lar a partir de outra perspectiva.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Uma prisão permanece uma prisão
Mesmo que o edifício seja tombado e as pessoas recebam bons cuidados: uma prisão continua a ser uma prisão. Isso é o que esta imagem documenta. A foto mostra ainda Mohammed Ben Salem (36, esq.) da Argélia e Amine Oshi (22) da Líbia numa pausa para fumar.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Chá no corredor
Em frente à porta de sua cela, Siratullah Hayatullah, do Afeganistão, prefere o chá ao café. Podem-se imaginar cantos mais acolhedores, mas ao menos pela expressão de seu rosto, o jovem de 23 anos parece estar contente com o lugar que escolheu para tomar uma xícara da bebida.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Alojamento para solteiras
Mulheres solteiras estão alojadas numa ala separada. Por essa janela, o fotógrafo Muheisen descobriu uma mulher da Somália. Ijaawa Mohamed tem 41 anos e está diante, como muitos outros, de um futuro incerto. Ela deixou para trás a violência em seu país.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Microcosmo da crise
A antiga prisão na Holanda é um microcosmo do que na Europa se chama "crise migratória". Ali estão alojadas pessoas de regiões de crise em todo o mundo. Yassir Hajji (24) e sua esposa Gerbia (18) vêm do Iraque. Gerbia não vai ao cabeleireiro nem ao salão de beleza. Suas sobrancelhas são tratadas por seu marido.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Uma espécie de lavanderia
Os refugiados vivenciam aqui novamente um mundo em ordem. Sem guerra, sem caos, sem confusão, mas justamente o contrário: muitos nunca puderam usar uma lavanderia como essa em seus países.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Alívio e medo
Este jovem não quer dizer seu nome nem mostrar seu rosto. A razão poderia estar na sua homossexualidade. Mas sabemos que ele vem do Marrocos.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Rezar ajuda
Fatima Hussein, de 65 anos, é uma das refugiadas mais idosas que o fotógrafo Muhammed Muheisen conheceu em Haarlem. Hussein permitiu que ele desse uma olhada em sua cela e até mesmo a fotografasse enquanto rezava. Ela também vem do Iraque.
Foto: picture alliance/AP Photo/M. Muheisen
Passe livre
Naaran Baatar (40), da Mongólia, também veio para Haarlem. Ele joga basquetebol no pátio externo. Os gestores e administradores de abrigos como esse tentam fazer com que as pessoas se acostumem com uma vida em liberdade. Isso se elas puderem ficar e não forem deportadas.