Sarkozy é condenado por financiamento ilegal de campanha
30 de setembro de 2021
Justiça francesa determina pena de um ano de prisão ao ex-presidente, que gastou quase o dobro do permitido por lei em sua campanha fracassada à reeleição em 2012. Notas fiscais fraudulentas teriam ocultado valor.
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O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy foi condenado nesta quinta-feira (30/09) a um ano de prisão por financiamento ilegal de campanha, referente às eleições de 2012. Ele poderá cumprir a pena em prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico.
O advogado de defesa, Thierry Herzog, disse que apelará da condenação, que é a segunda do ex-presidente francês em apenas seis meses, após ter sido condenado por corrupção em março.
Sarkozy gastou quase o dobro do valor máximo permitido por lei em sua campanha de reeleição à presidência em 2012, quando foi derrotado pelo socialista François Hollande.
Na França, os gastos de campanha são limitados na tentativa de proporcionar mais igualdade de oportunidades entre os candidatos. Em 2012, esse limite era de 22,5 milhões de euros, enquanto a campanha de Sarkozy custou 42,8 milhões de euros.
Para acobertar os gastos excessivos, o partido dele, então UMP e hoje rebatizado de Os Republicanos, e a empresa de relações públicas Bygmalion, contratada para organizar os comícios, teriam montado um esquema de notas fiscais fraudulentas que mascarou o custo real dos eventos.
Embora a investigação não tenha conseguido provar que Sarkozy estava ciente da fraude, o tribunal concluiu que ele ignorou alertas importantes de contadores e "inegavelmente" se beneficiou do esquema.
Ao longo do julgamento, a defesa alegou que o ex-presidente desconhecia os detalhes financeiros da própria campanha e disse que ele, na época presidente, estava muito "ocupado com os problemas da França". Os juízes, no entanto, afirmaram que era obrigação do candidato ter conhecimento desse tipo de informação.
A pena imposta nesta quinta-feira foi superior à solicitada pelo Ministério Público francês, que havia pedido um ano de prisão, com seis meses isentos de cumprimento, e uma multa de 3.750 euros.
Sarkozy não participou da sessão de leitura do veredito. Além dele, outras 13 pessoas foram condenadas, entre integrantes da campanha e pessoas ligadas à Bygmalion, por crimes como fraude, desvio de dinheiro e financiamento ilegal de campanha eleitoral.
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Segunda sentença em seis meses
Esta é a segunda sentença contra Nicolas Sarkozy em pouco mais de seis meses. Em março, ele foi condenado por corrupção ativa e tráfico de influências, e recebeu pena de três anos de prisão, sendo dois suspensos de cumprimento. Ele recorreu da decisão e aguarda em liberdade.
Além da condenação em março, Sarkozy foi indiciado em 2018 por financiamento ilegal de campanha, por, em 2007, ter recebido dinheiro do regime da Líbia, então liderado por Muammar Kadafi.
Sarkozy retirou-se da política ativa em 2017, mas ainda desempenha um papel nos bastidores, já que, segundo a imprensa francesa, continua envolvido no processo de escolha de um candidato conservador para as eleições presidenciais francesas do próximo ano.
le/ek (Lusa, Efe, AFP, ots)
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A escolha não é fácil, num país que ostenta mais de 600 restaurantes com estrelas no Guia Michelin. A rica cozinha regional da Alsácia, por exemplo, atrai bons garfos de todo o mundo. Com pratos tradicionalmente saborosos e porções generosas, lá uma bela refeição nem custa necessariamente os olhos da cara. E assim, desde o gourmet mais exigente até o viajante faminto, todos saem satisfeitos.