Science elege ondas gravitacionais como a descoberta do ano
23 de dezembro de 2016
Pequenas ondulações no tecido do espaço-tempo, provocadas pela aceleração de um corpo com massa, foram previstas há um século pelo físico Albert Einstein. Porém, fenômeno só foi confirmado em 2016.
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A revista Science elegeu nesta quinta-feira (22/12) a observação das ondas gravitacionais como a descoberta mais importante de 2016. O fenômeno foi comprovado pelo grupo de pesquisadores do Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory (Ligo) e representa o início de uma nova era para a astronomia.
"Foi uma eleição bem fácil. Houve muitos avanços importantes neste ano, mas a observação das ondas gravitacionais confirma uma teoria centenária do próprio Albert Einstein", afirmou Adrian Cho, da Science.
As ondas gravitacionais são pequenas ondulações provocadas no tecido do espaço-tempo quando um corpo com massa é acelerado. Elas podem ser comparadas às ondas que se formam na água após o arremesso de uma pedra.
Elas foram previstas pelo físico Albert Einstein em 1915, uma parte da sua famosa Teoria da Relatividade, sendo a última grande previsão desta teoria que ainda não havia sido comprovada.
Cho destacou que a descoberta foi uma "saga científica incrível", pois levou mais de 40 anos para os cientistas que trabalharam neste projeto comprová-la, devido à necessidade de uma tecnologia muito avançada.
A equipe de astrofísicos do Ligo usou dois novos e potentes detectores de 1,1 bilhão de dólares para medir uma onda gravitacional formada pela fusão de dois buracos negros numa galáxia distante 1,3 bilhão de anos-luz da Terra. Um dos detectores está localizado em Livingston, no estado da Luisiana, e o outro em Hanford, Washington.
Além das ondas gravitacionais, a descoberta de um planeta parecido com a Terra, o software que tenta simular a inteligência humana, chamado de AlphaGo, e um estudo genético que determinou que uma onda migratória da África povoou todo o mundo ficaram entre os finalistas da seleção da revista.
CN/efe
A Superlua pelo mundo
O raro fenômeno da Superlua foi observado em todo o mundo. Até que o acontecimento se repita, em 2034, fique com as imagens registradas em várias cidades ao redor do planeta.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Badarneh
Nurembergue
A Lua brilhou em nuances de amarelo e laranja por trás do castelo Kaiserburg, em Nurembergue, no sul da Alemanha.
Foto: picture-alliance/dpa/T. Schamberger
Berlim
O fenômeno em tons de vermelho sobre a capital alemã. Devido a sua órbita elíptica, o satélite não esteve tão próximo da Terra desde 1948. Com isso, A Lua parece 14% maior e 30% mais clara.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Nietfeld
Straubing, na Baviera
A Superlua surge por trás das montanhas na cidade de Straubing, no sul da Alemanha.
Foto: picture-alliance/dpa/A. Weigel
Hanau, Alemanha
O galo na torre da igreja de Klein-Auheim, um vilarejo perto de Hanau, no centro da Alemanha, tem ao fundo o espetáculo da Superlua cheia.
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
Londres
Na foto tirada junto à roda-gigante London Eye, um avião cruza o céu diante da Superlua.
Foto: Reuters/T. Melville
Los Angeles
As luzes urbanas de Los Angeles, nos Estados Unidos, não conseguiram ofuscar a Superlua.
Foto: picture-alliance/abaca/A. Palabiyikoglu
Glastonbury, na Inglaterra
Muitas pessoas foram ver e fotografar a Superlua na montanha Glastonbury Tor. O local é conhecido pelos mitos que o cercam, como o do Santo Graal e do rei Artur.
Foto: Reuters/R. Naden
Nepal
Também em Katmandu, no Nepal, o satélite da Terra se mostrou com todo seu esplendor.
Foto: Reuters/N. Chitrakar
Casaquistão
A Lua "ao alcance" da mão da estátua de Lenin em Baikonur, no Casaquistão.
Foto: Reuters/S. Zhumatov
Egito
O fotógrafo capturou o momento exato em que um jogador da seleção egípcia passa em frente à Superlua durante a partida contra Gana, em Alexandria, no Egito, em partida pela qualificação à Copa do Mundo de 2018.
Foto: Reuters/A.A. Dalsh
Kansas
A Superlua por trás de um arranha-céu em Kansas City, Missouri, nos Estados Unidos.
Foto: Reuters/D. Kaup
México
A Lua aqui parece uma bola de cristal nas mãos de um monumento em Ciudad Juarez, no México.
Foto: Reuters/J.L. Gonzalez
Austrália
O espetáculo celeste visto a partir de Sydney, na Austrália.
Foto: Reuters/J. Reed
Palestina
Em Nablus, na Palestina, a Superlua pareceu ter pontos brilhantes. O fenômeno deverá se repetir em 25 de novembro de 2034.