Samsung reduz previsão de lucro após fiasco do Galaxy Note 7
12 de outubro de 2016
Em vez de subir 5,5%, como na previsão de cinco dias atrás, ganho operacional deverá recuar 33% no terceiro trimestre do ano. Novo cálculo reflete decisão de retirar do mercado o Galaxy Note 7.
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A empresa sul-coreana Samsung Electronics reduziu em cerca de um terço, nesta quarta-feira (12/10), sua previsão de lucro operacional para o terceiro trimestre do ano, um dia após anunciar que deixará de produzir e vender o telefone Galaxy Note 7 devido a frequentes casos de incêndio.
A Samsung afirmou que prevê um ganho operacional de 5,2 trilhões de wons (4,628 bilhões de dólares), o que significa uma redução de 29,63% em comparação com o terceiro trimestre de 2015 e de 33,3% em relação à previsão anterior.
Na sexta-feira passada, a empresa, que apresentará seus resultados definitivos no fim do mês, havia previsto que seu lucro operacional cresceria 5,5%, até 7,8 trilhões de wons (6,942 bilhões de dólares), na comparação anual.
A Samsung também diminuiu sua previsão de faturamento para o período mencionado de 49 trilhões de wons (43,633 bilhões de dólares) para cerca de 47 trilhões de wons (41,852 bilhões de dólares), o que representa um recuo de 4% em comparação com a previsão anterior e de 8,94% em relação ao mesmo trimestre de 2015.
Os novos cálculos refletem os efeitos da decisão de retirar do mercado o Galaxy Note 7. Os celulares afetados pelo problema de superaquecimento são considerados perigosos, e, por isso, a empresa terá que devolver a seus clientes o valor pago por eles (que, nos Estados Unidos, é de 882 dólares). Mais de 2 milhões de aparelhos foram vendidos.
AS/efe/rtr
O telefone celular completa 40 anos
Para muitas pessoas, a vida sem um telefone celular é inimaginável. Cada vez mais ele cumpre uma enorme variedade de funções. Um passeio por imagens que mostram os 40 anos de triunfo do telefone celular.
Foto: Telekom
O primeiro
Martin Cooper, vice-presidente da Motorola, apresentou em 1973 o primeiro telefone celular portátil. No entanto, o Dyna TAC só começou a ser comercializado dez anos depois da apresentação de seu protótipo. O aparelho revolucionário, que pesava menos de 1 quilo, não era apenas popular, mas também caro: custava quase 4 mil dólares.
Foto: picture-alliance/dpa
Pesados e limitados
Há 70 anos, os usuários da telefonia móvel tinham que lidar com aparelhos que pesavam mais de 11 quilos e tinham um alcance limitado. A conexão era feita através de uma operadora e era interrompida assim que o aparelho deixava a área de cobertura da transmissão de rádio. Os altos preços limitavam a telefonia móvel a políticos e grandes empresários.
Foto: Museum für Kommunikation Frankfurt
Celular de bolso
Em 1989, o primeiro telefone celular a caber no bolso começou a ser comercializado. O Motorola MicroTAC também foi o primeiro telefone dobrável. Esse foi o aparelho que deu início à tendência dos celulares menores e mais finos.
Foto: picture-alliance/dpa
Comunicação digital
O verão de 1992 marcou o início da era da comunicação móvel digital, o que possibilitou utilizar telefones celulares em outros países. Os aparelhos também eram mais modernos. O Motorola International 3200 – que foi carinhosamente apelidado de "osso" – era considerado bem pequeno para a época. Esse também foi o primeiro telefone a utilizar tecnologia 2G.
Foto: Telekom
O triunfo do SMS
Em 1994, começou a funcionar o Short Message Service (SMS, serviço de mensagens curtas). Originalmente, a intenção era enviar mensagens sobre a má recepção ou interrupção de rede aos clientes. No entanto, a mensagem de 160 caracteres logo se tornou a segunda função mais utilizada nos celulares. O SMS popularizou abreviações, como "VC" ou "LOL".
Foto: DW/Brunsmann
Celular para as massas
O telefone celular começou realmente a se popularizar em 1997. Aparelhos dobráveis e com sistemas deslizantes atraiam a atenção e se tornavam acessórios de desejo. Modelos mais baratos e a introdução do sistema pré-pago fizeram dos telefones celulares produtos de consumo de massa.
Foto: picture-alliance/dpa
Os primeiros smartphones
Em 1999, o Nokia 7110 foi o primeiro telefone celular com Wireless Application Protocol (WAP). Então, os usuários de celulares também passaram a ter acesso à internet. Era apenas uma versão mais simples em texto da rede, mas o passo foi revolucionário para a telefonia móvel. Modelos similares começaram a surgir no mercado e reuniam telefone celular, pager e fax em apenas um aparelho.
Foto: imago
O minicomputador
A tecnologia na área se desenvolveu rapidamente: telas coloridas, tocadores de MP3, rádio e vídeo começaram a se tornar padrão nos novos aparelhos. Graças ao WAP e ao GPRS, os usuários ganharam acesso a páginas comprimidas da Internet em seus telefones. Alguns anos mais tarde, a transmissão de televisão para os celulares se tornou possível.
Foto: Telekom
"Telefone da moda"
A câmera se tornou um dispositivo muito popular nos telefones celulares. O Motorola RAZR, lançado em 2004, foi comercializado como "telefone da moda". Até meados de 2006, 50 milhões de aparelhos foram vendidos. Sua tecnologia não era revolucionária, mas o aparelho conseguiu atrair a atenção pelo design, criando um novo visual para os telefones celulares.
Foto: Getty Images
Uma nova era
A Apple revolucionou o mercado em 2007 com o lançamento do iPhone, o primeiro celular com um visor sensível ao toque (touch screen). Não foi o primeiro smartphone, mas foi o primeiro a ter uma interface mais fácil e moderna. A versão do aparelho lançada em 2008 foi adaptada para a tecnologia 3G, já disponível desde 2001.
Foto: imago
Visões do futuro
Telefones com tecnologia LTE já são a mais poderosa geração de celulares. Nela, casa, carro e escritórios podem ser controlados e conectados de qualquer lugar do mundo. Os smartphones ainda poderão oferecer inimagináveis possibilidades. Funções como pagamento com o celular também já estão em desenvolvimento.