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Santos diz que Nobel é mandato para salvar acordo de paz

7 de outubro de 2016

Em encontro com defensores do acordo de paz do governo com as Farc, presidente colombiano afirma que prêmio chega em momento oportuno e considera homenagem um tributo às vítimas dos 52 anos de conflito armado no país.

Presidente Juan Manuel Santos
Foto: Reuters/J.-M. Gomez

Após ser agraciado com prêmio Nobel da Paz, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou nesta sexta-feira (07/10) que a condecoração constitui "um mandato" para levar adiante o acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que foi rejeitado no plebiscito de domingo e o classificou como "um tributo" às vítimas da guerra civil.

"Este Prêmio Nobel da Paz chega num momento muito oportuno porque eu o considero um mandato para encontrar uma solução rápida para este problema, para esta situação que foi gerada com o plebiscito", disse o chefe de Estado num ato com defensores do "sim" na consulta popular.

Na sede do Executivo colombiano, o presidente disse que se considera "um otimista" e gosta "das batalhas, de poder chegar ao porto de destino, como o bom marinheiro" que foi.

"É pelas vítimas e para que não haja mais nenhuma vítima e nenhum morto que devemos nos reconciliar e nos unir para completar esse processo e começar a construir a paz estável e duradora", destacou o presidente.

Santos já havia dedicado o prêmio aos colombianos e as vítimas da guerra civil na sua primeira declaração após o anúncio do Nobel. "Agradeço infinitamente e de todo o coração esta honrosa distinção. Não a recebo em meu nome, mas em nome de todos os colombianos, especialmente, as milhões de vítimas que este conflito deixou", disse.

O Comitê Nobel anunciou nesta sexta-feira que o prêmio é um claro apoio à decisão de Santos de convidar todas as partes a participarem de um amplo diálogo nacional para que o processo de paz entre o governo e as Farc não morra, depois que o "não" venceu o plebiscito.

"O fato de que a maioria dos eleitores dissesse 'não' ao acordo de paz não significa necessariamente que o processo de paz esteja morto. O plebiscito não foi um voto em favor ou contra a paz", insistiu o comitê.

Para Santos, a conjuntura atual gera "uma grande oportunidade" para que o país saia "mais fortalecido nesta busca pela paz, do que estava antes do referendo" e acrescentou que ele "é o primeiro a querer sair logo desta incerteza".

O presidente comentou ainda que a equipe negociadora do governo e os porta-vozes das Farc emitiram um comunicado em Havana "muito positivo", no qual manifestaram sua disposição de fazer "alguns ajustes ao processo" para "tentar fazer com que ele seja implementado o mais rápido possível".

CN/efe

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