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Scholz diz que retorno de usinas a carvão é "temporário"

16 de julho de 2022

Em mensagem, o chanceler federal Olaf Scholz lamentou reabertura de usinas de carvão e petróleo, mas disse que medida é necessária para amortecer o impacto da escassez de energia por causa da guerra na Ucrânia.

Olaf Scholz no Bundestag
"O fato de agora termos que usar temporariamente algumas usinas que já havíamos deixado de operar por causa do ataque brutal da Rússia à Ucrânia é algo amargo", disse ScholzFoto: Bend von Jutrczenka/picture alliance/dpa

Em uma mensagem de vídeo divulgada neste sábado (16/07), o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, disse que a decisão do país de reativar usinas de petróleo e carvão será de de caráter temporário e que seu governo continua comprometido com as metas climáticas.

A Alemanha está reconectando antigas usinas de combustível fóssil de volta à rede para compensar um potencial corte no fornecimento de gás natural da Rússia, que já vem cortando o fornecimento para diversos países europeus em meio à guerra de agressão que o Kremlin trava contra a Ucrânia.

Na mensagem de vídeo, Scholz lamentou que a Alemanha esteja acionando de volta 16 usinas de combustível fóssil que estavam inativas e estendendo a permissão de operação para mais 11.

"O fato de agora termos que usar temporariamente algumas usinas que já havíamos deixado de operar por causa do ataque brutal da Rússia à Ucrânia é algo amargo. Mas é apenas por um período muito curto", disse Scholz.

"Estamos apenas começando agora e queremos fazer tudo o que pudermos para combater a crise climática", completou.

O chanceler ainda disse que seu governo tomará medidas para garantir a expansão de fontes de energias renováveis ​​para ajudar a construir um futuro industrial sem emissões de CO2 até 2045.

"A Alemanha é um dos países industrializados de maior sucesso, e hoje em dia isso significa que também temos muitas emissões de CO2. É por isso que temos que fazer um esforço especial, e estamos fazendo esse esforço."

Scholz disse que o objetivo é que a Alemanha seja um dos primeiros países a atingir a neutralidade em CO2 e ao mesmo tempo permanecer competitiva globalmente.

Atualmente, a Alemanha depende fortemente dos combustíveis fósseis para produzir energia, principalmente carvão e gás, com quase 45% da eletricidade gerada dessa maneira.

A Alemanha reduziu significativamente suas importações de energia da Rússia nos últimos meses como resposta à invasão russa da Ucrânia e agora está procurando obter combustíveis fósseis de outros países.

O governo de Scholz também pretende encerrar a compra de carvão e petróleo russos este ano e de gás natural até 2024.

No entanto, aumentam os temores de que Moscou reduzirá por conta própria o fluxo de gás natural para a Europa em retaliação às sanções e ao apoio do Ocidente à Ucrânia. Há preocupações de que o fluxo possa ser interrompido mais cedo do que o previsto.

A Confederação das Câmaras de Comércio e Indústria Alemãs (DIHK) alertou que uma grave recessão pode estar se avizinhando se o gás russo parar de chegar à Alemanha. Também se espera uma escassez de fornecimento de gás, já que a Alemanha se aproxima do inverno, e as residência deverão receber prioridade em relação à indústria.

Tanto Scholz quanto o ministro da Economia e Ação Climática da Alemanha, Robert Habeck, descartaram a possibilidade de estender a vida operacional das três usinas nucleares restantes da Alemanha além deste ano.

jps (DW)

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