Schumacher quer igualar recorde de Senna em Mônaco
24 de maio de 2002O circuito mais lento da Fórmula-1 é também extremamente polêmico entre os pilotos, que se sentem atraídos por ele, embora o odeiem. Sobre a corrida pelas ruas de Monte Carlo, existem inúmeras comparações críticas. Para o austríaco Niki Lauda, vencedor do GP de Mônaco em 1975 e 1976, a corrida pelas ruas estreitas é como um "jogo de bilhar entre os guard-rails". Nélson Piquet, que nunca conseguiu ganhar em Monte Carlo, comparou a prova com um "vôo de helicóptero dentro de uma sala de visitas".
Na verdade, a mais famosa corrida de Fórmula-1 já não deveria ser realizada, há muito, na sua forma tradicional. Mas é muito grande o seu charme e o seu valor publicitário tanto para a FIA, como para o próprio Principado de Mônaco. O jet set internacional comparece em peso, celebra-se uma festa atrás da outra. Os bons lugares nas sacadas das casas são alugados por até 50 mil euros. E o "povão" se aperta junto das cercas e barreiras, tomando cerveja em copos de plásticos.
Os pilotos necessitam de toda a sua coragem, já na primeira curva depois da largada. Em Monte Carlo, a conquista da pole position tem importância fundamental: nas estreitas ruas da cidade, as possibilidades de ultrapassagem são extremamente limitadas. Quem sai na frente, geralmente chega em primeiro lugar. Com isto, os treinos de classificação do sábado assumem praticamente o papel de uma decisão prévia.
Menos, naturalmente, para Michael Schumacher, que tem um "ajudante de ordens" na sua própria escuderia. Pois, o tema número um em Mônaco este ano é a política interna da Ferrari. E a piada que corre de boca em boca afirma que Schumacher já se preparou cuidadosamente para a corrida: mandou verificar o funcionamento perfeito do sistema de comunicação de rádio entre Barrichello e o boxe da Ferrari.