De acordo com OMS, maioria das vítimas tinha menos de cinco anos de idade e não havia sido vacinada. No ano passado, foram registrados quase 10 milhões de casos da doença no mundo.
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O sarampo causou mais de 140 mil mortes no mundo em 2018, afirmou nesta quinta-feira (05/12) a Organização Mundial de Saúde (OMS). A maioria das vítimas tinha menos de cinco anos de idade e não havia sido vacinada.
As mortes por sarampo ocorreram num momento em que o número de casos aumentou globalmente, com surtos em todas as regiões. O número de infecções chegou a quase 10 milhões no ano passado. Em 2017, foram registrados cerca de 7,5 milhões de casos e 124 mil mortes.
"O fato de uma criança morrer de uma doença evitável por vacina, como o sarampo, é francamente um ultraje e um fracasso coletivo em proteger as crianças mais vulneráveis do mundo", disse Tedros Adhanom Ghebreysus, diretor-geral da OMS.
"Para salvar vidas, precisamos garantir que todos possam se beneficiar das vacinas, o que significa investir em imunização e assistência médica de qualidade como um direito para todos", acrescentou.
A OMS constata que os piores impactos do sarampo ocorreram na África Subsaariana, onde muitas crianças ficam sem vacinação. Em 2018, os países mais afetados pela doença foram República Democrática do Congo (RDC), Libéria, Madagáscar, Somália e Ucrânia. Quase metade de todos os casos de sarampo no mundo foi registrados apenas nestes cinco países.
A OMS afirmou também que a situação piorou neste ano, com uma triplicação no número de casos até novembro em relação ao mesmo período de 2018. Em 2019, os Estados Unidos registraram o maior número de infecções por sarampo dos últimos 25 anos.
Já quatro países da Europa – Albânia, República Tcheca, Grécia e Reino Unido – perderam o status livre de sarampo em 2018, após prolongados surtos. Esta situação ocorre quando a doença ressurge, com casos de transmissão, em um país após ter sido declarada eliminada.
Embora haja uma vacina contra o sarampo, as taxas de vacinação em todo o mundo estagnaram por quase uma década. A OMS e o Unicef estimam que no ano passado 86% das crianças receberam globalmente a primeira dose da vacina, mas menos de 70% receberam a segunda dose recomendada.
O sarampo está entre as doenças mais contagiosas conhecidas, ao lado da gripe, ebola e tuberculose. O vírus pode permanecer no ar ou em superfície por várias horas, colocando todos que não são vacinados em risco.
Em crianças pequenas e bebês, a doença pode causar complicações, como pneumonia, danos cerebrais, cegueira ou perda da audição. Estudos publicados recentemente mostram que o vírus pode impactar ainda a saúde a longo prazo, danificando a memória do sistema imunológico por meses ou até anos após a infeção. Essa "amnésia imunológica" gera uma vulnerabilidade a outras doenças potencialmente mortais, como gripe e diarreia.
"Temos uma vacina segura e eficaz para o sarampo há mais de 50 anos", disse Robert Linkins, do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. "Precisamos mudar esta tendência e parar estas mortes evitáveis, melhorando o acesso e a cobertura da vacina contra o sarampo", acrescentou.
Nos últimos 18 anos, estima-se que a vacinação contra o sarampo tenha salvado mais de 23 milhões de vidas.
Vacinas protegem o corpo, criando resistência contra doenças. As vacinas são feitas com substâncias e microrganismos inativados ou atenuados que, quando introduzidos no organismo, estimulam a reação do sistema imune.
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Catapora
Também chamada de varicela, é uma doença infecciosa altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela-Zoster. Os principais sintomas são manchas vermelhas e bolhas no corpo, acompanhadas de muita coceira, mal-estar, dor de cabeça e febre. As bolhas costumam surgir primeiro no rosto, tronco e couro cabeludo e, depois, se espalham. Em alguns dias, elas começam a secar e cicatrizam.
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Sarampo
É uma doença infecciosa grave, que pode ser fatal, causada por um vírus do gênero Morbilivirus, transmitida através de secreção oral ou nasal. É tão contagiosa que uma pessoa infectada pode transmitir a doença para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes. Os principais sintomas são: manchas avermelhadas na pele, febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, otite, pneumonia e encefalite.
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Hepatite B
Um dos cinco tipos de hepatite existentes no Brasil, a B é causado por um vírus. A falta de sintomas na fase inicial dificulta o diagnóstico. Muitas vezes, é detectada décadas após a infecção, por sintomas como tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados. Hepatite B não tem cura, mas o tratamento pode reduzir o risco de complicações, como cirrose e câncer hepático.
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Caxumba
É uma infecção viral aguda e contagiosa, que na maioria das vezes afeta as glândulas parótidas, que produzem a saliva, ou as submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido. É causada por um vírus e transmitida através de gotículas de saliva. O sintoma mais característico é o aumento das glândulas salivares. O agravamento da doença pode levar à surdez ou esterilidade.
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Rubéola
É uma doença viral aguda, altamente contagiosa. A forma congênita, transmitida da mãe para o filho durante a gestação, é a mais grave porque pode provocar, por exemplo, surdez e problemas visuais no bebê. A transmissão acontece por meio de secreções expelidas ao tossir, respirar ou falar. Os principais sintomas são dor de cabeça e no corpo, ínguas, febre e manchas avermelhadas.
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Difteria
É uma doença transmissível causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que atinge as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras partes do corpo, como pele e mucosas. A transmissão ocorre por meio da tosse, espirro ou por lesões na pele. Entre os principais sintomas estão: membrana grossa e acinzentada cobrindo as amígdalas, gânglios inchados e dificuldade para respirar.
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Tétano
Ao contrário da maioria das doenças evitadas com vacina, o tétano não é contagioso. É causado por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani, que, sob a forma de esporos, é encontrada em fezes, na terra, em plantas e em objetos e pode contaminar pessoas por meio de lesões na pele, como feridas, cortes ou mordidas de animais. Um dos sintomas é a rigidez muscular em todo o corpo.
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Tuberculose
É uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado bacilo de Koch. Afeta principalmente os pulmões, mas pode acometer outros órgãos e sistemas. Tem como principais sintomas tosse por mais de duas semanas, produção de catarro, febre, sudorese, cansaço e dor no peito. A transmissão ocorre pela respiração, por espirros e pela tosse.
Foto: picture-alliance/BSIP/NIAID
Febre Amarela
É uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores. Não há transmissão direta de pessoa para pessoa. Os principais sintomas são início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. No ciclo silvestre, os vetores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes e, no ciclo urbano, é o Aedes aegypti.
Foto: R. Richter
Coqueluche
É uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. Se não for tratada, pode levar à morte de bebês menores de seis meses. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto com gotículas eliminadas por tosse, espirro ou fala. No começo, os sintomas são parecidos com os de um resfriado, mas podem evoluir para tosse severa e descontrolada, comprometendo a respiração.
Foto: Imago Images/blickwinkel/McPhoto
Poliomielite
Também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes. Nos casos graves, acontecem paralisias musculares irreversíveis. Devido à intensa vacinação, com a famosa "gotinha", no Brasil não há circulação do vírus desde 1990.