Gigante do setor de smartphones sofre novo revés com mais relatos de incêndios em aparelhos Galaxy Note 7. Modelo já havia sido alvo de recall por risco de pegar fogo.
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A Samsung interrompeu a produção do smartphone Galaxy Note 7, após novos relatos de incêndios em aparelhos distribuídos para substituir modelos que já haviam apresentado o problema, confirmou nesta segunda-feira (10/10) um fornecedor à agência de notícias sul-coreana Yonhap.
O fornecedor da Coreia do sul afirmou que a paralisação temporária da fabricação do smartphone foi decidida em cooperação com órgãos reguladores da Coreia do Sul, dos EUA e da China. A medida se aplica a uma fábrica da Samsung no Vietnã, que é responsável pelas remessas globais do Galaxy Note 7.
A pausa na produção vem após oito novos casos de incêndio em aparelhos fornecidos a consumidores na Coreia do Sul, nos EUA e em Taiwan para substituir unidades com risco de pegar fogo. Acredita-se que a decisão vá afetar as vendas dos novos modelos Note 7 na Índia e na Europa, que seriam retomadas no próximo dia 28 de outubro.
A Samsung ainda não se pronunciou a respeito, mas reconheceu estar "ajustando a produção" do Galaxy Note 7 depois de grandes distribuidores pararem de oferecer trocas por temores em relação à segurança do aparelho.
Duro golpe
O Galaxy Note 7 chegou ao mercado no dia 19 de agosto. Poucos dias depois, no início de setembro, a Samsung anunciou um recall mundial do smartphone após relatos de consumidores de que aparelhos pegaram fogo ou explodiram durante a recarga da bateria. Cerca de 2,5 milhões de unidades já haviam sido vendidas. A maior inovação do Galaxy Note 7 é o fato de ser á prova d'água.
Após os novos casos de incêndio, operadoras de telefonia dos EUA e da Austrália suspenderam as vendas ou trocas do Note 7. Companhias aéreas reiteraram a proibição de uso de celulares por passageiros após um aparelho que já havia sido substituído por um novo liberar fumaça e forçar a evacuação de um avião nos Estados Unidos na semana passada.
Os incêndios em telefones que deveriam substituir aparelhos defeituosos podem ser um duro golpe para a Samsung, a maior fabricante de smartphones do mundo, sugerindo que a companhia sul-coreana não conseguiu resolver um problema que já havia afetado sua imagem.
LPF/efe/rtr/ap
A rápida ascensão dos smartphones
Bilhões de pessoas em todo o mundo não conseguem imaginar a vida sem um smartphone. Há 20 anos o primeiro deles chegou ao mercado.
Assim era o primeiro smartphone do mundo com acesso à internet. O Nokia 9000 Communicator tinha as características de um computador, incluindo software para escritório, navegador para a internet e função de fax. As vendas começaram em 15 de agosto de 1996, e o aparelho custava cerca de 1.400 euros – ou aproximadamente a metade caso o usuário fechasse um contrato com a operadora.
Foto: dpa/Nokia
Leve, mas poderoso
Os smartphones evoluíram muito desde então. Mas o fato de os atuais pesarem muito menos que modelos anteriores não significa que fazem menos. Na verdade, os aparelhos de hoje têm milhões de vezes a capacidade de processamento de computadores usados pela Apollo 11 para pousar na Lua.
Foto: Getty Images
Usos variados
Milhares de apps tentam garantir que os usuários de smartphones nunca sofram com o tédio, mas há também aplicativos extremamente úteis para as autoridades. Indonésios usam smartphones para detectar exploração ilegal de madeira por meio de um software que "ouve" o som de motosserras e, em seguida, dispara um alerta.
Foto: Getty Images
Bom meteorologista
Pesquisadores da empresa OpenSignal descobriram que os sensores de smartphones com o sistema operacional Android, originalmente projetados para medir a temperatura da bateria, intensidade luminosa e pressão também podem ser usados para apresentar boletins meteorológicos bem precisos.
Foto: picture-alliance/dpa
Energia a partir de xixi
Cientistas de Bristol, na Inglaterra, desenvolveram uma célula de combustível que pode gerar energia para smartphones "a partir de uma visita ao banheiro". Com o uso de bactérias que transformam o líquido em eletricidade, é possível ter três horas de ligações com 600ml de urina. Uma notícia aparentemente relacionada informa que só os britânicos deixam cair 100 mil smartphones em privadas por ano.
Foto: Imago
Conta salgada
Há alguns anos, a americana Celine Aarons, da Flórida, virou manchete no mundo inteiro depois de receber a conta de celular mais cara da história. Ela teve que pagar 201 mil dólares por causa de mensagens de texto enviadas durante suas férias no Canadá. Uma maneira nafda agradável de ser apresentada às taxas de roaming.
Foto: Imago
História de sucesso irreversível
Há cerca de 1,9 bilhão de usuários de smartphones em todo o mundo, e esse número continua aumentando. Globalmente, 349 milhões de aparelhos foram vendidos no primeiro trimestre deste ano – um aumento de 3,9% sobre 2015. O telefone mais vendido é o Samsung Galaxy S7, acompanhado de perto pelo iPhone 6s e 6s Plus, da Apple.