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Só um milagre impedirá impeachment, afirma jornal alemão

Clarissa Neher26 de agosto de 2016

Início do julgamento de Dilma Rousseff é tema da imprensa internacional. Para o "New York Times", processo é o próximo evento imperdível no Brasil, depois dos Jogos Olímpicos.

Dilma em maio após Senado aprovar início do processo de impeachment
Dilma em maio após Senado aprovar início do processo de impeachmentFoto: Reuters/A. Machado

Sites e jornais internacionais noticiaram nesta quinta-feira (25/08) o início do julgamento no Senado do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. O diário americano The New York Times chamou o processo de "o próximo evento imperdível no Brasil". A imprensa alemã considerou difícil que Dilma consiga reverter um cenário negativo.

The New York Times: Próximo evento imperdível no Brasil

O New York Times afirma que os Jogos Olímpicos mal se encerraram, e os brasileiros já voltaram suas atenções para outra "competição acirrada que está consumindo o país: a pancadaria sem luvas pela presidência".

"O julgamento do impeachment pode ser o ponto final de um dos períodos mais tumultuados da democracia brasileira, que foi restabelecida em 1985 após uma longa ditadura militar", afirma o periódico, descrevendo os próximos passos do processo.

"Se Dilma perder o julgamento, Temer, um político de carreira com uma postura formal, sofrerá uma pressão ainda maior. Temer luta contra seus próprios índices péssimos de aprovação e dúvidas públicas sobre sua legitimidade. Ele teve uma impressão do que muitos brasileiros sentem por ele durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. Depois de uma série de protestos nas arenas olímpicas pedindo a sua saída, ele nem mesmo se deu o trabalho de participar da cerimônia de encerramento".

Die Tageszeitung: só milagre pode salvar Dilma

O jornal alemão Die Tageszeitung afirma que só um milagre impedirá o afastamento da presidente. "Dilma insiste na sua inocência e acusa seus adversários de promoverem um golpe. Na opinião dela, muitos políticos só levaram adiante o impeachment para, com a mudança de poder, interromper investigações de corrupção que se tornaram perigosas para eles.

É quase certo que a aliança entre partidos de direita novos e antigos pode contar com mais do que os 54 votos necessários contra a Dilma. Para muitos, trata-se primeiramente de livrar a cabeça da forca das investigações de corrupção. Outros apenas querem voltar a roda do tempo e interromper os programas sociais de transferência de renda.”

Tagesschau.de: o último ato do caso Dilma

O site do jornal televisivo alemão Tagesschau também dá como certo o afastamento de Dilma, afirmando que a tendência no Senado é bem clara. O artigo relembra as fases do processo de impeachment e descreve o passo atual.

"Ela [Dilma] não conseguirá ser absolvida com argumentos formais e jurídicos de que as acusações não são suficientes para o impeachment. E, de fato, a população não se interessa muito pelos meandros e sutilezas jurídicas do processo. Ela deseja um recomeço."

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